sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Democratizar a mídia


Jornalismo corrupto: 

advogado do doleiro Youssef desmente pela 2ª vez a edição de Veja produzida para a campanha de Aécio; fatos: 

I) o depoimento de Youssef na 3ª feira (21) não menciona Lula ou Dilma;

II) nunca existiu a retificação da 4ª feira (22) em que se baseou a capa de aluguel

Fonte: CARTA MAIOR
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A ‘nova direita’ brasileira lembra cada vez mais a velha direita venezuelana

Postado em 31 out 2014
Herdeiro do Estadão em evento do PSDB
Herdeiro do Estadão em evento do PSDB
O direita brasileira lembra cada vez mais a venezuelana.
Tumultua, dá golpes baixos, mente — se agarra loucamente, enfim, a privilégios que fizeram do Brasil um dos grandes campeões mundiais em desigualdade.
Veja esta questão da recontagem de votos pedida pelo PSDB.
O mesmíssimo expediente foi utilizado pela direita venezuelana depois que Maduro venceu Caprilles.
A mídia venezuelana – como a brasileira, a voz da direita enraivecida – tentou de todas as formas transformar a vitória nas urnas de Maduro e do chavismo numa fraude para justificar a tentativa de golpe branco.
Observadores estrangeiros isentos acompanharam as eleições venezuelanas. Jimmy Carter, pessoalmente, investigou o método eleitoral da Venezuela e o classificou como um dos mais seguros do mundo.
Mas nada disso deteve o tumulto promovido pela direita.
Lá, como todos sabiam que ia acontecer, a recontagem apenas confirmou a vitória de Maduro.
A mesma coisa ocorre agora no Brasil.
Não bastam todas as delinquências durante a campanha: o uso de pesquisa fajuta por Aécio, a complacência da mídia amiga em investigar coisas como o helicóptero dos Perrelas e o aeroporto de Cláudio – e sobretudo a capa criminosa da Veja em cima das eleições.
Não bastam também as monstruosidades pós-eleições, como a torrente de insultos aos nordestinos partida da direita, dos quais o mais simbólico foi o de Diogo Mainardi na Globonews.
Não basta nada, na verdade: agora, o ataque é dirigido contra os votos dos brasileiros.
É a plutocracia contra a democracia, como escreveu recentemente Paul Krugman, Nobel da Economia. Ele estava se referindo aos Estados Unidos, mas podia estar falando do Brasil, tamanhas as semelhanças.
O filósofo Paulo Eduardo Arantes, professor aposentado da USP, fez há poucos dias considerações interessantes sobre o que definiu como “nova direita” brasileira.
Para ele, ela surgiu depois das Jornadas de Junho. Seu objetivo, segundo Arantes, não é fazer política e conquistar votos: é apenas impedir qualquer mudança no status quo.
Ele nota o que classifica como “relação assimétrica” entre a “nova direita” e a esquerda. A esquerda – moderada, como ele corretamente assinala – se vale dos instrumentos clássicos de fazer política.
A direita atropela qualquer coisa. E, para reforçar a assimetria, é bancada pelas grandes corporações.
O novo governo Dilma está sendo forçado a realizar uma coisa que Luciana Genro na campanha disse ser vital quando você quer promover uma sociedade mais igualitária: contrariar interesses.
Lula, como o grande conciliador que sempre foi, evitou isso ao máximo em seus oito anos, e foi seguido por Dilma.
A maior demonstração disso está nas bilionárias verbas publicitárias federais que nestes anos todos abasteceram os cofres da voz da direita: as grandes companhias de mídia.
Sem enfrentar essa voz a assimetria de que fala o filósofo será cada vez maior.
O primeiro passo, aí, seria um simples choque de capitalismo.
Examinar, a partir da chamada base zero, o quanto se está colocando de dinheiro público na grande mídia para verificar quanto é justo que se coloque.
Isto está em todo manual de administração.
O SBT, para ficar apenas num caso, merece 150 milhões de reais por ano?
Isto se chama meritocracia.
A real meritocracia, não aquela cínica que Aécio usou demagogicamente em sua campanha.
Fonte: Diário do Centro do Mundo
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Depois da eleições e com a quarta derrota seguida, a direita brasileira deseja inviabilizar o governo, paralisar o país, criar todo tipo de conflito para inviabilizar a governabilidade.

Para isso conta com o apoio de grande parcela do congresso nacional, o novo aliado da velha mídia.

