quarta-feira, 24 de setembro de 2014

As estratégias de desestabilização do país e a velha mídia

Marina Silva – Parte de plano para desestabilizar o Brasil


23/9/2014, [*] Nil NIKANDROVStrategic Culture

Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

Washington lançou campanha de propaganda em grande escala em apoio a Marina Silva, candidata às eleições presidenciais no Brasil, pelo Partido Socialista Brasileiro. Continuam a repetir que a vitória dela é garantida no segundo turno. As pesquisas não oferecem resultados confiáveis e, até agora, só fala do “primeiro turno” das eleições, dia 5 de outubro de 2014.

Especialistas nos EUA creem que Marina Silva receberá os votos dos que apoiam Aécio Neves da Cunha, do PSDB, até agora com 14-16% do eleitorado. Se acontecer, a candidata apoiada pelos EUA receberia cerca de 60% dos votos, acabando com as chances de reeleição da atual presidenta Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores, no “segundo turno” das eleições, marcadas para 16/10/2014. Analistas independentes absolutamente não levam a sério essas previsões e dizem que esse cenário não passa de ilusão. E há os que começam a alertar contra fraude eleitoral.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do mesmo Partido dos Trabalhadores de Dilma Rousseff, não é candidato e trabalha pela re-eleição da atual presidenta. Para ele, Marina Silva absolutamente não tem chances de eleger-se. Para o presidente Lula, a grande ameaça não é Marina Silva, mas alguns veículos de imprensa impressa e de televisão.

Esses veículos usam como bem entendem, para finalidades de propaganda, as muitas dificuldades que brotam do processo em curso de implementar reformas sociais e econômicas, feitas para mais bem servir os interesses dos mais pobres. Seja como for, o país está avançando, com grandes projetos industriais em implementação. Lula tem-se mostrado confiante de que a verdade derrotará a mentira.

O apoio do ex-presidente à atual presidenta e candidata à re-eleição, Dilma Rousseff, é importante. Resultado desse apoio, Marina Silva já está perdendo votos.

Em recente entrevista a um dos grandes jornais do sul do Brasil, Marina Silva explodiu em lágrimas, aos gemidos de que não podia controlar o que o ex-presidente dizia dela, mas que faria o possível para não “se vingar’ dele... O ex-presidente respondeu imediatamente, que aquelas lágrimas nada tinham a ver com o que ele dissera sobre mentiras de Marina. Que, lágrimas daquele tipo, só se a causa fosse completamente diversa.

De fato, Marina Silva começa a temer os números que as pesquisas eleitorais lhe trazem. A hoje candidata foi membro do Partido dos Trabalhadores de Lula por mais de 25 anos; fez toda a sua vida política ao lado de Lula. Foi senadora, antes de ter sido Ministra do Meio Ambiente do governo Lula, em 2003.

Mas durante todos esses anos, Marina Silva sempre se manteve muito próxima dos EUA. Sempre esteve sob as lentes de inúmeros fundos especiais, dos mais variados tipos, e organizações internacionais que vasculham o mundo à procura de gente com o “perfil” adequado para ser usado como instrumento dos interesses de Washington.

Basta examinar as medalhas e prêmios que choveram sobre Marina Silva – prêmios que ninguém recebe se não for “amigo dos EUA” – para confirmar que, sim, pelo menos desde 1980, Marina Silva já estava no campo de considerações dos EUA. Essa “seleção’ é prática muito frequente: os EUA mantêm pessoal especializado em analisar traços de personalidade de possíveis “candidatos”, dos quais o que mais chamou a atenção, em Marina Silva, foi a inclinação para complementar os próprios atributos físicos, com “realizações’ políticas que chamassem a atenção (em entrevista, Marina Silva disse que teria trocado a Igreja Católica na qual fora criada, por um culto neopentecostal, porque aí “teria melhores chances de me destacar”).

O Brasil vai-se convertendo em estado soberano, forte e autoafirmativo, com grande influência no Hemisfério Ocidental, em posição de desafiar a influência dos EUA. Os debates em Washington fazem-se por trás dos panos, mas uma coisa é evidente: os EUA querem muito trocar a presidenta Dilma Rousseff por alguém mais servil. Marina Silva parece servir esse propósito.

