quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Tucano de bico burro

Pra que água do rio? Toma uma Perrier!

11 de dezembro de 2014 | 10:13 Autor: Fernando Brito
veta
Incrível.
Em plena crise hídrica – nem o temporal de ontem conseguiu fazer subir o nível dos reservatórios – os tucanos de São Paulo e o restante da base de Geraldo Alckmin aprovam uma lei que reduz ainda mais o tamanho das áreas de mata ciliar em torno de rios no Estado.
Inconstitucional, porque fere a lei federal (lembra do “Veta, Dilma” do Código Florestal, que a Dilma vetou?) que determina 30 metros como faixa mínima, enquanto a lei paulista baixa até para simples 5 metros.
Pior, ainda permite que 50% disso seja de eucaliptos, o que qualquer um sabe que é um “seca-chão” e um “mata-fauna e flora”, porque não permite o brotamento de outras espécies, atacando a outra finalidade da mata ciliar, que é fornecer um “corredor” de trânsito para as espécies animais ribeirinhas.
Diz a Folha que a Associação de Produtores de Cana apoia a nova lei.
“O ambiente puxa para lá, e a gente puxa para cá. Se essas regras foram as que conseguimos no Código Florestal, é o que queremos para São Paulo”, diz Eduardo Romão, presidente da associação.
É isso aí.
Se não tem água, abre uma Perrier.

Fonte: TIJOLAÇO
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Rios , lagos, lagoas em um passado distante eram protegidas.

A legislação federal antiga estipulava uma distância de 60 metros mínima das margens, para qualquer tipo de edificação.
Com o tempo essa distância caiu pela metade, para 30 metros.

Agora, os "brilhantes" tucanos de São Paulo querem reduzir ainda mais, ao mínimo, a distância das margens para as edificações.

Isso significa acabar com as matas ciliares , com a fauna desses locais e em seguida com o ecossistema, ou seja, com a água.

Outro problema grave, é o uso da agropecuária, já que os animais destroem toda a mata ciliar e ainda poluem os rios , lagos, lagoas  e o lençol freático com uma quantidade gigantesca de fezes e urina.

Com a diminuição das matas ciliares o assoreamento desses ecossistemas- fluviais e lacustres - aumenta, estrangulando rios e diminuindo o espelho d'água dos lagos e lagoas, além claro, de eliminar  a fauna.

Seria interessante que os parlamentares de São Paulo tivessem algumas aulas sobre Limnologia.

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