Se o governo federal não agir com firmeza para dar um basta nesses golpistas, como por exemplo com a imediata regulação da mídia, o povo deve ir às ruas  e, o que aconteceu em frente as instalações da editora Abril recentemente será café pequeno em comparação com o que pode vir a acontecer.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Pensadores do Millenium em crises existenciais

Altamiro Borges: 

A turma do Millenium está colérica

publicado em 30 de outubro de 2014 às 14:24
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A turma da Millenium está colérica
Os frequentadores do Instituto Millenium, o bordel dos barões da mídia, estão coléricos. Eles não aceitam o resultado das eleições de domingo, não toleram a democracia e desprezam o voto popular.
Rodrigo Constantino, já apelidado de “moleque maluquinho”, postou em seu blog hospedado na criminosa “Veja” que houve fraude nas urnas eletrônicas e que Dilma Rousseff “ainda corre risco de impeachment”.
Outro mais velhaco, o patético Arnaldo Jabor, escreveu em sua coluna no golpista “O Globo” que “a burrice tem avançado muito” no Brasil.
Talvez ele tenha se olhado no espelho! Já William Waack, Merval Pereira e outros “globais” nem escondem a sua decepção com o resultado!
Para a turma do Instituto Millenium, que prega diuturnamente contra a democracia e recebe fortunas dos impérios midiáticos e das corporações empresariais, a reeleição de Dilma é um catástrofe.
“É o triunfo das toupeiras”, afirma Jabor. Para ele, a votação da petista evidenciaria que “a sociedade está faminta de algum tipo de autoritarismo”.
Num tom meio doentio, o colunista da Rede Globo decreta que o “nosso futuro será pautado pelos burros espertos, manipulando os pobres ignorantes.
Nosso futuro está sendo determinado pelos burros da elite intelectual numa fervorosa aliança com os analfabetos”.
Mantida esta toada, em breve este senhor poderá ser internado em alguma clínica!
Já o “jovem” Rodrigo Constantino, com suas velhas ideias golpistas e elitistas, nem demanda maiores preocupações. É, mesmo, um “moleque maluquinho”.
Formado na escola de Reinaldo Azevedo e Diogo Mainardi, ele adora adjetivos e holofotes da mídia. Não tem consistência.
Para ele, o problema do país é “o câncer populista e demagogo chamado PT”.
É com este visão tacanha que ele afirma que o Brasil está dividido “entre brasileiros mais produtivos e aqueles que vivem das benesses estatais, ou seja, os pagadores e consumidores de impostos”.
Nem os donos do Instituto Millenium levam o rapaz muito a sério. Ele é tratado mais como um jovem serviçal!

Fonte: VIOMUNDO
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Em uma democracia chamar todos que não se alinham com uma determinada candidatura de burros e ignorantes, soa como burrice, ou ignorância, ou prepotência, ou totalitarismo, ou  todos, ou ainda pode ser um surto.

Sugiro que neste momento de gigantesca frustração para os eleitores de Aécio, qualquer declaração, artigo, deve ser pensada três vezes, pois corre o risco de vir contaminada pela cólera, e com isso se tornar em apenas um xingamento, uma demonstração de frustração, uma declaração de incompetência por não ter vencido, ou o conjunto de tudo isso, que nada mais é que uma conversa com o espelho.

Talvez as pessoas mais exaltadas, como o cineasta do Millenium, Arnaldo Jabor, deveriam tomar um cházinho, dar uma relaxadinha  e entender que a vida e feita de vitórias e derrotas.

Tudo bem que é a quarta derrota seguida e isso deve ser muito doloroso, ainda mais para pessoas e organizações que sempre se acharam como formadores de opinião, elites intelectuais e pior de tudo, pensam que são os detentores da verdade.

Quando Jesus disse para Pilatos que tinha a verdade, seu fim foi a morte em uma cruz.

A verdade são respostas, e todos os novos dias são vésperas dessas respostas, assim sendo, caro Jabor, tente outra vez daqui a quatro anos, quem sabe você tenha a resposta que procura.