Os serviços especiais dos EUA parecem ter pavimentado o caminho para ela, eliminando outro candidato, Eduardo Campos, do Partido Socialista. O avião Cessna 560ХL em que ele viajava sofreu uma pane e caiu, ou explodiu, ninguém sabe. French Slate.fr listou esse caso de queda de avião como um dos cinco eventos mais importantes do verão de 2014,que não estiveram nas manchetes, sobre os quais pouco se fala, mas que pode(ria) mudar o rumo da política mundial.

Antes da tragédia, Dilma Rousseff era considerada já vitoriosa. Com Marina Silva, as eleições sofreram, no mínimo, um “tumulto” não previsto.

Não há dúvida alguma de que, com Marina Silva na presidência, o Brasil passa a alinhar-se mais decisivamente com os EUA. O escândalo da espionagem e das escutas clandestinas, e declarações da presidenta Rousseff, para quem as escutas ilegais implantadas pelos EUA no Brasil seriam “inaceitáveis” virariam coisa do passado, bem como a UNASUL (União das Nações Sul-americanas) – união intergovernamental que integra as duas uniões aduaneiras que há: MERCOSUL e Comunidade Andina de Nações, como parte da continuada integração sul-americana, e o MERCOSUL (Mercado Comum do Sul, bloco sub-regional que inclui Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela com Chile, Bolívia, Colômbia, Equador e Peru como países associados).

O objetivo de todas essas estruturas é promover o livre comércio e o fluxo continuado de bens, pessoas e moeda. Tudo isso deixará de estar no ponto focal da política externa do Brasil.

A reorganização da Organização dos Estados Americanos, OEA, é a questão mais importante para os EUA; e voltará ao topo da lista das prioridades de política externa.

O MERCOSUL talvez até continue a existir, mas não como concorrente contra a ALCA (Área de Livre Comércio das Américas), que Washington tenta impulsionar desde 2005, quando a ideia foi recusada por Argentina, Brasil, Venezuela e alguns outros países.


Marina Silva não é grande entusiasta do futuro dos BRICS. Para ela, a participação nesse grupo não traz dividendos. Já disse que não tem qualquer intenção de estreitar relações com Rússia e China, e a aliança com Venezuela e Cuba deixará de ser efetiva. Tudo que os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff já conseguiram até agora, ir-se-á pelo ralo, só para satisfazer o poder da Casa Branca e do Pentágono.

A batalha pré-eleitoral está-se convertendo em batalha feroz. Marina Silva não tem tempo a perder, e a carga está-se tornando pesada. Conforme mudem os números das pesquisas, a candidata Marina muda suas declarações e “plano” de governo. Já teve de explicar o que dissera antes, sobre reduzir a produção de petróleo em áreas chamadas “pré-sal”, abaixo do leito do oceano. Manifestou-se contra casamentos homoafetivos no passado; de repente, virou apoiadora.

Marina Silva é, hoje, evangélica, membro da conservadora Assembleia de Deus. Um dia depois de apresentar seu plano de governo, desdisse o que dissera sobre ser favorável ao chamado “casamento gay”. No capítulo “Cidadania e Identidades” de seu programa, incluiu “apoio a propostas que defendam (...) o casamento civil”. Na sequência, a campanha de Marina Silva distribuiu uma “correção”. A nova versão defende “os direitos de uma união civil entre pessoas do mesmo sexo”, apagando a palavra “casamento” que incluiria direitos mais amplos para os casados.

No segundo debate televisionado entre os principais candidatos, antes do 1º turno das eleições, dia 5/9/2014, Rousseff perguntou a Marina Silva como ela financiaria os cerca de R$ 60 bilhões necessários para cumprir suas promessas. “Onde você propõe buscar esse dinheiro?” – perguntou Rousseff. A candidata respondeu que o dinheiro será obtido porque “nosso país voltará à eficiência no gasto público – poremos fim ao desperdício de recursos públicos”. A presidenta Rousseff acertou quando disse que tinha sérias dúvidas de que uma pessoa com esse tipo de ideia na cabeça e convicções tão instáveis pudesse governar algum país.

Mais brasileiros já começam a ver que Marina Silva mudará todas as políticas dos governos que a antecederam e levará o país ao desastre. E “desastre” é, exatamente, o que mais desejam os “artíficies de mudança” que trabalham em Washington.

