sábado, 31 de janeiro de 2015

Bons ventos

Contágio: uma semana após da vitória do Syriza, sua versão espanhola, o Podemos, inunda as ruas de Madrid neste sábado; Marcha pela Mudança figura como uma das maiores manifestações de massa da história do país. Governantes do arrocho na Espanha e Portugal exigem que a troika destrua a Grécia. E Logo

Fonte: CARTA MAIOR 

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Pablo Iglesias: 'podemos sonhar, podemos vencer'

Neste sábado (31), o Podemos levou milhares de pessoas para a Porto do Sol de Madri em um símbolo de uma 'mudança política imparável' na Espanha.

Les Espagnols manifestent en masse contre l'austérité

Samedi, 31 Janvier, 2015
Humanite.fr
Photo : Sergio Perez/Reuters
Le leader de Podemos, Pablo Iglesias (à gauche), dans la foule lors de la manifestation à Madrid, ce samedi 31 janvier.
Photo : Sergio Perez/Reuters
Véritable démonstration de force de Podemos ce samedi à Madrid. Des dizaines de milliers d'Espagnols ont "marché pour le changement" de la place de Cibeles, à Madrid pour relier la Puerta del Sol à l'appel du parti de Pablo Iglesias, qui espère suivre l'exemple de Syriza en Grèce lors des prochaines élections législatives.
La grande "marche pour le changement" à Madrid intervient moins d'une semaine après la victoire de Syriza, dont les dirigeants ont régulièrement fait campagne aux côtés de ceux de Podemos. Issus de deux des pays européens ayant vécu le plus durement la crise, avec encore plus d'un cinquième de leur population active au chômage, Podemos et Syriza partagent le même rejet de la troïka (Banque centrale et commission européennes, Fonds monétaire international). Selon eux il faut mettre fin à l'empire de la finance internationale qui oublie l'humain et poser la question d'une restructuration de la dette.

Suivez la manifestation en direct :
Aux cris de "Oui, nous le pouvons!" et "tic tac tic tac", les manifestants ont rappelé au président du gouvernement conservateur Mariano Rajoy que les sondages donnent le parti de gauche Podemos ("Nous pouvons") en tête des intentions de vote en vue des élections régionales en mai et législatives à la fin de l'année. Le rassemblement de samedi est le plus grand jamais organisé par le parti issu du mouvement des "Indignés". "Le vent du changement a commencé à souffler sur l'Europe", a déclaré Pablo Iglesias, le leader du parti, devant une foule compacte réunie place de la Puerta del Sol dans le centre de Madrid, brandissant drapeaux grecs et républicains de la gauche espagnole. La foule a écouté avec ferveur Pablo Iglesias, 36 ans, et sa jeune équipe, en scandant régulièrement, poing droit levé "Si se puede, si se puede! (Oui c'est possible!)".
"Les gens en ont marre de la classe politique", a déclaré Antonia Fernandez, une retraitée de 69 ans, expliquant qu'elle votait jusqu'alors pour le Parti socialiste mais que celui-ci s'est discrédité à cause de sa gestion de la crise économique et de son soutien aux mesures d'austérité. "Si nous voulons avoir un avenir, il nous faut des emplois", a-t-elle conclu.
Après sept années de crise profonde, l'Espagne est un des pays de la zone euro qui bénéficie de la croissance économique la plus soutenue mais ces bonnes statistiques ne se traduisent pas encore de manière significative sur le niveau de vie de la population, alors qu'environ un Espagnol sur quatre est au chômage. Dans ce contexte, la promesse du nouveau Premier ministre grec Alexis Tsipras de mettre fin à "l'humiliation et la souffrance" trouve un fort écho en Espagne.
La formation de Pablo Iglesias a bouleversé le paysage politique espagnol. Podemos qui se dit "ni de gauche ni de droite" a été fondé il y a tout juste un an à la suite du mouvement des indignés. Podemos a créé la surprise dès mai 2014 en obtenant 1,2 million de voix, cinq députés, aux Européennes. Depuis, son ascension dans les sondages a été fulgurante, dépassant régulièrement le Parti socialiste et parfois même le Parti populaire (droite) au pouvoir, devenant théoriquement la première ou deuxième force politique.
Plaza de la Puerta del Sol ahora. La imagen lo dice todo.

Fonte:  L' HUMANITÉ
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Primeiro a Grécia e ao que tudo indica a próxima será a Espanha.

Gente jovem,  idéias jovens que valorizam a vida e os direitos das pessoas .

Os ventos que sopram no sul da Europa bem que poderiam  contagiar setores de esquerda do Brasil.

Brasil , que resolve fazer o caminho inverso dos novos ventos e mergulha no atraso da austeridade, do arrocho.

Acorda, PT.
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Sou Syriza, e não é de hoje

O que pode vir por aí está na nossa cara. É só olhar para a Grécia, Espanha, Portugal, Itália. Não é casual que nestes países crescem as alternativas.


Luciana Genro Arquivo

A vitória da Syriza (Coalizão da Esquerda Radical) tem uma importância enorme, não só para os Gregos e europeus, mas para nós, brasileiros. A Grécia foi o laboratório mais recente de uma velha receita: diante da crise, austeridade. A ideia de um governo austero pode agradar os mais desavisados. Mas a Grécia nos ensina que a austeridade pregada pela Troika, pelos mercados, pela grande mídia, significa ataques aos direitos do povo.

Na Grécia estes ataques foram radicais: cortes nominais nos salários e aposentadorias, demissões em massa de servidores públicos, privatizações, cortes nos gastos sociais. A Grécia seguiu fielmente a receita exigida pelos mercados. Aliás, entregou aos mercados o comando da Nação. O resultado foi que 1 em cada 4 gregos está desempregado, 50% da população vive na pobreza, 60% da juventude está desempregada.

As primeiras medidas tomadas pelo governo Tsipras vieram no sentido oposto às pregações por austeridade: fim das privatizações, aumento do salário mínimo, energia gratuita pra 300 mil lares, readmissão de funcionários demitidos. Além disso, vai lutar pelo cancelamento de 50% da dívida grega e pela suspensão do pagamento da outra parte até que o país volte a crescer. Quanta diferença em relação ao PT!

Aqui no Brasil não vivemos uma situação tão dramática como a da Grécia. No entanto, é sabido que a crise vai se agravar nos próximos meses. A resposta que o governo Dilma dá a esta situação é a mesma, guardadas as proporções do tamanho da crise, que o governo do PASOK (socialdemocracia) e depois o da Nova Democracia (centro direita) deram ao problema grego, isto é, a dita austeridade e a submissão às vontades do mercado financeiro.  Com uma cara de pau impressionante à presidenta  Dilma afirma que não vai mexer nos direitos trabalhistas, ao mesmo tempo que anuncia restrições no acesso ao seguro-desemprego, justamente em um ano que, todos sabem, vai aumentar o desemprego. Ela também adotou o lema “Brasil Pátria Educadora” e ao mesmo tempo o Ministério da Educação foi o maior atingido pelos cortes anunciados: R$ 7 bilhões de um total de R$ 22,7 bi cortados do orçamento.  Vivemos um momento de desmoralização da eleição de Dilma. Parece que foi tudo uma encenação de mau gosto para enganar o povo. O recado de junho de 2013 realmente não foi ouvido pelas elites políticas!

Os jornais anunciam que o Brasil teve déficit nas suas contas pela primeira vez desde 1997 reforçando a idéia de que temos que cortar gastos. Insistem também em divulgar que a dívida pública federal fechou o ano em R$2,29 trilhões, com uma alta de 8,15% no ano. Mas não explicam as verdadeiras razões desta situação. Para onde foi este dinheiro? Por acaso o povo brasileiro está usufruindo de ótimas instalações de saúde? A educação está uma maravilha? O transporte público melhorou? Os servidores públicos estão ganhando muito bem? Não, nada disso. Tudo está ruim e, com a dita austeridade, vai piorar. O clamor por austeridade ignora a situação do povo, com desemprego crônico, baixos salários e serviços públicos degradados.

