terça-feira, 30 de setembro de 2014

Isso muda tudo




E lá se vão os verdes. 
Verdes de que ?
De dólares, com certeza.

Marina, a verde da floresta, é bancada pelo dinheiro grosso do Itaú e de ONG's ligadas ao sistema financeiro.
O Partido Verde, que se auto denomina diagonal, ou seja, não é de esquerda e nem de direita, e quando governo no Brasil esteve sempre ao lado da direita  e do....dinheiro grosso.

O candidato do PV teve seu jingle  de campanha patrocinado pelo PSDB.

As grandes ONG' s internacionais ambientalistas são financiadas até mesmo por ...petroleiras.

É o dinheiro, a financeirização do meio ambiente, não existe outra alternativa, repetem os "ecologistas" ao melhor estilo Margareth  Tatcher.

Justo o dinheiro, o capitalismo , que é responsável pela destruição do meio ambiente e da vida, com grande e expressiva participação de gigantescas corporações que financiam... os políticos verdes, as ONG' ambientalistas, cientistas, institutos de pesquisa.

Não se pode esperar nada dos grandes fóruns internacionais sobre mudanças climáticas e questões ambientais.

São grandes circos, reproduzidos como "avanços civilizatórios " pelos palhaços da grande  mídia ocidental comprometida com o ... dinheiro pesado.

Não se pode esperar algo transformador de grandes ONG' ambientalistas  financiadas por grandes corporações que não tem o menor interesse em mudar o sistema atual.

Não se pode esperar nada de Partidos Verdes, alinhados sempre com partidos da direita até mesmo radical, onde se situa o...dinheiro.

É duro para os "renomadíssimos e premiadíssimos" ecologistas do Brasil e de todo mundo constatar essas verdades. 

É de enlouquecer, eclipsar a razão, mudar a todo instante  até mesmo de opinião, sem que antes destilem críticas sobre a verdade inexorável , clara, translúcida, como a luz  que  dá mais vida ao
arvoredo nas florestas de pé, sustentáveis, que motivaram uma vida de  luta daqueles que perderam a vida  na luta, sem se curvar ao destino tathcheriano. 

E esse é o único caminho para salvar a vida; a luta dos povos, das comunidades, de movimentos sociais que até mesmo de forma pro ativa, tentam impedir a destruição de seus habitats. 
Habitats, aliás, sempre defendidos "energicamente" pelos ecologistas de partidos políticos, grandes ONG's, em seus escritórios nos grandes centros urbanos em prédios verdes  e bem próximos de instalações de seus aliados,  a turma do dinheiro pesado.

Em seu mais novo livro, a jornalista e ativista canadense, Naomi Klein, aborda o capitalismo e as mudanças climáticas e, assim como vem alertando o PAPIRO, faz críticas a ineficácia dos fóruns internacionais,como as COP's e também ao papel duplo de partidos verdes, organizações não governamentais, cientistas e institutos que se apresentam  em defesa do meio ambiente. 
Também afirma, que os verdadeiros defensores e ativistas da vida e do meio ambiente, se situam nas comunidades, em movimentos sociais e mesmo em pequenas organizações que atuam de forma direta na defesa de seus ecossistemas.
O livro, Isso muda tudo: capitalismo vs clima, teve uma pequena resenha que o caro leitor pode ler em  www.cartamaior.com.br.

É provável que nas próximas reuniões das COP's, quem sabe até mesmo em  Paris no próximo ano,  os locais das reuniões passem para lugares isolados , com forte aparato de segurança contra a presença de manifestações, como ocorre nas reuniões da OMC, FMI, Banco Mundial, G-8 e outros.
Assim como aconteceu no final da década de 1990, na reunião da OMC em Seattle, quando milhares de manifestantes protestaram  nas ruas  próximas ao local da reunião.
Como foi a primeira grande manifestação, foi comum ouvir dos executivos, banqueiros e empresários presentes na reunião as seguintes questões:
- quem são eles ?
- porque protestam ?
- será que são hippies deslocados no tempo ?
- a que organização pertencem ?
- são de esquerda ?

Agora, em 2015, na reunião da COP, os ecologistas, políticos e membros de ONG', devem se surpreender também com os manifestantes e , certamente , não faltarão perguntas do tipo :
- quem são eles ?
- porque protestam ?
- será que são ecologistas tardios ?
- serão neo hippies deslocados no tempo ?

Não, eles não são nada disso, mas isso muda tudo, já que as verdadeiras mudanças necessárias para preservação e regeneração da vida no planeta tem que partir da iniciativa  dos povos.

Dos políticos, das corporações,  das ONG's,  dos "ecologistas premiadíssimos , nada se deve esperar, uma vez que a ideologia verde ambientalista foi capturada pelo capital e hoje é um anexo dos programas dos partidos de direita, ou até mesmo , são a nova direita disfarçada de defesa do meio ambiente.

A campanha eleitoral no Brasil, em curso, é esclarecedora no tocante ao papel desempenhado pela  nova direita, aqui em em outros países. 


segunda-feira, 29 de setembro de 2014

A morte da mentira

Bláblá engana os (cada vez menos) trouxas

Mestre Aldir Blanc, nas águas da Guanabara: afasta isso de mim !!!
Aldir: o jatinho tem mais fantasma que castelo inglês !


O Conversa Afiada reproduz dois gigantes: o Aldir e o Fernando Brito:

ALDIR BLANC E A SENSATA LUCIDEZ DIANTE DE UM MUNDO DOIDO

Há muito tempo nas águas da Guanabara, quando a inteligência não era atributo reconhecido em “bundinhas” bem vestidos e bem cuidados, os cariocas  amavam seus cronistas e poetas que, das cátedras de botequim , tinham vitalício direito, honoris causa,a serem acres,  sinceros, gozadores, iconoclastas e sempre, sempre, humanos.


Não viravam “celebridades”, não compravam apartamentos luxuosos à beira-mar, não apareciam em “bodas” das “Caras” dos consultórios de dentistas.


Mas eram amados e cantados, porque davam vazão, escrevendo,  ao que nos passava na vida e nas almas.


Aldir Blanc, que aprendi a admirar nos anos 70, ali pertinho da Praça Varnhagen, na voz da Elias Regina e nos limites mal definidos entre a Rua dos Artistas e a Dona Zulmira, é um destes caras, grandes caras,  que no põe um nexo aparentemente desconexo nas verdades a que nos desacostumamos e nos mostra, numa crônica sensacional,  que absurdo é o que parece sério nos jornais e na boca de gente muito bem arrumada que justifica essa bagunça que anda por aí.


Vale a pena ver que o velho – e novíssimo – Aldir ainda é um craque em puxar do cavaquinho pra cantar de galo e que, com ele, encara todo mundo.

MARINA CONTINUA ENGANANDO OS TROUXAS



Aldir Blanc

Na ONU, a presidente Dilma foi contra o bombardeio indiscriminado do tal Estado Islâmico, que ninguém sabe direito onde fica. Obama criticou a “indiferença” com que assassinos são tratados. Quer falar sobre assassinos, Obananamole? O mundo viu em, estado de choque, aviões implodirem as Torres. Milhares de mortos numa ação terrorista. Sem dúvida, um assassinato em massa terrível. Em resposta, os EUA e aliados invadiram, com as bênçãos de Cristo e falsos motivos, o Iraque e mataram milhares e milhares de inocentes. Casamentos eram pulverizados, festas de aniversário, idem. Seguia-se o cínico pedido de desculpas. O Afeganistão foi tão bombardeado que montanhas inteiras sumiram do mapa. Resultado: voltou a cultura do ópio, com um gatuno como chefe de governo. Sem contar os trágicos mortos por fogo amigo. O capanga dos EUA, Israel, massacrou crianças refugiadas em escolas na Faixa de Gaza. A CIA patrocinou um golpe no Egito — país onde os EUA têm prisões clandestinas para torturar. Todos os opositores do golpe militar, muito bem pago, foram sentenciados em bloco à morte. Em 2008, na maior fraude já vista, Wall Street quebrou o mundo! Quantas vítimas fatais fizeram em toda a Terra, por desespero, doenças cardíacas, depressões, suicídios, fome etc? Como avaliar o número de vítimas? Tropas especiais assassinaram Osama por vingança. Eu pergunto: os que perderam parentes e amigos na roubalheira podem matar safados do Lehman, Bear Sterns, Merrill, Sachs sem fundos, AIG and so on? Os que tiveram suas vidas destruídas têm esse direito? Quando Obamascarado venceu pela primeira vez, Gore Vidal disse: “Vocês estão loucos? Não vai mudar nada!” Na mosca!