Marina Silva é pessoa com problemas psicológicos, desequilibrada – e tudo isso pode ser bastante útil para influenciar o processo de decisão para bloquear o desenvolvimento progressista do país e quebrar o equilíbrio social, depois que as forças políticas no país começam a aprender a interagir dentro do que a lei autoriza e determina.

O que a missão Washington mais deseja é ver criados os pré-requisitos para que se encene no Brasil uma “revolução colorida”. Quer usar a “quinta coluna” e os veículos de imprensa pró-EUA para provocar “manifestações espontâneas” de cidadãos.

Os EUA já enviaram pessoal de alta capacitação e experiência para sua embaixada em Brasília, capital do Brasil. A estação da CIA que ali opera é comandada e operada por gente muito, muito experiente.

ataché de Defesa e principal oficial da Defesa, no Brasil, é o coronel Samuel Prugh. É homem de experiência excepcional na coleta de inteligência humana, com amplas relações pessoais entre os militares brasileiros.

O presidente Lula e a presidenta Rousseff têm feito o possível para evitar manifestações públicas de incômodo com as atividades subversivas que os EUA conduzem no Brasil. Quando lhes pareceu necessário, os brasileiros usam os bem protegidos canais diplomáticos, para fazer saber a Washington que identificaram um agente que operava clandestinamente na indústria do petróleo, num gabinete diplomático ou nas forças armadas do país. Esses incidentes jamais chegaram ao conhecimento público.

Depois do conhecido escândalo associado aos relatórios de que a Agência de Segurança Nacional dos EUA gravara comunicações pessoais da presidenta e espionara a Petrobras, empresa estatal brasileira de petróleo, o governo brasileiro endureceu e exigiu que os EUA pedissem desculpas públicas. Os EUA recusaram-se a desculpar-se e, mesmo, ampliaram as operações de espionagem no Brasil (enviaram mais gente para os consulados).

O consulado dos EUA no Rio de Janeiro destaca-se: ali trabalham mais de 500 norte-americanos. John Creamer, cônsul-geral, diz que 300 daqueles funcionários trabalham no processamento de vistos de viagem, da manhã à noite. Segundo Creamer, o processamento, antes, demorava seis meses; hoje, bastam duas semanas.

Se os funcionários dos consulados estão realmente ocupados só com emitir vistos de viagem, ou se só vivem a arquitetar alguma versão de “primavera árabe” ou de “Maidan ucraniana”, no Brasil, sob o alto patrocínio dos serviços especiais dos EUA, só o tempo dirá.

___________________

[*] Nil Nikandrov é um jornalista sediado em Moscou cobrindo a política da América Latina e suas relações com os EUA; crítico ferrenho das administrações neoliberais sobre as economias nacionais latino-americanas. Especializou-se em desmascarar os esforços feitos pela CIA e outros serviços de inteligência ocidentais para minar governos progressistas na América Latina. Autor de vários livros - tanto de ficção e estudos documentais - dedicados a temas latino-americanos, incluindo a primeira biografia em língua russa de Hugo Chávez.

Fonte: SQN
________________________________________________________________________

Dirigente do WWF, com discurso de Marina, declara: “Tirar o pré-sal da lista também seria uma boa ideia”