O que pode vir por aí está na nossa cara. É só olhar para a Grécia, Espanha, Portugal, Itália. Não é casual que nestes países crescem as alternativas aos partidos do sistema. O Podemos na Espanha pode ser o próximo a derrotar a velha política. 

Para defender a austeridade sempre dizem que “não há almoço grátis”. É verdade, para o povo não há. O que é distribuído em tempos de bonança econômica é rapidamente retirado nos momentos de crise. Mas tem gente almoçando, jantando e se empanturrando de graça sim. É para eles que está indo o grosso do dinheiro que aumenta a dívida e o déficit. Para exemplificar, o Bradesco lucrou R$ 15 bilhões em 2014, um salto de 25,6% em relação a 2013! E o Banco Central prevê novas altas de juros, que já está em 12,25% ao ano.

O mercado de "private banking" brasileiro caminha para alcançar R$ 1 trilhão em 2016, pois a previsão é de que quase 500 mil novos milionários entrem no mercado até lá, elevando o total de 319 mil para 815 mil em quatro anos. Nas estimativas do banco Credit Suisse, o Brasil terá uma das maiores taxas de crescimento de milionários do mundo no período, com 155% de aumento.

A austeridade não atinge os bancos e os milionários. Nem passa pela cabeça do austero Joaquim Levy diminuir a taxa de juros para estacar a sangria de recursos para pagamento da dívida, muito menos realizar a auditoria demandada na Constituição de 1988. Causou arrepios a todos os defensores da austeridade a proposta que defendi na campanha eleitoral de regulamentar o Imposto sobre Grande Fortunas ou acabar com os privilégios tributários dos bancos e especuladores. A casta parasitária, que nada produz e só vive dos ganhos financeiros, não perde a oportunidade de defender o arrocho mas não quer nem discutir a hipótese de taxar os milionários e atingir a cleptocracia dos banqueiros e seus aliados: os políticos do sistema e os grandes meios de comunicação que reproduzem, sem contraponto, o discurso dos mercados.

Me chamam de radical. Pois sou mesmo. Quero ir à raiz dos problemas, às suas causas. Sou Syriza, e não é de hoje.  
Fonte: CARTA MAIOR

 

Há vida inteligente no país, apesar da velha mídia

Haddad estatiza garagens para atrair empresas de ônibus

Por que o MPL não reconhece que o Haddad é melhor que os tucanos ?



A Prefeitura de São Paulo vai desapropriar todas as garagens de ônibus das empresas que exploram o transporte público municipal.

Os decretos que declaram essas propriedades áreas de utilidade pública foram encaminhados ao gabinete do prefeito Fernando Haddad (PT) e são o passo inicial do rito de estatização que tem prazo de cinco anos para ser consumado, com o pagamento do valor correspondente.

A medida antecipa o início do processo de licitação que deverá fazer uma reorganização radical no sistema de ônibus, com mudanças no serviço ao usuário e também no modelo de administração.


Fonte:CONVERSA AFIADA
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Antes tínhamos os sem-casa, agora estamos criando os ‘sem-cidade’”

Reprodução
Urbanista Raquel Rolnik fala sobre a crise das cidades no Brasil e como a ideia de estruturá-la a partir do transporte público pode ser algo revolucionário
 29/01/2015
Bruno Pavan,

De São Paulo (SP)
 A urbanista e professora Raquel Rolnik, da Universidade de São Paulo (USP), é inquieta por natureza. Desde o seu modo agitado de responder as perguntas dessa entrevista até a sua inquietação com os problemas das cidades modernas, zona de conforto não é algo com que ela trabalhe.
 Apesar dos avanços da entrada de milhares de pessoas no mercado consumidor, Raquel reforça a tese de que “da porta pra fora, nada mudou”. Ela também critica a gestão do Ministério das Cidades. “Num momento em que era absolutamente necessário fazer uma revolução nas cidades [...], estamos colocando no comando da política urbana no Brasil quem historicamente se beneficiou dela como ela sempre foi.”
 Ela também considera que as prefeituras devem comprar a briga da crise da água no estado de São Paulo. “Isso não pode ser uma decisão da empresa que vende a água, isso é uma decisão política, e como decisão política ela deve ser tomada pelos cidadãos liderados pela prefeitura”, criticou.

Brasil de Fato – De 2013 pra cá, o debate em torno da importância das cidades vem sendo pautado pelos sem-teto, pelo Passe Livre e mais recentemente em torno da questão da água. Por que as cidades apareceram com tanta ênfase no debate político?
 Raquel Rolnik –  Junho de 2013, na verdade, representou uma espécie de encontro nas ruas de uma série de organizações e mobilizações que já havia acontecendo desde o começo do milênio. Em 2013, elas têm diretamente a ver com o fato de que uma política geral macroeconômica que foi conduzida pelo governo Lula foi uma política de inclusão via consumo no mercado. Isso foi importantíssimo no sentido que jamais havia sido feito antes. As cidades sempre foram pensadas para privilegiar a mobilidade de poucos. Transporte coletivo era coisa de pobre, era uma política de quinta e que servia somente como extração de renda para os concessionários. Interessava como negócio, nunca como serviço. Na hora em que é ampliado o acesso ao mercado, os automóveis e motocicletas começaram a disputar o mesmo espaço que os 30% de quem tinha carro no início dos anos 2000. Como o alto número de carros congestionou tudo, se criou a crise da mobilidade que expôs o modelo segregado e excludente de cidade. Diante disso, a tarifa e o transporte são a ponta do iceberg, que coloca nu um modelo de cidade que bloqueia o acesso à cidade. Tem muito  a ver a explosão de 2013 com essa emergência da pauta urbana. As pessoas falavam: da casa pra dentro eu comprei TV, posso viajar, eu tenho computador, eu como muito melhor do que comia, mas da casa pra fora, ou seja, do nível do público,
da dimensão pública da vida ficou tudo uma porcaria, não mudou nada! Percebeu que não se compra cidadania no feirão da Caixa ou numa concessionária de carro. O que se demanda é uma transformação na dimensão pública, e a cidade é uma expressão mais clara e evidente disso. Temos que entender isso como um ciclo político porque movimentos de moradias já existiam, o que acontece agora é uma espécie de nova geração de movimentos de moradias que têm menos compromissos políticos com a institucionalidade existente e mais capacidade de mobilização.

 Sobre essa questão das cidades serem excludentes, algumas políticas estão sendo adotadas, como a implantação do plano diretor em São Paulo. Qual a importância dele, onde você acha que ele vai evoluir e onde não vai?
O Plano Diretor não é varinha de condão. Temos um modelo predominante de planejamento de gestão da cidade histórico, guiado pelo lucro imobiliário, extração de renda, isso é um modelo hegemônico, as transformações têm que ser muito mais radicais, e não é no campo de um documento que isso acontece. O que o plano fez foi traçar limites, dentro desta ordem dominante, que se bem apropriados pelos protagonistas destas lutas podem possibilitar avanços. Um exemplo é a histórias das Zonas Especiais Intersocial (ZEIS), é muito interessante a trajetória deste instrumento. Quando eu me formei em urbanismo nos anos de 1970, se pegava os mapas das cidades e não apareciam as favelas e periferias, era como elas não existissem. O primeiro movimento a fazer com que eles existissem foi o movimento para demarcar as favelas e alojamentos irregulares, como Zonas Especiais Intersocial, permitindo que eles fossem regularizados, depois este evoluiu um pouco no entendimento que da mesma maneira que o zoneamento reservava a terras para o uso comercial, residencial ou industrial, ele deveria reservar terras para a habitação popular. Então foram criadas as ZEIS de áreas vazias e subutilizadas. E isso tem avançado, em São Paulo tem sido um instrumento importante, não é algo que revoluciona já a cidade, mas é um avanço na luta pela moradia, um instrumento político fundiário. Esse plano também deu uma guinada porque a cidade está dando uma guinada cultural também na direção da valorização do transporte público como elemento estruturador da cidade e não as vias por automóvel. Agora o plano em si mesmo não produz nada, existe uma luta permanente pra que essas coisas sejam implementadas.

