quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Progressismo vs Conservadorismo

Dilma x Aécio; Lula x FHC; Jango x ditadura; Juscelino x UDN; etc.


A história mostra que mais além de partidos políticos, a principal disputa na política é entre progressismo e conservadorismo; no dia 26, o Brasil vai decidir se continua a arrancada rumo ao futuro que começou em 2002 ou se a interrompe, como aconteceu em 1964
07/10/2014 - Finalmente chegou a hora. Depois de uma abrupta guinada para o conservadorismo em 1964, gradualmente o Brasil conseguiu sair das trevas para chegar à predominância do progressismo a partir da eleição de Lula em 2002. Nestes 12 anos, o Brasil conseguiu avanços extraordinários, como retirar 36 milhões de pessoas da miséria e ascender 40 milhões de seres humanos para a classe média. Saímos do mapa da fome no mundo. Reduzimos o desemprego à metade com aumentos consideráveis de salários. Estamos conseguindo realizar o sonho de muitas gerações de brasileiros. Estamos deixando de ser um país pobre e virando um país de classe média! Não era isso o que queríamos?
Já houve outro momento assim. Entre 1945 e 1964, finalmente tivemos um período duradouro de democracia no Brasil. Ao longo destas duas décadas, passando pelos governos de Dutra, Getúlio, Juscelino e Jango (com alguns meses de Jânio antes deste) gradualmente as forças progressistas foram conquistando mais e mais votos, inclusive no parlamento nacional. Getúlio criou a Petrobras, Juscelino criou Brasília e Jango impulsionava as reformas de base. O Brasil era uma das maiores democracias do mundo. Mas isso acabou em 1964, quando o governo dos Estados Unidos, junto com os setores mais conservadores do Brasil, inclusive nos meios de comunicação e nas Forças Armadas, organizaram um golpe de Estado que acabou com a democracia e instaurou a predominância do conservadorismo no país que só veio a ser vencida com a eleição de Lula em 2002, depois de um crescimento do progressismo através do movimento pelas Diretas Já, da Constituição de 88 e do crescimento eleitoral dos partidos mais progressistas.
Chegamos a 2014, quando o conservadorismo apresenta um candidato sedutor, com boa lábia, talvez até simpático pessoalmente, mas que traz a carga da história às suas costas, com décadas sendo um elemento central no espectro mais conservador da política brasileira. Aécio foi presidente da Câmara de Deputados durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, na coalizão conservadora liderada pelo PSDB que governou o Brasil entre 1995 e 2002. Em 1994, o presidente Itamar Franco havia implementado o Plano Real, que estava controlando a inflação, e como Fernando Henrique Cardoso era ministro de Economia de Itamar, acabou surfando no fim da inflação e se elegendo presidente em 1994. De 1995 a 2002, apesar da inflação ficar controlada, o país assistiu ao aumento vigoroso do desemprego, com a venda a preços baixíssimos de inúmeras empresas estatais, inclusive de grande parte das ações da Petrobras. Do ponto de vista da redução da pobreza, o país caminhava lentamente, endividando-se exponencialmente em relação ao PIB e tendo que apelar a um empréstimo de grande valor do Fundo Monetário Internacional (FMI), que reduziu fortemente de maneira temporária a liberdade do Brasil para escolher sua política econômica.
Quando Lula venceu as eleições em 2002, iniciou um extraordinário esforço de comércio exterior, multiplicando nosso saldo comercial e reconquistando aos poucos a nossa liberdade para decidir nossa política econômica, ao devolver ao FMI o dinheiro que este havia emprestado. Ao mesmo tempo, o governo Lula colocou o Estado para aliviar o sofrimento de dezenas de milhões de pessoas que não tinham o suficiente para comer e viviam na miséria, enquanto diminuía o desemprego e aumentava o salário mínimo. A Petrobras aumentou exponencialmente de valor e a Caixa Econômica Federal passou a permitir a muito mais brasileiros e brasileiras ter uma casa própria, pois o volume de empréstimos habitacionais também se multiplicou. Um turbilhão de ascensão social tomou conta do Brasil, elevando para a classe média 40 milhões de pessoas, tirando o Brasil do mapa mundial da fome e tornando nosso país uma esperança para o mundo, que sofreu com a crise econômica mundial de 2008 e olhava para o Brasil tentando entender como nosso país passou pela crise gerando empregos e distribuindo renda.
O governo Dilma manteve a coalizão política e os princípios norteadores progressistas do governo Lula, com o aprofundamento da redução da miséria e da redução do desemprego, e a continuação do aumento da renda das famílias, mesmo com o crescimento do PIB sendo atingido pela maior crise econômica mundial em mais de 80 anos. Com Dilma, o Brasil protegeu a liberdade na Internet aprovando um marco legal para o setor que abre caminho para que o mundo crie instituições democráticas para gerir a Internet, para que ela não continue basicamente sendo gerida pelos Estados Unidos e alguns países próximos. Com Dilma, a Petrobras começou a gerar bilhões, que se tornarão trilhões de reais, para que o Estado democrático brasileiro possa investir naquilo que a sociedade ainda não consegue fazer sem ele, que é garantir o acesso a todos ao conhecimento em escolas e universidades, um atendimento à saúde para todos de boa qualidade, empréstimos para compra de casas e apartamentos, avanços na ciência e tecnologia, assistência emergencial a quem estiver na miséria e não tiver o que comer, crédito e seguro para a produção agrícola, policiamento e segurança pública, proteção do meio ambiente e tantas outras áreas.
Nossa democracia nos dá a maravilhosa possibilidade de somente eleger uma presidenta ou um presidente se esta ou este tiver mais de 50% dos votos, diferentemente de muitos outros países em que os sistemas políticos permitem que um chefe de governo chegue ao poder com 35% ou 40% dos votos. Assim, Dilma e Aécio disputarão essa maioria. O progressismo e o conservadorismo disputarão aos olhos da história, e os olhos da história somos nós. Junte-se à jornada daqueles que acreditam na Humanidade. Vamos progressismo! Vamos Dilma! 
Fonte: CULTURAPOLÍTICA.INFO
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O excelente texto acima segue os assuntos abordados pelos palestrantes do PAPIRO, neste período eleitoral.
Como é do conhecimento  do caro leitor, O PAPIRO, além de suas postagens diárias, vem realizando quase que diariamente um ciclo de palestras sobre os principais temas da atualidade e, claro, focando assuntos relativos as eleições.
As palestras acontecem logo após o programa da TV brasil, Brasil Caipira,  por volta das 19 horas e podem ser assistidas, em tempo real , pela internete.
No assunto de ontem , 8 de outubro, o palestrante do PAPIRO abordou a questão Progressismo X Conservadorismo, em sintonia com o texto  acima.
O PAPIRO vem convidando para as palestras  profissionais de várias  áreas do conhecimento e reconhecidamente pessoas de notório saber. 
A próxima palestra está prevista para sexta-feira, dia 10 de outubro.