publicado em 24 de setembro de 2014 às 9:10
Captura de Tela 2014-09-24 às 06.05.16
por Luiz Carlos Azenha, a partir da dica do FrancoAtirador
Em entrevista à GloboNews, a secretária-geral da ONG WWF no Brasil, Maria Cecília Wei de Brito, deu conselhos à presidente Dilma Rousseff. A WWF, como se sabe, é majoritariamente financiada fora do Brasil.
Como a ONG se coloca no papel de, ainda que indiretamente, interferir na política eleitoral interna dos países em que atua (você verá logo mais), é mais que justo que a gente também lembre que o onguismo vem sendo crescentemente criticado no mundo.
Não estou falando de Hugo Chávez ou Vladimir Putin. O primeiro, na Venezuela, proibiu as ONGs de financiar as atividades locais que eram formas disfarçadas de ajudar a oposição. Putin fez o mesmo na Rússia e chegou a ameaçar que expulsaria todas as ONGs do território nacional.
Estas atitudes não cairam do céu.
Na Venezuela, a advogada Eva Golinger revelou a existência de um plano escrito para causar distúrbios durante o governo de Nicolás Maduro, sucessor de Chávez. O documento está aqui. Uma reportagem sobre ele publicada pelo Viomundoaqui.
O documento foi produzido em encontro, em junho de 2013, pela empresa de consultoria FTI Consulting, dos Estados Unidos e pelas organizações colombianas Fundación Centro de Pensamiento Primero Colombia e Fundación Internacionalismo Democratico. Ambas teriam ligações com o ex-presidente de extrema-direita, Álvaro Uribe. Da reunião em que se definiu a estratégia contra o chavismo participaram o chefe regional da famosa USAID (Agência de Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos), o psicólogo e estrategista Juan Jose Rendon e líderes da oposição venezuelana, inclusive Maria Corina Machado, que tem viajado o mundo denunciando Chávez/Maduro.
Aqui, permitam-me uma digressão. Eu era correspondente da TV Manchete em Nova York quando aconteceu o grande escândalo no governo conservador de Ronald Reagan, o Irã-Contras. Secretamente, os Estados Unidos venderam armas ao Irã, país com o qual não mantinham relações diplomáticas e que estava sob embargo internacional para compra de armas. Foi em 1986. O Irã estava em guerra contra o vizinho Iraque, numa disputa por campos de petróleo fronteiriços.
Os Estados Unidos forneciam informações relevantes a Saddam Hussein, do Iraque, sobre o movimento de tropas do Irã (o ditador iraquiano correu risco de ser derrotado militarmente). Os iranianos atacavam com ondas humanas e, com fotos de satélite fornecidas por Washington, Saddam sabia antecipadamente onde as ofensivas estavam sendo organizadas.
No mesmo período, os Estados Unidos venderam armas ao Irã. Com o dinheiro, financiaram outra guerra, a dos chamados “contras”, que tentavam derrubar o governo legítimo, constitucional, sandinista e de esquerda da Nicarágua.
Quando a casa de Reagan quase caiu e ele ficou sob o risco de ver fechada a torneira no Congresso, optou por uma espécie de privatização da política externa. A CIA era muito visada pelos crimes em série que havia cometido mundo a fora. Assim, foi criado o NED, o National Endownment for Democracy, uma super ONG financiada com dinheiro público que passou a “promover a democracia” no mundo, obviamente sob a tutela financeira e política de Washington. O NED, vamos dizer, é generoso: repassa dinheiro para entidades ligadas a republicanos e democratas, sindicatos e empresários. Ao NED se juntaram outras fundações e entidades que se dizem de fins não lucrativos, todas interessadas em “promover a democracia”. Há, inclusive, divergência entre elas.