Aqui na Brasunda, um avião também explodiu. Há quem diga que foi sabotado pela CIA, Mossad, a poderosa empresa transacional Testemunhas de Jeová e outros interessados. Das cinzas, surgiu a Fênix Redentora, Marina d’Arc, com a Bíblia na mão, e o apoio financeiro de Nhá Neca Setúbal. Houve, digamos, um fenômeno carismático (Hitler também tinha carisma). E o corpus mysticum de Marina entrou em levitação. Até que foi descoberto o seguinte: o avião que matou, por ação da Providência Divina (?), o governador Campos estava boladão. Tinha empresas por trás com mais fantasmas que castelo inglês. Os documentos da aeronave sumiram, a caixa-preta pifou, e todos mentiram sobre isso: Campos, a cúpula do PSB e Marina. Campos parou de mentir por motivo de força maior. Marina continua enganando os trouxas. Disse que governará racionalmente, que a Bíblia é só inspiração. O que a inspira? A Matança dos Inocentes? Um pai que sacrificaria o filho porque o Velho é um Deus ciumento? O absurdo e cruel sofrimento imposto a Jó? Os incestos e traições? Arcanjos da SS de lança-chamas queimando os alegres moradores de Sodoma e Gomorra, que tinham direito à sexualidade que quisessem?

Na trilha do clássico de Chico Buarque, afastem do povo brasileiro essa bíblia arcaica, cheia de dólares e mentiras.
Fonte: CONVERSA AFIADA 
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Marina, Aécio , a velha mídia e as mentiras do dia a dia.
São tantas e tontas as mentiras, mais tontas a medida que se aproxima o dia D, que já pode ser caracterizado como crime. 
Crime contra  o povo brasileiro, que fica privado de uma informação fidedigna.
Importante torna-se o papel dos blogues, "sujos e ideológicos" mas  que trazem conteúdos relevantes para a compreensão dos fatos.
E foi assim , De frente pro Crime, que Aldir retratou a realidade Marina-midiática:
tá lá um corpo  estendido no chão 
é o corpo da mídia, da mentira das oposições
em vez de rosto uma foto de um gol
Cobriram a cara do presunto  mentiroso com uma folha de jornal, E era do globo
em vez de reza uma praga de alguém
já vai tarde , coisa ruim, disse alguém se referindo a mentira estendida no chão
e um silêncio servindo de amém
ninguém aguenta , mesmo poucos segundos, em silêncio
o bar mais perto depressa  lotou 
onde tem presunto estendido  logo aglomera e o melhor lugar para ver a mentira morta é um bar, até porque ninguém é de ferro e uns tapinhas na goela não fazem mal.
malandro junto com  trabalhador
no botequim e na praia todos são iguais. No boteco, qualquer um, independente das roupas que veste ou da classe social, bebe seu chopp, de pé, no balcão. Na praia a igualdade se dá pela quase total ausência de roupas.
um homem subiu na mesa do bar e fez discurso pra vereador
tem sempre alguém esperto, achando que todo mundo é trouxa, dizendo que, se eleito, vai acabar com a violência, não vai ter mais crime e coisas mais.
veio o camelô vender anel, cordão e perfume barato
onde tem muita gente, camelô encosta. Os produtos são os mesmos, um cordãozinho da moda, um perfumizinho de celebridade  vindo do Paraguai , etc..
a baiana foi fazer pastel e um bom churrasco de gato
apesar da proximidade do bar, uma barraquinha com pastel e um churrasquinho é sempre garantia de sucesso. Pastel é nacional e a carne de gato  desce sem problema.
quatro horas da manhã baixou um santo na porta-bandeira
a morte da mentira midiática varreu a noite e gerou uma grande festa. Alguém, com certeza, puxou um samba e aí lembraram de pedir prá buscar a porta bandeira da escola de samba mais próxima.
e a moçada resolveu parar
Santo é coisa séria. Polícia, a moçada não respeita , mas quando desce um santo o pessoal dá um tempo ou mesmo vai embora.
sem pressa foi cada um pro seu lado
quatro horas da manhã já tá todo mundo cansado , afinal rolou um samba de primeira e o pessoal , de bermudas,  sandálias de dedo e levando a camisa dobrada no ombro, sai devagar para casa.
pensando numa mulher ou num time
mesmo satisfeitos com a morte da mentira, um presunto sempre puxa um reflexão, Nesses momentos, a mulher desejada ou o próximo jogo do time vem à tona com força, como significados da vida.
olhei o corpo no chão e fechei, minha janela de frente pro crime
Não só viu o crime, como mostrou os verdadeiros criminosos.





sábado, 27 de setembro de 2014

Marina. A criatura de Washington

Imprensa francesa desmascara Marina: 

ela é a direita

27 de setembro de 2014 | 07:36 Autor: Miguel do Rosário
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Um internauta atento nos repassa a informação de que o L’Humanité – um dos principais jornais da esquerda francesa, fundado em 1904, com papel importante no apoio à Resistência contra o nazismo, durante a II Guerra – publicou uma reportagem especial sobre a campanha eleitoral brasileira.
O gancho principal da matéria é Marina Silva. O jornal francês já entendeu o que ela significa, por isso o título (foto acima) deixa bem claro:

Marina,  a nova direita brasileira.
E a direita, no Brasil, não pode nem ser confundida com o conservadorismo austero porém nacionalista da direita europeia ou norte-americana.
A direita brasileira é a pior direita do mundo, porque além de ser antipovo, é também entreguista, antinacional, antidemocrática e golpista.
Na chamada de capa, o L’Humanité acusa Marina de ser uma “criação de Washington”.
ScreenHunter_4923 Sep. 27 08.26

Não duvido nada.
*
Por Leandro Cavalcante, no Facebook.
Até os franceses já sabem quem é a verdadeira Marina Silva, enquanto que ainda tem brasileiro que continua acreditando na tal da “nova política”.
“Marina Silva, a nova direita brasileira”, hoje nas páginas de L’Humanité (o principal jornal de esquerda da França).
A matéria destaca sobretudo que Marina não esconde seu lado neoliberal, é protegida pela mídia burguesa e é controlada pelo capital financeiro e por fundamentalistas religiosos.
Pelo menos o Mundo já tem consciência do que pode representar a vitória dessa criatura! #ArMarinaNam — em Paris.

Fonte: TIJOLAÇO
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Essa nova direita - uma vez direita e retrógrado sempre direita - ganhou uma visibilidade maior no mundo a partir do início dos anos da década de 1990, com a eleição  da chapa democrática  de  Clinton e Gore , nos EUA, mais precisamente no ano de 1992.

A chapa dos democratas venceu  o republicano Bush I, ex-combatente da segunda guerra mundial.
Era a renovação, " o novo" que surgia nas imagens de um  ex -combatente no Vietnã, no caso Gore, e um oriundo dos movimentos da era de Aquário que combatia  a guerra do Vietnã,  no caso Clinton.

Ambos, entretanto eram comprometidos com os mesmos ideais imperialistas e expansionistas dos EUA, porém, surgiam como novos, com discursos ecológicos, pacifistas e até mesmo com demonstrações de simpatia com os emergentes conceitos na ciência, como  as teorias do Holismo e da Complexidade.

Uma maquiagem perfeita para cooptar os jovens, cansados do discurso  conservador e belicista dos republicanos, representados por Reagan e Bush I e a década de 1980.

Como disse, apenas uma maquiagem, pois entre Reagan, Bush I, Clinton, Bush II e Obama, as diferenças eram mínimas, porém , conseguiram seduzir muitos corações e mentes nos EUA e no mundo.

A partir de Clinton, os conceitos de ambientalismo e ecologia ganharam muita visibilidade pelo mundo, conferindo aos verdes uma aceitação maior, já que até então eram apenas vistos como sonhadores ou coisas do tipo.

Os partidos verdes ganharam uma maior protagonismo, chegando inclusive ao governo de alguns países , como na Alemanha e na França.

Nos governos, se renderam ao ideário neoliberal, gerando uma onda protestos e de  decepção entre os simpatizantes da causa ecológica.

De uma maneira geral, os verdes em todo o mundo estão alinhados com o ideário da direita, porém são apresentados como   " o novo " , " a nova política " em uma estratégia para cooptar pessoas pouco informadas.

O caso brasileiro, de certa forma, repete  de forma tardia, o fenômeno do "novo" , que se deu já  nas eleições para presidente em 2010 e agora se repete com a candidatura  reacionária e de direita de Marina Silva.

Marina, por sua vez, cumpre a risca o script do " novo" com citações sobre conceitos na fronteira do conhecimento científico e uma " nova ética na política" , entretanto, suas convicções religiosas e seus aliados em um possível  governo  a colocam no campo da direita mais retrógrada e reacionária, assim como foi com Clinton e com o "ecologista de carteirinha", como FHC se referia a Al Gore.
Cabe lembrar que Gore também ganhou o Nobel da Paz, pelo seu documentário " Uma verdade Inconveniente"  onde aborda os desdobramentos das mudanças climáticas e as questões ambientais. Esqueceu-se , apenas, de citar que as informações contidas em seu  documentário foram  obtidas do trabalho incansável de cientistas e de  verdadeiros ativistas da causa ambiental.

A matéria do jornal  L'Humanité chama Marina da nova direita brasileira e também  como sendo uma criação de Washington para tentar mudar os governos bem sucedidos do PT, de  Lula e Dilma.

