sábado, 8 de novembro de 2014

A hora e a vez do sabotador da república

Porque Eduardo Cunha precisa da “anistia” da mídia

8 de novembro de 2014 | 11:24 Autor: Fernando Brito
pccunha
A imagem aí de cima, do twitter do recém-expurgado Xico Sá, que antes de cronista foi repórter de política da Folha, é só um dos inúmeros testemunhos sobre a  carreira de Eduardo Cunha, o homem que promete “colocar na gaveta” qualquer projeto de regulação econômica da mídia.
Sá sabe de quem está falando.
E é por isso que, se quer seguir em frente em seu ambicioso plano de presidir um dos poderes da República, Cunha precisa que a grande imprensa sofra um processo de amnésia, que durará tanto quanto durar sua disposição de inviabilizar o governo eleito pela população.
Depois, se quiserem, devolvem-no ao lugar com um piparote.
Quem quiser conhecer o rosário de processos em que ele está envolvido, pode ler aqui a matéria do Luís Nassif, muito bem lembrada pelo Conversa Afiada.
Como hoje é sábado, opto pela mais proseada narrativa de uma reportagem do IG sobre os “60 mais poderosos” do Brasil,à qual acrescento um título ao estilo do texto.

O X-Man da maracutaia

Para os telespectadores, aquela foi apenas mais uma edição do RJ TV. Mas os colegas de Cláudia Cruz presentes na redação em 10 de abril de 2000 testemunharam o constrangimento e a contrariedade da jornalista. Naquela noite de segunda-feira, por dever de ofício, a então apresentadora da Rede Globo enfrentou o momento mais embaraçoso de sua carreira: teve de noticiar a demissão de seu próprio marido da presidência da Companhia Estadual de Habitação (Cehab) do Rio de Janeiro por denúncias de fraudes em contratos assinados em sua gestão. Mas, não haveria de ser nada, tanto para um quanto para outro. Mais de uma década depois, Cláudia permanece submersa em conveniente, ainda que não necessariamente voluntário, anonimato em que mergulhou em 2002, quando abandonou a TV. Seu marido, por sua vez, percorreu o caminho contrário e se tornou protagonista de uma das mais impressionantes biografias da história recente da política brasileira. Em meio a sucessivos escândalos, virou, para muitos, o mais poderoso e influente parlamentar do Brasil. A trajetória de Eduardo Cunha merece muito mais do que um RJ TV.
Em um estranho metabolismo, Eduardo Cunha é capaz de transformar cada nova denúncia em nutriente político, cada ataque em massa muscular. Cunha parece ter couraça de vibranium e esqueleto de adamantium, como se saído de um quadrinho da Marvel. Sua história, no entanto, não está nos gibis, mas, sim, nas centenas de páginas de jornais, revistas e sites recheadas de escândalos envolvendo seu nome. Fosse Brasília a Veneza dos Doges e haveria por toda a cidade Bochi delle Denuntie apinhadas de delações contra ele – os homens públicos denunciados e posteriormente condenados por corrupção eram afogados em lagos do Vêneto, prática que ficou nas enciclopédias, para alívio dos amantes do Paranoá.
Pouco antes de dirigir a Cehab, Eduardo Cunha ocupou, em 1999, a subsecretaria de Habitação do Rio de Janeiro. No início da década, mais precisamente entre os anos de 1991 e 1993, presidiu a Telerj – os cariocas mais atentos e saudosos certamente hão de lembrar que, nessa época, a maviosa voz feminina gravada no serviço 102 pertencia a Claudia Cruz, mas isso é apenas um detalhe. Eduardo Cunha entrou oficialmente na política em 1994, quando se filiou ao então PPB. No período entre sua saída da Telerj e a indicação para a subsecretaria de Estado, o economista, com passagens pela Xerox e pela Arthur Andersen, atravessou boa parte da década batendo ponto em um escritório no número 68 da Rua Buenos Aires, no centro do Rio, em um edifício sugestivamente chamado Big.
Em sua sala, costumava acompanhar compulsivamente uma tela com gráficos e cotações da Bolsa, muitas vezes ignorando o interlocutor sentado à sua frente. Sua ascensão política se deu pelas mãos de Anthony Garotinho, de quem foi aliado fiel e hoje é inimigo figadal. Em 2001, elegeu-se deputado estadual. Ano seguinte, era escolhido para o seu primeiro mandato na Câmara dos Deputados. Uniu-se ao ex-empresário e líder evangélico Francisco Silva, filho ilustre da cidade de Cunha, em São Paulo – coincidência que virou piada surrada na boca de assessores e bajuladores de plantão. Sagrada parceria. A aproximação com comunidades pentecostais tornou Eduardo Cunha conhecido em bairros da periferia do Rio e em cidades do interior do Estado nos quais, provavelmente, ele jamais havia pisado. Desde então, a fé tem lhe garantido de 100 mil a 150 mil votos por eleição.