 Uma das coisas que estão na pauta é cobrar mais IPTU de prédios que não cumprem a função social, qual o avanço que isso traz?
Isso é uma coisa que já está definida desde a Constituição de 1988 e que até hoje não se implementa nas cidades. O IPTU nasceu diante da demanda que estava presente na emenda popular sobre a reforma urbana para combater a especulação imobiliária e sair em defesa da função social da cidade e da propriedade. O IPTU progressivo é uma instrumentalização dessa política no sentido de que a propriedade que não tivesse cumprindo a função social que o Plano Diretor lhe atribui estará sujeita a sanções e uma delas é que se ela não for ocupada vai ter que pagar um IPTU cada vez mais alto. Depois de mais de 20 anos, parece que vão realmente colocar essa cobrança em prática. Já tem uma lei aprovada no Estatuto da Cidade em 2001, no Plano Diretor de 2002 e uma regulamentação municipal. Não tem mais justificativa para não aplicá-lo.

 Iniciativas como a faixa exclusiva de ônibus e as ciclofaixas que estão sendo implantadas em São Paulo mudam a relação das pessoas com a cidade?
 Completamente. A prioridade para o transporte coletivo é uma revolução urbanística. A cidade passa a ser muito mais suporte pra vida coletiva do que pro usufruto individual. Esse processo é lento, porque temos uma cidade pensada para o contrário disso, mas ele pode significar uma mudança muito importante.

 Em um artigo recente você diz que as prefeituras também deveriam agir na questão da água no estado. Quais as posições que elas poderiam tomar quanto a isso?
 A água se transformou em uma mercadoria que é vendida e comprada. Como toda a mercadoria ela tem como base o lucro da empresa e não o bem estar e a qualidade de vida das pessoas. O que nós estamos vivendo agora já é a escassez e nesse momento a pergunta que não quer calar é: quem vai ter acesso à água e quem não? Isso não pode ser uma decisão da empresa que vende a água, isso é uma decisão política, e como decisão política ela deve ser tomada pelos cidadãos liderados pela prefeitura. A capital e os municípios da região metropolitana vão ter que assumir uma posição em relação a isso e definir quais são as prioridades: quem define o bairro que vai ter água e o bairro que não vai ter? Quem define se os hospitais e as escolas vão ter água ou não? A discussão está posta agora e diante dela não se deve travestir essa discussão numa questão técnica que a Sabesp resolve. Evidentemente as prefeituras têm um receio de puxar pra elas o problema, mas o posicionamento é no sentido de que elas devem exigir do governo do estado e da Sabesp uma posição muito mais transparente essas decisões de quem vai ter água e quem não vai, porque no fundo se trata disso. De fato o racionamento já está acontecendo, por mais que o governador diga que não, a decisão foi tomada. Agora, quem resolveu isso? Quem discutiu isso? Quem achou que isso é o melhor? Não tem nenhuma transparência é uma coisa oculta e não pode ser tratada dessa maneira.

 No âmbito do governo federal, o ex-prefeito Gilberto Kassab foi escolhido para ser o ministro das Cidades, que gerencia programas com grandes verbas. Que sinal o governo passa com essa escolha?
 Não vejo nenhuma diferença em colocar o Kassab ou deixar o ministério sob o comando do PP. Abandonou-se o Ministério das Cidades e a pauta da reforma urbana entrou para dentro da bacia da governabilidade. Foi uma posição política tomada na eleição do Lula e nós estamos vendo as consequências que é o desastre da política habitacional e urbana no Brasil. Num momento que era absolutamente necessário fazer uma revolução nas cidades e uma mudança muito radical na política urbana, e que eu acredito que existiria apoio muito grande da população para essas mudanças, estamos colocando no comando da política urbana no Brasil quem historicamente se beneficiou dela como ela sempre foi. Só tem duas coisas só que interessam nas cidades: a terra como ativo financeiro e os ativos eleitorais. Infelizmente, nós estamos nessa sinuca de bico desde 2006, e a política urbana foi uma das sacrificadas.

 Alguns analistas, como por exemplo o Marcio Pochmann, acusa o Minha Casa Minha Vida de deixar o cidadão longe dos serviços básicos das cidades como praças e postos de saúde. Você concorda com essas críticas? Como você vê o programa?
 Ele teve o mérito de disponibilizar um grande subsídio do poder público na habitação, coisa que não havia sido feito nunca, de ter o Estado garantindo o acesso à habitação e isso foi muito importante. Entretanto, ele tem dois problemas fundamentais: o primeiro é que ele não é um programa habitacional, é uma política de casa própria individual e ela não atende a totalidade das demandas muito variadas que existem hoje no Brasil. Ele tem um modelo insustentável que atinge as famílias mais pobres que não têm a menor condição de pagar o condomínio. Outro problema é exatamente esse: como as casas são produzidas pelo mercado é ele quem define qual vai ser a localização dos empreendimentos e ela é sempre a pior possível, onde não tem cidade. Então a gente tinha os sem-casa e agora nós estamos criando os “sem-cidade”. Nós já vimos esse filme porque essa política já foi aplicada no Chile, no México e na África do Sul e as consequências foram desastrosas.
Fonte: BRASIL DE FATO
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O renascimento de grandes cidades como o Rio de Janeiro e São Paulo pode e deve acontecer pela reformulação dos transportes coletivos.

No Rio de Janeiro,  por conta das Olimpíadas de 2016, a cidade vem passando por grandes transformações , e o centro da cidade vem se transformando como um pólo disseminador do renascimento, principalmente no reordenamento dos transportes coletivos e na revitalização de áreas do local

Uma grande área do centro, imaginada como um arco, terá novas formas de mobilidade e uma redução drástica de veículos, ônibus e carros, além  de uma reurbanização das principais vias.

O transporte coletivo principal nessa área será sobre trilhos, com os veículos leves sobre trilhos.

A Central do Brasil, será um ponto de conexão de cinco modalidades de transporte coletivo, ônibus, metrô, trens, VLT e Teleférico. Poderia ter também a bicicleta.

Nos limites do arco, em alguns pontos diametralmente opostos,  espera-se que sejam construídos terminais para que  outras modalidades de transportes façam a conexão com os VLT's, metrô e outros, tornando a área central mais humanizada e livre do grande número de veículos automotores.

No entanto, nem tudo são flores, mas já é um caminho.

Consolidado o renascimento dessa área central , inclusive com moradias populares, espera-se que em seguida o arco passe a ter um alcance maior, para que a cidade , desta forma, siga o processo de renascimento, em círculos concêntricos, tal qual o movimento produzido por um pedra jogada no centro de um lago.

A cidade de São Paulo, de certa forma, com a novas medidas anunciadas pela prefeitura do PT deve seguir o mesmo caminho, partindo do ordenamento dos transportes coletivos.

Mesmo com o retrocesso e o atraso das idéias  marteladas diariamente pela velha mídia, a inteligência emite claro sinais de vida.