É bem provável que Marina seja uma criação dos EUA, já que o personagem que foi criado para Marina vestir, segue uma lógica que foi bem sucedida nos EUA, no início dos anos de 1990.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

O caminho é o Ecosocialismo

Os falsos ecologistas e verdadeiros colonialistas25 de setembro de 2014 | 20:24 Autor: Fernando Brito

hunting
Os Estados Unidos boicotaram, durante décadas, o Protocolo de Kyoto, sobre emissão de poluentes.
São, aliás, o único país do mundo que participou de sua discussão, em 1997 e jamais o ratificou, até o seu término, em 2012.
Agora querem que, em um mês, o Brasil e outros  países assinem um protocolo de “desmatamento zero”.
Não se enfiam decisões assim  goela abaixo de um país com a segunda maior área florestada do mundo.
Até porque é muito bonito dizer que vai fazer”desmatamento zero” em áreas que já quase nem tem o que desmatar.
Apenas 27 países assinaram este documento, que é – em bom português – uma piada.
É uma declaração de intenções e sabe Deus quão sinceras,  a começar porque recebe também assinatura de empresas, como a Cargill (sementes e rações), a Unilever, o McDonald’s e os bancos Barclays e Deutsche Bank, além da notória Nestlé e Johnson & Johnson.
Depois de terem devastado suas florestas no século 19 e fácil à Europa e aos EUA dizerem “não toquem em uma árvore”.
Fomos capazes de reduzir e somos capazes de zerar o desmatamento ilegal.
Aliás, fomos capazes de tornar a caça de animais silvestres ilegal, o que os Estados Unidos e alguns países europeus até hoje não fizeram.
Pagando, em nome da “conservação”, você está livre para matar.
Dispensamos, portanto, lições ecológicas de quem acha adequado matar “em condições controladas” mas nos quer negar o direito de aproveitar, em condições racionais e com um preservacionismo do qual não foram capazes até hoje,  o nosso território.
Fonte: TIJOLAÇO
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Assinar , hoje, um protocolo pelo desmatamento zero não me parece razoável.

As questões ambientais, assim como as políticas neoliberais , são instrumentos para inviabilizar o crescimento e desenvolvimento de países.

A maioria dos países desenvolvidos, principalmente os EUA, não aplicam nada do que eles receitam para os outros
.
As políticas neoliberais trucidaram a maioria dos países que seguiram o receituário proposto
.
E foram criadas exatamente para isso, inviabilizar um crescimento , ou no máximo proporcionar um crescimento insignificante.

Quem não se lembra dos anos da década de 1990, com o PSDB e FHC no governo ?

Com a questão ambiental é o mesmo.

Os EUA, que tem algo em torno de 4,5 % da população mundial, consomem 45 % dos recursos naturais do planeta. 
Adicione mais meia dúzia de países da União Européia, e teremos menos de 10 países consumindo quase 2/3 dos recursos naturais do planeta.

O caro leitor já começa a perceber que não dá pra todo mundo crescer e viver segundo os padrões atuais dos países ditos desenvolvidos.

E o que fazem os países desenvolvidos ?

Criam políticas, programas e protocolos, baseados em conceitos supostamente racionais e científicos, que impedem o crescimento de outros países.

A conversa agora é o desmatamento zero.

Convido o caro leitor para um exercício mental
.
Imagine que no mundo todo, todas as residências utilizem fogões a lenha para preparar os alimentos. 
De um dia para o outro , surge uma resolução que proíbe o uso de fogões a lenha, devendo-se utilizar os fogões elétricos.
Para que isso seja possível, a utilização dos fogões elétricos, toda uma cadeia produtiva deve estar operando:
- fabricação de fogões elétricos;
- distribuição;
- disponibilidade de energia elétrica;
- preços acessíveis a todos;
- estrutura para instalações,
- e outros mais.
Isso significa mudar de um padrão de lenha para o padrão elétrico e, para que isso aconteça, uma fase de transição onde os dois padrões irão existir, deve acontecer. 
O início não pode ser um lenha zero.
Isso significa, também, uma mudança de hábitos, já  que muitos não necessitarão cortar lenha e armazenar a lenha em suas casas.

E é aí que reside toda a questão, a mudança de hábitos
.
Para se mudar do padrão atual de produção e consumo de bens, se faz necessário a mudança de hábitos de consumo  e de produção.

A discussão, então, deve se dar em construir um sistema de consumo, produção e de qualidade de vida, que paulatinamente , além de conviver com o sistema atual também irá substituí-lo .

Isso , no estágio atual, não tem nada a ver com desmatamento zero.

E essa discussão de criar um sistema para conviver e substituir o sistema atual ainda é incipiente nos fóruns internacionais, já que os países mais desenvolvidos não aceitam mudar seus hábitos,e daí , tentam empurrar essas propostas de desmatamento zero  em nome da defesa do meio ambiente e das florestas
.
Antes que algum delirante diga que sou a favor do desmatamento da Amazônia, reafirmo que sou contrário a todo tipo de destruição de ecossistemas e, percebo que os governos do PT vem tratando a questão do desmatamento da Amazônia de forma racional, reduzindo gradativamente a destruição da floresta, porém, sem abdicar do crescimento.

A questão amazônica, aliás, não diz respeito apenas ao Brasil e, como já foi dito em outras ocasiões aqui,no PAPIRO, deve ser tratada em conjunto com todos os países amazônicos, buscando formas de desenvolvimento sustentável na região amazônica que, bem sucedidas, possam ser expandidas para outros ecossistemas e regiões do países envolvidos.
O Pacto Amazônico é um fórum que poderia ser utilizado para esse fim.

Toda questão ambiental não pode ser resolvida pontualmente, isoladamente e, as soluções contemplam ações que privilegiam o trabalho coletivo e a qualidade de vida  das populações envolvidas.

Essa realidade causa arrepios no mundo capitalista de acumulação incessante e, não é novidade que os assuntos sobre desenvolvimento sustentável não tenham tanto espaço nos meios de comunicação.

Repensar formas de produção , distribuição e hábitos de consumo, implica, muitas vezes em nome de um desenvolvimento sustentável, repensar o tipo de organização produtiva, privilegiando-se, sempre que possível, as propriedades sociais e coletivas, de maneira a garantir um bem viver para todas as pessoas e de forma sustentável.

Essa transição para um desenvolvimento sustentável, ainda é quase que insignificante e tem seu foco nos grandes centros urbanos, em edificações verdes e na mobilidade urbana onde a questão social e de fundo não é afetada, fazendo com que grande parte dos partidos verdes e grandes ONG's ambientalistas se alinhem com o ideário neoliberal hegemônico. 
É a ecologia cinza, neoliberal, as fábricas de florestas e de jardins urbanos.

A mudança do padrão da era dos combustíveis fósseis para era solar, está longe de acontecer, e o petróleo ainda reinará por muitas décadas, como prioridade.

Os EUA estão no grupo de países que mais destruíram o meio ambiente. Suas atividades de mineração causam tanto estrago ao ambiente, que, quando abandonadas, nem as sangue sugas conseguem viver naqueles locais . 
Não assinaram o protocolo de Kiyoto de 1997 e, no protocolo de Montreal de 1987, que tratou da redução dos gases da camada de ozônio, de tudo fizeram para manter a produção e a comercialização dos di-cloro, di-fluor metano, os vulgarmente conhecidos como CFC.
Proibiram  a fabricação dos CFC's em seu território e empurraram a fabricação e comercialização para os países em desenvolvimento. Ocorre , que quando lançados  na atmosfera os gases destroem a camada de ozônio e, na ozonosfera não existem países.

Reafirmam, com frequência, que a mudança de padrões e hábitos de consumo para um desenvolvimento sustentável, iria causar prejuízos para as corporações norte americanas.

Na política, a questão ambiental e a sustentabilidade encontraram abrigo nos partidos de direita , que se utilizam do tema para passar uma falsa imagem  de comprometimento com o futuro e com  as formas de vida. 
Tudo balela.

O verdadeiro desenvolvimento e a real vida com sustentabilidade devem passar necessariamente pelos aspectos de bem viver de todas as pessoas, com formas de produção social e sustentável.

Naturalmente conceitos do socialismo estão inseridos em formas de bem viver e de desenvolvimento sustentável, o que ajuda a explicar a enorme resistência em discutir de forma responsável esses assuntos.




quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Guerra ao Islã ?

O discurso da presidente Dilma Rousseff na abertura da Assembleia-Geral das Nações Unidas conteve verdades óbvias, mas inconvenientes; diante dos líderes mundiais, ela teve a coragem de dizer que mais violência, como os bombardeios aos países onde se escondem militantes do Estado Islâmico, irá gerar mais violência; "O uso da força é incapaz de eliminar as causas profundas dos conflitos. Isso está claro na persistência da Questão Palestina, no massacre sistemático do povo sírio, na trágica desestruturação nacional do Iraque", disse ela; no entanto, para a mídia brasileira, com destaque para o Globo, Dilma foi quase confundida com uma militante jihadista disposta a decapitar cabeças; segundo Merval Pereira, discurso de Dilma produziu nele o sentimento de "vergonha alheia"; o que dizer então do Globo?