Os próprios adversários – alguns preferem ser chamados de inimigos mesmo – de Eduardo Cunha dão a mão à palmatória. Existem poucos parlamentares com tamanho conhecimento das avenidas e vielas do Congresso e das retas e gincanas do regimento da Casa. Cunha sabe como adiantar ou atrasar os ponteiros de uma votação de acordo com seus interesses, que, às vezes, até coincidem com os do PMDB. Líder de um partido da base aliada, parece estar no posto apenas para lembrar que, na política, o maior rival está sempre dentro de casa; só depois é que vêm os adversários. A cada estocada, Cunha mostra que conhece exatamente onde está cada terminação nervosa do governo, e, consequentemente, como impor ao Planalto torturantes mialgias políticas. Assim foi na MP dos Portos, quando ergueu mil e um obstáculos para a votação do projeto – o que lhe rendeu acusações de trabalhar a favor dos interesses de operadores portuários.
Eduardo Cunha está sempre muito bem posicionado, embora se tenha muito pouca clareza onde ele realmente está posicionado. Seu poder se ramifica por diversas instâncias e setores da República. Tem notória influência sobre determinados fundos de pensão e estatais, como Furnas e sua respectiva entidade de previdência privada, o Real Grandeza. Em 2007, impôs à então ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, o nome do ex-prefeito do Rio Luiz Paulo Conde à presidência da subsidiária da Eletrobras. Como relator do projeto para a prorrogação da CPMF, Cunha só deu seu parecer depois de o governo confirmar a nomeação de Conde. Quatro anos depois, foi investigado pela Controladoria-Geral da União (CGU). O órgão apontou que Furnas teria coberto prejuízos decorrentes de sua participação na construção da Usina Hidrelétrica de Serra do Facão, em parceria com a Companhia Energética Serra da Carioca II, cujos diretores seriam ligados ao deputado federal.
No ambiente parlamentar, esbanja ascendência sobre a bancada do PMDB. Mesmo os deputados que não se alinham necessariamente às suas posições temem enfrentá-lo ostensivamente, como se calculassem o risco político que tal conflito pode gerar. Nas votações mais importantes, Cunha costuma cantar com antecedência como votarão os congressistas do partido. E dificilmente erra uma nota. O líder do PMDB costuma ser rascante ao avaliar seus pares: “Se o Congresso está ruim é porque a sociedade está ruim”.
O poder de Eduardo Cunha é proporcional à poeira que ele levanta por onde passa. Parece haver um escândalo para cada pegada do deputado. Seus adversários apontam para as mais diversas feridas, soldadas a ferro e fogo em seu currículo. Ao assumir a presidência da Telerj, no governo de Fernando Collor, foi vinculado a PC Faria, tesoureiro de campanha do único presidente da República a sofrer no impeachment no Brasil. Em 2000, a Receita Federal constatou incompatibilidades entre suas movimentações financeiras e sua declaração de Imposto de Renda. Em 2003, foi alvo de acusações de achaques a empresários do setor de combustíveis. Cunha estaria instrumentalizando a Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara para pressionar dirigentes de companhias de petróleo.
Na ocasião, o deputado baiano Nelson Pellegrino, então líder do PT, disse que havia uma “quadrilha” na comissão. Suas palavras, assim como as denúncias, foram levadas pelo vento. Em 2007, a deputada estadual Cidinha Campos o acusou de ter feito uma operação cruzada de venda e recompra de um imóvel em Angra dos Reis com o traficante colombiano Juan Carlos Abadia, preso pela Polícia Federal no mesmo ano.
No episódio do mensalão, Eduardo Cunha foi ligado a denúncias de desvio de recursos da Prece, o fundo de pensão dos funcionários da Cedae. Pouco antes, em reportagens na imprensa, foi acusado de envolvimento com o doleiro Lucio Funaro, também investigado na CPI dos Correios, durante a qual emergiu o escândalo do mensalão. Em 2010, o nome de Eduardo Cunha caiu em novo caldeirão fervente. Após uma longa investigação da Polícia Federal foi acusado de envolvimento em um grande esquema de sonegação fiscal liderado pela Refinaria de Manguinhos, pertencente ao empresário Rogério Andrade Magro, personagem tido como controverso e supostamente ligado ao ex-ministro José Dirceu. A quem interessar possa: em seu site oficial, Eduardo Cunha mantém uma área dedicada exclusivamente a rebater as principais denúncias que lhe são imputadas e a atacar seus detratores. Afinal, é preciso manter a fama de mau.

