quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Na globo até o feijão preto é rejeitado

CAPOEIRA ÊÊ, CAMARÁ

O patrimônio da escravidão

Por Luciano Martins Costa em 27/11/2014 na edição 826
Comentário para o programa radiofônico do Observatório, 27/11/2014
 Os telejornais da véspera deram destaque e a imprensa em geral registra na quinta-feira (27/11) que a capoeira, “expressão cultural descrita como luta, dança e jogo acrobático”, foi declarada patrimônio imaterial da humanidade pela Unesco – Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura. A justificativa da decisão diz que a capoeira simboliza a resistência negra no Brasil durante o período da escravidão. A notícia deve encher de orgulho milhões de brasileiros, e assim se passa mais uma camada de verniz sobre a questão histórica da escravidão e seu legado de desigualdades.
A capa genérica do nacionalismo cumpre tradicionalmente o papel de ocultar a vergonha das sociedades modernas que se recusam a enfrentar suas mazelas. Políticas de cotas e outras medidas corretivas podem amenizar o efeito econômico dos tratamentos diferenciados segundo a etnia, a cor da pele ou o gênero, mas não resolvem a questão da má consciência social.
A mídia tradicional cumpre um papel central nesse processo de tapar com a peneira o sol que nunca foi para todos, ao oferecer um discurso apologético e ufanista sobre o reconhecimento do valor cultural de uma prática que, com muita certeza, não é autenticamente brasileira.
A capoeira, como luta, dança ritual ou acrobacia, está descrita nos mitos de origem do mundo segundo os khoisan, povo africano transcendental mais conhecido como bosquímanos. Trata-se de um dos povos mais antigos do planeta, a se considerar o conceito de organização tribal conectada e conformada por técnicas, crenças, fisiologia comum e tradições.
Eles carregam em seu DNA as características mais próximas das raízes da espécie humana, e sua história os conduz dos primeiros passos do homem até o início do tráfico de escravos negros para o continente americano. São indivíduos de estatura mais baixa e de corpo mais esguio do que os demais africanos, com olhos oblíquos como os orientais, e eram conhecidos como caçadores, coletores e capazes de fazer boas colheitas em pouco espaço e tempo curto.
Na origem do mundo
A tradição oral dos bosquímanos é riquíssima e registra até mesmo o ponto de ruptura entre o homem natural e o homem moderno, no conto que relata a criação do fogo e a separação entre homens e animais. Numa dessas histórias, o filho do criador do mundo o resgata da morte e lhe ensina os movimentos básicos da prática que é hoje conhecida como capoeira. Estão descritos claramente nesse conto tradicional a ginga, o engodo, a rasteira e toda a natureza acrobática da capoeira.
Alguns de seus agrupamentos viviam na região conhecida como Angola quando começou o transporte de negros para a colônia portuguesa no Brasil. Misturados aos bantos, eles se concentraram na Bahia, mas também formaram colônias no Norte, entre o Maranhão e o Pará, e no Sudeste, em Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Essa é provavelmente a origem da confusão que se criou, dando aos bantos da Bahia, vindos de Angola, o crédito pela criação desse bem cultural.
Mas tudo isso é apenas assunto para boas conversas. O que se quer aqui representar é a prática jornalística de utilizar meias-verdades e estereótipos para escapar à tarefa de enfrentar os dilemas da modernidade e do capitalismo. Não se corrigem as desigualdades com anúncios ufanistas, mas aqui e ali muitas consciências se sentem confortadas com o fato de que uma tradição nascida como símbolo de resistência contra a tirania acaba reconhecida como patrimônio da humanidade.
Mais útil do que o ufanismo em torno da decisão da Unesco é a reportagem de página inteira publicada na edição de quinta-feira (27) do Globo (ver aqui) sobre a vida do africano Mahommah Baquaqua, que foi escravo no Brasil no século 19 e se tornou homem livre nos Estados Unidos. O livro original, publicado em 1854, está sendo traduzido para o português e deve ser lançado no Brasil até o final do ano que vem, segundo o jornal carioca.
Pode ser uma janela para reconhecer nosso passado escravagista. Mas a imprensa precisa também olhar a escravidão do presente e o preconceito que persiste até mesmo em suas redações. Nesta quinta-feira, o portal Comunique-se relata debate no qual se afirma que jornalistas negros são quase sempre destacados para cobrir temas como samba e criminalidade (ver aqui).
Em várias estradas do interior, principalmente no Centro-Oeste, a Polícia Rodoviária Federal faz vistas grossas para o tráfico de jovens recolhidas em comunidades do interior e levadas para prostíbulos nas regiões onde se constrói a infraestrutura do Brasil moderno.
Até quando?
Fonte: OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA
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Kamel, o Dr Roberto Marinho usava pó de arroz para se embranquecer

Ele e o Ataulfo se engalfinhavam para agradar o patrão 
Bial, o Dr Roberto ia achar o livro do Kamel muito engraçado...