25 DE SETEMBRO DE 2014 

247 - Há tempos um discurso presidencial não irritava tanto a direita brasileira, como aconteceu nesta quarta-feira. Em Nova York, ao abrir a Assembleia-Geral das Nações Unidas, a presidente Dilma Rousseff teve coragem para enfrentar um tema sensível, no momento em que países do Ocidente, tendo os Estados Unidos à frente, lideram uma nova ação militar contra países como Síria e Iraque, onde se escondem militantes do Estado Islâmico. De acordo com a presidente Dilma, uma nova onda de violência, que não enfrente a raiz dos problemas, irá apenas gerar uma escalada ainda maior de violência.

Eis o que disse a presidente Dilma sobre a questão:

Não temos sido capazes de resolver velhos contenciosos nem de impedir novas ameaças. O uso da força é incapaz de eliminar as causas profundas dos conflitos. Isso está claro na persistência da Questão Palestina; no massacre sistemático do povo sírio; na trágica desestruturação nacional do Iraque; na grave insegurança na Líbia; nos conflitos no Sahel e nos embates na Ucrânia. A cada intervenção militar não caminhamos para a Paz mas, sim, assistimos ao acirramento desses conflitos. Verifica-se uma trágica multiplicação do número de vítimas civis e de dramas humanitários. Não podemos aceitar que essas manifestações de barbárie recrudesçam, ferindo nossos valores éticos, morais e civilizatórios. O Conselho de Segurança tem encontrado dificuldade em promover a solução pacífica desses conflitos. Para vencer esses impasses será necessária uma verdadeira reforma do Conselho de Segurança, processo que se arrasta há muito tempo. (...) Um Conselho mais representativo emais legítimo poderá ser também mais eficaz. Gostaria de reiterar que não podemos permanecer indiferentes à crise israelo-palestina, sobretudo depois dos dramáticos acontecimentos na Faixa de Gaza. Condenamos o uso desproporcional da força, vitimando fortemente a população civil, especialmente mulheres e crianças. Esse conflito deve ser solucionado e não precariamente administrado, como vem sendo. Negociações efetivas entre as partes têm de conduzir à solução de dois Estados – Palestina e Israel – vivendo lado a lado e em segurança, dentro de fronteiras internacionalmente reconhecidas.

O que há de errado nesse argumento? Será que a "Guerra ao Terror", promovida pelos Estados Unidos no Iraque realmente semeou a paz? Será que a intervenção ocidental em países como Egito e Líbia deu origem a países estáveis? Será que a carnificina recente promovida por Israel na Faixa de Gaza, com o assassinato impune de 2,2 mil inocentes, liderado por Benjamin Netanyahu, plantou o amor no coração dos palestinos?

Dilma disse o óbvio. A escalada da violência irá produzir, apenas, mais violência.

No entanto, para a imprensa brasileira, com destaque para o jornal O Globo, a presidente Dilma foi tratada quase como uma militante jihadista do Estado Islâmico, pronta para decapitar cabeças. 

Na capa, duas chamadas para seus "autoelogios", como se o discurso fosse uma peça de campanha política, e para o fato de ela não se opor "à atuação contra o Estado Islâmico". A imagem principal, de um Barack Obama focado, também já denota o alinhamento ideológico da família Marinho.

Internamente, o editorial "Palanque em Nova York" acusou a presidente de usar o "vestido vermelho PT" na ONU e de se colocar ao lado de "sectários muçulmanos, que adotam costumes medievais". Na coluna "Uso indevido", Merval Pereira disse ter sentido "vergonha alheia" pelo discurso de Dilma. Por fim, houve espaço para um artigo do embaixador Luiz Felipe Lampreia, que foi embaixador no governo FHC, afirmando que, com discursos como o de ontem, o Brasil fica cada vez mais distante de tornar-se membro do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

O fato é que, no entanto, enquanto esteve alinhado aos Estados Unidos, o Brasil jamais teve suas pretensões diplomáticas levadas a sério.

Fonte: A JUSTICEIRA DE ESQUERDA
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Ontem, no jornal da noite da Bandeirantes, Boris Casoy - aquele mesmo que foi flagrado atacando garis - disse, referindo-se ao discurso de Dilma na ONU, que a posição do Brasil na política externa é errática desde os tempos de Lula.

Errática, talvez, na opinião do  apresentador do jornal, já que na prática, nos últimos doze anos, o Brasil se beneficiou , e muito, com a política externa adotada pelos governos do PT.

A opinião do apresentador faz parte de um coro , de direita, que gosta de ver o Brasil submisso, de joelhos, retirando sapatos em aeroportos, alinhado com um  modelo predador e em decadência, como é o modelo liderado pelos EUA e a União Européia.

O discurso de Dilma na ONU, em não apoiar mais guerras que acabam por incentivar mais guerras e mais terrorismo,  revela o quão acertada é a política externa brasileira nos governos do PT.

Os exemplos são em grande número, e estão aí, como Iraque, Afeganistão, Líbia e outros tantos.

O fato de não apoiar as soluções bélicas com uso extremo da força,como deseja os EUA,  não significa que o Brasil do PT apoie as ações do Estado Islâmico, como afirmam os limitados jornalistas da velha mídia, sempre de prontidão para manipular, distorcer , e produzir realidades paralelas que atendam seus interesses políticos, doutrinários e comerciais.

Na esteira das manipulações , proliferam declarações de jornalistas da velha mídia em que afirmam sentir vergonha da declaração da presidenta.

O comportamento  da velha mídia brasileira se assemelha, e muito, com o comportamento de um outro fundamentalista, no caso cristão, que foi George Bush II , quando governou os EUA por oito anos.

Quando presidente, Bush disse que aqueles que fossem contrários a guerra sem fim liderada pelos EUA em nome de Jesus  e abençoada pelo Papa João Paulo II - como ocorreu na invasão americana no Afeganistão em 2002 - estariam ao lado dos inimigos do mundo ocidental e dos valores americanos.

Ora, ser contrário as posições dos EUA não significa estar de acordo com os "inimigos" dos EUA.

O pensamento-proposta de Bush II, além de estreito e nada democrático, foi usado para exportar a democracia americana para o mundo, segundo palavras do ex-presidente, "libertando os povos oprimidos" de ditaduras que ignoram as liberdades.

Hoje, passados mais de dez anos e com o distanciamento que sempre facilita a leitura e compreensão da história, pode-se afirmar, também, que Bush II talvez estivesse se referindo ao próprio EUA como um local de democracia violada e de direitos suprimidos.

Mesmo assim, ao que parece , a história se repete e os discursos são praticamente os mesmos.

O presidente Obama, hoje, afirma que os terroristas assassinos do Estado Islâmico só conhecem a linguagem da força, motivo pelo qual justifica seus ataques.

São realmente imagens de extrema barbárie , os assassinatos com decapitação de pessoas inocentes divulgados pelos extremistas do Estado Islâmico.

Assassinatos bárbaros, assim com são os assassinatos de civis inocentes cometidos pelo estado americano com suas práticas de ataques seletivos com  drones ou ainda assassinatos em séries de inocentes cometidos pelo estado israelense em suas guerras.

A luz da realidade dos fatos, são assassinos do estado americano  e aliados em luta contra assassinos do estado islâmico.

A posição brasileira na assembléia da ONU, através do discurso de Dilma, repudia a barbárie como forma de resolução de conflitos.

Aliás, essa posição da diplomacia brasileira não tem nada a ver com os governos do PT e se insere em uma posição história do Brasil no tocante aos conflitos e a maneira de como resolvê-los, sempre defendendo o direito e a soberania dos países envolvidos.

Utópica e pragmática, assim tem sido o posicionamento da diplomacia brasileira ao longo de décadas e décadas, independentemente da origem dos partidos no governo, e privilegiando sempre o diálogo civilizado.

A questão do estado islâmico, um fundamentalismo religioso obscuro e retrógrado, assim como foi o não menos obscuro e retrógrado governo fundamentalista de Bush II, deve ser resolvido contemplando-se as especificidades da região e toda a questão religiosa envolvida.

A presença do ocidente, na resolução ou tentativa de resolução de conflitos em países islâmicos, tem contribuído para agravar ainda mais os conflitos na região, com desdobramentos de ações terroristas pelo mundo.

Para a maioria do povo muçulmano, essa presença do ocidente ganha contornos de uma guerra ao islã, gerando com isso mais guerras e mais conflitos, como acertadamente declarou a presidenta Dilma em seu discurso na ONU.

Fundamentalismo religiosos não são saudáveis, porém nenhum país, mesmo superpotências não declararam a intenção de invadir os EUA para segurar as loucuras fundamentalistas de Bush II.

A cultura ocidental, ao que parece através das ações de países como EUA e  da União Européia, ignora, ou rejeita, o que é ainda pior, a cultura dos países muçulmanos.

Exportar a democracia dos moldes ocidentais para países muçulmanos é desconhecer a cultura do islã, ou má fé dos exportadores.

Os exemplos estão aí, com o fracasso de investidas no Afeganistão, no Iraque e na Líbia, onde o equilíbrio interno desses países foi quebrado com a invasão patrocinada pelos EUA, criando com isso mais instabilidade na região .