Porém, basicamente o que fazem é treinar a chamada sociedade civil de outros países para ensinar democracia ao estilo dos Estados Unidos. Algumas são mais agressivas, outras não. Algumas prestam serviços de fato relevantes. O fato central é que elas fixam, nas pessoas “treinadas” por elas, a ideia de que não há alternativa ao modelo norte-americano. Ajudam a promover um pluralismo de fachada, já que exlcuem qualquer transformação mais profunda de estruturas intrinsicamente injustas. Confinam o debate.
O NED e associados, como a Fundação Soros, incentivam a “exportação de democracia” treinando militantes, focando em jovens, ensinando novas formas de comunicação. Não foram as responsáveis, mas estimularam revoltas no Leste Europeu, na África e no Oriente Médio. Coincidentemente, quanto mais fragilizados estiverem outros Estados, mais fácil fica o domínio dos países centrais sobre os recursos naturais do mundo.
Captura de Tela 2014-09-24 às 06.32.59
Vejamos agora o que a revista alemã Der Spiegelque não é comunista, escreveu sobre o WWF, aqui:
Título: Verniz verde: O WWF ajuda a indústria mais que o meio ambiente
Trechos relevantes:
Quer proteger as florestas tropicais? Para começar, tudo de que você precisa é de 5 euros. Salvar os gorilas? Três euros e você será incluído. Você pode fazer sua parte ajudando a natureza com apenas 50 centavos — desde que confie o dinheiro ao World Wide Fund for Nature (WWF), que ainda é conhecido nos Estados Unidos e Canadá por seu nome original de World Wildlife Fund. No ano passado, a WWF, junto com a cadeia varejista Rewe, vendeu mais de 2 milhões de peças a colecionadores. Em apenas seis semanas, o programa levantou 875,088 euros, que a Rewe transferiu à WWF. (…) Os governos também dão muito dinheiro para a organização. Ao longo dos anos, a WWF recebeu um total de U$ 120 milhões de dólares da USAID, a Agência de Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos. Por muito tempo, os ministérios do governo alemão foram tão generosos com a organização que a própria WWF decidiu, nos anos 90, limitar o financiamento recebido de governos. A WWF estava ansiosa para não ser vista como mera extensão das agências de proteção ambiental governamentais. (…)
A WWF, cuja sede mundial está em Gland, na Suiça, é vista como a mais poderosa organização conservacionista. É ativa em mais de 100 países, onde tem conexões com os ricos e poderosos. Sua marca registrada, um Panda, aparece nos copos de iogurte da Danone e nas roupas de socialites como a princesa Charlene de Mônaco. As companhias pagam taxas milionárias pelo privilégio de usar o logotipo. A WWF tem 430 mil integrantes só na Alemanha e milhões de pessoas doam sua poupança à organização. A questão é quão suntentavelmente o dinheiro é investido. (…) Representantes de organizações independentes do governo alemão, como as ONGs Rettet den Regenwald (Rainforest Rescue) e Robin Wood já não enxergam a WWF como defensora dos animais. Em vez disso, enxergam na WWF uma cúmplice das corporações. Na opinião delas, a WFF dá às corporações licença para destruir a natureza, em troca de grandes doações e pequenas concessões.
Agora vejam, logo abaixo, um trecho de entrevista que fiz com o seringueiro Osmarino Amâncio, no Acre (para ver a entrevista imperdível, clique aqui). Lá atrás, ele foi companheiro de “empates” de Marina Silva, ou seja, ambos batalharam na floresta contra a chegada de latifundiários “paulistas”, que queriam detonar os seringais e implantar pecuária extensiva e devastadora na Amazônia.
Notem o que ele diz sobre a relação entre WWF e a candidata ao Planalto Marina Silva, quando ela era ministra do Meio Ambiente no governo Lula:
Nota do PAPIRO; Veja o vídeo em www.viomundo.com.br

