terça-feira, 19 de agosto de 2014

DARF nas cavernas

Bonner & Poeta exercitaram com a Presidenta Dilma uma forma singular de entrevista feita de perguntas que dispensam respostas, exorbitam em deselegância e agridem a democracia. Bonner & Poeta são o testemunho vivo da urgente regulação da mídia  

Fonte: CARTA MAIOR

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       Jornal Neanderthal, porta-voz da Rede SoneGlobo


Fonte: SQN
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Uma explicação para a postura imperial de William Bonner diante de candidatos

publicado em 19 de agosto de 2014 às 8:26
por Luiz Carlos Azenha
Trata-se de um simulacro de jornalismo, que nem original é. Nos Estados Unidos, muitos âncoras se promoveram com agressividade em suposta defesa do “interesse público”. Eu friso o “suposta”. Lembro-me de um, da CNN, que fez fama atacando a “invasão do país por imigrantes ilegais”. Hoje muitos âncoras do jornalismo policial fazem o mesmo estilo, como se representassem a sociedade contra o crime.
William Bonner está assumindo o papel de garoto-propaganda da criminalização da política. Ao criminalizar a política, fazendo dela algo sujo e com o qual não devemos lidar, ganham as grandes corporações midiáticas. Quanto mais fracas forem as instituições, mais fortes ficam as empresas jornalísticas para extrair concessões de todo tipo — do Executivo, do Legislativo, do Judiciário.
A postura supostamente independente de Bonner, igualmente agressivo com todos os candidatos, faz parecer que as Organizações Globo pairam sobre a política, que nunca apoiaram a ditadura militar, nem tentaram “ganhar” eleições no grito. Que os irmãos Marinho não fazem politica diuturnamente, com lobistas em Brasília. Que os irmãos Marinho não tem lado, não fazem escolhas e nem defendem com unhas e dentes, se preciso atropelando as leis, os seus interesses. Como em “multa de 600 milhões de reais” por sonegar impostos na compra dos direitos de televisão das Copas de 2002 e 2006.
A agressividade de Bonner também ajuda a mascarar onde se dá a verdadeira manipulação da emissora, nos dias de hoje: na pauta e no direcionamento dos recursos de investigação de que a Globo dispõe. Exemplo: hoje mesmo, no Bom Dia Brasil, uma dona-de-casa do interior de São Paulo explicava como está fazendo para economizar água.
A emissora não teve a curiosidade de explicar que a seca que afeta milhões no Estado não é apenas um problema climático, resulta também de falta de investimentos do governo de Geraldo Alckmin, que beneficiou acionistas da Sabesp quando deveria ter investido o dinheiro no aumento da capacidade de captação de água. Uma pauta complicada, não é mesmo?
A não ser que eu esteja enganado, a Globo não deslocou um repórter sequer para visitar o aeroporto de Montezuma, que Aécio Neves mandou reformar quando governador de Minas Gerais perto das terras de sua própria família. Vai ver que faltou dinheiro.
Tanto Alckmin quanto Aécio são tucanos. Na entrevista com Dilma, Bonner listou uma série de escândalos. Não falou, obviamente, de escândalos relacionados à iniciativa privada, nem em outras esferas de governo. Dilma poderia muito bem tê-lo lembrado disso, deixando claro que a corrupção é uma praga generalizada, inclusive na esfera privada, envolvendo entre outras coisas sonegação gigantesca de impostos. Mas aí já seria coisa para o Leonel Brizola
.
Fonte: VIOMUNDO
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Ótima análise do Azenha.

Não é de hoje que globo e toda a velha mídia insistem em tentar criminalizar a política.

A postura do casal Neanderthal na entrevista de ontem, no  tocante a criminalização da política, também tem por objetivo um alinhamento com o "novo" que a candidatura de Marina diz representar.
Globo não perdeu tempo e explorou o tema da política, da forma como explorou, em uma tentativa de tirar votos de Dilma para os outros candidatos.

Ora, de novo Marina não tem nada, aliás, ela representa o obscurantismo e o atraso.

Quanto a forma violenta e desrespeitosa como os Neanderthal trataram Dilma, não é novidade já que esse é o padrão de educação de um segmento da sociedade - onde globo se situa - que segue os valores, ações e práticas do Tea Party American, a extrema direita reacionária americana que tem aqui no Brasil, principalmente na velha mídia, seus fiéis seguidores.

Aliás um observador atento percebe de forma clara essa cultura organizacional de globo, com destaque para truculência,  em todos os programas da grade da emissora, assim como em todos os seus principais colaboradores, seja em um programa de entrevistas , de auditório, de jornalismo ou mesmo programa sobre  variedades e culinária  destinado  para senhoras decentes.

O outro aspecto para a forma imperial, "acima do bem e do mal", "intocável e irrepreensível", como os Neanderthal se portaram, diz muito sobre o momento em decadência em que estão imersos as empresas da velha mídia, principalmente as empresas globo. 
Envolvidas em uma série de escândalos de crimes de lavagem de dinheiro e sonegação milionária de impostos , ao se apresentarem como defensores da moral e do povo, até mesmo de uma forma exacerbada, revelam o rótulo indelével - marcado pelos autos dos processos em que são apontados como culpados e criminosos -que carregam e desejam ocultar.
Fernando Collor, ao sair pela porta dos fundos do palácio do planalto após o processo de impeachment que sofreu, o fez , acompanhado da então esposa, com uma expressão altiva e segura. 
O suposto jornalismo isento e limpo que globo tenta demonstrar acaba por revelar justo o oposto.

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