quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Um surto gigantesco de pessoas e instituições que odeiam a democracia


Boechat:

oportunismo seletivo de FHC e o ridículo dos fascistas nas ruas




O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso veio a público para dizer que sentia vergonha do que estava acontecendo na Petrobras. Eu queria fazer a seguinte observação: Acho que ele [Fernando Henrique Cardoso] está sendo oportunista quando começa a sentir vergonha com a roubalheira ocorrida na gestão alheia. É o tipo de vergonha que tem memória controlada pelo tempo. A partir de um certo tempo para trás ou para frente você começa a sentir vergonha, porque o presidente Fernando Henrique Cardoso é um homem suficientemente experiente e bem informado para saber que na Petrobras se roubou também durante o seu governo. ‘Ah, mas não pegaram ninguém!” Ora presidente! Dá um desconto porque só falta o senhor achar que na gestão do Sarney não teve gente roubando na Petrobras. Na gestão do Fernando Collor não teve gente roubando na Petrobras. Na gestão do Itamar Franco não teve gente roubando na Petrobras. A Petrobras sempre teve em maior ou menor escala denúncias que apontavam desvios. Eu ganhei um Prêmio Esso em 89 denunciando roubalheira na Petrobras. […] A Petrobras sempre foi vítima de quadrilhas que operavam lá dentro formada por gente dos seus quadros ou que foram indicados por políticos e por empresários, fornecedores, empreiteiras. Então essa vergonha do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é sim uma tentativa de manipulação política partidária da questão policial”.


(…) “Eu acho mais o que saudável que as pessoas se manifestem politicamente. Contra e a favor do Governo. Eu acho muito bom que se manifestem contra principalmente porque governos sob pressão tendem a ser mais claros, objetivos, focados no interesse coletivo, mas acho que pegar essas manifestações para vender a ideia de que está se trabalhando um impeachment, ou se pedindo um impeachment da presidente Dilma é tão ridículo quanto estar nessas manifestações para pedir a volta a ditadura militar. Quem está pedindo o impeachment, mesmo que não peça a volta da ditadura militar está trabalhando com o mesmo DNA golpista, o mesmo tipo de idiotice, de imbecilidade, porque a Dilma, queiram ou não, foi eleita legitimamente não pelos nordestinos como parte deles prefere de forma neurótica e preconceituosa propagar, mas pelos mineiros que Aécio Neves governou, cariocas e fluminenses que jamais foram dados a votar em governantes da situação. Então ela foi eleita pela maioria dos votos do Brasil. Pronto, acabou, vira essa página e vamos em frente”.

Fonte: MARIA FRÔ
________________________________________________________________________



A Rede Bandeirantes e seu jornalismo não são referência para mim.

Como velha mídia  pouco acrescenta no cenário informativo e também de entretenimento.

No entanto, em raras ocasiões procuram demonstrar equilíbrio nas informações, talvez pelo excesso de manipulações diárias que apresentam.

Foi o caso do jornalista acima citado, que durante a campanha eleitoral em nenhum momento criticou as tentativas de golpe e os factóides lançados por veja e globo e que foram reproduzidos sem críticas por todas emissoras de tv e de rádio.

O que estamos assistindo nesses dias pós eleição ainda são desdobramentos  das expectativas  , planos, estratégias e armações que o campo da oposição colocou em prática na tentativa de ganhar as eleições.

Foi a quarta derrota seguida do PSDB, logo também da velha mídia , para o PT.

Ficou claro, até mesmo para os inocentes midiotas, que as oposições e a velha mídia investiram pesado e apostaram tudo na vitória de Aécio.

Perderam, pela quarta vez.

Uma grande expectativa quando não atingidos os objetivos, gera uma frustração de mesma intensidade.

Foi o que ocorreu com as oposições e a velha mídia com a quarta derrota seguida para o PT.

No dia em que as urnas deram o veredicto - a quarta vitória seguida do PT - as pessoas das oposições mais envolvidas no processo eleitoral foram  tomadas por uma profunda tristeza, inicialmente, que depois é transformada em uma nova esperança, fruto de fantasias criadas para não aceitar a realidade.

A primeira fantasia , logo nos dois dias seguintes a confirmação da quarta vitória consecutiva do PT, foi a necessidade de uma recontagem dos votos, na esperança infantil associada a fuga ante o real, de ainda vencer o pleito  e assim evitar a quarta vitória do PT.