Mesmo os países que vivenciaram a primavera árabe, nesta década, tem enormes dificuldades em implementar democracias plenas.

Os estados muçulmanos devem ser percebidos ,reconhecidos e aceitos  de acordo com a realidade e cultura do islã.

São países onde o conceito da democracia ocidental - que em tempos atuais mesmo no ocidente está longe de ser plenamente democrática  - tem enorme dificuldade de adaptação, tendo em vista a religião única , o islã, e as inúmeras interfaces entre religião, política e estado contidas no Alcorão, o livro que rege as sociedades islâmicas.

O presidente dos EUA, ontem, sem que ninguém o acusasse , disse que a guerra contra o Estado Islâmico não era uma guerra contra o islã.

Ato falho ?

Internamente, a velha mídia brasileira alinha-se incondicionalmente com as decisões tomadas pelos governos dos EUA e da União Européia. 
Se ainda tais decisões dizem respeito ao uso da força, ganham uma aprovação maior e mais enfática pelos nossos - nossos suma ova , seus - jornalistas submissos que ignoram o diálogo e a diplomacia como os melhores caminhos  para solução de conflitos.
Curiosamente, se uma determinada categoria de trabalhadores, aqui no Brasil, resolve entrar em greve, imediatamente essa mesma velha mídia os acusa  de intransigentes por não esgotar todas as possibilidades  e formas de diálogo.

A democracia defendida pelos EUA e países da União Européia, e também defendida e aplicada na prática pela velha mídia brasileira, não contempla o diálogo e  ainda valoriza toda e qualquer  manifestação da  força.

Curiosamente, em  democracias prevalece o desejo da maioria, entretanto, o que se vê de forma clara e inequívoca, em todo o mundo ocidental que se diz democrático e civilizado, é uma minoria que se utiliza da força e do poder econômico  para impor suas decisões. 

Parabéns a Presidenta Dilma, pelo corajoso e civilizado discurso na abertura da assembléia da ONU. 
Motivo de orgulho para todos nós.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Isso é crime

Vox: Dilma abre 18 pontos, tornando possível vitória no primeiro turno

publicado em 23 de setembro de 2014 às 20:41
Voxpopuli-Presidencia
Dilma amplia vantagem e venceria Marina no 2º turno, diz Vox Populi

Presidente possui 40% das intenções de voto, contra 22% da ex-senadora. Aécio Neves tem 17%

Mesmo com margem de erro, Dilma Rousseff derrota Marina Silva e Aécio Neves no 2º turno, de acordo com Vox Populi
A candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) ampliou a vantagem sobre Marina Silva (PSB) entre o eleitorado para 18 pontos percentuais, superou a ex-senadora no 2º turno e venceria a corrida à Presidência da República se a eleição fosse hoje, segundo pesquisa Vox Populi, encomendada pela Rede Record, divulgada nesta terça-feira (23).
A presidente tem 40% das intenções de voto na disputa pelo Palácio do Planalto, enquanto a ex-senadora aparece com 22%. Aécio Neves (PSDB) registra 17% da preferência. Os votos brancos e nulos são 6% neste recorte, e os eleitores indecisos totalizam 12%.
Os candidatos Everaldo Pereira (PSC) e Luciana Genro (PSOL) têm 1% cada um. Já Eduardo Jorge (PV), Mauro Iasi (PCB), Eymael (PSDC), Rui Costa Pimenta (PCO) e Levy Fidelix (PRTB) não marcaram pontos.
Na pesquisa anterior, Dilma tinha 36% da preferência do eleitorado, contra 27% de Marina e 15% do candidato do PSDB. Naquela ocasião, os votos brancos e nulos eram 8%, e os eleitores indecisos totalizavam 12%.
A pesquisa levou em conta 2.000 entrevistas feitas com eleitores, entre o último sábado (20) e o último domingo (21), em 147 cidades do País. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%. A pesquisa está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número BR-00733/2014.

Segundo turno
O Vox Populi também fez duas simulações de segundo turno, e a candidata do PT venceria tanto Aécio Neves (PSDB) como Marina Silva (PSB).
Em um cenário contra Marina, a presidente tem 46% das intenções de voto, contra 39% da ex-senadora. Como a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, Marina não alcança Dilma neste cenário, que ainda tem 9% de votos brancos e nulos e 6% de eleitores indecisos.
Em outra hipótese, com Dilma Rousseff contra Aécio Neves, a presidente tem 49% das intenções de voto, contra 34% do senador. Os votos brancos e nulos seriam 10% dos votos, e os eleitores que não sabem ou não responderam totalizam 7%.


Regiões
Considerando o recorte de intenções de voto por regiões, Dilma Rousseff (PT) está na frente de Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB) em todas as áreas.
No Sudeste, onde estão os dois maiores colégios eleitorais do País (SP e MG), a petista tem 37% da preferência, contra 30% da ex-senadora e 20% de Aécio. Os outros candidatos têm 3%, os votos brancos e nulos são 8% e os eleitores que não sabem ou não responderam totalizam 16%.
No Sul, Dilma Rousseff tem 37%, contra 23% de Marina Silva e 19% de Aécio Neves. Os outros candidatos totalizam 4%, os brancos/nulos são 2% e os indecisos, 15%.
No Nordeste, Dilma tem 55%, Marina aparece com 22% e Aécio registra 8%. Os outros candidatos conseguiram 1% na pesquisa, enquanto os brancos e nulos são 6% e os indecisos chegam a 8%.
Por fim, no Centro-Oeste/Norte, Dilma chega a 44% das intenções de voto, contra 23% de Aécio e 20% de Marina. Os outros candidatos à Presidência são 3%, enquanto os brancos e nulos são 3% e os indecisos, 7%.

PS do Viomundo: Os números do Vox indicam que as perdas de Marina foram majoritariamente para Dilma. Que as curvas são contínuas. Outros indicadores das pesquisas Ibope e CNT trazem boas novas para Dilma Rousseff. Siga o link logo abaixo para ver quais são.

Fonte: VIOMUNDO
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Dilma tem 40% e a soma de todos os outros candidatos é 41%.

Considerando a margem de erro  de 2,2 % para mais ou para menos, Dilma teria entre 42, 2% e 37,8%, o que pode definir a eleição em favor de Dilma ainda em primeiro turno.

As pesquisas Ibope contratadas pela TV globo fazem contorcionismos  na margem de erro - que para a globo é acerto - de maneira a passar para a população a impossibilidade de uma vitória de Dilma em primeiro turno, assim como também é ocultada a vantagem de Dilma em todas as regiões do país. e acentuada queda de Marina.

Para reforçar a farsa diária apresentada por globo, seus principais colunistas trabalham na avaliação dos dados fornecidos pelas pesquisas contratadas por globo, colaborando, desta forma, para "informar" a população sobre fatos inverídicos.

Hoje, no jornal o globo, o colunista Merval, em apoio a farsa de ocultar a possibilidade de vitória de Dilma em primeiro turno, afirma , em artigo, que Dilma oscilou  para cima na margem de erro e Marina, mesmo com a queda, resiste bem.

Em outras palavras, um dado oriundo de pesquisa , manipulado em função da orientação partidária de globo, é apresentado para a população  como fato irrefutável.

Isso é crime. 

As estratégias de desestabilização do país e a velha mídia

Marina Silva – Parte de plano para desestabilizar o Brasil


23/9/2014, [*] Nil NIKANDROVStrategic Culture

Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

Washington lançou campanha de propaganda em grande escala em apoio a Marina Silva, candidata às eleições presidenciais no Brasil, pelo Partido Socialista Brasileiro. Continuam a repetir que a vitória dela é garantida no segundo turno. As pesquisas não oferecem resultados confiáveis e, até agora, só fala do “primeiro turno” das eleições, dia 5 de outubro de 2014.

Especialistas nos EUA creem que Marina Silva receberá os votos dos que apoiam Aécio Neves da Cunha, do PSDB, até agora com 14-16% do eleitorado. Se acontecer, a candidata apoiada pelos EUA receberia cerca de 60% dos votos, acabando com as chances de reeleição da atual presidenta Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores, no “segundo turno” das eleições, marcadas para 16/10/2014. Analistas independentes absolutamente não levam a sério essas previsões e dizem que esse cenário não passa de ilusão. E há os que começam a alertar contra fraude eleitoral.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do mesmo Partido dos Trabalhadores de Dilma Rousseff, não é candidato e trabalha pela re-eleição da atual presidenta. Para ele, Marina Silva absolutamente não tem chances de eleger-se. Para o presidente Lula, a grande ameaça não é Marina Silva, mas alguns veículos de imprensa impressa e de televisão.

Esses veículos usam como bem entendem, para finalidades de propaganda, as muitas dificuldades que brotam do processo em curso de implementar reformas sociais e econômicas, feitas para mais bem servir os interesses dos mais pobres. Seja como for, o país está avançando, com grandes projetos industriais em implementação. Lula tem-se mostrado confiante de que a verdade derrotará a mentira.

O apoio do ex-presidente à atual presidenta e candidata à re-eleição, Dilma Rousseff, é importante. Resultado desse apoio, Marina Silva já está perdendo votos.