Um alvo bem definido

Marcelo Salles: O povo derrotou o golpe midiático

publicado em 30 de outubro de 2014 às 13:37
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O Brasil é maior que a Globo (ou “o povo derrotou o golpe midiático”)
Por Marcelo Salles (*)
Essas eleições entram para a História do Brasil como o momento mais nítido em que as corporações de mídia tentaram impor sua vontade ao povo. Mais do que em 1989, com a famosa edição do debate entre Lula e Collor. Mais do que em 2006, quando o foco do debate foi deslocado para pilhas de dinheiro expostas ad nauseam.
Em 2014 apostaram todas as fichas, e a contrário de outras vezes não o fizeram veladamente. Assumiram seu papel de partido político de oposição, conforme conclamou Judith Brito, diretora-superintendente do Grupo Folha, vice-presidente da ANJ e colaboradora do Instituto Millenium.
Faltando 11 dias para o segundo turno do pleito, os institutos de pesquisa davam empate técnico entre os dois candidatos – Aécio Neves à frente 2 pontos, dentro da margem de erro.
Como resposta, a militância de esquerda foi às ruas, os movimentos sociais organizados reforçaram sua participação na campanha e a candidata à reeleição partiu para o enfrentamento nos debates. O mote era um só: comparar os governos tucanos e petistas, o que garantiu vantagem a Lula e Dilma em praticamente todos os setores.
Em oito dias, Datafolha e Ibope registraram crescimento de Dilma. No primeiro, de 49% para 53%; no Ibope, de 49% para 54%. Enquanto isso, Aécio caiu de 51% para 46% (Ibope) e 51% a 47% (Datafolha). Dilma encerrou a campanha com vantagem de 6 a 8 pontos de vantagem, cenário praticamente impossível de ser invertido em tão pouco tempo.
Aí surgiu a capa da revista Veja na sexta-feira, antevéspera do pleito, acusando, sem provas, Lula e Dilma de terem conhecimento de desvios na Petrobrás. De sexta até domingo a Veja atingiria algo entre 500 mil e 1 milhão de pessoas. A maioria das quais, no entanto, já tinham o voto decidido para Aécio. A capa da veja, por si só, merecia o repúdio na medida em que foi dado pela campanha do PT. A própria presidenta Dilma usou parte do tempo de propaganda eleitoral para denunciar a revista.
No entanto, foi o Jornal Nacional do sábado, véspera da eleição, o grande responsável pela interferência na vontade popular. No primeiro bloco, Dilma recebeu 5 minutos, com destaque no suposto medo de avião e nos problemas com a voz. Enquanto Aécio teve direito a 5’55’’ a apresentá-lo como alguém incansável, que trabalha durante o voo e aparece com a esposa e os filhos no colo (“um cara família”). Em outro trecho, as imagens saltadas em repetição durante comícios, com a bandeira do Brasil nas costas, revelam, como num filme de ação, um homem destemido que estaria preparado para conduzir o destino da Nação.
Logo no início do segundo bloco, o JN exibiu extensa reportagem sobre a capa da Veja. Aí, o que era de conhecimento de até 1 milhão de pessoas que já votariam Aécio, alcançou 30-40 milhões de pessoas, entre os quais um sem número de indecisos. Isto na véspera do pleito, sem que houvesse tempo para se organizar a estratégia de enfrentamento desse verdadeiro crime midiático. Como resultado, a vantagem de 6-8 pontos de Dilma caiu drasticamente, e quando terminou a apuração das urnas o resultado foi 51,5% x 48,5%.
O povo derrotou o golpe midiático e deu a vitória a Dilma. Agora o povo quer a democratização dos meios de comunicação, tarefa prioritária para o próximo governo.
(*) Marcelo Salles é jornalista.

Fonte: VIOMNDO
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Armação contra Dilma começa a ser desmontada

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Carta Capital e Tijolaço escrevem hoje sobre uma estranha nota publicada discretamente no Jornal O Globo.
Nela, informa-se que a PF suspeita de armação na denúncia do doleiro contra Dilma e Lula às vésperas do segundo turno da eleição presidencial.
No depoimento que deu na terça-feira, Alberto Youssef não havia citado Lula ou Dilma.
No dia seguinte, um de seus advogados pede, então, para que houvesse uma retificação, e insere uma frase ambígua sobre Lula e Dilma.
A frase acrescentada foi essa: “Youssef disse acreditar que, pela dimensão do caso, não teria como Lula e Dilma não saberem.”
Só isso.
O suficiente, porém, para a Veja estampar uma capa acusatória, e antecipar a distribuição da revista, tentando aplicar um golpe midiático contra Dilma.
É incrível que a nossa grande mídia, diante da repercussão gigante do episódio, não tenha dado destaque à suspeita da PF.
Quer dizer, incrível nada.
Previsível.