Agora que contextualizamos, vamos ao que disse a chefe da WWF no Brasil, num trecho da entrevista à GloboNews:
“O que a presidente precisa dizer é o que será feito no futuro. Não é suficiente dizer que a gente já economizou dinheiro se a gente quiser continuar vivendo no futuro daqui pra frente. A gente tem que fazer mais. Eu acho que o que a presidente talvez pudesse de nos dar de alento é mostrar que a nossa matriz energética está apostando em energia eólica e solar, coisa que a gente não tá vendo num crescimento que deveria ver, porque ainda estamos naquela lógica de, sim, temos muita hidreletricidade, ou seja energia produzida com grandes reservatórios que conservam água. Isso também é impactante, isso também joga carbono na atmosfera face aos processos construtivos e de manutenção. Falta a nossa presidente nos mostrar um caminho mais agressivo e mais do século 21 no que diz respeito às energias. E tirar o pré-sal da lista também seria uma boa ideia”.
É um discurso muito, muito parecido com o de Marina Silva, que já foi premiada pelo WWF com a importante honraria do Duque de Edimburgo.
Maria Cecília Wei de Brito é uma pessoa respeitadíssima. Mas repete o comportamento dos diversos “lobismos” que atuam para influenciar políticas públicas. A falta de — uma frase que certamente agradaria Marina Silva — uma “visão holística”, política e econômica, do processo.
A produção de energia hidrelétrica ainda oferece uma vantagem competitiva à indústria brasileira na disputa pelo mercado internacional. Há um debate interessante na área. Há quem advogue pelas PCH, as pequenas centrais hidreléticas, como Ivo Pugnaloni, em artigo publicado no Viomundo. Há quem diga que, ao fim e ao cabo, a energia hidrelétrica não é limpa, nem barata, como disse o professor Celio Bermann em entrevista ao ViomundoPara ele, a hidrelétrica de Belo Monte serve essencialmente aos aliados de José Sarney e às mineradoras.
Mas o fato, o fato concreto, é que hoje temos já implantado um grande parque hidrelétrico no Brasil. Fazer a transição custa dinheiro.
Poderemos desenvolver nossos próprios cataventos (muitos comprados na Alemanha) e painéis solares (muitos vindos da China).
O Brasil não pode se dar ao luxo de, ao fazer a transição, ser mero importador de tecnologia. Isso, se quiser criar os empregos de qualidade de que precisa.
O programa econômico dos liberais (Aécio) e hiperliberais (Marina Silva) pensa, grosseiramente, assim: a gente derruba os salários, tira alguns direitos sociais, submete a indústria brasileira à competição externa em melhores condições e, assim, vamos exportar mais. O risco, como nos disse em entrevista o professor André Biancarelli, é abrir totalmente o mercado interno de 200 milhões de consumidores e perder justamente o que salvou a economia brasileira depois da crise financeira de 2008.
Poderemos ter um grande aporte de capital internacional no Brasil, ainda maior, para tirar proveito da mão-de-obra barateada, mas também poderemos ter um número crescente de maquiladoras, como o México, El Salvador e outros países centro-americanos.
Em resumo, nossa dependência externa pode aumentar justamente num momento de crise econômica internacional duradoura, em que a China produz sua própria tecnologia, conta com mão-de-obra barata e coloca seus produtos de forma avassaladora no mercado mundial.
Quanto aos países do capitalismo central, optaram por tecnologia de ponta, de altíssimo valor agregado, de empregos que pagam bem, que preservam o meio ambiente, ganhando também ao exportar para os países pobres suas tecnologias poluentes e já ultrapassadas.
Tudo o que a chefe do WWF no Brasil quer é mesmo desejável — recuperar os rios, acabar com represamentos, restaurar as várzeas e as matas ciliares, devolver à população o prazer de se banhar no Tietê despoluído, trazer de volta espécies que correm risco porque dependem de um rio livre para fazer a piracema (nadar contra a correnteza e se reproduzir), acabar com as ‘retificações’ de rios introduzidas no tempo em que era preciso acelerar as águas (por causa do risco de doenças), colocar escadas para piracema nas hidrelétricas brasileiras que não as possuem — com isso protegendo a biodiversidade –, preservar as nascentes — tudo isso é mesmo desejável no século 21.
Mas o Brasil não é a Alemanha, nem os Estados Unidos.
É justamente aí em que reside o problema destas ONGs que pretendem “nos ajudar”. Elas pensam com a cabeça daqueles que as financiam. Num dos trechos de sua entrevista, Maria Cecília Wei de Brito disse textualmente: “E tirar o pré-sal da lista também seria uma boa ideia”.
Porém, reside no pré-sal a possibilidade de o Brasil, ao ser exportador de petróleo, financiar o desenvolvimento de tecnologias próprias, de cadeias produtivas internas, para construir pelo menos parte dos painéis solares, cataventos, motores menos poluentes e pequenas centrais hidrelétricas a serem utilizados na fase de transição.
Não explorar o pré-sal é congelar o Brasil numa espécie de mundo sonhático, em que desperdiçamos nossa principal fonte de riqueza, enfraquecemos a indústria nacional de automóveis, perdemos ou rebaixamos a qualidade dos empregos e nos tornamos ainda mais dependentes de tecnologia importada.
Talvez sob a influência de seus financiadores, algumas ONGs querem que o Brasil assuma um papel desproporcional na proteção do ambiente mundial, uma espécie de “santuário” onde 200 milhões de pessoas precisam comer, estudar e trabalhar — Neca Setubal, inclusive.
Porém, notem no gráfico do Der Spiegel, baseado em dados de 2005, quem mais emitiu gás carbônico no planeta desde 1850:
offenders
Ou seja, eles querem que o Brasil pague agora, de forma desproporcional, a conta que vem sendo pendurada no meio ambiente há mais de um século e meio!
Sei que, como eu, o WWF sonha com ciclistas atléticos, rios limpos, florestas preservadas e um país produtor apenas de tecnologia e energia limpas. Mas, pela força das circunstâncias que expliquei acima, se o Brasil descartar o pré-sal o sonho do WWF só vai se realizar na Alemanha.
canastra
Olhar para o entorno é sempre bom (foto Luiz Carlos Azenha, na cachoeira Casca D’Anta, na serra da Canastra)
[O conteúdo exclusivo do Viomundo, como o documentário sobre o Choque de Gestão em Montezuma, que fiz recentemente com edição de Padu Palmério, é bancado exclusivamente pelos assinantes deste site. Torne-se um deles]
PS do Viomundo: Durante a entrevista, a GloboNews faz uma reportagem se referindo à nascente do rio São Francisco como sendo um riacho em São Roque de Minas, na serra da Canastra, onde estive recentemente. Há controvérsiasa partir de um estudo que colocou a nascente no município de Medeiros, embora não haja reconhecimento oficial da mudança. Além disso, o problema principal para preservar as importantes nascentes dali são as disputas jurídicas com fazendeiros que querem impedir a implantação do Parque Nacional como foi originalmente planejado, além do interesse de mineradoras. Depois da campanha, esperamos o WWF também lá, lutando contra fazendeiros e mineradoras e garantindo o parque íntegro, da forma como foi criado.