Em recente entrevista a um dos grandes jornais do sul do Brasil, Marina Silva explodiu em lágrimas, aos gemidos de que não podia controlar o que o ex-presidente dizia dela, mas que faria o possível para não “se vingar’ dele... O ex-presidente respondeu imediatamente, que aquelas lágrimas nada tinham a ver com o que ele dissera sobre mentiras de Marina. Que, lágrimas daquele tipo, só se a causa fosse completamente diversa.

De fato, Marina Silva começa a temer os números que as pesquisas eleitorais lhe trazem. A hoje candidata foi membro do Partido dos Trabalhadores de Lula por mais de 25 anos; fez toda a sua vida política ao lado de Lula. Foi senadora, antes de ter sido Ministra do Meio Ambiente do governo Lula, em 2003.

Mas durante todos esses anos, Marina Silva sempre se manteve muito próxima dos EUA. Sempre esteve sob as lentes de inúmeros fundos especiais, dos mais variados tipos, e organizações internacionais que vasculham o mundo à procura de gente com o “perfil” adequado para ser usado como instrumento dos interesses de Washington.

Basta examinar as medalhas e prêmios que choveram sobre Marina Silva – prêmios que ninguém recebe se não for “amigo dos EUA” – para confirmar que, sim, pelo menos desde 1980, Marina Silva já estava no campo de considerações dos EUA. Essa “seleção’ é prática muito frequente: os EUA mantêm pessoal especializado em analisar traços de personalidade de possíveis “candidatos”, dos quais o que mais chamou a atenção, em Marina Silva, foi a inclinação para complementar os próprios atributos físicos, com “realizações’ políticas que chamassem a atenção (em entrevista, Marina Silva disse que teria trocado a Igreja Católica na qual fora criada, por um culto neopentecostal, porque aí “teria melhores chances de me destacar”).

O Brasil vai-se convertendo em estado soberano, forte e autoafirmativo, com grande influência no Hemisfério Ocidental, em posição de desafiar a influência dos EUA. Os debates em Washington fazem-se por trás dos panos, mas uma coisa é evidente: os EUA querem muito trocar a presidenta Dilma Rousseff por alguém mais servil. Marina Silva parece servir esse propósito.

Os serviços especiais dos EUA parecem ter pavimentado o caminho para ela, eliminando outro candidato, Eduardo Campos, do Partido Socialista. O avião Cessna 560ХL em que ele viajava sofreu uma pane e caiu, ou explodiu, ninguém sabe. French Slate.fr listou esse caso de queda de avião como um dos cinco eventos mais importantes do verão de 2014,que não estiveram nas manchetes, sobre os quais pouco se fala, mas que pode(ria) mudar o rumo da política mundial.

Antes da tragédia, Dilma Rousseff era considerada já vitoriosa. Com Marina Silva, as eleições sofreram, no mínimo, um “tumulto” não previsto.

Não há dúvida alguma de que, com Marina Silva na presidência, o Brasil passa a alinhar-se mais decisivamente com os EUA. O escândalo da espionagem e das escutas clandestinas, e declarações da presidenta Rousseff, para quem as escutas ilegais implantadas pelos EUA no Brasil seriam “inaceitáveis” virariam coisa do passado, bem como a UNASUL (União das Nações Sul-americanas) – união intergovernamental que integra as duas uniões aduaneiras que há: MERCOSUL e Comunidade Andina de Nações, como parte da continuada integração sul-americana, e o MERCOSUL (Mercado Comum do Sul, bloco sub-regional que inclui Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela com Chile, Bolívia, Colômbia, Equador e Peru como países associados).

O objetivo de todas essas estruturas é promover o livre comércio e o fluxo continuado de bens, pessoas e moeda. Tudo isso deixará de estar no ponto focal da política externa do Brasil.

A reorganização da Organização dos Estados Americanos, OEA, é a questão mais importante para os EUA; e voltará ao topo da lista das prioridades de política externa.

O MERCOSUL talvez até continue a existir, mas não como concorrente contra a ALCA (Área de Livre Comércio das Américas), que Washington tenta impulsionar desde 2005, quando a ideia foi recusada por Argentina, Brasil, Venezuela e alguns outros países.


Marina Silva não é grande entusiasta do futuro dos BRICS. Para ela, a participação nesse grupo não traz dividendos. Já disse que não tem qualquer intenção de estreitar relações com Rússia e China, e a aliança com Venezuela e Cuba deixará de ser efetiva. Tudo que os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff já conseguiram até agora, ir-se-á pelo ralo, só para satisfazer o poder da Casa Branca e do Pentágono.

A batalha pré-eleitoral está-se convertendo em batalha feroz. Marina Silva não tem tempo a perder, e a carga está-se tornando pesada. Conforme mudem os números das pesquisas, a candidata Marina muda suas declarações e “plano” de governo. Já teve de explicar o que dissera antes, sobre reduzir a produção de petróleo em áreas chamadas “pré-sal”, abaixo do leito do oceano. Manifestou-se contra casamentos homoafetivos no passado; de repente, virou apoiadora.

Marina Silva é, hoje, evangélica, membro da conservadora Assembleia de Deus. Um dia depois de apresentar seu plano de governo, desdisse o que dissera sobre ser favorável ao chamado “casamento gay”. No capítulo “Cidadania e Identidades” de seu programa, incluiu “apoio a propostas que defendam (...) o casamento civil”. Na sequência, a campanha de Marina Silva distribuiu uma “correção”. A nova versão defende “os direitos de uma união civil entre pessoas do mesmo sexo”, apagando a palavra “casamento” que incluiria direitos mais amplos para os casados.

No segundo debate televisionado entre os principais candidatos, antes do 1º turno das eleições, dia 5/9/2014, Rousseff perguntou a Marina Silva como ela financiaria os cerca de R$ 60 bilhões necessários para cumprir suas promessas. “Onde você propõe buscar esse dinheiro?” – perguntou Rousseff. A candidata respondeu que o dinheiro será obtido porque “nosso país voltará à eficiência no gasto público – poremos fim ao desperdício de recursos públicos”. A presidenta Rousseff acertou quando disse que tinha sérias dúvidas de que uma pessoa com esse tipo de ideia na cabeça e convicções tão instáveis pudesse governar algum país.

Mais brasileiros já começam a ver que Marina Silva mudará todas as políticas dos governos que a antecederam e levará o país ao desastre. E “desastre” é, exatamente, o que mais desejam os “artíficies de mudança” que trabalham em Washington.

Marina Silva é pessoa com problemas psicológicos, desequilibrada – e tudo isso pode ser bastante útil para influenciar o processo de decisão para bloquear o desenvolvimento progressista do país e quebrar o equilíbrio social, depois que as forças políticas no país começam a aprender a interagir dentro do que a lei autoriza e determina.

O que a missão Washington mais deseja é ver criados os pré-requisitos para que se encene no Brasil uma “revolução colorida”. Quer usar a “quinta coluna” e os veículos de imprensa pró-EUA para provocar “manifestações espontâneas” de cidadãos.

Os EUA já enviaram pessoal de alta capacitação e experiência para sua embaixada em Brasília, capital do Brasil. A estação da CIA que ali opera é comandada e operada por gente muito, muito experiente.

ataché de Defesa e principal oficial da Defesa, no Brasil, é o coronel Samuel Prugh. É homem de experiência excepcional na coleta de inteligência humana, com amplas relações pessoais entre os militares brasileiros.

O presidente Lula e a presidenta Rousseff têm feito o possível para evitar manifestações públicas de incômodo com as atividades subversivas que os EUA conduzem no Brasil. Quando lhes pareceu necessário, os brasileiros usam os bem protegidos canais diplomáticos, para fazer saber a Washington que identificaram um agente que operava clandestinamente na indústria do petróleo, num gabinete diplomático ou nas forças armadas do país. Esses incidentes jamais chegaram ao conhecimento público.

Depois do conhecido escândalo associado aos relatórios de que a Agência de Segurança Nacional dos EUA gravara comunicações pessoais da presidenta e espionara a Petrobras, empresa estatal brasileira de petróleo, o governo brasileiro endureceu e exigiu que os EUA pedissem desculpas públicas. Os EUA recusaram-se a desculpar-se e, mesmo, ampliaram as operações de espionagem no Brasil (enviaram mais gente para os consulados).

O consulado dos EUA no Rio de Janeiro destaca-se: ali trabalham mais de 500 norte-americanos. John Creamer, cônsul-geral, diz que 300 daqueles funcionários trabalham no processamento de vistos de viagem, da manhã à noite. Segundo Creamer, o processamento, antes, demorava seis meses; hoje, bastam duas semanas.

Se os funcionários dos consulados estão realmente ocupados só com emitir vistos de viagem, ou se só vivem a arquitetar alguma versão de “primavera árabe” ou de “Maidan ucraniana”, no Brasil, sob o alto patrocínio dos serviços especiais dos EUA, só o tempo dirá.

