sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Marina e a pré - entrega

Marina abre o jogo: deixa o pré-sal para os gringos! Energia, só de catavento e espelhinho!

29 de agosto de 2014 | 12:05 Autor: Fernando Brito
latuff
Não foi preciso nem que a diretora da Chevron, Patrícia Pradal, fosse pedir, como fez com José Serra, em 2010.
Marina Silva, espontaneamente, anunciou que vai deixar o petróleo do pré-sal lá embaixo, bem enterradinho, para que, um dia, os gringos venham  tirar.
Seu programa, dizem os jornais, vai tirar a prioridade “da exploração do petróleo da camada do pré-sal na produção de combustíveis”.
Ou seja, deixar por lá mesmo uma quantidade imensa de petróleo, tão grande que faz a Agência Internacional de Energia prever que o crescimento da oferta de petróleo no mundo, nas próximas década, virá mais do Brasil do que do Oriente Médio.
Adeus, 75% da renda do petróleo do pré-sal para a educação. Goodbye, 25% para a saúde! Tchau, indústria naval, engenharia nacional e empregos!
Fiquem lá esperando até que os gringos venham te buscar!
O que ela sugere no lugar ma maior reserva de petróleo descoberta no século 21?
Energia eólica e energia solar.
Caro que ninguém é inimigo, muito pelo contrário, do uso da energia dos ventos e do sol para gerar eletricidade, e o Brasil vem avançando muito neste campo.
Só que, com a ciência de almanaque de Marina Silva, deixa-se de lado a sinceridade.
Um  parque eólico  muito  - que é caríssimo –  vai gerar perto de 40% de sua capacidade instalada, porque o vento, obvio, não é constante. Ou seja, para produzir um 1 megawatt é preciso instalar  turbinas capazes de gerar pelo menos 2,5 MW.
O parque eólico de Osório, do Rio Grande do Sul, um dos maiores da América Latina, ocupa com seus cataventos uma área de 130 km², quase tanto quanto a usina de Santo Antonio inundou além da área que já era antes ocupada pela calha do Rio Madeira, para gerar  de meros 51Mw médios, menos que uma só das 30 turbinas que já operam naquela usina!
E a energia solar?
A maior usina solar do mundo só consegue abastecer – se tiver sol todo o tempo – a cidade de Niterói!
Produz 340 Mw, o que é meio por cento do que o Brasil consome!
Recém inaugurada pela empresa Google, gera menos que 15% da energia gerada por Santo Antônio e para isso transforma 13 km² do deserto de Mojave, na Califórnia, numa fornalha solar. São 3.150 campos de futebol cobertos de espelhos refletindo energia do sol para caldeiras a vapor!
Só para cobrir o crescimento da demanda, precisaríamos fazer umas dez fornalhas gigantes destas por ano!
E, claro, com problemas ambientais, só que trocando a ecologia do bagre pela do calango.
Qualquer pessoa com conhecimento técnico ouve para o que Marina diz com o espanto de quem olha um energúmeno.
E qualquer empresa de petróleo do mundo ouve o que Marina diz  com o salivar de quem tem grandes apetites.
Ela só agrada aos bobos e aos muito espertos.
Marina Silva  seria  a P-36 do petróleo brasileiro.
Fonte: TIJOLAÇO
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Esse é o programa de governo de Marina, entregar de bandeja os maiores e melhores recursos do Brasil para os EUA.
No jornal o globo de hoje, Marina afirma que a extração de petróleo da camada pré-sal  não é prioridade - ou seja, vai sofrer redução - e que irá priorizar a produção de etanol e agro combustíveis, além das energias eólica  e solar.
Ora,se para o lugar dos combustíveis fósseis Marina acena com  os agro combustíveis, essa declaração ou é uma média com o agronegócio, ou uma tremenda falta de visão, ou as duas.  Jamais a utilização de terras férteis deve ser priorizada para produção de combustíveis para veículos automotores. A terra deve priorizar a produção de alimentos que vão para a mesa das pessoas.
Os agro combustíveis não são a solução primeira para substituição dos combustíveis fósseis, usados em veículos, principalmente. Podem compor uma cesta de opções com outros tipos de combustíveis, como opção em transição com data de validade, já que o novo e limpo são os veículos movidos a energia elétrica.