Fonte: O CAFEZINHO
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“Denúncia” de Youssef foi plantada no depoimento por “retificação”

29 de outubro de 2014 | 16:13 Autor: Fernando Brito
golpe

Janio descreve crime da Veja e pergunta se PF vai deixá-lo impune
30 de outubro de 2014 | 08:18 Autor: Fernando Brito
castigo
Como mostrado ontem aqui, o mecanismo criminoso usado para permitir à Veja publicar sua capa-panfleto a pouco mais de dois dias das eleições presidenciais foi uma trampa primária, cheia de rastros  que, sob o silêncio geral, está clamando por ser iluminado e ter seus autores responsabilizados.
Janio o faz, organizando a lógica espúria e incrível da manipulação de um depoimento policial-judicial com o fim específico de produzir matéria-prima para uma publicação escancaradamente engajada a uma das candidaturas. E matéria-prima de quinta categoria, um simples suposição lançada a quem desonestamente se dispunha em transforma-la em “verdade incontestável.
Em um país com instituições que se prezassem, a esta altura, o Congresso estaria exigindo apuração, a Polícia, o Ministério Público e o próprio Judiciário estariam identificando a extensão e as responsabilidades de um atentado contra um processo que deveria ser tratado com seriedade e isenção ímpares, pela sua gravidade e a imprensa revelando a uma espantada opinião pública os detalhes da montagem abjeta e flagrante que se urdiu.
Não foi assim, por muito menos, que ocorreu com com Rupert Murdoch, o magnata da mídia? Ou será que a Inglaterra é um país “bolivariano”, que persegue a mídia empresarial?
Leiam o artigo de Janio de Freitas, que deveria fazer corar a qualquer delegado de polícia, promotor, juiz ou jornalista minimamente cioso da verdade e de seus deveres funcionais e éticos.
Mas que, infelizmente, como ele mesmo diz, tende a caminhar para uma “operação-abafa”.

Um fato sem retificação

Janio de Freitas
Antes mesmo de alguma informação do inquérito, em início na Polícia Federal, sobre o “vazamento” da acusação a Lula e Dilma Rousseff pelo doleiro Alberto Youssef, não é mais necessário suspeitar de procedimentos, digamos, exóticos nesse fato anexado à eleição para o posto culminante deste país. Pode-se ter certeza.
Na quarta 22, “um dos advogados” de Youssef “pediu para fazer uma retificação” em depoimento prestado na véspera por seu cliente. “No interrogatório, perguntou quem mais sabia (…) das fraudes na Petrobras. Youssef disse, então, que, pela dimensão do caso, não teria como Lula e Dilma não saberem. A partir daí, concluiu-se a retificação.” Ou seja, foi só a acusação.
As aspas em “vazamento”, lá em cima, são porque a palavra, nesse caso, sem aspas será falsa. As outras aspas indicam a origem alheia de frases encontradas a meio de uma pequena notícia, com a magreza incomum de uma só coluna no estilo em tudo grandiloquente de certos jornais, e no mais discreto canto interno inferior da pág. 6 de “O Globo”, de 29/10. Para precisar melhor: abaixo de um sucinto editorial com o título “Transparência”, cobrando-a da Petrobras.
Já no dia seguinte à “retificação”, “Veja” divulgou-a, abrindo o material ao uso que muitos esperaram por parte da TV Globo na mesma noite e logo por Folha, “O Estado de S. Paulo” e “Globo”. Nenhum dos três valeu-se do material. Se o fizessem, aliás, Dilma, Lula e o PT disporiam de tempo e de funcionamento judicial para para uma reação em grande escala, inclusive com direito de resposta em horário nobre de TV. O PT apenas entrou com uma ação comum contra “Veja”.
O que foi evitado a dois dias da eleição, foi feito na véspera. A explicação publicada, e idêntica em quase todos os que se associaram ao material da revista, foi de que aguardaram confirmar o depoimento de Youssef. Àquela altura, Lula, Dilma e o PT não tinham mais tempo senão para um desmentido convencional, embora indignado, já estando relaxados pelo fim de semana os possíveis dispositivos para buscarem mais.
“O Globo” não dá o nome de “um dos advogados”. Até agora constava haver um só, que, sem pedir anonimato, foi quem divulgou acusações feitas em audiências judiciais, autorizado a acompanhá-las, que nem incluíam o seu cliente. Seja quem for o requerente, pediu e obteve o que não houve. Retificação é mudança para corrigir. Não houve mudança nem correção. E o pedido do advogado teve propósito explícito: os nomes de quem mais sabia da prática de corrupção na Petrobras. Uma indagação, com o acusado preso e prestando seguidos depoimentos, sem urgência. E sem urgência no processo, insuficiente para justificar uma inquirição especial.
O complemento dessa sequência veio também na véspera da eleição, já para a tarde. Youssef foi levado da cadeia para um hospital em Curitiba. O médico, que se restringiu a essa condição, não escondeu nem enfeitou que encontrara um paciente “consciente, lúcido e orientado”, cujos exames laboratoriais “estão dentro da normalidade”. Mas alguém “vazou” de imediato que Youssef, mesmo socorrido, morrera por assassinato.
O boato da queima de arquivo pela campanha de Dilma ia muito bem, entrando pela noite, quando alguém teve a ideia de telefonar para a enlutada filha da vítima, que disse, no entanto, estar o papai muito bem. O jornalista Sandro Moreyra já tinha inventado, para o seu ficcionado Garrincha, a necessidade de combinação prévia com os russos.
A Polícia Federal suspeita que Youssef foi induzido a fazer as acusações a Dilma e Lula, entre o depoimento dado na terça, 21, e a alegada “retificação” na quinta, 23. Suspeita um pouco mais: que se tratasse de uma operação para influir na eleição presidencial.
A Polícia Federal tem comprovado muita e crescente competência. Mas, nem chega a ser estranho, jamais mostrou resultado consequente, quando chegou a algum, nos vários casos de interferência em eleições. Não se espere por exceção.