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[*] Nil Nikandrov é um jornalista sediado em Moscou cobrindo a política da América Latina e suas relações com os EUA; crítico ferrenho das administrações neoliberais sobre as economias nacionais latino-americanas. Especializou-se em desmascarar os esforços feitos pela CIA e outros serviços de inteligência ocidentais para minar governos progressistas na América Latina. Autor de vários livros - tanto de ficção e estudos documentais - dedicados a temas latino-americanos, incluindo a primeira biografia em língua russa de Hugo Chávez.

Fonte: SQN
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Dirigente do WWF, com discurso de Marina, declara: “Tirar o pré-sal da lista também seria uma boa ideia”

publicado em 24 de setembro de 2014 às 9:10
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por Luiz Carlos Azenha, a partir da dica do FrancoAtirador
Em entrevista à GloboNews, a secretária-geral da ONG WWF no Brasil, Maria Cecília Wei de Brito, deu conselhos à presidente Dilma Rousseff. A WWF, como se sabe, é majoritariamente financiada fora do Brasil.
Como a ONG se coloca no papel de, ainda que indiretamente, interferir na política eleitoral interna dos países em que atua (você verá logo mais), é mais que justo que a gente também lembre que o onguismo vem sendo crescentemente criticado no mundo.
Não estou falando de Hugo Chávez ou Vladimir Putin. O primeiro, na Venezuela, proibiu as ONGs de financiar as atividades locais que eram formas disfarçadas de ajudar a oposição. Putin fez o mesmo na Rússia e chegou a ameaçar que expulsaria todas as ONGs do território nacional.
Estas atitudes não cairam do céu.
Na Venezuela, a advogada Eva Golinger revelou a existência de um plano escrito para causar distúrbios durante o governo de Nicolás Maduro, sucessor de Chávez. O documento está aqui. Uma reportagem sobre ele publicada pelo Viomundoaqui.
O documento foi produzido em encontro, em junho de 2013, pela empresa de consultoria FTI Consulting, dos Estados Unidos e pelas organizações colombianas Fundación Centro de Pensamiento Primero Colombia e Fundación Internacionalismo Democratico. Ambas teriam ligações com o ex-presidente de extrema-direita, Álvaro Uribe. Da reunião em que se definiu a estratégia contra o chavismo participaram o chefe regional da famosa USAID (Agência de Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos), o psicólogo e estrategista Juan Jose Rendon e líderes da oposição venezuelana, inclusive Maria Corina Machado, que tem viajado o mundo denunciando Chávez/Maduro.
Aqui, permitam-me uma digressão. Eu era correspondente da TV Manchete em Nova York quando aconteceu o grande escândalo no governo conservador de Ronald Reagan, o Irã-Contras. Secretamente, os Estados Unidos venderam armas ao Irã, país com o qual não mantinham relações diplomáticas e que estava sob embargo internacional para compra de armas. Foi em 1986. O Irã estava em guerra contra o vizinho Iraque, numa disputa por campos de petróleo fronteiriços.
Os Estados Unidos forneciam informações relevantes a Saddam Hussein, do Iraque, sobre o movimento de tropas do Irã (o ditador iraquiano correu risco de ser derrotado militarmente). Os iranianos atacavam com ondas humanas e, com fotos de satélite fornecidas por Washington, Saddam sabia antecipadamente onde as ofensivas estavam sendo organizadas.
No mesmo período, os Estados Unidos venderam armas ao Irã. Com o dinheiro, financiaram outra guerra, a dos chamados “contras”, que tentavam derrubar o governo legítimo, constitucional, sandinista e de esquerda da Nicarágua.
Quando a casa de Reagan quase caiu e ele ficou sob o risco de ver fechada a torneira no Congresso, optou por uma espécie de privatização da política externa. A CIA era muito visada pelos crimes em série que havia cometido mundo a fora. Assim, foi criado o NED, o National Endownment for Democracy, uma super ONG financiada com dinheiro público que passou a “promover a democracia” no mundo, obviamente sob a tutela financeira e política de Washington. O NED, vamos dizer, é generoso: repassa dinheiro para entidades ligadas a republicanos e democratas, sindicatos e empresários. Ao NED se juntaram outras fundações e entidades que se dizem de fins não lucrativos, todas interessadas em “promover a democracia”. Há, inclusive, divergência entre elas.
Porém, basicamente o que fazem é treinar a chamada sociedade civil de outros países para ensinar democracia ao estilo dos Estados Unidos. Algumas são mais agressivas, outras não. Algumas prestam serviços de fato relevantes. O fato central é que elas fixam, nas pessoas “treinadas” por elas, a ideia de que não há alternativa ao modelo norte-americano. Ajudam a promover um pluralismo de fachada, já que exlcuem qualquer transformação mais profunda de estruturas intrinsicamente injustas. Confinam o debate.
O NED e associados, como a Fundação Soros, incentivam a “exportação de democracia” treinando militantes, focando em jovens, ensinando novas formas de comunicação. Não foram as responsáveis, mas estimularam revoltas no Leste Europeu, na África e no Oriente Médio. Coincidentemente, quanto mais fragilizados estiverem outros Estados, mais fácil fica o domínio dos países centrais sobre os recursos naturais do mundo.
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Vejamos agora o que a revista alemã Der Spiegelque não é comunista, escreveu sobre o WWF, aqui:
Título: Verniz verde: O WWF ajuda a indústria mais que o meio ambiente
Trechos relevantes:
Quer proteger as florestas tropicais? Para começar, tudo de que você precisa é de 5 euros. Salvar os gorilas? Três euros e você será incluído. Você pode fazer sua parte ajudando a natureza com apenas 50 centavos — desde que confie o dinheiro ao World Wide Fund for Nature (WWF), que ainda é conhecido nos Estados Unidos e Canadá por seu nome original de World Wildlife Fund. No ano passado, a WWF, junto com a cadeia varejista Rewe, vendeu mais de 2 milhões de peças a colecionadores. Em apenas seis semanas, o programa levantou 875,088 euros, que a Rewe transferiu à WWF. (…) Os governos também dão muito dinheiro para a organização. Ao longo dos anos, a WWF recebeu um total de U$ 120 milhões de dólares da USAID, a Agência de Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos. Por muito tempo, os ministérios do governo alemão foram tão generosos com a organização que a própria WWF decidiu, nos anos 90, limitar o financiamento recebido de governos. A WWF estava ansiosa para não ser vista como mera extensão das agências de proteção ambiental governamentais. (…)
A WWF, cuja sede mundial está em Gland, na Suiça, é vista como a mais poderosa organização conservacionista. É ativa em mais de 100 países, onde tem conexões com os ricos e poderosos. Sua marca registrada, um Panda, aparece nos copos de iogurte da Danone e nas roupas de socialites como a princesa Charlene de Mônaco. As companhias pagam taxas milionárias pelo privilégio de usar o logotipo. A WWF tem 430 mil integrantes só na Alemanha e milhões de pessoas doam sua poupança à organização. A questão é quão suntentavelmente o dinheiro é investido. (…) Representantes de organizações independentes do governo alemão, como as ONGs Rettet den Regenwald (Rainforest Rescue) e Robin Wood já não enxergam a WWF como defensora dos animais. Em vez disso, enxergam na WWF uma cúmplice das corporações. Na opinião delas, a WFF dá às corporações licença para destruir a natureza, em troca de grandes doações e pequenas concessões.
Agora vejam, logo abaixo, um trecho de entrevista que fiz com o seringueiro Osmarino Amâncio, no Acre (para ver a entrevista imperdível, clique aqui). Lá atrás, ele foi companheiro de “empates” de Marina Silva, ou seja, ambos batalharam na floresta contra a chegada de latifundiários “paulistas”, que queriam detonar os seringais e implantar pecuária extensiva e devastadora na Amazônia.
Notem o que ele diz sobre a relação entre WWF e a candidata ao Planalto Marina Silva, quando ela era ministra do Meio Ambiente no governo Lula:
Nota do PAPIRO; Veja o vídeo em www.viomundo.com.br