Se você deseja impedir o retorno do conservadorismo, entre nessa onda.
levante (1)Nós somos mulheres e homens que acreditamos que só a luta muda a vida. Por isso, sempre estivemos nas batalhas por justiça social e direitos humanos. Pelos direitos das mulheres, pelas causas LGBT, contra a discriminação de negras e negros, enfrentamos patrões em greves por salários, lutamos contra grileiros no campo, defendemos o Marco Civil da Internet e a liberdade pelo conhecimento, queremos a democratização da mídia, fazemos cultura nas periferias e grotões, defendemos a integração da América Latina, a regulamentação das terras indígenas e somos contra a violência policial e o massacre de jovens negros e pobres da periferia. Somos muitas, somos muitos. Somos plurais e diversos.
Não temos ilusão com o nosso atual sistema de representação política e por isso defendemos a sua reforma em uma constituinte popular exclusiva e soberana. Também sabemos das dificuldades que temos para ampliar conquistas numa sociedade pautada pelo poder dos lobbys e do dinheiro. Mas também temos convicção que o avanço do conservadorismo é um risco para os movimentos sociais e para as lutas das trabalhadoras e dos trabalhadores. E por isso vamos ter lado nesta eleição.
Somos contra Aécio Neves. Somos contra a volta do PSDB ao governo federal por tudo que sua política neoliberal e anti-direitos representa. Seus principais líderes têm defendido, entre outras coisas, a redução da idade penal,a criminalização de movimentos sociais, a censura a blogueiras, blogueiros e veículos de comunicação, a perseguição a ativistas, propostas privatizantes, políticas internacionais contrárias a países da África e da América do Sul e subalterna aos interesses dos EUA e redução de direitos trabalhistas.
Não há como não ter posição num momento tão delicado como este da história do país e do mundo. Num momento de crise internacional, não só econômica, mas também de valores. Há por todas as partes o avanço de uma direita que não se constrange em violentar direitos humanos e democráticos. E no Brasil essa direita defende a candidatura de Aécio Neves.
Por isso somos Dilma. Muitos de nós estivemos com outras candidaturas no primeiro turno. Mas sabemos que num segundo turno a disputa não tem meio termo. Ou se está de um lado ou de outro. E nós, mesmo podendo ter críticas sérias ao atual governo, não abrimos mão de oferecer nossa história e nossa militância para o lado que tem compromissos muito mais sólidos com o campo progressista e os movimentos sociais.
Nosso levante das cores quer fazer brotar das ruas e das redes a resistência. Vamos nos dedicar nesses últimos dias e a partir de São Paulo, onde houve um grande avanço do conservadorismo no primeiro turno, a organizar um grande movimento para impedir o retrocesso no Brasil. Com Aécio o Brasil vai ser bem pior. E nós vamos nos organizar e trabalhar o quanto for preciso para que isso não aconteça.
Vamos ao Largo do Arouche, neste sábado, a partir das 15h, organizar nossa ação.
Somos muitos e muitas e sabemos da responsabilidade que temos!
PS: Como pessoa física estou contribuindo na organização deste ato e como organização a Fórum também está apoiando-o, como várias outras entidades e pessoas físicas.Até o final da tarde de hoje teremos uma lista para divulgação. Mas já adianto que a professora Marilena Chaui acaba de confirmar por e-mail que vai estar lá para dar uma aula pública. A resistência começa a se organizar em São Paulo e não apenar para disputar o voto, mas para reagir ao conservadorismo.
Fonte: Blog do Rovai

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