Conversa Afiada reproduz indispensável análise sobre o “racismo” e o Gilberto Freire com “i”:

E O DIRETOR DE JORNALISMO DA GLOBO DIZ QUE NÃO SOMOS RACISTAS …


Não existe racismo no Brasil.


É, pelo menos, o título de um livro de Ali Kamel, diretor de jornalismo da Globo.


Nos últimos tempos, sempre que surgiram notícias que escancaram o racismo no Brasil, o livro de Kamel me vinha a cabeça.


Não exatamente o livro, mas a tese, a frase peremptória do título.


Não existe racismo no Brasil.


Vejo uma estatística: sete em cada dez mortos violentas são de negros.


A Anistia Internacional Brasil acaba de lançar uma campanha: “Jovem Negro Vivo”. “É quase um extermínio em massa”, diz o diretor da Anistia. Segundo a Anistia, 25 000 jovens negros são assassinados por ano no Brasil.


Sob indiferença generalizada, o que é pior.


A Anistia nota uma diferença. Nos Estados Unidos, quando a polícia mata um negro em circunstâncias suspeitas, irrompe uma revolta imediatamente.


No Brasil, não.


Quem não se lembra de Claudia, arrastada num carro de polícia? E de tantos outros?


Mas Kamel conseguiu escrever um livro cujo título é Não Somos Racistas.


Fui lê-lo.


Encontrei no Scribd, um site de livros digitais.


Em nenhum momento ele consegue ser convincente em seu ponto. O máximo a que chega é que é socialmente vergonhoso, no Brasil, ser racista. Bem, como se vê pela postagem abaixo, ou pelo número de torcedores do Grêmio que chamaram o goleiro Aranha de macaco, há quem discorde.



E ainda que fosse “vergonhoso”.


Quando a polícia vai fuzilar você, porque você é negro e está numa favela, você tem alguma chance de escapar se disser a seu carrasco que é uma vergonha o que ele está prestes a fazer?


O livro de Kamel ilumina pouco o tema do racismo. Em compensação, projeta muitas luzes sobre o próprio Kamel.


Já começa nos agradecimentos. Os patrões são entusiasmadamente elogiados. Os três. Por promoverem um “jornalismo plural”.


Não se trata apenas de bajulação. Mas de um aplauso que simplesmente não faz sentido. A não ser que pluralidade, na mente de Kamel, seja Merval, Jabor, Míriam Leitão, Sardenberg, Noblat, Waack, para ficar em alguns.  Sem contar ele próprio, é claro.


É uma pluralidade absolutamente singular: todos pensam igual. Igual aos patrões, naturalmente.


O livro também é revelador na raiva que Kamel tem de Lula, e no amor por FHC.


A FHC são dados todos os créditos por ter feito do Brasil um país maravilhoso, aspas. Lula, em compensação, se limitou a copiar – canhestramente – FHC.


Lula, para Kamel, fez mal tudo aquilo que FHC fez bem.


Há também uma coisa que conta muito sobre Kamel – e a cultura livresca das Organizações Globo. A obsessão por ver seu nome na capa de um livro.


Não Somos Racistas é uma compilação preguiçosa de artigos. Merval fez o mesmo com os textos que escreveu sobre o Mensalão, e terminou na Academia Brasileira de Letras.


Não sei se este é o destino sonhado por Kamel.


Tudo aquilo somado, da negação do racismo se chega a uma outra tese: a de que as cotas para negros são um erro – mais um – de Lula.


Acho, particularmente, uma besteira torrencial, mas enxergo isso sob outro ângulo. Os irmãos Marinhos são contrários às cotas. Logo, Kamel também é – e muito.


Em meus dias de Conselho Editorial da Globo, notei nas reuniões o seguinte: Kamel e Merval, os mais falantes do grupo, como que disputavam para ver quem era mais a favor das ideias da família Marinho.


O livro de Kamel não se sustenta, na teoria que defende, nem no próprio Roberto Marinho. Se não fôssemos racistas, Roberto Marinho não passaria pó de arroz para embranquecer a pele morena, conforme conta Pedro Bial na biografia que escreveu sobre o dono da Globo.

