quinta-feira, 4 de setembro de 2014

O novo de Marina


Conselheiro de Marina planejou o confisco da poupança por Collor

André Lara Resende assumiu papel de operador de mercado na campanha da candidata à Presidência da República pelo PSB


A candidata à Presidência da República pelo PSB, Marina Silva, possui um aliado controverso em sua campanha. Em agosto, uniu-se ao time da pessebista, como operador de mercado, o economista André Lara Resende. Ele apoiou o Plano Brasil Novo, conhecido como Plano Collor, em 1990. Anos depois, em 1998, foi demitido do cargo de presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por envolvimento no escândalo dos grampos telefônicos, durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
O Plano Collor foi responsável, dentre outras medidas, pela retenção de 80% da poupança de cada brasileiro no Banco Central, com a promessa de devolução em 18 meses. A experiência inédita e extrema na economia brasileira foi adotada em 16 de março de 1990, um dia após a eleição do ex-presidente Fernando Collor de Mello. A justificativa usada pelos favoráveis ao confisco era a de acabar com a inflação que, à época, estava registrada em cerca de 2.000% ao ano.
anúncio da medida foi feito pelo então ministra da Fazenda, Zélia Cardoso de Mello. Além do confisco das poupanças, salários e preços foram congelados, houve abertura comercial, com redução de tarifas para importação, demissão em massa de servidores públicos, aumento de tarifas públicas e privatizações.
A medida funcionou a princípio. A inflação pelo IGP-M (Índice Geral de Preços– Mercado) chegou ao final daquele ano em 1.699,87% e a 458,38%, em 1991. No entanto, foi em 1992 que a inflação voltou a subir, chegando a marca de 1.174,67%.  Por meio do Plano Collor, foi instituída também uma nova moeda, o cruzeiro, que substituiu o cruzado novo.
O economista Lara Resende também foi uma das peças fundamentais no episódio que ficou conhecido como um dos maiores escândalos ocorridos no governo do ex-presidente FHC, o escândalo dos grampos do BNDES.
O ano era 1998. Na época, o BNDES, presidido por Resende, coordenou o leilão do Sistema Telebrás, junto ao Ministério das Comunicações. Como resultado, o sistema foi privatizado por meio de 12 leilões – venda que gerou ao governo a arrecadação de R$ 22 bilhões.
Entretanto, ainda em 1998, o jornal Folha de São Paulo revelou uma ação ilegal realizada durante o procedimento: o periódico havia recebido 46 fitas com ligações telefônicas gravadas ilegalmente nas dependências do banco, em sua maioria.
Nos grampos, o então ministro das Comunicações, Luiz Carlos Mendonça de Barros e Lara Resende planejavam pressionar a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (PREVI) para beneficiar, no leilão, o consórcio comandado pela empresa Stet e pelo Banco Opportunity (do qual um dos donos era Pérsio Arida, amigo de Lara Resende e de Mendonça de Barros).
De acordo com a Folha de São Paulo, FHC chegou a autorizar Lara Resende a usar o seu nome para pressionar a PREVI a privilegiar o consórcio. Abaixo, um trecho da conversa em que Resende afirma que usaria o ex-presidente para esta finalidade, divulgado pela Folha de São Paulo:
Lara Resende - Então, nós vamos ter uma reunião aqui, estive falando com o Luiz Carlos, tem uma reunião hoje aqui às 6h30. Vem aqui aquele pessoal do Banco do Brasil, o Luiz Carlos etc. Agora, se precisarmos de uma certa pressão…
FHC - …Não tenha dúvida.
Lara Resende - A ideia é que podemos usá-lo aí para isso.
FHC - Não tenha dúvida.
Lara Resende - Tá bom.
O plano foi por água abaixo, pois a empresa Tele Norte Leste venceu o leilão. Após a divulgação do escândalo, André Lara Resende perdeu o cargo no BNDES, mas foi absolvido em 1999 pelo Tribunal de Contas da União (TCU) porque, mesmo com as gravações indicando a ilegalidade das negociações realizadas por ele, não houve prejuízo para a União.
Ele também e foi inocentado pela Justiça Federal, por falta de provas – uma vez que as escutas foram gravadas ilegalmente e não poderiam ser usadas no processo.

Fonte: PT
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Isso é o que Marina chama de novo.

Cuidado com a sua poupança 

O país não pode embarcar em aventuras.

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