Blindagem de Cunha na mídia não vai durar

8 de novembro de 2014 | 10:58 Autor: Miguel do Rosário
cunha
O Fernando já escreveu sobre isso ontem à noite, e por isso mesmo vale dar continuidade ao tema. Por quanto tempo a mídia conseguirá blindar a imagem de Cunha junto à opinião pública?
A imprensa brasileira não irá investigar os inúmeros processos em andamento contra o deputado?
O que me parece incrível é esse espírito de boiada da nossa imprensa.
Mandam dezenas de repórteres à Itália, para obter uma imagem de um brasileiro saindo da prisão, e não põem um mísero jornalista para investigar aquele que já se arvora como futuro presidente do Congresso Nacional.
Mas a mídia não vão conseguir blindar Cunha por muito tempo.
A própria atitude de Cunha, antidemocrática, de prometer engavetar qualquer projeto de regulação de mídia, ou seja, de usar a prerrogativa para não deixar que sequer seja debatido livremente pelos parlamentares, mostra que ele já começou um jogo de toma-lá-da-cá com os grandes meios de comunicação.
Entretanto, ao mesmo tempo em que fala isso, Cunha apenas incendeia o debate sobre regulação da mídia.
Antigamente, eles tinham que fazer esses acordos na surdina, em segredo.
O próprio fato de serem obrigados a fazer a prostituição a céu aberto já é uma derrota política.
A regulação econômica da mídia vai sair de uma forma ou de outra.
A postura de Cunha é de alguém que ainda acredita no poder ilimitado da mídia.
Cunha está apostando na força dos derrotados.
E por isso vai perder.
*
Reproduzo abaixo o post do Nassif, via Conversa Afiada. Os posts, tanto no Nassif quanto no Conversa Afiada, vem cheio de links para cada processo citado.
As ações que correm contra Cunha
As rede sociais vão deixar Cunha em liberdade ?
Do Nassif:
AS AÇÕES QUE CORREM CONTRA EDUARDO CUNHA
No Supremo Tribunal Federal (STF), pelo menos vinte e dois processos têm como parte o Deputado Federal Eduardo Cosentino da Cunha, líder do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) na Câmara dos Deputados. Ora como autor, ora como réu.
Entre eles, três inquéritos 2123, 2984 e 3056. Todos para apurar possíveis crimes cometidos por Cunha na época em que ele era Presidente da Companhia de Habitação de Estado do Rio de Janeiro (CEHAB-RJ) entre 1999 e 2000.
O primeiro e o terceiro procedimentos instaurados (2123 e 3056), em 2004 e 2010, buscam apurar CRIME CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA (sonegação de impostos). O segundo (2984), aberto em 2010, verifica o cometimento de crime contra a fé pública por falsificação de documentos. Os documentos em questão seriam pareceres do Ministério Público que levaram ao arquivamento, no Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, do processo 106.777-0/00, para apurar fraudes em contratos celebrados pela Cehab-RJ, entre 1999 e 2000.
INQUÉRITO 2123
Dados do inquérito mostram a incompatibilidade entre as informações bancárias de Cunha (obtidas por quebra de sigilo pela Receita Federal) e a movimentação financeira e de rendimentos declarados por ele entre 1999 e 2000.
Ao protocolizar este inquérito, O PROCURADOR GERAL CLAUDIO FONTELES disse que várias acusações contra o deputado Eduardo da Cunha já teriam sido alvo de apuração pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), mas não houve provas suficientes para levarem as investigações à frente e os inquéritos destas acusações foram arquivados.
De acordo com o procurador, a necessidade de abertura deste inquérito seria a ausência de investigação sobre a prática de crime contra a ordem tributária, DE INDÍCIOS DE HOUVE O CRIME e a necessidade de se descobrir a existência de provas materiais que caracterizem os fatos como crime.