Campanha de Aécio fraudou números de pesquisa. 

E daí? Daí, nada, ora…

30 de outubro de 2014 | 09:46 Autor: Fernando Brito

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Enquanto Suas Excelências, os ministros do TSE, aplicam seu tempo, seu esforço e nosso dinheiro em sofisticadas e caríssimas máquinas de identificação biométrica e em obrigar a “Veja” a dar “direito de resposta” só durante a madrugada, onde quase não se acessa o seu site, a fraude eleitoral campeia solta e impune no Brasil.
Tão solta e impune que seus participantes não se acanham dar entrevistas sobre o assunto nos jornais. como fazem hoje à Folha os estatísticos do tal instituto Veritá (mais propriamente, Inveritá), dizendo que os números divulgados, em nome da empresa, pela campanha de Aécio Neves não guardavam qualquer valor estatístico.
Está lá, na edição da Folha de hoje, em matéria do repórter Ricardo Mendonça:
“Informações de uma pesquisa de intenção de voto do instituto Veritá usadas na propaganda de segundo turno do tucano Aécio Neves são comprovadamente enganosas.Quem confirma é o próprio dono do instituto que fez o levantamento, Adriano Silvoni. E também o estatístico responsável pelas pesquisas do Veritá, Leonard de Assis.”
Dizem eles que o publicitário Paulo Vasconcelos, responsável pela propaganda de Aécio, “pediu para que o Veritá fornecesse os dados das entrevistas feitas só em Minas”, que não seriam amostra válida para o Estado.
E os dois, bonzinhos, os deram dizendo -“olha lá, Paulinho, isso não vale, viu?”.
“Eles não podiam usar nesse contexto”, diz Assis. “Nós avisamos [...] Usou na garganta. Não representa Minas. Não é o real cenário do Estado.”
Que lindo!
O publicitário diz que divulgou o que saiu no jornal Hoje em Dia, cujo editor diz que as recebeu do Veritá, mas não sabe como.
E a pesquisa, quem contratou?
Diz o estatístico que ela aparece como o Veritá sendo contratado por si mesmo, porque “o contratante não queria aparecer”.
A história desta fraude está rolando na internet, com declarações dos próprios envolvidos, sem que nenhuma ação tenha sido tomada no âmbito judicial.
Suas Excelências, como aquela santa que protegia lugarem bem pouco santos, olham, impávidos, mais preocupados em que Joaquim não vote no lugar do Manoel, com as urnas biométricas, bem definidas pelo presidente do TRE do Rio como “a solução de um problema que não existia” .
Fraudar pesquisas eleitorais é crime, que dá de seis meses a um ano de cadeia.
Mas parece que o MP e a Justiça não levam muito a sério esta lei, não é?
Fonte: TIJOLAÇO
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Há um forte odor de gás sulfídrico no ar.

O gás sulfídrico tem um odor semelhante ao odor de ovo podre.

Em outras palavras, a coisa está fedendo.

Que a notícia de veja foi uma armação para influenciar a eleição, isso todos nós já desconfiávamos.

Não foi a primeira vez, já que nas eleições passadas o expediente foi o mesmo de eleições passadas..

Quando questionado porque a notícia foi sair justo na véspera da eleição, um diretor de veja assim se manifestou:

-" a notícia relevante deve ser sempre publicada e notícia não escolhe dia para sair"

No caso de eleições para presidente, as notícias tem dia e hora marcada para sair , e são sempre contra o PT e o governo.

A divulgação segue um certo revezamento, quando não é veja, é globo ( em 2006 sobre os aloprados do PT e a montanha de dinheiro).