Fonte: CONVERSA AFIADA
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Quanto mais mexe, mais vai feder




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Entre outras afirmações, fala que sempre lutou “contra a violência e o preconceito”. Ora: mas quem não é? (ao menos da boca para fora)
Nós reiteramos o apoio à Guerreira Dona Maria de Fátima e sua família! Que aliás mostrou provas sobre o script informal do programa “em homenagem” ao DG.
E partilhamos novamente a noticia abaixo, com algumas importantes questões sobre as relações umbilicais entre o Programa Esquenta, a Rede Globo e as UPPs da Polícia Militar do RJ (PMERJ). Sobre isso (Violência Policial), Regina insiste em não falar nenhuma vírgula. Por que será?
A legitimação das UPPs está por trás da postura de 
Regina Casé com Dona Maria de Fátima
Se a Senhora Regina Casé, a produção do Programa Esquenta e a Rede Globo insistirem em desacreditar a Dona Maria de Fátima (mãe do dançarino DG), só virá mais à tona as relações umbilicais entre a emissora, o programa e as estratégias de legitimação das UPPs nas favelas cariocas.
Por isso a censura às denúncias de Dona Maria de Fátima e o silêncio absurdo do programa em relação à violência policial  (dos policiais da UPP Cantagalo-Pavão-Pavãozinho) que assassinaram o dançarino DG.
Dentre os principais colaboradores do programa, desde o seu início, está um dos mentores e primeiros coordenadores do programa “UPP Social”, o senhor José Marcelo Zacchi.
Aqui está um exemplo do tipo de propaganda descarada que o Programa Esquenta faz da militarização dos territórios das favelas – travestido de “pacificação”: http://globotv.globo.com/rede-globo/esquenta/v/o-rio-depois-das-upps-policiais-comentam-o-dia-a-dia-nas-favelas/2356867/
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As relações entre a Rede Globo e a Polícia Militar do Rio de Janeiro – PMERJ (a polícia que assassinou DG) só se reforçaram, nos últimos dias, com a confirmação da notícia de que o novo Comandante Geral da PMERJ vai ficar com o coronel Alberto Pinheiro Neto, ex-comandante do BOPE, que há um ano é chefe de segurança da Globo. Ele foi recém escolhido, no dia 07.11.2014, pelo secretário José Mariano Beltrame.

Quanto mais a rede Globo mexer nesta história, mais vai feder para ela….

Fonte: IG

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Primeiro foi a notícia de que a capoeira é , agora, patrimônio imaterial da humanidade.

Imagine, caro leitor, a apresentadora do jornal do SBT - aquela mesma que mais se parece com um membro da KKK - falando, cheia de sorrisos , sobre o novo status da capoeira.
Não combina.

O mesmo se passou em globo e bandeirantes.

Aí aparece o CONVERSA AFIADA mostrando uma passagem do livro que Pedro Bial - o jornalista que babava o ovo do Roberto Marinho - escreveu sobre o capo.

Quem diria, que Roberto Marinho passava pó de arroz na cara para ficar com a pele mais clara e esconder sua morenice.

E na sequência, não necessariamente cronológica, vem o livro do Kamel - não confundir com marca de cigarro - onde afirma , já no título, que o brasileiro não é racista.

Se tantas evidências não fossem suficientes para comprovar o racismo explícito, principalmente das empresas do grupo globo, vem a história que já exala um odor insuportável no país sobre o assassinato pela polícia militar do Rio de Janeiro de um dançarino, negro, do programa de Regina Casé, o Esquenta, da TV globo.

A mãe do dançarino assassinado pela polícia acusa a TV globo de ter relações com a polícia para legitimação das UPP's do Rio de Janeiro - o que todos sabem - motivo pelo qual o assassinato do dançarino por um policial, foi assunto censurado no próprio programa de que o rapaz atuava, apesar dos rios de lágrimas despejados pela apresentadora Regina Casé por ocasião do assassinato.

Ainda na sequência de evidências que demonstram de forma clara o racismo e o preconceito de classe das empresas do grupo globo, cabe lembrar que hoje também é notícia, que os EUA, junto com o Canadá e as ilhas Palau não rejeitam o nazismo e todas as outras formas de intolerância , como racismo e a xenofobia.

Para as empresas do grupo globo, os EUA são referência inequívoca de valores culturais, ações, práticas e comportamentos, o que define o sentido das expressões e dos conteúdos do jornalismo e dos programas de entretenimento das emissoras do grupo.