Em julho de 2004, O PLENÁRIO DO SUPREMO DECIDIU, por maioria, acompanhar o voto do relator, ministro Sepúlveda Pertence. Consta da decisão o deferimento de habeas corpus e a impossibilidade de instauração do inquérito. Ambos pronunciamentos ocorreram devido à necessidade de se aguardar a decisão definitiva do processo administrativo instaurado na Receita Federal sobre a existência ou não de crime contra a ordem tributária. No entanto, a decisão do Supremo não afastou a possibilidade de a Procuradoria Geral da República promover ação penal pública contra Cunha caso o crime seja confirmado.
Em dezembro do mesmo ano, O RELATOR DO INQUÉRITO, MINISTRO GILMAR MENDES, DEFERIU o encaminhamento de cópias das informações prestadas pela Receita Federal e dos demais documentos que instruem o inquérito à 4ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do MPRJ.
O recebimento destes documentos pela promotoria eram essenciais para a instauração do inquérito civil n.º 490/2002 para apurar eventual ato de improbidade administrativa do ex-presidente da CEHAB-RJ.
INQUÉRITO 2984
O inquérito tem como base crime contra a fé pública por falsificação e uso de documentos falsos (art. 297 c/c artigo 304, ambos do Código Penal).
O documentos falsificados foram inseridos no processo Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) nº 106.777-0/00 e deram margem a que o Juiz Luiz Lopes arquivasse o processo. Supostamente tais documentos teriam sido juntados exatamente com o intuito de obter o arquivamento.
Na denúncia, o procurador geral Roberto Monteiro Gurgel Santos aponta a apresentação, ao TCE-RJ, de duas cópias de uma promoção de arquivamento supostamente promovida pela Promotoria de Defesa dos da Cidadania e do Patrimônio Público, subscrita pelo promotor de justiça Humberto Dalla Bernadino de Pinho, referentes aos processos MP nº 4605, 4271, 4810 e 4935/2000, uma das quais autenticadas pelo ex-subprocurador-geral de justiça Elio Gitelman Fischberg. Além de um suposto voto da procuradora procuradora de justiça Elaine Costa da Silva (MPRJ) sobre os mesmos processos.
Ainda de acordo com a denúncia, a falsidade dos documentos foi constatada por meio de exame grafotécnico, o qual resultou no laudo ICCE RJ-SPD 012.322/2008. O laudo atesta que todas as assinaturas dos promotores públicos estaduais constantes nos documentos são falsas. À exceção da assinatura do ex-subprocurador-geral de justiça Elio Gitelman Fischberg.
Com base nestas informações, o procurador geral resolveu por denunciar o Deputado Federal Eduardo Cosentino da Cunha, o advogado Jaime Samuel Cukier e o ex-subprocurador-geral de justiça Elio Gitelman Fischberg por fraude e uso de documentos oficiais.
Além de provas documentais, Gurgel pediu que se chamasse como testemunha dos fatos, o promotor de justiça Humberto Dalla Bernadino de Pinho (MPRJ), a procuradora de justiça Elaine Costa da Silva (MPRJ) e o desembargador José Muiños Piñeiro Filho do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ).
Neste caso, a decisão do supremo foi pela abertura do inquérito para a apuração dos fatos. Outra decisão do STF, devido à conexão do inquérito com o processo nº 106.777- 0/2000 do TCE-RJ em que os documentos falsificados foram inseridos, foi de que o inquérito e o processo seriam mantidos separados.
Em outrubro de 2010, o STF manifestou-se pela primeira vez, quanto à produção de uma nova midia digital referente a outro inquérito (inq 2774) que corre em segredo de justiça.
Em dezembro de 2012, outra decisão do supremo. O Ministro Gilmar Mendes defere o pedido da Desembargadora Leila Mariano, relatora da ação penal nº 2008.068.00015, para que órgão especial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) pudesse realizar em separado o julgamento do ex-subprocurador-geral de justiça Elio Gitelman Fischberg e do advogado Jaime Samuel Cukier. A suprema corte acolheu o pedido e a corte do Rio de Janeiro em separado julgou ambos os réus da ação penal.