Construção de moradias populares no porto depende de construtora e Caixa

De cara serão 300 unidades. Outros 200 apartamentos também devem ser erguidos ao longo de 2015

FERNANDO MOLICA
Rio - O início das obras dos primeiros prédios no Porto Maravilha destinados a moradias populares depende da assinatura de contrato entre a Caixa e uma construtora — o empreendimento terá 300 unidades. Outros 200 apartamentos também financiados pelo Minha Casa, Minha Vida devem começar a ser erguidos este ano.
A Cdurp, companhia que representa a prefeitura no projeto do porto, negocia com o Ministério das Cidades fórmula para viabilizar a construção de mais duas mil moradias.

Sem gueto
Para receber os prédios, a prefeitura desapropriou 17 terrenos. Os edifícios ficarão espalhados pela área do Porto para evitar a criação de uma espécie de gueto destinado a pobres.

VLT 0800 
A prefeitura estuda a possibilidade de não cobrar tarifa no VLT, bondes modernos que circularão pelo Centro.

Fonte: O DIA
 

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

DNA da Notícia. Vários olhares

Notícias que não dão manchete de jornal:

Escala de prioridade: Brasil teve o menor desemprego da história em 2014 (4,8%); no mesmo período, o governo federal registrou um déficit de 0,3%; adivinhe qual foi a manchete garrafal em duas linhas e cinco colunas no alto da primeira página da Folha desta 6ª feira?

Emprego com carteira assinada cresceu 59% no Brasil nos últimos 12 anos.

Brasil sobe duas posições no ranking e termina 2014 como 5º principal destino do investimento estrangeiro no planeta.

Ingresso de capital externo produtivo no Brasil foi de US$ 62 bilhões em 2014 e superou o de todas as economias do euro, por exemplo, muitas das quais sob uma receita de 'ajuste' que o conservadorismo quer replicar aqui.

Fonte: CARTA MAIOR
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A imprensa é contra a censura e defende a liberdade de expressão.
Os veículos de imprensa praticam a censura interna e ainda perseguem blogues e sites que não se alinham com o pensamento limitado estreito que predomina na velha mídia.otícias que são manchetes na velha mídia:


São Paulo é a locomotiva do Brasil.
Uma locomotiva do século XIX puxando uma grande composição com vagões de trem bala do século XXI.



TV Globo é vanguarda

Uma vanguarda que tem como principal atração um reality show, e que por mais de dez anos encontra-se em queda livre nos índices de audiência.

O campeonato carioca de futebol é um sucesso.
A média de público é ridícula e o nível técnico é baixíssimo



Não existe racionamento de água em São Paulo.

Em São Paulo, pessoas já brigam para coletar água suja que corre pelo meio fio como despejo de outros lugares, assim como muitos moradores se aproveitam das rápidas chuvas de final de tarde na capital para tomar banho na chuva.


Brasil em racionamento de energia elétrica
Com a crise da água, principalmente em terras paulistas, a velha mídia vislumbrou um possível caos energético, principalmente após uma pequena queda de energia em alguns estados do pa
ís.

Liga Carioca e Liga Nacional

Fla-Flu critica postura da Ferj e acena a possibilidade de criar uma nova liga 

Dupla chama medidas da federação de "ditatoriais", e diz que vão disputar a competição sob protesto

A briga entre o Flamengo e o Fluminense com a Federação de Futebol do Rio de Janeironão está nem perto de ter um fim. Na manhã desta sexta-feira, os times voltaram a rebater, dessa vez em nota oficial, as recentes atitudes tomadas pela Ferj, chamando-as de “ditatorial”, e acenou com a possibilidade de criar uma nova liga: a “Liga dos clubes cariocas”.

Os clubes lembram na nota, que juntos, somam 70% da torcida do estado e que somados, possuem mais da metade dos títulos do Campeonato Carioca, que são disputados desde 1906. Por esses fatos, e em respeito aos patrocinadores e torcedores, os clubes anunciam que irão disputar o Carioca 2015 sob protesto, mas frisam que não têm a intenção de participar de novas competições organizadas pela federação.

Em uma reunião na sede da Ferj, no último dia 15, foi decidido através de votação, que o Campeonato Carioca 2015 teria preços promocionais em todas as partidas. Todos os bilhetes comercializados terão preço de meia entrada. Todos os outros 18 times que participam da competição aceitaram a decisão, apenas Flamengo e Fluminense, que possuem programas de sócio-torcedor que dão direito ao benefício da meia-entrada ao associados, foram contra a medida.

Leia a nota divulgada pelos clubes na íntegra:
"O Clube de Regatas do Flamengo e o Fluminense Football Club mais uma vez vêm apúblico esclarecer alguns pontos sobre o claro desgaste da relação entre a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) e os seus filiados.  Infelizmente, a postura ditatorial da Ferj tem afastado Flamengo e Fluminense de qualquer possibilidade de entendimento; Não obstante ter tomado decisões ilegais como; 1. Tabelar preços dos ingressos ao arrepio da Lei da Meia-Entrada. 2.  Tentar exterminar o conceito de mandante previsto em toda legislação vigente. Burlando o próprio REC que, em seu artigo oitavo, parágrafo segundo, prevê a existência de mandos em todos os jogos, para efeitos legais. 3. Atentar contra a saúde financeira de seus filiados.  A Ferj  agora marca nova reunião do arbitral, nesta sexta-feira, dia 30 de janeiro de 2015, para discutir, dentre outros temas, a criação de um dito Programa Sócio-Torcedor de Futebol do Estado do Rio de Janeiro que nunca nos foi apresentado. Isto nos leva a supor que se trata de uma tentativa de destruir valor dos programas Sócio-Torcedor de seus filiados, buscando se apropriar, cada vez mais, dos ativos dos clubes, como já vem fazendo com as receitas de bilheteria, as cotas de televisão e a totalidade das receitas proveniente das placas publicitárias nos estádios. Interessante notar que a Ferj, enquanto se diz defensora de uma política de ingressos mais baratos, não reduz as próprias taxas que cobra dos clubes. Aliás, as mais altas taxas do futebol brasileiro. Por conta desta e de muitas outras arbitrariedades praticadas pela Ferj em prejuízo e empobrecimento do futebol carioca, deixamos clara nossa posição: A Ferj, ao contrário do que pensam seu presidente e parceiros íntimos, não possui dono e deveria, além de ser a maior defensora da legalidade, ser a representante de todos os clubes e não apenas daqueles que se submetem aos seus interesses.  A Ferj tenta induzir a opinião pública ao erro, querendo dar caráter desportivo a uma questão de cunho estritamente comercial.  A Ferj  tenta cassar dos clubes o direito de gerenciar suas receitas, prejudicando a todos e beneficiando apenas a Federação e seus parceiros íntimos. A manifestação de Flamengo e Fluminense se dá pelo direito de praticar preços compatíveis com os custos de operação de seus jogos e de garantir o conforto de suas torcida em seu estádio. Reiteramos que vamos defender esse direito e que buscaremos na Justiça a reparação das perdas que certamente teremos.Nós, que representamos cerca de 70% dos torcedores em nosso estado e que conquistamos mais da metade de  todos os campeonatos cariocas disputados desde 1906, temos consciência da nossa enorme relevância histórica para a afirmação do futebol do Rio de Janeiro, não só no cenário nacional, como também internacionalmente. Por essa razão, Flamengo e Fluminense, em respeito aos seus torcedores, patrocinadores, parceiros comerciais e aos detentores dos direitos de transmissão disputarão, sob protesto, o Campeonato Carioca 2015. Porém, não nos interessamos em participar de competições futuras organizadas nesses moldes e estudamos, em conjunto, a criação da Liga dos Clubes Cariocas.  O Flamengo e o Fluminense convocam seus torcedores e todos os que acompanham o futebol para apoiá-los na oposição ao que vem sendo feito e conduzido pela Ferj. Entidade que, ao longo do tempo, tem representado o evidente empobrecimento técnico e financeiro do nosso futebol.   Vamos juntos pela profissionalização e moralização do futebol carioca. Clube de Regatas do Flamengo e Fluminense Football Club".
Fonte: JORNAL DO BRASIL
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Boas falas.
De minha parte a criação de uma Liga dos Clubes Cariocas tem meu total apoio, e torço para que seja bem sucedida, pois irá favorecer os clubes, empenhados em trilhar os caminhos da gestão responsável e do profissionalismo.
Espero que essa iniciativa também traga à tona um grande debate nacional sobre a necessidade dos clubes em criar uma Liga Nacional, que passe a organizar e comercializar os campeonatos nacionais, como a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro.
Enquanto os clubes estiverem sendo comandados pela Ferj e pela CBF, sempre serão, de alguma forma, subtraídos em seus interesses, já que a Ferj e a CBF em conluio com outras organizações envolvidas com as competições, ávidas por auferir vantagens , procuram se aproveitar da visibilidade e da importância  das agremiações.