Leia abaixo os artigos de TIJOLAÇO e em seguida o de MARIA FRÔ:


EUA votam na ONU contra o “combate à glorificação do nazismo”
27 de novembro de 2014 | 10:20 Autor: Fernando Brito
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Enquanto se multiplicam os protestos nos Estados Unidos contra a decisão do júri que livrou de julgamento o policial que matou o jovem  negro Michael Brown, que já levou mais de 400 pessoas à cadeia na cidade de  Ferguson, no estado sulista do Missouri, e em outras regiões dos Estados Unidos por protestar a diplomacia -acaba de marcar um “golaço” contra o racismo.
Gol contra, fique claro.
É que na sexta-feira a Assembléia Geral da ONU votou uma declaração “contrária à glorificação do nazismo e outras práticas que contribuem para alimentar formas contemporâneas de racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância”.
O resultado, claro, foi de aprovação esmagadora: 126 votos a favor e três contrários, com 50 abstenções.
Os três votos contrários?
Estados Unidos, Canadá (que sempre o acompanha) e o pequeno arquipélago de Palau, na Oceania, que se declarou “estado associado” aos EUA, embora 99% dos americanos nem saibam da existência daquelas ilhotas paradisíacas, que só viraram notícia por causa de um relatório que a apontou como maior consumidora de maconha per capita do mundo.
Para quem duvidar, está aqui a folha de votação, no site das Nações Unidas.
É bom saber, para quem duvidou da matéria da BBC de que por lá se pagam pensões a acusados de crimes de guerra na Alemanha.
É impressionante como o isolacionismo diplomático dos Estados Unidos só é comparável ao seu intervencionismo bélico.
Um país que deu milhares de vidas ao enfrentar a Alemanha nazista, que é presidido por um negro, que se constituiu com imigrantes do mundo inteiro  e que tem décadas de avanço em reconhecimento dos direitos de orientação sexual votar contra uma resolução destas?
É, nada para desagradar a cada vez mais forte direita interna e que atrapalhe o flerte com os movimentos neonazistas no Leste Europeu (Albânia, Bósnia, Bulgária, Ucrânia, República Checa, Eslovênia e Hungria, entre outros, se abstiveram).
Parece o PSDB com os “pró-ditadura” da Paulista.

Fonte: TIJOLAÇO
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Estamos muito longe de uma democracia racial na tv brasileira
Estamos muito longe de uma democracia racial na TV brasileira
“Quem tem de superar o preconceito racial é o racista não os negros, vítimas deste sórdido preconceito”, diz a jornalista Luciana Barreto, apresentadora do jornal Repórter Brasil no Rio de Janeiro, entrevistada no programa  Ver TV na TV Brasil, apresentado pelo professor Lalo Filho.
Luciana faz críticas pertinentes principalmente à mídia monopolizada que ao invés de combater o racismo dá ainda mais voz aos racistas.
“Quando eu era criança e via tevê e me via excluída da TV brasileira, assim como a criança pobre se vê excluída do mercado, se vê excluída de tudo, se vê excluída da presença dos país na casa por estarem trabalhando, se vê excluída de uma educação de qualidade, porque estuda em colégios sucateados, sem uma educação de qualidade (..)
Imagina o que é ser uma criança pobre e negra no Brasil…
Imagina o papel que a televisão teria na construção de uma identidade positiva para esta criança pobre e negra no Brasil. Pobre, negra, indígena, nordestina.
Imagina que papel a televisão teria na construção desta identidade positiva.
Imagina o potencial que o Brasil teria de crescimento com jovens que tivessem desde cedo uma construção de uma identidade positiva.
Mas o que a gente vê hoje é um Brasil, é uma televisão, é uma concessão pública que exclui a maior parte das crianças brasileiras. É isso que a gente vê hoje no Brasil e a exclusão tem sérios riscos pra sociedade, nós estamos vendo aí.”
Luciana toca no ponto central de como a tv é danosa na formação da identidade das crianças brasileiras negras e brancas, incapaz de representar a diversidade da população brasileira, incapaz de criar representações positivas da população negra, dificulta a criação de identidade positiva para as crianças negras, mulheres negras e jovens negros.
A apresentadora do Repórter Brasil defende que a televisão brasileira nega, deturpa e desvaloriza a figura do negro no Brasil enquanto deveria celebrar a cultura negra como parte integral da identidade do país.
A jornalista fala da sua própria vivência como jornalista e revela que a falta de referências de negras ocupando cargos importantes na televisão fez ela desacreditar que a carreira de apresentadora era adequada para ela.
“A gente está ferindo especialmente a identidade da mulher negra que não consegue se ver representada em nenhum cargo que exigia um nível de escolaridade alta”, explica.
A jornalista considera que a aceitação da cultura negra e da diversidade como um pilar essencial na identidade do país é uma peça chave para o crescimento do Brasil como um todo.
Luciana reflete sobre a potencialidade que a tv, nunca é demais lembrar, uma concessão pública, tem em construir identidade positiva, mas se recusa a fazer isso.
Seu depoimento pessoal deveria convencer parlamentares, governos, educadores de como democratizar a comunicação brasileira, como construir uma verdadeira comunicação no país é vital para o próprio desenvolvimento da cidadania plena, não apenas para negros, para todos, porque a sociedade brasileira sem superar o racismo continuará atrasada independente de quantos degraus o país avance economicamente.
Fonte:MARIA FRÔ

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