sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Time sem vergonha



Em 4 de setembro deste ano escrevi o artigo abaixo - MAIS UM ANO PERDIDO - onde afirmava que o Fluminense não estava disputando vaga na Libertadores e sim , na melhor das hipóteses, uma vaga na pré-libertadores.


Passados 75 dias e 18 jogos do artigo abaixo, nada mudou no cenário do tricolor.

Faltando três rodadas para o término do campeonato brasileiro, o Fluminense apenas tem raras chances de uma vaga na pré-libertadores, isso se for aberto um G- 5 no campeonato brasileiro e, como previ no artigo citado, o time terminará o campeonato com um aproveitamento de algo em torno de 51%, com uma pontuação entre 65 e 57 pontos, o que torna a vaga na pré-libertadores algo quase que impossível.

Dito isto, mais uma vez o time fez um papelão jogando em casa, no Maracanã, contra a modesta, porém aguerrida e determinada, equipe da Chapecoense. 
Os jogadores do Fluminense entraram em campo imbuídos de uma soberba, achando que por estarem jogando contra uma equipe modesta venceriam o jogo quando quisessem. 
Erraram mais uma vez.

Também errou o treinador, que adotou um estilo de jogo ultrapassado e , justo o treinador que no início da competição apresentava um estilo de jogo moderno e vibrante para o time.
O time do Fluminense tem um padrão de jogo ultrapassado e a maioria dos jogadores  parece que sente um peso enorme nas pernas. 
É um time sem vibração, sem garra, sem determinação, sem vontade e com jogadas previsíveis. 

Ao final do vexame de ontem, o principal jogador do time - Fred -  foi entrevistado e atribuiu o papelão que proporcionaram  como  " coisas do futebol ". 
Disse ainda, em tom de crítica ao torcedor, que o torcedor é passional , pois quando o time ganha os jogadores são guerreiros e quando o time perde o time é de jogadores sem vergonha. Errou também em sua declaração.
Não são apenas os torcedores que são passionais, ou que tem alterações de humor com o futebol. 
O próprio jogador Fred, quando entrevistado após uma vitória de sua equipe, demonstra alegria, bom humor e apresenta várias explicações para o sucesso obtido no jogo, ficando um bom tempo a disposição dos repórteres. 
Jamais ouvi do jogador depois de uma vitória, em entrevista após o jogo, de forma seca e rápida como ontem, que a vitória " são coisas do futebol". 
Isso demonstra que os jogadores também são passionais ?
Talvez, assim como os torcedores , os jornalistas, repórteres e até o Papa. 
Se nada disso existisse, ou seja as variações de humor com os resultados, talvez o futebol nem existisse, e a razão não estaria sendo manifestada de forma tão clara neste artigo.
Logo , sair de campo criticando os torcedores e ainda dizendo seco e rápido que a derrota são " coisas do futebol", é fugir das responsabilidades , é tergiversar é ser sem vergonha, como corretamente gritaram os torcedores que estavam ontem no Maracanã.

A direção de futebol do Fluminense deve fazer uma profunda reformulação no elenco.
Agradecemos a todos os jogadores que escreveram um belo capítulo na História do clube, porém entendemos que já passou da hora de mudarem de ares, para o bem deles - jogadores - e do clube.

Como torcedores passionais e racionais que somos , queremos um time de jogadores jovens, comprometidos com o clube, vibrantes , comprometidos com a essência do futebol , e que entrem em campo com chuteiras e não com chinelos de salto alto.

 

quinta-feira, 4 de setembro de 2014


Mais um ano perdido




E o Fluminense não para de aprontar.
A bola da vez foi a eliminação precoce - mais uma - na Copa Sul americana.
E não adianta o discurso de maratona de jogos, pois a maratona é igual para todos os times.
A outra eliminação inadmissível foi na Copa do Brasil.

