Sistema Cantareira atinge volume zero em 2014 mes de junho20140515 0003 406x270 São Paulo: sem água, sem ar, sem terra. E com fogo
Nível de água no Cantareira e em cinco mananciais de São Paulo volta a cair. Previsão de chuva só na noite de quarta feira (12). Foto: Vagner Campos/A2 FOTOGRAFIA

A água dos reservatórios está acabando.
(Mas continuamos creditando o problema e a solução a alguma divindade antropomórfica vingativa e torcendo o nariz para necessárias mudanças no comportamento diante da falácia do recurso “renovável”, negando-nos a combater o desperdício e a pagar mais pelo seu uso.)
O ar é o mais poluído dos últimos sete anos.
(E seguimos tendo orgasmos múltiplos diante de anúncios de automóveis e motocicletas e babando em frente a vitrines de concessionárias enquanto mentimos em pesquisas de opinião, dizendo que amamos ônibus e bicicletas para ficar bem na fita.)
A terra e seu alto valor tornaram a cidade proibitiva.
(Contudo, na hora de apoiar medidas para cumprir a Constituição e impedir que a especulação imobiliária seja mais importante que a dignidade, quem tem pouco adota, por vezes, um discurso violento, que seria esperado dos grandes proprietários. Estufam o peito e gritam: A cidade é para quem pode pagar por ela! E, percebendo que eles próprios não podem, com o rabo entre as pernas, mudam-se para longe.)
O fogo é uma exitosa política de desenvolvimento urbano.
(Enquanto sentem pena de famílias que perderam tudo, abrem imperceptíveis sorrisos de olho no erguimento de bancos, salas de concertos e de exposições, teatros, sedes de multinacionais, escritórios da administração pública, restaurantes, equipamentos públicos. E apartamentos, para quem pode pagar, é claro.)
Se você era jovem na década de 90, pertinentemente chegaria à conclusão de que resta apenas clamar pelo Capitão Planeta. O problema é que, em São Paulo, há uma chance dele estar ocupado garantindo que a periferia fique na periferia ou controlando “pacificamente” manifestações. E, é claro, respondendo a demandas de doadores de campanha de seus chefes.
Leonardo Sakamoto é jornalista e doutor em Ciência Política.
** Publicado originalmente no Blog do Sakamoto.
Fonte: ENVOLVERDE
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Alckmin mentiu sobre crise da água

Por Altamiro Borges

Durante a campanha eleitoral, o governador Geraldo Alckmin (PSDB), simpatizante da Opus Dei, jurou por Deus que não havia crise da água em São Paulo. Blindado pela mídia chapa-branca, que recebe fortunas em anúncios publicitários e outras regalias, o tucano foi reeleito no primeiro turno. Passado o pleito, porém, muitos paulistas devem se perguntar se não foram vítimas de um estelionato eleitoral. Nesta segunda-feira (10), o governador se reuniu com a presidenta Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, para implorar ajuda financeira no enfrentamento da grave crise – que já afeta milhões de famílias. Ele apresentou um plano para a realização de oito obras de infraestrutura, ao custo de R$ 3,5 bilhões.

Na saída da audiência, Geraldo Alckmin ainda tentou escamotear a mentira da campanha. Diante dos jornalistas domesticados, ele garantiu que não há racionamento no Estado, mas apenas “uso racional da água”. O governo federal ficou de estudar a demanda. “A presidenta viu com bons olhos o conjunta das obras, mas vamos ter uma conversa mais aprofundada para que ela bata o martelo naquilo que o governo federal ajudará São Paulo. Estamos muito preocupados com a situação e o governo federal está disposto a contribuir com soluções para o problema que a região metropolitana”, afirmou a ministra do Planejamento, Miriam Belchior. A presidenta solicitou ao governador que detalhasse cada uma das obras.

Com o penico (ou balde) na mão, o grão-tucano até propôs um armistício. "Tivemos disputas eleitorais legítimas, mas o palanque acabou”, disse. “Alckmin afirmou que qualquer valor que o governo federal puder contribuir será bem-vindo. ‘O governo de São Paulo precisará do máximo que puder. Pode ser recurso a fundo perdido, do Orçamento Geral da União, ou pode ser financiamento’, disse o governador”, segundo relato da Folha. Esta postura mais branda e civilizada (para não dizer oportunista) deve ter desagradado os setores mais hidrófobos do PSDB, que mantém o clima de guerra e baixarias da corrida sucessória e até falam em impeachment de Dilma.

Imagina se a moda pega. Os paulistas também poderão sair às ruas exigindo o impeachment de Geraldo Alckmin por estelionato eleitoral. Para o cambaleante Aécio Neves, que perdeu o governo de Minas Gerais e está pendurado na brocha, interessa radicalizar o discurso, alimentando os golpistas da direita. Do contrário, a sua carreira pode cair no ostracismo e virar pó – só restando o destino do “aecioporto” de Cláudio. Já para o governador paulista, a questão imediata é abrandar a crise de abastecimento no Estado. Do contrário, o seu projeto presidencial para 2018 corre sérios riscos. Um tucano morde e outro assopra. As bicadas no ninho podem ficar mais sangrentas nas próximas semanas!

Fonte: Blog do Miro
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São Paulo, quem diria, agoniza.
Mais do que nunca serão necessários suas oficinas de florestas e seus deuses da chuva - como diz a letra de Caetano - para que a cidade volte a respirar. Para tanto, o governador de São Paulo, semanas atrás, contratou os serviços da Fundação Cacique Cobra Coral, para que através dos poderes da mente a chuva retorne à cidade.
Ontem, no entanto, Alckmin esteve reunido com a presidenta Dilma para pedir auxílio financeiro para combater o Secão paulistano, responsabilidade dos governos tucanos.
Como bem lembrou Fernando Brito, no TIJOLAÇO, hoje, Alckmin foi pedir quase 3 bilhões de reais para realizar obras e investimentos para combater a deficiência hídrica da cidade , e agora também da população.
No entanto, a SABESP do governo de SP  que é  responsável pela gestão da água  distribuiu 2, 5 bilhões  de reais para seus acionistas, em lugar  de investir para a população.


         CIDADE MORTA - arte PAPIRO
Atualmente, em função do desespero e da seca alarmante e avassaladora  na cidade e no estado, o governador tucano autorizou o reuso da água, o que significa que todo o esgoto da cidade será reaproveitado para produzir água, através de um tratamento , claro.
Além disso o ar de São Paulo está imundo, revelando-se como o mais sujo dos últimos sete anos.
Diante da realidade concreta, a melhor imagem para o estado de São Paulo é a de uma bunda gigantesca no céu  do estado ,  despejando o que a população bebe e respira.