segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Deus vota ?

Marina Silva diz que Deus matou Eduardo Campos e mais seis pessoas para que ela fosse candidata à presidência

"A ex-senadora Marina Silva falou pela primeira vez sobre o porquê de não ter embarcado no fatídico voo que decolou do Rio de Janeiro ao Guarujá, no dia 13, e matou Eduardo Campos.  "Foi providência divina eu, Renata, Miguel e Molina não estarmos naquele voo", disse ela, referindo-se à esposa de Eduardo Campos, Renata, ao filho Miguel, e também ao assessor Rodrigo Molina.

A declaração acentua o caráter religioso da ex-senadora Marina Silva, mas também poderá ser interpretada como um traço messiânico de alguém que talvez se sinta predestinada a ocupar a presidência da República. Marina tentou ser candidata pela Rede, mas, como não obteve o registro do partido, acabou se filiando ao PSB, para ser vice de Eduardo Campos. Agora, com a morte do ex-governador pernambucano, ela deverá ser ungida candidata pelos socialistas."
Fonte; SQN
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“Efeito-mídia” não tira um ponto de Dilma. Isto é o sólido na pesquisa Datafolha

18 de agosto de 2014 | 08:35 Autor: Fernando Brito
datafmarina
O monstruoso volume de mídia  gerado pela morte trágica de Eduardo Campos, apresentado como um semi-deus sacrificado  e tendo Marina como sua ungida sucessora ia, como é natural, alçar a candidatura da ex-verde aos níveis que a pesquisa Datafolha lhe dá.
Não apenas Marina Silva é personagem conhecida, sempre glamourizada pelos meios de comunicação como, é obvio, tem um recall de sua candidatura anterior.
Ainda mais em uma coleta de dados feita nos dois dias seguintes à tragédia, com as tevês transmitindo ininterruptamente o clima de comoção.
O que é significativo, na pesquisa, porém, é que isso não teve o poder de tirar sequer um ponto nas intenções de voto de Dilma Rousseff, cujo eleitorado – mais pobre, menos instruído e mais periférico que o de Aécio Neves – estaria, em tese, mais sujeito ao bombardeio de mídia.
Ao contrário, as declarações de voto espontâneas dela sobem ( 24 para 26%) e seus números de segundo turno ficam nos mesmos patamares que tinham na pesquisa anterior, até um pouco mais altos do que antes, em relação a Aécio. O que se mostra é que os eleitores de Aécio votam em peso  em Marina ou em qualquer um contra Dilma. Não chega a ser novidade.
O que o Datafolha tenta nos convencer é de que Marina capturou todos os votos das pessoas que estavam indecisas ou que iriam anular o voto e, agora, com a sua presença, sentem-se de novo motivadas a escolher um candidato.
Esta parcela dos eleitores, que somaria 27%, agora estaria reduzida a 17%, com todos os 10% que mudaram escolhendo Marina.
Que, de quebra, ainda leva o 1% de votos que tinham, cada um, Luciana Genro (PSOL), de Rui Costa Pimenta (Partido Comunista Operário) e do Ei-Ei-Eymael.
Aliás, os três, coitados, são os únicos que perdem votos no Datafolha.
Desde o dia em que se anunciou esta pesquisa de alto índice de insensatez, com os despojos do candidato morto ainda na cena do acidente,  diz-se aqui que seu valor científico é zero, a não ser para retratar o que uma avalanche de mídia mórbida.
A crer-se, com boa vontade, que não houve uso da “reserva técnica” representada pelo “não-voto”, o que se prova, apenas, é o limite de manipulação da opinião pública pela mídia.
Foi  incapaz de mover um voto sequer daqueles que, ao lado do governo ou da oposição de direita, haviam tomado partido.
E capaz, se tanto, de mexer com uma parcela de 10% dos brasileiros menos definidos politicamente.
Desde ontem, porém, cessaram as condições objetivas para que continue a avalanche de mídia mórbida, ou – no máximo – que ela tenha apenas uma última “marola” com uma hipotética – e abominável – indicação da viúva como vice de Marina.
É que, na noite de amanhã, acaba o monopólio midiático da oposição, embora esteja longe de acabar-se o desequilíbrio nos meios de comunicação.
Começa o horário eleitoral e começarão a serem vistas as realizações concretas de governo, o que Aécio tem parcamente e Marina não tem.
Não é possível, como em 2010, dizer se isso será o suficiente para evitar um segundo turno.
Mas é exato dizer-se que a candidatura Dilma atravessou o deserto de comunicação que lhe impôs o sistema de comunicação brasileiro – a mais forte e orgânica máquina partidária deste país – sem maiores perdas.
As percentagens, agora, são valores apenas relativos.
Conta é cada decisão de voto, que é mais profunda e pessoal do que qualquer “efeito-boiada” que os meios de comunicação sejam capazes de fazer.
O terreno a conquistar, o dos indecisos e, sobretudo, o do não-motivados, é estreito porque, de fato, a negação da política representada em Marina Silva há de ocupar certa parte dele, sobretudo na classe média-alta.
Já não se pode afirmar o mesmo dos ex-votos de Eduardo Campos no Nordeste ou do voto da periferia das metrópoles.
Onde pesa, e como, a palavra e a presença de  Lula, o fator mais importante desta eleição, como na passada.