Disfarces e olhares

O DNA da História.  Dois olhares

Por Luciano Martins Costa em 30/01/2015 no programa nº 2533 | 0 come
 DNA da História
Os jornais desta sexta-feira (30/1) destacam, em suas primeiras páginas, o déficit das contas públicas que marca o encerramento do ano fiscal de 2014, a decisão da Petrobras de reduzir o ritmo de obras e a perspectiva de  suspender o pagamento de dividendos aos seus acionistas, além de referências à disputa pela presidência da Câmara dos Deputados e, claro, novos registros sobre a crise de abastecimento de água na região Sudeste.
O desemprego caiu para 4,8% no ano passado, mas apenas a Folha de S. Paulo cita esse fato na primeira página.
O conjunto do noticiário pode ser visto a olho nu, ou sob as lentes da mídia, que supostamente mostram as frações mais relevantes da realidade.
Houve um tempo, no jornal O Estado de S. Paulo, que se aplicava na produção da primeira página o conceito batizado com o imodesto nome de "DNA da História": tratava-se de uma orientação geral para que os editores indicassem para os destaques, preferencialmente, as notícias que tivessem mais potencial para representar a contemporaneidade.
Mas esse é um tempo passado.
Hoje em dia, a observação da imprensa exige que se aplique sobre seus conteúdos a lente da interpretação de motivos.
No caso do noticiário econômico, por exemplo, essa lente revela o efeito  dissimulador sobre o significado de fatos aparentemente contraditórios convivendo numa mesma página: num texto, o Brasil afunda em uma crise grave; em outros, o desemprego continua caindo e o investimento direto de capital estrangeiro segue em alta.
Há detalhes que poderiam ajudar o leitor a entender as entrelinhas que serpenteiam abaixo dos títulos.
Por exemplo, o rendimento do trabalho subiu 33,1% entre 2003 e 2014 e houve uma mudança no eixo do desenvolvimento, sob o ponto de vista dos salários: pelo quinto ano consecutivo, constata-se que os trabalhadores da região metropolitana do Rio de Janeiro ganham mais do que seus colegas da capital paulista.
Paralelamente, pode-se observar que o desempenho da indústria paulista continuou em queda, no período escolhido pela imprensa para mensurar os dados econômicos.
Dois olhares
O noticiário significa pouco se o leitor não colocar os indicadores em perspectiva, ou seja, numa economia globalizada, cada aspecto da realidade local precisa ser confrontado com a realidade planetária.
Por exemplo, se há um ajuste na política econômica em função do déficit das contas públicas, convém avaliar os potenciais efeitos colaterais sobre a saúde do organismo ao qual o Estado deve servir.
Não são poucos os casos em que um remédio para o coração provoca a falência múltipla de órgãos.
Essa foi a constatação feita nesta semana, por exemplo, pelos eleitores gregos.
A mídia genérica que alcança a maioria do público leitor tem um viés catastrofista em relação ao Brasil, mas não consegue distorcer tudo.
Por exemplo, num canto de página do jornal O Estado de S. Paulo nsta sexta-feira (30/1) o indivíduo enxerga o título de três linhas em uma coluna: "Brasil fica em 5o. como destino de investimentos".
Abre com uma visão positiva, mas em seguida desanda para o pessimismo.
Já no especialista Valor Econômico, a mesma notícia tem outra interpretação, mostrando que, num cenário internacional de retração, o Brasil subiu de 7o. para 5o. lugar entre os destinos de investimentos produtivos.
Quando um dos grandes diários de circulação nacional se vê obrigado a publicar uma notícia positiva, imediatamente se seguem os "poréns, contudos, todavias".
No caso do investimento estrangeiro direto, não dá para esconder o fato de que o Brasil subiu duas posições na disputa global por dinheiro aplicado em negócios - que é diferente do que vai para o mercado de ações.
Também não se pode omitir, sob pena de sacrificar a credibilidade, que o Brasil superou todos os países europeus, segundo os dados da ONU.
Se colocada em destaque, a notícia abriria a possibilidade, por exemplo, de expor o modelo adotado pela Europa para combater os efeitos de longo prazo da crise financeira de 2008, em comparação com a escolha brasileira de estimular o mercado interno a partir de projetos sociais que resgataram milhões da pobreza e da política de valorização da renda do trabalho.
No texto de apenas quatro parágrafos, a notícia positiva só aparece no primeiro parágrafo e é soterrada pelos aspectos negativos.
No entanto, o texto que foi distribuído pela ONU avalia o desempenho da América Latina, informando que o investimento estrangeiro caiu em praticamente todos os países da região, inclusive o México.
No Brasil, aumentou 8%.
Também acontecem coisas boas.
Mas a chamada grande imprensa só pensa naquilo.
Fonte: OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA
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A velha mídia, onde se situa a velha imprensa, se esconde, usa disfarces, tudo em nome de uma suposta neutralidade e de uma independência que não existem, nunca existiram.

Antes da internete, das redes sociais e até mesmo bem antes do OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA, a velha mídia já se escondia, usava disfarces, manipulava os fatos, omitia outros.

O que mudou, então, para que a velha mídia passasse a ser notícia ?

Certamente não foram os inúmeros disfarces, menos ainda as manipulações e omissões, muitos menos o protagonismo de colunistas fundamentalistas religiosos, e outros.

Mudaram as formas de produção e distribuição de opiniões , as mais variadas expressões circulando em uma velocidade  tal de maneira que um número cada vez maior de pessoas  em um curto período de tempo passa a tomar conhecimento, dos disfarces, das manipulações, das omissões, dos fundamentalismos, etc...

O DNA da velha mídia se faz presente e visível para um número maior de pessoas devido ao fenômeno do genoma , que  para a velha mídia é a internete.

Esse é ponto que a vista identifica, do ponto de vista de um número cada vez maior de pessoas.

Speed ou velocity ?

Pouco importa , já que a velocidade e a facilidade de produção de opiniões e conteúdos com e para o alcance de qualquer pessoa, é a mudança, o diferencial que vem atormentando e mesmo isolando a velha mídia em sua ilha anacrônica, em seus pares, coleguinhas, limitados a círculos cada vez mais distantes da realidade.

Speed ou velocity, por outro lado, é a discussão que interessa a velha mídia, é o debate que ela apresenta, a briga que não interessa para todos aqueles empenhados em uma comunicação livre, plural e democrática.