A tal declaração de um criminoso confesso que nesses dias se tornou a grande referência ética da velha mídia, foi motivo de dúvida pela Polícia Federal e, mesmo assim ganhou imediatamente repercussão como fato verdadeiro em todos os veículos da velha mídia.

Velha mídia, que no início do 2º turno contratou, através da revista época de globo, o instituo Veritá do Paraná que apresentou uma pesquisa em que Aécio aparecia praticamente eleito, tamanha era vantagem que o playboy das Minas Gerias ostentava sobre Dilma.

Também a pesquisa do Veritá teve grande repercussão em toda a mídia e o mercado ficou contente, fazendo com que a bolsa subisse naqueles dias.

Também exalou uma notícia, que diretor do instituo Veritá é ligado ao PSDB do Paraná, inclusive com cargo no governo daquele estado.

O vazamento gasoso também trouxe a informação que o boato sobre a morte - por assassinato - da referência ética de velha mídia - o doleiro - teria partido da bancada  estadual de deputado do PSDB do Paraná.

Que foi uma armação, parece não existir dúvida.

O que deve ser feito, a partir de agora , é uma investigação para identificar e punir os criminosos.

Enquanto o odor insuportável  se espalha pelo país, a velha mídia continua em campanha, comemorando sem qualquer disfarce as derrotas do governo no congresso, principalmente no que diz respeito sobre a criação dos conselhos populares.

Cabe ressaltar que a proposta de criação de conselhos populares, apresentada por Dilma, foi em atendimento aos manifestantes de junho de 2013, como também foi em atendimento as manifestações a proposta de reforma política com plebiscito e uma constituinte.

A velha mídia, que durante e logo após as manifestações de junho de 2013 se colocou ao lado dos manifestantes, hoje comemora as derrotas que o governo e a população sofreram no congresso.

Aliada de políticos encastelados no congresso e que são avessos ao avanço  de democracia, a velha mídia, diante dos fatos, cria e organiza seu bloco político, independente de partidos políticos que historicamente apoia nas eleições.

Organizando-se no espectro mais reacionário da sociedade, a mídia trabalha para inviabilizar o governo democraticamente eleito pelo povo.

Esquece-se, ou não percebe com isso, que o povo - independente de esquerda ou direita, PT ou PSDB - pode voltar às ruas e que a velha mídia e os políticos profissionais podem ser o alvo de novas manifestações.

Em meio a mais um crime violento cometido pela grande imprensa, o Observatório da Imprensa sugere que qualquer regulação da mídia deve ser feita pela própria mídia.
Ou seja, globo cuidando de veja, que cuida de folha, que cuida do estadão, que cuida de globo, que cuida de band....

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK !


quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Nem um passo atrás

Igor Felippe: Aprofundar as mudanças com as forças populares

publicado em 29 de outubro de 2014 às 11:20
Foto: Roberto Stcukert/PR
Foto: Roberto Stcukert/PR

Nem um passo atrás.
Agora é aprofundar as mudanças, com apoio das forças populares

