terça-feira, 18 de novembro de 2014

A imprensa como instrumento desestabilizador do país


Quem está alimentando os corvos que atacaram o repórter do CQC?

Postado em 18 nov 2014
Guga mostrou caráter
Guga mostrou caráter
Primeiro: toda a solidariedade do DCM ao jornalista do CQC agredido verbalmente por extremistas de direita num protesto contra Dilma.
Aconteceu uma coisa parecida em outro protesto com um repórter do DCM, Pedro Zambarda de Araújo.
Assisti ao vídeo.
Fiquei admirado com a atitude do jornalista.  Foi minha primeira surpresa. Soube se comportar. Foi altivo num ambiente de alto risco. Poderia ter apanhado. Dado ódio dos manifestantes, poderia ter sido linchado.
Minha segunda surpresa foi ao saber que se tratava do filho de Ricardo Noblat, Guga Noblat.
Havia uma ironia ali. Guga foi chamado repetidas vezes de chapa-branca e de mídia vendida.
A ironia é que Noblat insistentemente chama sites fora das grandes empresas jornalísticas de chapa branca.
Guga recebeu, de maníacos, o mesmo insulto que o pai aplica a tantos sites.
Vou passar pelo absurdo que é de alguma forma associar o CQC ao PT. Algum tempo atrás, para lembrar apenas uma passagem, o CQC massacrou Genoino ao vivo com um expediente vergonhoso. Usou uma criança como isca para tripudiar sobre ele.
Marcelo Tas, que só agora vai deixando o comando do CQC, é sabidamente um dos homens mais reacionários da tevê brasileira.
“Mídia vendida?”
A direita brasileira enlouqueceu.
Ao comentar o vídeo, que viralizou nas redes sociais, várias pessoas lembraram de um filme do diretor espanhol Carlos Saura, Cria Cuervos.
Essencialmente: você alimenta corvos e corre o risco de ser devorado por eles.
Ricardo Noblat pertence a um mundo que vem, desde que o PT ascendeu ao poder, criando corvos, como este que ameaçou o jovem Guga.
É o mundo das grandes empresas jornalísticas.
Veja como Jabor se refere ao PT e aos petistas em todas as mídias da Globo – tevê, rádio, jornal, internet.
Os petistas são bolcheviques prestes a instaurar uma ditadura estalinista no país, conforme Jabor.
Como ele, tantos outros fazem a mesma pregação de ódio e ignorância: Reinaldo Azevedo, Rodrigo Constantino, Augusto Nunes, Ricardo Setti, Rachel Sheherazade, Merval Pereira, Pondé, Mainardi etc.
Noblat pertence a este grupo.
É fácil e difícil a vida deles. Fácil porque têm ocupação garantida, desde que criem corvos. Difícil porque, se ousarem expressar opiniões diferentes daquelas pelas quais são pagos, são rapidamente descartados.
Barbara Gancia, por exemplo, começou a escrever coisas fora do habitual, e foi encostada pela Folha.
Sou pai, e sei como Noblat deve ter se sentido ao ver a violência a que Guga foi submetido.
Noblat teve sucesso na educação do filho valente, fica claro no vídeo.
Como pai, brilhou.
Mas como jornalista ele está ajudando a criar os corvos que poderiam vitimar seu filho.
Fonte:  DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
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Fala-se por todos os cantos, lados e centros que o surgimento da internete e consequentemente das redes sociais, abriu espaço para um tipo de crítica violenta e de comentários das mais variadas ideologias, já que a rede garante uma certa privacidade aos autores de tais comentários.

Isso é verdade.

No entanto, nos últimos anos, principalmente nos anos de governos do PT com Lula e Dilma, o que se vê é a velha mídia e seus meios tradicionais de produção de conteúdos como o centro disseminador de uma cultura de violência e de intolerância.

Por outro lado, essa cultura de violência na mídia se intensificou a partir do início da década de 1990, não apenas no Brasil, como em todo o mundo ocidental. 
A mídia passou a exercer o papel de cão de guarda do lado vencedor, o capitalismo, atuando de forma a confirmar todas as teorias "vencedoras" e perseguir de forma implacável todo e qualquer conteúdo que não estivesse de acordo com tais teorias.

Como nos anos da década de 1990 o Brasil teve governos alinhados com o pensamento dominante e "vencedor", e ainda apoiados pela velha mídia, não se viu na imprensa grandes manifestações de intolerância e ódio, mesmo que tais manifestações ocorressem principalmente contra os movimentos populares, com destaque para o MST que mereceu críticas e ataques não menos violentos que os ataques de hoje contra os governos do PT.

Daí se conclui que essa postura violenta da velha mídia nada tem a ver com o surgimento da internete, já que suas origens são outras.

No entanto, como o setor que em tese tem o papel  de mediador da opinião pública, a velha mídia se constitui como um centro desestabilizador da sociedade e , devido a isso, precisa de todas as formas e meios ser detido.

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