Por outro lado, que talvez seja apenas o mesmo, a velha mídia jamais sairá em defesa das teses de democratização das comunicações, jamais fará uma autocrítica e, certos ombudsmen aparecem mais em jornais como expressões de modismos de gestão empresarial do que como defensores de um jornalismo plural, democrático e principalmente no caso brasileiro, limpo.

Fazendo um pequeno parênteses, o mesmo se observa com um grande número de empresas no tocante a outro modismo de gestão, a responsabilidade social. 

Fala-se muito em responsabilidade social, as corporações obtêm selos de certificação, fazem marqueting de seus supostos compromissos, porém, de fato, a tal responsabilidade social, principalmente certificada, nada mais é que uma estratégia para relações comerciais, principalmente entre corporações.

A responsabilidade com o social, de fato, é algo que passa ao largo da imensa maioria das corporações, praticamente inexistindo.

O mesmo se aplica aos ombudsmen dos jornais e revistas.

Dito isto, a velha mídia brasileira torna-se cada vez mais, a cada segundo, mais e mais conhecida da população, assim como seus disfarces, suas manipulações, seus truques, suas omissões e, principalmente a ilha  anacrônica onde todos habitam, pensam de forma igual, comportam-se bovinamente, em uma perfeita pandilha, desmoralizada, e sem a menor credibilidade.

É tratada, e assim deve ser, somente como um partido político, mesmo não o sendo, mas por assim exercer tal protagonismo o conteúdo jornalístico torna-se irrelevante, como de fato o é, tendo em vista a irrreversível , constante e gradual  queda nos índices de audiência e venda de telejornais, revistas e jornais, respectivamente.

O debate sobre a democratização dos meios de comunicação já existe na sociedade, independente da vontade ou da defesa por parte da velha mídia, independente de fundamentalismos religiosos expressos em colunas de jornais e revistas, independente de inativos saudosos do passado, independente, sim, pois  através de blogues, sites e redes sociais a sociedade se expressa, informa-se e, para desespero da imprensa, pauta-se.

Os tempos são outros, a velha mídia  encontra-se no centro de um palco e sem disfarces, a comunicação mudou , o electra da ponte Rio -São Paulo foi aposentado e a cachaça coronel não mais existe.



quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

A nudez de Merval, Leitão e Sardenberg

Que droga, dizem as manchetes do Brasil aos cacos: país tem o menor desemprego de toda a sua história em 2014; taxa em dezembro foi de apenas 4,3%. Destruir o pleno emprego é o requisito conservador para colocar os assalariados de joelhos e pavimentar o arrocho em marcha.


O leão que não se entrega: sob fogo violento da mídia privatista, ferida por dentro e por fora pelo conluio entre aves de rapina da política e do empresariado, Petrobras investirá R$ 33 bi em 2015 e deu um lucro de R$ 13,4 bilhões até setembro de 2014. É um desempenho inferior ao esperado, mas que grupo privado alcançaria esses resultados sob um cerco equivalente e em meio à recessão em marcha?

Fonte: CARTA MAIOR
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O festival de asneiras em torno dos 88 bilhões de reais da Petrobras

Uma empresa muito falada e pouco entendida
Uma empresa muito falada e pouco entendida
Raras vezes tantas tolices foram publicadas e compartilhadas em cima de um número malcompreendido.
Entre no Twitter e digite Petrobras 88 bilhões, e você encontrará uma enxurrada daquilo que de mais imbecil a mente humana pode conceber.
A cifra de 88 bilhões de reais representaria aquilo que foi desviado por corrupção na Petrobras.
Para quem tem o mínimo de familiaridade com números, é um caso parecido com o do homem de oito metros.
Mas poucos tem, e a Folha, origem dos disparates, não está entre estes raros.
Foi a Folha que deu a “informação”. Ela estaria no balanço divulgado pela Petrobras.
Depois, a Folha corrigiu o erro, mas era tarde demais: a asneira já fora transmitida e incorporada por dezenas, centenas, milhares de analfabetos políticos que incluem suspeitos de sempre como Lobão e Danilo Gentilli.
Os 88 bilhões são um cálculo aproximado de ativos supervalorizados.
Imagine que, em vez da Petrobras, se tratasse da Abril. Suponha que a Veja, o principal ativo da casa, tivesse sido avaliada num balanço em 1 bilhão de reais.
Depois, se verificaria que o valor estava inflado em 50%, digamos. No ano seguinte, o balanço corrigiria o excesso, e a Veja surgiria com o valor de 500 milhões de reais.
É mais ou menos isso.
Dentro dos 88 bilhões, existe uma parcela associada aos desvios. Mas ninguém sabe quanto é.
Na reunião de diretoria que aprovou o balanço, chegou-se a cogitar – ou chutar — uma soma de 4 bilhões em desvios, com base nos 3% de taxa de propina de que falou o ex-diretor Paulo Roberto Costa.
Os 88 bilhões não fizeram a festa apenas de internautas sem noção de grandeza de números.
Numa rápida pesquisa no Twitter, encontrei o link de uma entrevista da CBN com um economista para falar dos “88 bilhões em desvios”.
Mesmo confessando não ter condição de analisar o balanço, ele concedeu uma entrevista de mais de seis minutos.
Pobres ouvintes da CBN. Uma rádio competente jogaria luzes onde há sombras. Mas a CBN cobre áreas cinzentas com ainda mais sombras.
Mas não se pode desprezar a contribuição da Petrobras para a confusão.
Tente entender o que a empresa quis dizer na sentença abaixo, que consta do balanço e é assinada por Graça Foster. Um determinado método foi descartado, e a explicação foi a seguinte:
“O amadurecimento adquirido no desenvolvimento do trabalho tornou evidente que essa metodologia não se apresentou como uma substituta ‘proxy’ adequada para mensuração dos potenciais pagamentos indevidos, pois o ajuste seria composto de diversas parcelas de naturezas diferentes, impossível de serem quantificadas individualmente, quais sejam, mudanças nas variáveis econômicas e financeiras (taxa de câmbio, taxa de desconto, indicadores de risco e custo de capital), mudanças nas projeções de preços e margens dos insumos, mudanças nas projeções de preços, margens e demanda dos produtos comercializados, mudanças nos preços de equipamentos, insumos, salários e outros custos correlatos, bem como deficiências no planejamento do projeto (engenharia e suprimento).”
Proust podia escrever parágrafos intermináveis, pelo talento excepcional em juntar palavras, mas nenhum redator de balanços pode fazer o mesmo.
Frases curtas, simples, fáceis de entender: eis o que um balanço deve conter, para ser compreendido para além dos números.
E então você tem o cruzamento de um jornal que admite o homem de oito metros com um balanço escrito numa linguagem não identificada – parecida, apenas, com o português.
Estava tudo pronto para um festival de asneiras nas redes sociais. Falsos gênios chegaram a fazer contas: com 88 bilhões de reais você compra x Fuscas e coisas do gênero.
Claro que o PSDB não poderia faltar.
Em sua conta no Twitter, o PSDB postou um quadro que dizia que “o prejuízo da Petrobras com corrupção pode chegar a 88 bilhões de reais.”
Neste caso, não é apenas erro. É má fé. É manipulação. É cinismo.
E uma tremenda duma mentira. O presidente do PSDB, Aécio, acaba de gravar um vídeo em que diz que Dilma mente.
Antes de ser julgada, a Petrobras tem que ser compreendida.
O barulho em torno dos 88 bilhões de reais mostra que a Petrobras, embora tão falada, é uma ilustre desconhecida para muitos brasileiros. Por isso, é fácil usá-la com propósitos canalhas por quem quer tudo menos, efetivamente, contribuir para o bem dela

Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
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Desemprego é o menor da História

Levy, Levy, olha o que você vai fazer !
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Saiu no IBGE:

EM DEZEMBRO, TAXA DE DESOCUPAÇÃO FICA EM 4,3% E FECHA 2014 COM MÉDIA DE 4,8%




Em dezembro de 2014, a taxa de desocupação foi estimada em 4,3%, repetindo o percentual de dezembro de 2013 e mantendo o menor nível de toda a série histórica da PME. Em novembro de 2014, a taxa fora de 4,8%. Já a taxa de desocupação média de janeiro a dezembro de 2014 foi estimada em 4,8% (a menor da série), contra 5,4% em 2013. Em relação a 2003 (12,4%), a redução chegou a 7,5 pontos percentuais.