Definitivamente algo precisa ser feito no clube.
O elenco de jogadores do Fluminense, com jogadores qualificados e salários altíssimos, não pode em hipótese alguma ser eliminado das competições citadas da maneira como aconteceu.
Ninguém mais aguenta ouvir dirigentes, membros da comissão  técnica e jogadores com o discurso de que está tudo bem.
Não está , e não é de hoje que mudanças precisam acontecer.
E as mudanças que me refiro não passam por troca de treinadores.

Desde julho de 2013 quando o time foi eliminado na Taça Libertadores , o elenco do Fluminense deveria passar por uma reformulação, uma oxigenação.
É público e notório que existem jogadores com vontade de vencer, com espírito competitivo, enquanto um "grupo unido" joga de forma burocrática e com pouca competitividade.
Certamente depois de mais uma eliminação, os jogadores, comissão técnica, membros da diretoria e grande parte da imprensa esportiva, dirão que o time está bem no campeonato brasileiro, em 5° lugar, lutando pelo título e por uma vaga na libertadores de 2015 e que esses comentários são exagerados.
Não é de todo verdadeiro.

O Fluminense deixou de brigar pelo título do campeonato brasileiro não pela distancia que o separa do líder - 12 pontos - e sim pelo futebol pouco competitivo e irregular que apresenta para um time que almeja o título.
No tocante a uma vaga na libertadores de 2015, também é mentira que o time esteja na briga.
No máximo pode-se afirmar que o time briga pela  última vaga, na pré-libertadores.
Os números não mentem:
Nas nove rodadas do campeonato brasileiro antes da copa do mundo, o time somou 15 pontos ganhos, o mesmo número de pontos  que o time somou  nas nove rodadas depois da paralisação da copa.
Nos últimos treze jogos que o time jogou  depois da copa do mundo ( 9 do brasileiro, 2 da copa do Brasil e 2 da sul americana) o time teve 6 vitórias 2 empates e 5 derrotas, um  aproveitamento de 51%.
Ganhou 6 jogos e deixou de ganhar 7. 
É pouco para o elenco que tem.

Os treze jogos depois da copa são uma amostra significativa para avaliar o comportamento do time e projetar o desempenho da equipe nos 20 jogos restantes do campeonato brasileiro.
Mantendo um aproveitamento de 51%, o time terminará o campeonato brasileiro  na faixa de 60 pontos ganhos, o que dificilmente o colocaria na última vaga, a vaga para disputar a libertadores.
Os números estão aí, só não vê quem não quer.

A campanha do Fluminense no campeonato brasileiro, caminha para uma campanha de time coadjuvante na competição. 
Muito pouco para o elenco que tem e pelos salários que paga .

Também de nada adianta o time conseguir uma vaga na pré-libertadores e disputar a competição com o mesmo time. 
Talvez seja eliminado na fase pré e nem alcance a fase de grupos.
O time não sabe administrar  as vantagens, em jogos e em competições.
Assim sendo, Cristóvão jamais conquistará  a América.

Além do mais é visível um certo descontrole emocional em parte do elenco, já que  3 jogadores foram expulsos nos últimos  5 jogos, o que prejudicou ainda mais o time.
Nos últimos 13 jogos depois da copa, o time jogou 4 de forma excelente, 4 de forma burocrática e 5 se comportando como um bando em campo.
Não se sabe como o time irá se comportar nos jogos.

Uma reformulação no elenco, feita de forma planejada e responsável, deve ser implementada com urgência.
Os dirigentes, comissão técnica e jogadores não devem esperar o apoio da torcida nos jogos restantes do campeonato brasileiro.
O torcedor consciente vai deixar de comparecer aos estádios em jogos do time.
Os  torcedores que comparecerem certamente irão protestar, e com toda razão.

De minha parte já deixei de lado o campeonato brasileiro deste ano.
Vou , a partir de agora, acompanhar os preparativos da Vila Isabel para o carnaval de 2015  e torcer pelo tricolor suburbano, o Madureira, que faz uma bela campanha no campeonato brasileiro da série C.

Esse Fluminense não me representa.

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