Agora que contextualizamos, vamos ao que disse a chefe da WWF no Brasil, num trecho da entrevista à GloboNews:
“O que a presidente precisa dizer é o que será feito no futuro. Não é suficiente dizer que a gente já economizou dinheiro se a gente quiser continuar vivendo no futuro daqui pra frente. A gente tem que fazer mais. Eu acho que o que a presidente talvez pudesse de nos dar de alento é mostrar que a nossa matriz energética está apostando em energia eólica e solar, coisa que a gente não tá vendo num crescimento que deveria ver, porque ainda estamos naquela lógica de, sim, temos muita hidreletricidade, ou seja energia produzida com grandes reservatórios que conservam água. Isso também é impactante, isso também joga carbono na atmosfera face aos processos construtivos e de manutenção. Falta a nossa presidente nos mostrar um caminho mais agressivo e mais do século 21 no que diz respeito às energias. E tirar o pré-sal da lista também seria uma boa ideia”.
É um discurso muito, muito parecido com o de Marina Silva, que já foi premiada pelo WWF com a importante honraria do Duque de Edimburgo.
Maria Cecília Wei de Brito é uma pessoa respeitadíssima. Mas repete o comportamento dos diversos “lobismos” que atuam para influenciar políticas públicas. A falta de — uma frase que certamente agradaria Marina Silva — uma “visão holística”, política e econômica, do processo.
A produção de energia hidrelétrica ainda oferece uma vantagem competitiva à indústria brasileira na disputa pelo mercado internacional. Há um debate interessante na área. Há quem advogue pelas PCH, as pequenas centrais hidreléticas, como Ivo Pugnaloni, em artigo publicado no Viomundo. Há quem diga que, ao fim e ao cabo, a energia hidrelétrica não é limpa, nem barata, como disse o professor Celio Bermann em entrevista ao ViomundoPara ele, a hidrelétrica de Belo Monte serve essencialmente aos aliados de José Sarney e às mineradoras.
Mas o fato, o fato concreto, é que hoje temos já implantado um grande parque hidrelétrico no Brasil. Fazer a transição custa dinheiro.
Poderemos desenvolver nossos próprios cataventos (muitos comprados na Alemanha) e painéis solares (muitos vindos da China).
O Brasil não pode se dar ao luxo de, ao fazer a transição, ser mero importador de tecnologia. Isso, se quiser criar os empregos de qualidade de que precisa.
O programa econômico dos liberais (Aécio) e hiperliberais (Marina Silva) pensa, grosseiramente, assim: a gente derruba os salários, tira alguns direitos sociais, submete a indústria brasileira à competição externa em melhores condições e, assim, vamos exportar mais. O risco, como nos disse em entrevista o professor André Biancarelli, é abrir totalmente o mercado interno de 200 milhões de consumidores e perder justamente o que salvou a economia brasileira depois da crise financeira de 2008.
Poderemos ter um grande aporte de capital internacional no Brasil, ainda maior, para tirar proveito da mão-de-obra barateada, mas também poderemos ter um número crescente de maquiladoras, como o México, El Salvador e outros países centro-americanos.
Em resumo, nossa dependência externa pode aumentar justamente num momento de crise econômica internacional duradoura, em que a China produz sua própria tecnologia, conta com mão-de-obra barata e coloca seus produtos de forma avassaladora no mercado mundial.
Quanto aos países do capitalismo central, optaram por tecnologia de ponta, de altíssimo valor agregado, de empregos que pagam bem, que preservam o meio ambiente, ganhando também ao exportar para os países pobres suas tecnologias poluentes e já ultrapassadas.
Tudo o que a chefe do WWF no Brasil quer é mesmo desejável — recuperar os rios, acabar com represamentos, restaurar as várzeas e as matas ciliares, devolver à população o prazer de se banhar no Tietê despoluído, trazer de volta espécies que correm risco porque dependem de um rio livre para fazer a piracema (nadar contra a correnteza e se reproduzir), acabar com as ‘retificações’ de rios introduzidas no tempo em que era preciso acelerar as águas (por causa do risco de doenças), colocar escadas para piracema nas hidrelétricas brasileiras que não as possuem — com isso protegendo a biodiversidade –, preservar as nascentes — tudo isso é mesmo desejável no século 21.
Mas o Brasil não é a Alemanha, nem os Estados Unidos.
É justamente aí em que reside o problema destas ONGs que pretendem “nos ajudar”. Elas pensam com a cabeça daqueles que as financiam. Num dos trechos de sua entrevista, Maria Cecília Wei de Brito disse textualmente: “E tirar o pré-sal da lista também seria uma boa ideia”.
Porém, reside no pré-sal a possibilidade de o Brasil, ao ser exportador de petróleo, financiar o desenvolvimento de tecnologias próprias, de cadeias produtivas internas, para construir pelo menos parte dos painéis solares, cataventos, motores menos poluentes e pequenas centrais hidrelétricas a serem utilizados na fase de transição.
Não explorar o pré-sal é congelar o Brasil numa espécie de mundo sonhático, em que desperdiçamos nossa principal fonte de riqueza, enfraquecemos a indústria nacional de automóveis, perdemos ou rebaixamos a qualidade dos empregos e nos tornamos ainda mais dependentes de tecnologia importada.
Talvez sob a influência de seus financiadores, algumas ONGs querem que o Brasil assuma um papel desproporcional na proteção do ambiente mundial, uma espécie de “santuário” onde 200 milhões de pessoas precisam comer, estudar e trabalhar — Neca Setubal, inclusive.
Porém, notem no gráfico do Der Spiegel, baseado em dados de 2005, quem mais emitiu gás carbônico no planeta desde 1850:
offenders
Ou seja, eles querem que o Brasil pague agora, de forma desproporcional, a conta que vem sendo pendurada no meio ambiente há mais de um século e meio!
Sei que, como eu, o WWF sonha com ciclistas atléticos, rios limpos, florestas preservadas e um país produtor apenas de tecnologia e energia limpas. Mas, pela força das circunstâncias que expliquei acima, se o Brasil descartar o pré-sal o sonho do WWF só vai se realizar na Alemanha.
canastra
Olhar para o entorno é sempre bom (foto Luiz Carlos Azenha, na cachoeira Casca D’Anta, na serra da Canastra)
[O conteúdo exclusivo do Viomundo, como o documentário sobre o Choque de Gestão em Montezuma, que fiz recentemente com edição de Padu Palmério, é bancado exclusivamente pelos assinantes deste site. Torne-se um deles]
PS do Viomundo: Durante a entrevista, a GloboNews faz uma reportagem se referindo à nascente do rio São Francisco como sendo um riacho em São Roque de Minas, na serra da Canastra, onde estive recentemente. Há controvérsiasa partir de um estudo que colocou a nascente no município de Medeiros, embora não haja reconhecimento oficial da mudança. Além disso, o problema principal para preservar as importantes nascentes dali são as disputas jurídicas com fazendeiros que querem impedir a implantação do Parque Nacional como foi originalmente planejado, além do interesse de mineradoras. Depois da campanha, esperamos o WWF também lá, lutando contra fazendeiros e mineradoras e garantindo o parque íntegro, da forma como foi criado.

Fonte: VI O MUNDO
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Ontem, dia 23.09.14, a ONU publicou um relatório onde informa que os países do BRICS  foram  os que mais investiram  e priorizaram a educação em todo o mundo.

Ainda segundo relatório o grupo BRICS está bem a frente dos EUA e União Européia em investimentos em educação, priorizando a formação superior qualificada em todos os países do bloco, assim como a troca de experiências sobre metodologias de avaliação de desempenho, criação de grade escolar e técnicas inovadoras de ensino.

Com 40% da população  mundial, os BRICS, segundo a ONU, estão na vanguarda da educação mundial o que em breve contribuirá para a formação de um número elevado de profissionais altamente qualificados em todo o mundo.


Sonda indiana entra na órbita de Marte

Fonte: JORNAL DO BRASIL


Definitivamente, a educação e a formação crítica  não são prioridades nos EUA, que cada vez mais aprisiona sua população na ignorância.

Nas eleições brasileiras de outubro, os EUA certamente estão agindo para inviabilizar uma vitória de Dilma e do PT,e com isso eleger um candidato - tanto Marina como Aécio servem aos interesses americanos - que possa reverter o processo vitorioso brasileiro em curso.

Não seria surpresa se viesse a tona o trabalho, engajado e contratado,  de grande parte da velha mídia brasileira em apoio aos interesses americanos.

Há pouco tempo, dados revelados pelo Wikileaks  flagraram jornalistas do grupo globo trocando informações, frequentes, com altos funcionários da diplomacia  norte americana..
Ou alguém duvida que não seja possível o envolvimento de Globo, por exemplo, com os setores de espionagem dos EUA com o intuito de desestabilizar o Brasil ?

A inteligência americana para serviços de desestabilização de governos, se utiliza em grande parte , do trabalho de corporações instaladas nos países alvo das ações de espionagem  e de terrorismo.

Agora surge a possibilidade de que o avião que vitimou Eduardo Campos tenha sido alvo de um ação terrorista patrocinada pelos EUA. É possível.





Cabe lembrar que a América do Sul  que se desloca lentamente dos EUA  que adorava tucanos entreguistas teve, em um período curto de tempo, a morte de Nestor Kirchner, um atentado contra Rafael Correa, uma tentativa de golpe separatista na Bolívia, os cânceres de Lula, Lugo, Dilma e Hugo Chaves, culminando com a morte do presidente venezuelano, várias tentativas de golpe de estado na Venezuela, o golpe de estado bem sucedido no Paraguai e a tentativa de golpe no Brasil em 2005 com a farsa do mensalão.
Já em países da América Latina alinhados com os EUA, ninguém ficou doente e não ocorreram tentativas de golpe.

São coincidências, sim, mas trazem um significado, que é a conhecida ação dos EUA em promover ações desestabilizadores em governos que não sejam de seu agrado.

A participação de Marina e Aécio , ao lado do que existe de pior nos EUA,  é um sinal de profundo retrocesso para o Brasil.

Eleger Dilma, já em primeiro turno, deve ser o objetivo maior de todos nós, mesmo com as manipuladas  pesquisas quase sempre contratadas por Globo que informam , quase sempre, a impossibilidade de vitória de Dilma já em 5 de outubro.