Outubro 27, 2014 14:16
Por Igor Felippe, no Escrevinhador

A reeleição de Dilma Rousseff é um marco para um novo ciclo político no Brasil. Foi a eleição mais dura no Brasil desde 1989. O resultado expressou de forma nítida a divisão que existe na sociedade brasileira. No entanto, existe um consenso: a necessidade de mudanças.
O que a vitória de Dilma definiu foi o sentido das mudanças: para a esquerda, com o aprofundamento da democracia, com o Estado como indutor da economia, com a valorização do salário mínimo e políticas sociais e com soberania nacional.
O projeto de liberalização da economia, achatamento de salários e corte de gastos públicos, escondidos por trás da obsessão pelo controle da inflação, foi derrotado nas urnas. Assim, as urnas derrotaram o programa dos bancos e do capital financeiro.
Assim, a mudança que saiu das urnas é o aprofundamento das políticas de desenvolvimento em curso no Brasil desde 2003. No entanto, as forças derrotadas já pressionam o governo eleito a assumir parte do seu programa, clamando por uma tal “união nacional”.
Esse discurso parece democrático e conciliador, mas é a tática das forças derrotadas para obrigar os setores vitoriosos a abrir concessões. Na prática, representa enquadrar o segundo governo Dilma às amarras do modelo neoliberal, implementado no governo FHC e mantido na era Lula.
As forças neoliberais conhecem Dilma e sabem que a presidenta reeleita acredita no papel do Estado na economia e no fortalecimento do setor produtivo, para o desenvolvimento com justiça social. Além disso, lembram que a petista abriu guerra ao rentismo, especialmente aos bancos, derrubando os juros em 2012. Os especuladores do mercado financeiro derrotaram Dilma, com o suporte ideológico da grande mídia e político do PSDB, com o terrorismo inflacionário da “crise do tomate”.
Nesse contexto, a presidenta Dilma, o PT e os setores progressistas têm de optar entre duas alternativas antagônicas, o que definirá a feição do novo governo e o futuro do nosso país.
A opção pela esquerda, referendada nas urnas, é aprofundar as mudanças. Para isso, é necessário avançar no processo político de polarização contra os setores conservadores, consolidando a unidade das forças progressistas, democráticos, populares e nacionalistas.
Paralelamente, o governo deve tomar medidas para dinamizar a economia e atrair os cidadãos e cidadãs que são críticos ao projeto em curso, mas que não se identificam com as manifestações xenófobas, racistas e violentas de alguns eleitores do PSDB.
É necessário radicalizar a democracia, a participação social e intensificar a luta política, fortalecendo instrumentos políticos e ideológicos para o enfrentamento com os grandes meios de comunicação e com o sistema político, a partir da luta pela Constituinte.
A segunda opção é pela direita, abrindo concessões aos perdedores, construindo falsos consensos com as forças neoliberais para uma forçada “união nacional”. Para isso, escolher para o Ministério da Fazenda um nome afinado com o rentismo e abrir mão das reformas estruturais. Dessa forma, “despolarizar” a luta política, desarmar os setores progressistas e criar uma ilusória paz social, jogando para baixo do tapete as contradições que pulsam na nossa sociedade.
A questão é que divisão do país escancarada no resultado da disputa não é fruto da campanha eleitoral, como alguns acreditam e outros querem fazer crer, mas uma expressão das contradições reais da nossa sociedade.
As raízes dessa divisão estão na escravidão por 350 anos, na manutenção da concentração da terra depois da abolição, na repressão ao movimento operário no período de industrialização no começo do século 20, no golpe de 1964 contra as reformas de base, na violenta ditadura que assolou o país por duas décadas e na democratização incompleta na Constituinte, comandada por “centrão” conservador.
A cisão expressa na eleição está profundamente enraizada nas contradições do processo de formação do país. Ou seja, não inventada nas eleições e muito menos por PT-PSDB, embora guarde alguma correspondência. O resultado da eleição presidencial é apenas a ponta do iceberg. Só com mudanças profundas na nossa sociedade será possível superar a divisão real.
No entanto, o processo de união nacional será duro e passará necessariamente por um conflito entre aqueles que querem manter seus privilégios e aqueles que defendem a igualdade social, democracia radical e desenvolvimento com justiça social.
A reeleição de Dilma Rousseff é um marco levou ao extremo a polarização, mostrando os limites do projeto de conciliação de classes dos últimos 12 anos. A partir de agora, a saída é ir para a ofensiva, dando um passo à frente e enfrentado as bases da divisão social, ou ficar na defensiva e ser engolido pelas crises políticas que virão, para entregar o governo em 2018 para os conservadores, que destruirão sem qualquer constrangimento as forças progressistas.

Fonte: VIOMUNDO
 

Casa, terra, trabalho e pão

“Parece que o Papa é comunista”, diz Francisco

29 de outubro de 2014 | 11:22 Autor: Fernando Brito
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Definitivamente – e apesar da Cúria Romana – o Papa Francisco entrou na disputa por corações e mentes da qual a Igreja Católica havia se afastado.
É obvio – a gente anda precisando dizer o obvio, do jeito que as coisas andam – que o papa não é comunista. E não é também de nenhuma “esquerda católica” militante.
Mas seu líder, hoje,  além de humanidade, tem a percepção de que o catolicismo se enfraqueceu.
Primeiro, na Europa, e nos últimos 20 anos, também no Terceiro Mundo
.
Vai enfrentar inúmeras dificuldades e resistências, mas sabe que, sem isso, continuará o afastamento das grandes massas populares da fé católica.
Sabe, também, que o espaço conservador, em grande parte, foi ocupada pelo protestantismo e suas fortes raízes – e canais de financiamento – norte-americanos
.
Seu discurso, nos dias de hoje, provocaria tremores e esgares de ódio em qualquer reunião de madames, no Brasil.
É bem provável, mesmo, que o achassem comunista. Ou argentino, ou nordestino, ou “bovino”, como diz Diogo Mainardi.
Eu, apesar das minhas desavenças com Deus, estou achando é divino
.
Leiam a reportagem da Agência Ecclesia, de Portugal.