Fantasia por um lado e desprezo pela democracia por outro, se fundem na tristeza, desespero, raiva e negação da realidade.

Como a recontagem dos votos caiu no ridículo que já era esperado, as oposições e a velha mídia - ainda no processo de negação da realidade e desprezo pela democracia - embarcaram em mais uma fantasia que pudesse amenizar o sofrimento pela quarta derrota seguida para o PT, e com isso criar uma  nova esperança de vitória nas eleições que se encerraram em 26 de outubro deste ano e deram de forma clara e inequívoca a vitória para Dilma, do PT, a quarta seguida do Partido dos trabalhadores desde as eleições de 2002.

Os desdobramentos das ações da Polícia Federal nas investigações de corrupção em empresas do governo - algo que os governos do PT fazem e nenhum outro governo fez - abriram possibilidades para a oposição e a velha mídia que ainda não aceitam a realidade - a quarta vitória seguida do PT - de engendrar caminhos possíveis que possam  especular sobre um possível impeachment da presidenta Dilma, não apenas pela corrupção na Petrobras - que existe desde sempre - até mesmo pelas contas  da campanha eleitoral de Dilma,contas que estão sendo analisadas com todo interesse e dedicação por um  Ministro do STF frustradíssimo pela quarta vitória consecutiva do PT nas eleições presidenciais.

Primeiro a derrota nas eleições, em seguida  os sentimentos embaralhados de raiva, frustração e tristeza pela derrota, logo após, a criação de fantasias e estratégias para ainda tentar vencer as eleições.

Tudo isso combinado, expõe alguns aspectos dos valores reinantes nas oposições e na velha mídia.

Em primeiro um desprezo pela democracia.

Em segundo lugar um cinismo e uma hipocrisia que pegam carona nas ações do governo - revelando o que acontece com todos os governos  anteriores através do governo que resolve investigar os fatos - quando a velha mídia disponibiliza espaço para declarações como a de FHC - citada na declaração de Boechat acima - e mesmo pelo noticiário da velha mídia totalmente distorcido da realidade , em função da apresentação de aspectos das investigações  pinçados com uma seletividade golpista .

Um terceiro aspecto que emerge são a suposta civilidade e equilíbrio demonstrados pelos setores de oposição, políticos e jornalistas.

Todos se apresentam  diante das câmeras ou nas linhas impressas, com um discurso pretensamente civilizado e livre de contaminações sentimentais e/ou emocionais, valorizando a plenitude da razão redentora e fria.

Ocorre que isso não é verdadeiro.

O pretenso discurso racional e equilibrado, é apenas uma construção cosmética que no caso dessas eleições não consegue esconder as emoções e os sentimentos que dominam a maioria das oposições, políticos, colunistas e jornalistas.

Quando tais emoções e sentimentos são exacerbados, a ponto de não aceitar a realidade ( a quarta vitória consecutiva do PT ) o discurso racional torna-se grotesco e até mesmo cômico. 

A título de exemplo imagine, caro leitor, um deputado falando para o outro:

- " vossa excelência que vá tomar no cú"

O exemplo acima, com algum exagero, ajuda a ilustrar o que se passa com os setores oposicionistas mais radicais da sociedade, incluindo aí a velha mídia e os políticos de oposição.

Longe de um um equilíbrio civilizado e de uma abordagem que privilegie a razão, as pessoas da velha mídia e da oposição já não mais percebem as emoções e os sentimentos em que estão imersos, fazendo desta forma do discurso racional algo inócuo, já que o que salta aos olhos é tão alto, claro e  escancarado que não se consegue ouvi-los.

Em outra palavras , o que se passa no momento com as pessoas da velha mídia e das oposições os psicólogos costumam  chamar de surto.

Por outro lado,o surto quando se manifesta sempre revela outros aspectos da personalidade das pessoas , que caso em questão são aversão e desprezo pela democracia e pela vontade popular.

Antes de qualquer discussão sobre os temas de interesse da população, o  que se precisa é dar um choque de realidade na velha mídia e nas oposições.

Feito isso, o debate será possível depois dessa quarta vitória consecutiva do PT.

Nenhum comentário:

Postar um comentário