Em 2014, a média anual da população desocupada foi estimada em e 1,176 milhão de pessoas desocupadas, contingente 54,9% menor que o de 2003 (2,608 milhões) e 10,8% abaixo da média de 2013 (1,318 milhão). Em dezembro de 2014, a população desocupada nas seis regiões pesquisadas (1,051 milhão) recuou 11,8% em relação a novembro (1,192 milhão) e 0,9% contra dezembro de 2013 (1,061 milhão).

A média anual da população ocupada nas seis regiões pesquisadas em 2014 foi estimada em 23,087 milhões de pessoas, recuando 0,1% em relação a 2013, quando este contingente era de 23,116 milhões. Em dezembro de 2014, a população ocupada nas seis regiões pesquisadas chegou a 23,224 milhões, recuando 0,7% em relação a novembro e ficando estatisticamente estável (0,5%) frente a dezembro de 2013.

O percentual médio de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado em relação à população ocupada passou de 50,3% (11,6 milhões) em 2013, para 50,8% (11,7 milhões) em 2014. Em 2003 essa proporção era de 39,7% (7,3 milhões). Em 12 anos esse contingente cresceu 59,6% (ou mais 4,4 milhões). Em dezembro de 2014, havia 11,807 milhões de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, apresentando estabilidade no mês e no ano.

Em 2014, a média anual do rendimento habitual real da população ocupada (R$ 2.104,16) cresceu 2,7% em relação a 2013 (R$ 2.049,35). Em relação a 2003 (R$1.581,31), houve um ganho de 33,1% (ou cerca de R$ 522,85). De 2003 a 2014, o rendimento habitual real nos serviços domésticos teve o maior aumento (69,9%) entre os grupamentos de atividade pesquisados pela PME. Em dezembro de 2014, o rendimento médio habitual dos ocupados era R$ 2.122.10. Houve queda de 1,8% em relação a novembro (R$ 2.161,93) e alta de 1,6% contra dezembro de 2013 (R$ 2.089,57).

A média anual da massa de rendimento real mensal habitual em 2014 (R$ 49,3 bilhões) cresceu 3,0% em relação a 2013 e 66,0% contra 2003. Em dezembro de 2014, a massa de rendimento real habitual (R$ 50.015 milhões) caiu 2,4% em relação a novembro (R$ 51.243 milhões) e subiu 1,4% em relação a dezembro de 2013 (R$ 49.307 milhões). Já a massa de rendimento efetivo (R$ 55.180 milhões) cresceu 7,2% em relação a outubro (R$ 51.467 milhões) e cresceu 5,5% contra novembro de 2013 (R$ 52.297 milhões).

A Pesquisa Mensal de Emprego (PME) é realizada nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. Sua publicação completa está emwww.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/trabalhoerendimento/pme_nova/.
A publicação da Retrospectiva do Mercado de Trabalho 2003-2014 está emwww.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/trabalhoerendimento/pme_nova/estudos_retrospectiva.shtm.
Rio de Janeiro mostra maior redução na população desocupada

O maior percentual de redução na população desocupada de 2014 em relação a 2013 foi na Região Metropolitana do Rio de Janeiro (-23,4%), com São Paulo (-16,5%) e Belo Horizonte (-12,5%) a seguir. Nas Regiões Metropolitanas de Salvador (14,8%), Porto Alegre (8,7%) e Recife (1,8%), por outro lado, a população desocupada cresceu entre 2013 e 2014.

Nível de ocupação das mulheres ainda é menor, porém cresce mais que o dos homens


O nível da ocupação, proporção entre a População Ocupada e a População em Idade Ativa (dez anos ou mais de idade), alcançou 53,3%. Frente a 2003 (50,0%) houve alta de 3,2 pontos percentuais. O nível de ocupação das mulheres (45,4%) continuou inferior ao dos homens (62,6%), mas, em relação a 2003, seu aumento foi superior ao dos homens. Em relação a 2003, aumentou o nível da ocupação dos jovens de 18 a 24 anos (de 53,8% para 57,2%) e da população de cor preta ou parda (de 48,5% para 53,0%).

Serviços domésticos e construção têm os maiores ganhos no rendimento


Em todos os grupamentos de atividade houve ganhos no poder de compra do rendimento do trabalho. Os grupamentos com os maiores aumentos percentuais foram aqueles com os menores rendimentos. De 2013 a 2014, os ganhos de rendimento dos grupamentos foram: construção, 6,7%; serviços domésticos, 4,5%; comércio, 4,2%; educação, saúde e administração pública, 2,7%; outros serviços, 1,9%; indústria, 1,3% e serviços prestados às empresas, 0,6%.

Nos serviços domésticos, de 2003 a 2014, houve o maior aumento entre os grupamentos, 69,9%. Ainda em relação a 2003, outro destaque foi a construção, composto em sua maioria por pedreiros, com ganho de 58,7%.

Em 2014, o rendimento médio real domiciliar per capita (R$1.425,63) aumentou 2,4% em relação a 2013 e 49,6% comparado a 2003.
Rendimento dos pretos e pardos equivale a 58,0% dos rendimentos dos brancos

A pesquisa apontou disparidades entre os rendimentos de homens e mulheres e, também, entre brancos e pretos ou pardos. Em 2014, em média, as mulheres ganhavam em torno de 74,2% do rendimento recebido pelos homens – uma expansão de 0,6 ponto percentual frente a 2013 (73,6%). A menor proporção foi registrada em 2003, 70,8%.

O rendimento dos trabalhadores de cor preta ou parda, de 2003 para 2014, cresceu 56,3%, enquanto o rendimento dos trabalhadores de cor branca cresceu 30,4%. Mas a Pesquisa registrou também, que os trabalhadores de cor preta ou parda ganhavam, em média, em 2014, 58,0% do rendimento recebido pelos trabalhadores de cor branca. Em 2013, esta razão era 57,4%. Destaca-se que, em 2003, não chegava à metade (48,4%).
Rendimento no Rio de Janeiro mostra o maior crescimento

Entre as seis regiões metropolitanas pesquisadas, o rendimento médio real habitual da população ocupada no Rio de Janeiro teve a maior expansão (6,4%), com Recife (4,1%) a seguir.

Em relação a 2003, quatro regiões apresentaram variações maiores que a verificada no total das seis regiões metropolitanas (33,1%): Recife, Porto Alegre, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, com taxas de 36,6%; 39,8%; 43,5% e 49,3%, respectivamente. As menores variações foram em São Paulo (23,9%) e Salvador (27,5%). Embora São Paulo tenha crescido menos do que a média das regiões pesquisadas, seu patamar é o segundo mais alto (R$ 2.192,43), logo atrás do Rio de Janeiro (R$ 2.346,50).

De 2013 para 2014, o rendimento aumentou em quase todas as formas de inserção: empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (1,7%), os militares e funcionários públicos estatutários (2,6%), trabalhadores por conta própria (3,8%) e empregadores (7,1%). Já os empregados sem carteira no setor privado registraram queda real de 1,7%.