“Nenhuma família sem casa, nenhum camponês sem terra, nenhum trabalhador sem direitos”, apela o Papa



O Papa Francisco apelou hoje à defesa dos direitos dos trabalhadores e das suas famílias, durante um encontro com os participantes no primeiro encontro mundial de Movimentos Populares.

“Digamos juntos, de coração: nenhuma família sem casa, nenhum camponês sem terra, nenhum trabalhador sem direitos, nenhuma pessoa sem a dignidade que o trabalho dá”, declarou, perante trabalhadores precários e da economia informal, migrantes, indígenas, sem-terra e pessoas que perderam a sua habitação.

O encontro é promovido até quarta-feira pelo Conselho Pontifício Justiça e Paz (Santa Sé), em colaboração com a Academia Pontifícia das Ciências Sociais.

“Não existe pior pobreza material do que aquela que não permite ganhar o pão e priva da dignidade do trabalho. O desemprego juvenil, a informalidade e a falta de direitos laborais não são inevitáveis, são o resultado de opção social prévia, de um sistema económico que coloca os lucros acima do homem”, defendeu o Papa.

A intervenção alertou para o “escândalo da fome” e as consequências da “cultura do descartável”, condenando os “eufemismos” que se utilizam para falar do “mundo das injustiças”.
“Este sistema já não se consegue aguentar. Temos de mudá-lo, temos de voltar a levar a dignidade humana para o centro: que sobre esse pilar se construam as estruturas sociais alternativas de que precisamos”, explicou.

Francisco criticou o “império do dinheiro” que exige a “guerra”, o comércio de armamentos, para a sobrevivência de “sistemas económicos”.

O Papa agradeceu aos participantes pela sua presença no Vaticano para “debater tantos graves problemas sociais que afetam o mundo de hoje” desde a perspetiva de quem sofre a desigualdade e a exclusão “na sua própria carne”.

“Terra, teto e trabalho. É estranho, mas se falar disto, para alguns parece que o Papa é comunista”, começou por referir, antes de recordar que “o amor pelos pobres está no centro do Evangelho”.
“Terra, teto e trabalho, aquilo por que lutam, são direitos sagrados. Reclamar isso não é nada de estranho, é a Doutrina Social da Igreja”, assinalou.

O Papa pediu que se mantenha viva a vontade de construir um mundo melhor, “porque o mundo se esqueceu de Deus, que é Pai, ficou órfão porque deixou Deus de lado”.

Num discurso de cerca de meia hora, Francisco referiu que a presença dos Movimentos Populares é um “grande sinal”, porque estão no Vaticano para “pôr na presença de Deus, da Igreja, uma realidade muitas vezes silenciada”.

“Os pobres não só sofrem a injustiça mas também lutam contra ela”, precisou.

Jesus, acrescentou, chamaria “hipócritas” aos que abordam o “escândalo da pobreza promovendo estratégias de contenção” para procurar fazer dos pobres “seres domesticados e inofensivos”.

O discurso papal abordou ainda os temas da paz e da ecologia, para além das questões centrais do emprego e da habitação.

“São respostas a um anseio muito concreto, algo que qualquer pai, qualquer mãe quer para os seus filhos. Um anseio que deveria estar ao alcance de todos, mas que hoje vemos com tristeza que está cada vez mais longe da maioria”, sublinhou Francisco.

O Papa convidou os participantes a prosseguirem com a sua luta, “que faz bem a todos”, e deu-lhes como presente uns terços fabricados por artesãos, ‘cartoneros’ e trabalhadores da economia popular na América Latina.

Fonte: TIJOLAÇO
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O Papa resolveu bater de frente com o capitalismo,  mas não com discurso ou posições políticas , e sim seguindo o Evangelho.

Francisco não defende nenhuma teoria comunista em seus discursos, mas, por outro lado está deixando  a turma do capitalismo selvagem constrangida.

Não será surpresa se em breve as grandes mídias ocidentais, incluindo a velha mídia brasileira, reduzam seu tempo de exposição nas TV's, , principalmente.

Nenhuma família sem casa, nenhum camponês sem terra, nenhum trabalhador sem direitos, significa o avesso da lógica capitalista e destrutiva que predomina no mundo.

Francisco coloca o homem  no centro de uma economia

que deve servir à todos e não como acontece hoje, quando o homem foi escravizado para servir à Economia.


Conclui-se também que o individualismo decorrente do modelo escravagista atual, também conhecido como Darwinismo social,  é rejeitado por Francisco.

Não é por acaso que o Brasil dos governos do PT e a maioria dos países da América do Sul estão a frente.