segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

O cartel, a queda e os midiotas

 Belluzzo: 
A imprensa brasileira é um cartel. 
Um cartel da informação, o que é grave para um país que quer avançar na democracia, na melhoria dos padrões de convivência. 
É preciso diversificar os meios de comunicação e não permitir que o cartel continue operando. 
E o cartel está operando'

Fonte: CARTA MAIOR
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Berzoini, a Globo está pronta para perder a Bolsa

A filha do Mario Lago faz o resto …


Saiu em Keila Jimenez, na Fel-lha:

TV ABERTA PERDE PLATEIA EM ANO DE COPA E ELEIÇÕES


Em ano de Copa e eleições,o número de televisores ligados aumentou 2% no país, mas praticamente todas as redes abertas perderam público com relação a 2013.

Dados da medição nacional de audiência do Ibope mostram que de janeiro a dezembro (dia 16) de 2014, a média diária (das 7h à meia-noite) da Globo foi de 15,1 pontos, ante 16,3 pontos do mesmo período em 2013. A emissora teve uma queda de 7% de ibope em um ano. Cada ponto equivale a 217 mil domicílios ou 641 mil indivíduos no país.

O horário em que a TV por assinatura mais cresceu foi o noturno, das 18h à meia-noite: 28%.

Foi justamente neste horário nobre que a TV aberta perdeu mais público. Só a Globo teve uma queda de 11% de audiência à noite.

Fonte: CONVERSA AFIADA
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Lelê Teles; A Ração do Midiota

Por: Lelê Teles

Lelê Teles: A ração do midiota

O midiota, você sabe, é aquele cabra que não consegue pensar fora da caixa. Me refiro àquela caixa de 50 e tantas polegadas que fica de frente ao sofazão retrátil.

Willian Bonner, chegado a referências gringas, classificou – para o estarrecimento dos pesquisadores em comunicação que o ouvia – o telespectador do Jornal Nacional como um Homer Simpson; aquele gordinho preguiçoso e obtuso que vive o simulacro da TV como se realidade fosse.

Vai vendo.

Em 2013, pesquisa feita pelo DataFolha mostrou que 48% dos eleitores se declaravam conservadores sobre temas como drogas, aborto e políticas sociais; ou seja, uma gente predisposta a sair às ruas vestida de verde e amarelo, cantando o hino, rezando uma Ave Maria (que ave seria essa?) e pedindo uma intervenção militar.

Na época, Reinaldo Azevedo se animou e, ao comentar a pesquisa, disse que eleitores de direita e centro-direita eram a maioria no Brasil, mas não tinham em quem votar. E reclamava, ainda, a falta de um partido que tivesse coragem de se declarar destro para pegar esse eleitorado.

Aécio Neves, obcecado pelo poder, se apresentou, faca nos dentes, olhos esbugalhados e uma super dose de vacina para cavalos na veia.

Seu partido foi a reboque.

Mais animados ainda, Folha, Veja, Globo e seus inúmeros veículos, inundaram o país com articulistas, colunistas e comentaristas conservadores. Poetas, geógrafos, filósofos, psiquiatras e até jornalistas se revezavam no papel, na TV, na internet e no rádio, alimentando o Homer Simpson, fortalecendo o seu discurso.

Afinal, Homer estava lá, sentadão, pronto a ratificar posições anti gay, anti PT, anti cotas, antiquadas e a favor de um golpe.

Assim, os barões da mídia iam formando o seu exército de midiotas.

Na CBN, botavam a voz de Odorico Paraguaçu toda vez que íamos ouvir a voz do Governo Federal – “Povo de Sucupira!” – era assim que eles desdenhavam dos eleitores de esquerda e centro-esquerda.
Jabor, na sua ridícula tentativa de imitar Nelson Rodrigues, fazia farra na TV com seus comentários rasos, jocosos e cheios de ódio.

Aquela era a ração do midiota.

Em 2014, o manchetômetro, criado por pesquisadores em comunicação, revelou o massacre de manchetes contra o governo.

Muitas vezes o contexto destoava do que vinha no texto da manchete; mas o midiota tem dificuldade de interpretação; pra ele o que vale é o que vem em caixa alta.

Dessa forma, por meio de chamadas, capas e manchetes tendenciosas, TVzonas, jornalões e revistonas ditavam o assunto do dia, ou agendavam, como preferia Maccombs.

Nas redes sociais, o midiota, acrítico, reproduzia tudo o que lia e ouvia.

Mas é preciso que se diga, todo esse discurso de ódio, medo, caos, xenofobia e racismo, despreza a ideia de nação, de coletividade fraterna, de solidariedade, de pacto social.

O discurso que alimenta o midiota se presta, tão somente, a defender a existência de dois Brasis, onde um serve apenas para servir ao outro.

Heráclito definia como idiota todo aquele que vive somente para si e se desloca das questões importantes para a coletividade.

Etimologicamente, o idiota (idio), é o sujeito ensimesmado que está mais preocupado com seu próprio umbigo.

Na Idade Mídia, também conhecida como Idade de Trevas, ele se converte no midiota, esse oligofrênico animal de rebanho que vocaliza, ventriloquamente, o discurso dos barões donos dos conglomerados de comunicação.

Em outubro, foram todos derrotados.

Dilma acaba de ser diplomada, Aécio e seu partido tentaram, até o último segundo, impedir a diplomação.

Os barões da mídia não se conformam.

Nas ruas e nas redes, os midiotas espumam pela boca. Sentem como se a derrota de Aécio e dos bilionários conspiradores – que têm muito a perder com a vitória de Dilma – fosse uma derrota deles também, que não perdem nada com isso.

Joseph Politzer já havia alertado, “com o tempo, uma imprensa mercenária, demagógica e corrupta, formará um público tão vil como ela mesma”.

Ela falava, vaticinosamente, sobre a midiotia.

Palavra da salvação.

Fonte: MARIA FRÔ
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No ano da copa, globo continuou em seu doloroso processo de queda.
Curiosamente, caiu 7% em 2014 e ainda produziu um número maior de midiotas.


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