Em sua ciência de almanaque, Marina exclui o petróleo, quando deveria priorizar essa fonte para os produtos de alto valor agregado da petroquímica, indispensáveis para a vida das pessoas, como por exemplo, termo fixos, fios cirúrgicos e outros mais. O petróleo é nobre e valioso para ser queimado em automóveis, mas a solução não são os agro combustíveis.
Nesse aspecto os governos Lula e Dilma não só priorizam o pré-sal, com investem pesado na construção de refinarias e pólos petroquímicos, para a importantíssima produção petroquímica. Ainda investem nos agro combustíveis, com opção temporária para os combustíveis de veículos automotores.
No tocante a produção de energia elétrica, Marina acena com  as opções eólicas e solar, porém omite a biomassa que em seu programa de fortalecimento dos agro combustíveis seria um componente importante na produção de energia, substituindo grande parte de carvão, óleo combustível e gás natural que são utilizados na queima das termelétricas que geram energia e que Marina deseja fechar. Iria criar uma apagão no pais  e acabar com o back up  do sistema nacional de geração de energia.
O problema não as usinas termelétricas , mas sim o que se queima nessas usinas para produzir energia. Ao se utilizar a biomassa  - principalmente da produção de agro combustíveis - nas usinas térmicas não se lança carbono de origem fóssil na atmosfera, garantindo o ciclo de geração e absorção de CO2.
Quanto a energia eólica os governos de Lula e Dilma também tem investido no setor, fazendo com que o Brasil se destaque no cenário latino americano com o maior produtor de energia nessa modalidade. Pode-se aproveitar a instalação de parques eólicos no mar, reduzindo o impacto de grandes áreas em terra que os parques ocupam. 
Quanto a energia solar, existem várias modalidades de aproveitamento da luz do sol. Resta saber o que entende Marina por energia solar.
No caso da energia térmica, os governos Lula e Dilma, condicionaram o uso dessa modalidade de energia em programas como O Minha Casa Minha Vida, fazendo com que as edificações de moradia sejam fornecidas já com o sistema solar térmico, o que contribui para uma boa redução na conta de luz das famílias ao final do mês.Algo que as distribuidoras de energia não querem e não gostam. Aliás, um grande programa de alcance nacional deveria ser implementado por qualquer governo para incentivar e facilitar o uso de instalações domésticas e mesmo industriais de energia solar térmica. Em alguns segmentos industriais, a energia solar térmica e bem utilizada assim como a opção eólica de renovação e circulação de ar.
No caso da energia elétrica, por via solar, o Brasil ainda engatinha, porém não vejo como solução a construção de grandes parques solares para geração de energia. Talvez em áreas de deserto com proximidade de algum centro, o que viabiliza  as linhas de transmissão. A solução ideal seria a produção individual de energia, por painéis com células fotovoltaicas em residências, estabelecimentos industriais e indústrias, onde o excedente produzido é jogado na rede elétrica podendo até mesmo no final do mês que o produtor individual ao invés de pagar a conta de luz, receba pela energia produzida. Mas isso Marina não terá coragem de enfrentar as distribuidoras que não querem a descentralização e pulverização da produção de energia.
O programa de Marina é uma enganação nos aspectos de sustentabilidade e visa entregar os recursos do pais para os países estrangeiros, assim como o programa do PSDB de Aécio. Isso não significa dizer que os programas de Lula e Dilma sejam a excelência para a sustentabilidade e para as questões ecológicas, estão longe disso, mas são programas realistas que não agregam delírios infantis e sonháticos e ainda contribuem para o fortalecimento da soberania nacional.


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