No processo movido pelo órgão especial, Fischberg foi condenado a três anos, 10 meses e 11 dias de reclusão, em regime aberto e perdeu sua função pública. A pena, entretanto, foi substituída por duas restritivas de direito: prestação de serviços à comunidade e pagamento de R$ 300 mil ao Instituto Nacional do Câncer (Inca). Cukier foi absolvido por falta de provas. A decisão pode ser vista neste link.
Em 21 de março deste ano, o Supremo Tribunal recebeu a denúncia contra o Deputado Federal Eduardo da Cunha. O MInistro Luiz Fux – também afilhado político de Sérgio Cabral – contrariou seu estilo e votou a favor de Eduardo Cunha.
TCE-RJ
Segundo informações da Assessoria de Imprensa do Tribunal de Contas do Estado Rio de Janeiro (TCE-RJ), em setembro do ano passado, o TCE-RJ reabriu as investigações sobre fraudes em contratos celebrados pela Companhia Estadual de Habitação (Cehab), entre 1999 e 2000, período em que a empresa foi presidida por Eduardo Cunha.
O caso havia sido arquivado em 2004, a pedido do então relator do processo, conselheiro Jonas Lopes, com base nos documentos supostamente autênticos do Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro. Tais documentos inocentavam Cunha e outros gestores da CEHAB-RJ de quaisquer fraudes em licitações no período de sua gestão.
Posteriormente, o próprio MP constatou que os documentos eram falsos e responsabilizou o ex-subprocurador-geral de Justiça, Elio Fischberg.
No dia 27 de agosto de 2012, o Órgão Especial do Tribunal de Justiça condenou Fischberg pela falsificação. O TCE aguardava a decisão da Justiça para prosseguir ou não com as investigações.
O processo foi reaberto e está tramitando normalmente pelos setores do Corpo Técnico do TCE. O relatório irá posteriormente para um dos sete conselheiros, que será o relator. Ele apresentará seu voto para votação em plenário, em data não definida.
O processo pode ser acessado pelo site do TCE (www.tce.rj.gov.br), processo: 106.777- 0/2000 -Eduardo Cosentino da Cunha.
INQUÉRITO 3056
Este terceiro inquérito envolve de uma outra forma o Deputado Eduardo Cosentino da Cunha.
OUTROS PROCESSOS
Eduardo Cosentino da Cunha ainda está envolvido em outros processos fora do Supremo Tribunal Federal. Entre eles:
– Inquérito que apura crimes contra a ordem tributária. TRF-1 Seção Judiciária do Distrito Federal – processo 0031294-51.2004.4.01.3400
– Ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal. TJ-RJ Comarca do Rio de Janeiro – processo 0026321-60.2006.8.19.0001
– Ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Estadual. TRE-RJ – processo 59664.2011.619.0000
– Representação movida pelo Ministério Público Eleitoral por captação ilícita de sufrágio. TRE-RJ – processo 9488.2010.619.0153
– Ação de investigação judicial eleitoral movida pelo MPE por abuso de poder econômico. TSE – processo 707/2007
– Recurso contra expedição de diploma apresentado pelo MPE por captação ilícita de sufrágio.
PRERROGATIVA DE FORO
No caso de Cunha, ambos os procedimentos tiveram origem no STF e foram movidos pela Procuradoria Geral da República devido à prerrogativa de foro concedida pelos artigos 58, I e II da Constituição Federal de 1988, pelos artigos 1º a 12 da Lei 8038/90 e os artigos 230 a 246 do Regimento Interno do STF. Ou seja, por ser Deputado Federal.
Leia mais sobre o Deputado Federal Eduardo Cosentino da Cunha aqui:
HTTP://WWW.REDEBRASILATUAL.COM.BR/POLITICA/2013/05/POLEMICO-LIDER-DO-PMDB-EDUARDO-CUNHA-JA-PROVOCA-INCOMODOS-AO-GOVERNO
HTTP://REVISTAEPOCA.GLOBO.COM/REVISTA/EPOCA/0,,EMI27350-15223-1,00-EDUARDO+CUNHA+REVELA+SEU+PODER+SOBRE+OS+DEPUTADOS.HTML
HTTP://PMDB.ORG.BR/NOTICIAS/DEPUTADO-EDUARDO-CUNHA-REBATE-DISTORCOES-PUBLICADAS-PELA-VEJA/
Leia mais sobre o ex-procurador Elio Fischberg aqui:
HTTP://HELIOFERNANDES.COM.BR/?P=20210
HTTP://OGLOBO.GLOBO.COM/RIO/PROCURADOR-ELIO-FISCHBERG-VAI-RECORRER-DA-DECISAO-DA-JUSTICA-DIZ-ADVOGADO-5922308