Fonte: TIJOLAÇO
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Como é de conhecimento do caro leitor, Marinha iria embarcar no mesmo avião com Eduardo Campos, porém desistiu na véspera para gravar cenas do programa eleitoral.

Para Marina foi Deus, a Providência Divina ( suas palavras) que impediu sua morte.

Ora, se Deus sabia  da morte de todos que embarcassem naquela  aeronave, foi Deus, também, segundo o pensamento de Marina, que matou Eduardo Campos.

Fico imaginando o atual presidente do PSB, Roberto Amaral, socialista, cético e profundo defensor da energia nuclear, ouvindo as declarações de Marina.

Marina nem foi indicada como cabeça de chapa do PSB  e já produz declarações estranhas e pouco racionais para uma pessoa que almeja o cargo de presidente da república .

Dá o tom de seu estilo messiânico e escolhida por Deus para uma missão.

Com Deus na jogada, a velha mídia não perdeu tempo e embalou um clima fantasioso e irreal de comoção nacional com a morte de Campos.

Marina vai junto, com a mão de Deus, no clima midiático.

Ora, o caro leitor sabe, que passados alguns dias da " grande comoção nacional "e com o início , amanhã, da campanha eleitoral no  rádio e pela TV, a razão vai naturalmente ocupando seu lugar de direito e de fato na vida das pessoas.
E é aí que Marina, que hoje tem percentuais de votos inflados de forma artificial, vai encontrar seu verdadeiro lugar na corrida eleitoral .

Os números preliminares indicam que Dilma não foi afetada pela chegada da Messiânica na disputa , e mais, Dilma apresenta um potencial de crescimento com os números apresentados e com o início da campanha na TV.

Marina, quando começar  a se expor de fato, verá sua rejeição crescer nos setores mais esclarecidos da sociedade.

Já Aécio deve estar em pânico já que a chagada da Messiânica afetou diretamente os voos do tucano. 
Voos que já estão desidratados com os escândalos de Cláudio e Montezuma.
O potencial de crescimento de Aécio é bem reduzido, assim como o de Marina que inclusive pode cair com o decorrer da campanha. 
Dilma, pelo seu lado, já demonstrou que não foi abalada e ainda pode lucrar com a futura queda de Marina e mesmo  com a de Aécio, já que ambos serão obrigados a lutar pelo segundo lugar com o que pouco restou de nulos e indecisos, já que os votos de Dilma são basicamente consolidados.
Uma vitória de Dilma mesmo em primeiro turno não é improvável.

A velha mídia vai fazer o jogo de tudo e todos contra Dilma, porém para isso os candidatos estarão sujeitos as comparações de governos passados e conteúdos programáticos para o futuro.

Mesmo pela margem de erro da pesquisa boca de túmulo do Data Folha, Dilma ainda pode vencer em primeiro turno, e isso sem o início da campanha no rádio e na TV.

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