quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Terceiro turno e o Atrasão

Rodrigo Vianna: Aécio, presidente da República durante duas horas

publicado em 29 de outubro de 2014 às 10:09

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UOL põe no ar chamada com Aécio eleito: “virada inédita”
outubro 27, 2014 18:07

A família Neves é a família do quase.
Lembra-me a rua onde morei no Arpoador, Rio de Janeiro: Bulhões de Carvalho, a rua do quase- quase.
Em 1985, Tancredo Neves ganhou a eleição no famigerado Colégio Eleitoral (não havia eleições Diretas). Mas entre a eleição e a posse, ele ficou doente.
Tancredo deveria tomar posse no dia 15 de março. Dia 14, foi hospitalizado com uma inflamação grave no intestino. Morreu sem assumir o cargo.
Tancredo Neves, o presidente que foi sem nunca ter sido… Quase chegou lá!
Quase 30 anos depois, o neto dele encerrou a campanha visitando o túmulo de Tancredo em São João del Rey (MG). Quando vi a cena, pensei: “xi, isso vai dar azar…”.
Aécio chegou a liderar as pesquisas no segundo turno. No primeiro debate, na Band (14 de outubro), entrou no estúdio de salto alto. Naquele momento, liderava as pesquisas. Arrogante, com um sorriso no canto da boca.
Saiu daquele debate em baixa.
Na reta final, Aécio teve o gostinho de uma leve recuperação – insuflada pela “Veja”.
Mas ficou no quase.
A imprensa torceu muito.
Torceu tanto que alguém no UOL se confundiu e colocou no ar a manchete com a vitória do Aécio.
Mas a família Neves cumpriu sua sina.
Duas vezes “quase”.
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PS do Viomundo: Aécio esteve “eleito” até a contagem de 82% dos votos. Talvez os tucanos não contassem com uma vitória tão esmagadora de Dilma no Nordeste. Os petistas tiveram acesso a uma pesquisa de boca de urna do Vox Populi que dava 54% x 46% para Dilma. Porém, com margem de erro de 3% e um alerta dos pesquisadores: com as abstenções, a candidata petista poderia cair até 2,5%. Por isso, o nervosismo nos bastidores. Mas o Viomundo baseou-se exclusivamente num termômetro infalível: o humor de Merval Pereira na Globonews. Ele chegou a se animar, anunciando a falsa notícia de que Fernando Henrique Cardoso estava a caminho de Belo Horizonte. Mas murchou novamente quando eram quase 8 da noite e já vazavam as informações de que a “virada” na apuração tinha sido de Dilma Rousseff

Fonte: VIOMUNDO


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Um mico impagável, com direito a Luciano Huck frustrado.

Para se recuperar da frustração deve ter saído correndo para casa  para levar umas chicotadas.

Mais uma vez os tucanos ficaram de fora da festa.

O caro leitor certamente já deve ter feito algum teste psicológico, daqueles de exames admissionais para emprego.

Vou colocar duas questões para o leitor responder: 
O PT venceu as quatro últimas eleições.

1 - Qual a próxima letra da série ?
      L L D D _

2 - Qual a próxima letra da série abaixo ?
     S A S A _

Os tucanos e a velha mídia não se conformam com mais uma derrota, porém é importante que saibam que assim é  a democracia.

Nós do PT, perdemos em 1989, 1994 e 1998, todas as três eleições com Lula candidato e nem por isso saímos agredindo tudo e todos . 
Esperamos a nossa hora.

Não fomos nós do PT que aprovamos a reeleição no congresso.

A emenda da reeleição foi aprovada no primeiro mandato de FHC, o que lhe garantiu concorrer e ganhar a eleição de 1998.

Margareth Tatcher ficou 13 anos no poder no Reino Unido, Felipe González ficou 16 anos na Espanha e ninguém por aqui reclamou. 
Angela Merkel, também esquenta a cadeira por muito tempo lá na Alemanha.
O PMDB está no poder desde 1985, e não ganhou nenhuma eleição para presidente, aliás não apresenta candidato.

A questão não está em acabar com a reeleição, ao contrário, um mandato de quatro anos com direito a concorrer a reeleição permite que a população faça um julgamento do governo, se deseja ou não mais quatro anos.

Mandatos  únicos, de cinco ou seis anos sem direito a reeleição, são um risco muito grande, pois em pouco tempo o governo pode se revelar uma tragédia.

A questão não passa por mudar as regras da reeleição, ao que parece bem assimiladas pelo povo.

Precisamos com uma reforma política que acabe com o financiamento privado de campanhas e que seja amplamente debatida pela população.

Precisamos de uma reforma dos meios de comunicação que acabe com o monopólio atual e inviabilize cercos de informação, como o  que se formou nesta eleição com o intuito de eleger o candidato tucano.

Foi vergonhoso e constrangedor ver ontem, no programa da TV Brasil, Observatório da Imprensa, o mediador e apresentador falar em censura da imprensa ao se referir a regulação econômica das mídias como deseja o governo.
Para tanto, contou com o apoio de uma claque de jornalistas  convidados, que referendaram suas posições e ainda sugeririam como opção melhor a auto regulamentação, ou seja, a raposa cuidando do galinheiro.

Tomo conhecimento, que o mesmo teria acontecido no programa do decadente e anacrônico Jô Soares.

A velha mídia inicia o terceiro turno com a mesma base aliada, o mesmo bloco, conhecido como Atrasão.

Já tenta inviabilizar todas as mudanças que a população exige.

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