Fonte: TIJOLAÇO
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Primeiro Marina Silva, depois Aécio Neves e agora Eduardo Cunha.

Marina, quando emergiu como luz a iluminar os caminhos do Brasil após a morte de Eduardo Campos, teve , inicialmente, o apoio e a blindagem da velha mídia para que seus seguidores pudessem levitar em um êxtase incontido por conta da chegada da redentora.

Durou pouco, e a levitação de seus seguidores transformou-se em uma queda com um doloroso tombo.

Assim como durou pouco a blindagem da velha mídia, já que os blogues e sites progressistas e as redes sociais se encarregaram de mostrar o que de fato e verdadeiro Marina significava para o país, Marina foi desconstruída, por ela mesma, e a verdade prevaleceu.

Em seguida, na espreita pela queda anunciada de Marina, Aécio e a velha mídia elaboravam os protocolos e procedimentos para um voo tucano que fosse além do trivial .

De Aécio, como tucano, surgia um novo Fernão Capelo, a gaivota que não tinha limites em seus voos.

Não se pode ignorar que a estratégia elaborada por Aécio e a velha mídia tinha sido construída de forma cuidadosa e eficiente, e os ataques que o tucano sofrera antes da chegada da luz da floresta, foram reciclados para que com a queda da redentora o tucano alçasse voos interestelares,  se necessário fosse.

Mais uma vez , uma personalidade política em destaque no cenário nacional fora blindada pela velha mídia para que pudesse atingir os objetivos desejados.

De novo, a blogosfera progressista, os sites e portais de informação alternativos e as redes sociais entraram em campo para fazer o contraponto da informação única, padronizada, embalada que predominava na velha mídia em prol da ave galáctica.

Assim como Marina , a verdade surgiu e Aécio forneceu importantes matérias primas para que o produto de sua queda e consequente desconstrução fosse elaborado nas dornas da disputa pela informação verdadeira. 

Mesmo assim, na bacia das almas, [Aécio] ainda reagiu com o apoio da velha mídia , no entanto seus objetivos não foram alcançados.

A verdade mais uma vez  prevaleceu e o povo foi o vencedor.

Como vencedor inconteste que foi, aguarda e exige que a agenda vitoriosa  nas urnas, e que representa a vontade da maioria, seja implementada pelo governo popular e democrático de Dilma, do PT.

E eis que mais uma vez, em um suspiro temporal, a velha mídia cria outro personagem, de seu interesse, para preservar seus interesses derrotados, e ainda, dificultar a governabilidade do país.

Trata-se do catatônico deputado Eduardo Cunha, que mesmo sendo de partido que forma a base aliada para a governabilidade - PMDB - comporta-se como um intransigente defensor da agenda que vem  sendo derrotada pelo povo brasileiro desde 2002.

Com presidente da Câmara dos Deputados, criou inúmeros impecílios para a presidência da república,  dificultando a aprovação de projetos de interesse para o país e, para isso, disse ainda estar representando a sociedade brasileira, quando de fato, colocava seu ideário reacionário , retrógrado e mesmo fascista a frente dos interesse nacionais.

No segundo mandato de Dilma, o catatônico deseja permanecer na presidência da Câmara, algo que o povo brasileiro não pode, em hipótese alguma , permitir.

Para tanto, e mais uma vez, a blogosfera progressista, os sites e portais de informação e as redes socais estão mostrando a verdade e quem é de fato Eduardo Cunha, o novo protegido da velha mídia.

Ao trabalho.

3 comentários:

  1. progresistas voces
    tão ´e de sacanagem
    comprar votos com bolsa familia, cotas para negros, endeusar homossexuais, destruir a escola com o gramscismo aurna eletronica
    isso é o que chamam de progressismo

    são piores que o eduardo cunha

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  2. isso eh o que chamo de nazista explicito... pena q esse acéfalo esta dando voz a um bando de idiotas...

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