Cresce a presença de pessoas com 50 anos ou mais no mercado de trabalho


De 2013 para 2014, a proporção de pessoas com 50 anos ou mais de idade na população em idade ativa aumentou de 32,3%, para 34,1%. Neste período, a presença de pessoas com 50 anos ou mais de idade no mercado de trabalho passou de 23,6%, para 24,7%. Em 2003, este grupo representava 16,7% da população ocupada.
Escolaridade de população ocupada continua crescendo

De 2013 para 2014, a escolaridade da população com 10 anos ou mais de idade aumentou. A proporção de pessoas com 11 anos ou mais de estudo cresceu 1,4 ponto percentual (de 48,5% para 49,9%). Em relação a 2003, quando este percentual era 34,3%, a expansão foi de 15,5 pontos percentuais em 12 anos.

Entre os trabalhadores, o avanço da população com 11 anos ou mais de estudo foi ainda maior, passando de 46,7% em 2003 para 65,4 % em 2014, crescimento de 18,7 pontos percentuais. Aumentou também a proporção de trabalhadores com ensino superior completo: em 2003 eles representavam 13,8% e, em 2014, 21,3%.
No ano, participação feminina no mercado de trabalho ficou estável

A participação das mulheres na população ocupada praticamente não se alterou, passando de 46,0% em 2013 para 46,1% em 2014. Ressalta-se que no confronto 2003 (43,0%), houve elevação significativa da participação delas no mercado de trabalho.

Em 2014, as pessoas ocupadas tinham uma jornada média semanal de 40,1 horas efetivamente trabalhadas, contra 41,3 horas em 2003. As regiões metropolitanas de São Paulo (40,6) e Rio de Janeiro (40,8) apresentaram jornadas superiores à média das seis regiões.

De 2013 para 2014, os grupamentos de atividade que mais aumentaram sua participação na população ocupada foram Serviços prestados às empresas (de 16,2% para 16,4%) e Outros Serviços (de 18,0% para 18,5%).

Resultados de dezembro de 2013: taxa de desocupação cai para 4,3%


A taxa de desocupação em dezembro de 2014 foi estimada em 4,3% para o conjunto das seis regiões metropolitanas investigadas, atingindo pelo segundo ano consecutivo o menor valor da série histórica da pesquisa (mesmo valor em dezembro de 2013). Frente a novembro último a taxa diminuiu 0,5 ponto percentual.

Regionalmente, na análise mensal, a taxa de desocupação sofreu redução em quatro das seis regiões analisadas: em Salvador caiu 1,5 ponto percentual (passou de 9,6% para 8,1%); em Recife caiu 1,3 ponto percentual (passou de 6,8% para 5,5%); em Belo Horizonte caiu 0,8 ponto percentual (passou de 3,7% para 2,9%); em Porto Alegre caiu 0,6 ponto percentual (passou de 4,2% para 3,6%) e nas demais regiões não variou. Em relação a dezembro de 2013, a taxa só apresentou variação estatisticamente significativa na região metropolitana de Porto Alegre, onde aumentou 1,0 ponto percentual, passando de 2,6% para 3,6%.

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego.


O contingente de desocupados, em dezembro de 2014 (1,1 milhão de pessoas no conjunto das seis regiões investigadas) recuou 11,8% em comparação com novembro (menos 141 mil pessoas). Na comparação com dezembro de 2013, apresentou estabilidade. Na análise regional, o contingente de desocupados, em comparação com novembro, caiu em Belo Horizonte (22,1%), em Recife (20,2%), em Salvador (16,8%) e em Porto Alegre (15,0%), ficando estável nas demais regiões. No confronto com dezembro de 2013, a desocupação aumentou 44,2% em Porto Alegre e caiu 17,7% em Belo Horizonte. Nas demais regiões não apresentou variação estatisticamente significativa.

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego.


O contingente de pessoas ocupadas em dezembro de 2014 (23,2 milhões para o conjunto das seis regiões) recuou 0,7% em relação ao mês de novembro. Frente a dezembro de 2013, esse contingente não apresentou variação. Regionalmente, a análise mensal mostrou que essa população manteve-se estável em todas as regiões, exceto no Rio de Janeiro, onde apresentou queda de 1,3%. Na comparação com dezembro de 2013, Salvador e Porto Alegre, registraram alta (3,8% e 2,8%, nesta ordem), Belo Horizonte, retração (2,6%) e nas demais regiões pesquisadas o quadro foi de estabilidade.

Para os grupamentos de atividade, no conjunto das seis regiões, de novembro para dezembro de 2014, houve quedas na Indústria e na Construção (ambas de 3,9%) e alta nos Serviços Domésticos (4,0%). Em relação a dezembro de 2013, houve retração na Construção (5,1%) e elevação em Outros serviços (3,4%).

O número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado, em dezembro de 2014, foi estimado em 11,8 milhões no conjunto das seis regiões pesquisadas. Este resultado não assinalou variação frente a novembro último e quando comparado com dezembro de 2013 também se mostrou estável.



O rendimento médio real habitual dos trabalhadores foi estimado, para o conjunto das seis regiões pesquisadas, no mês de dezembro de 2014, em R$ 2.122,10. Este resultado ficou 1,8% abaixo do registrado em novembro (2.161,93) e 1,6% acima do assinalado em dezembro do ano passado (R$ 2.089,57). Regionalmente, em relação a novembro passado, o rendimento apresentou retração em São Paulo (3,4%), Belo Horizonte (2,2%), Recife (1,8%) e Rio de Janeiro (1,0%). Cresceu em Salvador (2,3%) e em Porto Alegre (1,6%). Frente a dezembro de 2013, o rendimento apresentou resultado positivo em Salvador (9,7%), Porto Alegre (6,1%), Rio de Janeiro (2,6%) e Recife (1,0%); declinou 1,2% em Belo Horizonte e ficou estável em São Paulo.


A massa de rendimento médio real habitual dos ocupados foi estimada em R$ 50,0 bilhões em dezembro de 2014, registrou queda de 2,4% em relação a novembro último. Na comparação anual esta estimativa cresceu 1,4%. 


Fonte: CONVERSA AFIADA
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Nos jornais aqui do Rio, hoje, o destaque do globo é para a ... Petrobras.

Manchete escandalosa sobre a ...Petrobras.

Nada sobre o menor desemprego da história do Brasil.

Nada sobre a informação do IBGE de que a renda média do Brasileiro cresceu 33 % nos últimos 13 anos, anos de governo do PT.

Nos outros jornais, o destaque ,além da seca que assola o pais é para a ... nudez de artista da Tv globo.

Com a proximidade do carnaval, nos programas da grade da tv globo os artistas aparecem cada vez mais com menos roupa.

Para a globo, o período que antecede o carnaval e o próprio carnaval, são momentos de "festa", "férias", "muita alegria " e , logo, todo mundo nu.

É o padrão globo, que por outro lado não deixa de destilar racismo, criticar o samba e fazer apologia ao show de ...Ringo Star.

Ainda no globo de hoje, nas chamadas dos colunistas, e são três as chamadas, algo de sintomático:

Para o colunista Sardenberg, os problemas da Petrobras são devidos ao custo... Lula.
Para o imortal Merval, os problemas da Petrobras são atribuídos à... Dilma.

E para Miriam Leitão, tudo o que acontece de ruim é culpa do...PT.

Por um lado a bela bunda da atriz da globo, por outro lado o jornalismo bundão de globo.





                                                   Haja bunda.


E tudo isso na maior estiagem, com o governador Pezão pedindo pra todo mundo rezar pra chover e com isso acabar com a seca.

E ainda mais, o futebol carioca pode não ter jogos do estadual no Maraca.

P.S. no grande programa big brother de globo, ontem faltou água na casa e os "artistas" reclamaram do fedor no banheiro.