Fonte: VI O MUNDO
_____________________________________________________________________________
















Ontem, dia 23.09.14, a ONU publicou um relatório onde informa que os países do BRICS  foram  os que mais investiram  e priorizaram a educação em todo o mundo.

Ainda segundo relatório o grupo BRICS está bem a frente dos EUA e União Européia em investimentos em educação, priorizando a formação superior qualificada em todos os países do bloco, assim como a troca de experiências sobre metodologias de avaliação de desempenho, criação de grade escolar e técnicas inovadoras de ensino.

Com 40% da população  mundial, os BRICS, segundo a ONU, estão na vanguarda da educação mundial o que em breve contribuirá para a formação de um número elevado de profissionais altamente qualificados em todo o mundo.


Sonda indiana entra na órbita de Marte

Fonte: JORNAL DO BRASIL


Definitivamente, a educação e a formação crítica  não são prioridades nos EUA, que cada vez mais aprisiona sua população na ignorância.

Nas eleições brasileiras de outubro, os EUA certamente estão agindo para inviabilizar uma vitória de Dilma e do PT,e com isso eleger um candidato - tanto Marina como Aécio servem aos interesses americanos - que possa reverter o processo vitorioso brasileiro em curso.

Não seria surpresa se viesse a tona o trabalho, engajado e contratado,  de grande parte da velha mídia brasileira em apoio aos interesses americanos.

Há pouco tempo, dados revelados pelo Wikileaks  flagraram jornalistas do grupo globo trocando informações, frequentes, com altos funcionários da diplomacia  norte americana..
Ou alguém duvida que não seja possível o envolvimento de Globo, por exemplo, com os setores de espionagem dos EUA com o intuito de desestabilizar o Brasil ?

A inteligência americana para serviços de desestabilização de governos, se utiliza em grande parte , do trabalho de corporações instaladas nos países alvo das ações de espionagem  e de terrorismo.

Agora surge a possibilidade de que o avião que vitimou Eduardo Campos tenha sido alvo de um ação terrorista patrocinada pelos EUA. É possível.





Cabe lembrar que a América do Sul  que se desloca lentamente dos EUA  que adorava tucanos entreguistas teve, em um período curto de tempo, a morte de Nestor Kirchner, um atentado contra Rafael Correa, uma tentativa de golpe separatista na Bolívia, os cânceres de Lula, Lugo, Dilma e Hugo Chaves, culminando com a morte do presidente venezuelano, várias tentativas de golpe de estado na Venezuela, o golpe de estado bem sucedido no Paraguai e a tentativa de golpe no Brasil em 2005 com a farsa do mensalão.
Já em países da América Latina alinhados com os EUA, ninguém ficou doente e não ocorreram tentativas de golpe.

São coincidências, sim, mas trazem um significado, que é a conhecida ação dos EUA em promover ações desestabilizadores em governos que não sejam de seu agrado.

A participação de Marina e Aécio , ao lado do que existe de pior nos EUA,  é um sinal de profundo retrocesso para o Brasil.

Eleger Dilma, já em primeiro turno, deve ser o objetivo maior de todos nós, mesmo com as manipuladas  pesquisas quase sempre contratadas por Globo que informam , quase sempre, a impossibilidade de vitória de Dilma já em 5 de outubro. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário