segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Factóides de Veja e Palhaçada de Jornal Nacional

Anac: 'Não há aeródromo cadastrado em Montezuma, nem processo de homologação'

Fonte: JORNAL DO BRASIL
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“Denúncia” de Veja, repercutida em 4 minutos e 42 segundos do Jornal Nacional, faz lembrar ofensiva midiática de 2006

publicado em 3 de agosto de 2014 às 16:56
trama
De volta ao passado: o objetivo então era levar ao segundo turno. Levaram
por Luiz Carlos Azenha
O “novo escândalo” da Veja, sobre suposto vazamento de perguntas — que de qualquer forma seriam tornadas públicas — aos que foram ouvidos na CPI da Petrobras me parece uma manobra diversionista para mudar de assunto. Tirar o noticiário de Cláudio e Montezuma e trazer Dilma Rousseff mais uma vez para o domínio absoluto das manchetes.
Quando eu era repórter da TV Globo, em 2005, antecedendo minha primeira cobertura de eleições presidenciais no Brasil — havia morado quase duas décadas nos Estados Unidos –, uma investigação que fizemos sobre caixa 2 em Goiás acabou em uma das CPIs que trabalhavam simultaneamente em Brasília.
Vi com meus próprios olhos uma importante jornalista da Globo, de alta patente, que me ciceroneava em um ambiente desconhecido, visitando gabinetes de deputados e senadores para troca de informações. No do então deputado ACM Neto, que participaria do depoimento do homem investigado por nós, houve até entrega de documentos e sugestão de perguntas. Eu vi isso acontecer e, francamente, não me espantei.
Se o objetivo de uma CPI é esclarecer os fatos, não há perguntas, nem assuntos secretos. Os depoentes devem trazer todos os esclarecimentos que forem necessários à opinião pública. A existência de parlamentares de diferentes correntes políticas é garantia de que teremos todo tipo de pergunta, das “levantadas de bola” às “pegadinhas”, das críticas às bajulatórias. Bancadas inteiras combinam estratégias. Não há motivo para guardar nenhuma informação em sigilo, se se pretende de fato esclarecer o assunto.
Qual é o problema de perguntas serem organizadas para facilitar os esclarecimentos do depoente? Isso não significa que ele vá responder apenas àquelas perguntas, já que a oposição estará presente. O problema está nas mentiras do deponte, não nas perguntas feitas a ele. Não há nada de errado quando um governo tenta vender à opinião pública sua versão dos fatos, desde que a oposição possa, igualmente, fazê-lo. Vamos combinar que não falta espaço na mídia à oposição brasileira, certo?
Portanto, trata-se de uma denúncia tola, transformada em manchete por uma gravação subterrânea, vendida como “comprometedora”.
O que me chamou a atenção naquela CPI de 2005, na verdade, foi que o homem por nós investigado, dono de uma seguradora, quando abriu os arquivos em seu depoimento deixou claro que havia feito doações por fora a todos os partidos políticos, não só ao PT mas também ao PSDB, PMDB, PFL e outros. Assim que isso ficou explícito e demonstrado, acabou nossa investigação. Fui mandado de volta a São Paulo…
Naquele período eleitoral, também constatei por dentro a mecânica da mídia: denúncia na capa da Vejaentre sexta e sábado, repercussão acrítica no Jornal Nacional de sábado, bola rolando a partir de domingo na Folha, Estadão e O Globo.
Não foi o que se chama de “nota pelada” do Jornal Nacional, algo passageiro, sem imagens, na edição de ontem. Foram 4 minutos e 42 segundos falando sobre a denúncia de Veja, uma enormidade! Se fosse em comerciais, teria um custo próximo dos R$ 4 milhões. Frequentemente, quando eu era correspondente em Nova York, precisava explicar assuntos complexos, como a crise que precedeu a invasão do Iraque, em 60 segundos.
O que a Globo fez ontem se chama no meio jornalístico de “dar pernas” a uma denúncia.
Eu mesmo, num plantão, fui convocado a fazer uma destas “reportagens”, denúncia que envolvia um irmão do então presidente Lula e que não deu em nada. Muita fumaça, pouco conteúdo. Argumentei com meu chefe direto que seria impossível fazer uma apuração independente do conteúdo da revista. Estávamos dando tudo aquilo como límpido e verdadeiro. O certo seria fazer nossa própria apuração a partir dos dados trazidos pela Veja. E se as informações não se confirmassem? Resposta dele: é isso mesmo, é apenas para reproduzir trechos da revista.
Foi nesse quadro que, mais tarde, houve um revolta interna na redação da Globo de São Paulo, que envolveu um grande número de profissionais, resultou na demissão de Rodrigo Vianna e, mais tarde, influenciou minha decisão de pedir rescisão antecipada de meu contrato, que venceria quase dois anos depois, para estudar internet nos Estados Unidos. Não me arrependo e, a julgar pelo que aconteceu neste fim-de-semana, vejo que o método da mídia corporativa não mudou. Saiu na capa de Veja, teve grande repercussão no Jornal Nacional e…
A suspeita que eu tinha então agora está desfeita. Não duvido mais que seja tudo combinado. Se não fosse, por que a denúncia da Folha sobre o aeroporto de Cláudio não detonou imediatamente o mesmo rolo compressor investigativo?
Talvez a existência dos blogs e das redes sociais tenha acabado com as mentiras mais deslavadas. A manipulação da mídia corporativa agora é exercida na escolha da pauta e nos recursos direcionados para apurar este ou aquele assunto, de acordo com as conveniências políticas, econômicas ou ideológicas. De volta a 2006!

Fonte: VIOMUNDO
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Nos anos 2.000, a Folha cometeu o maior erro estratégico da sua história moderna, indo a reboque da revista Veja. Não apenas ela, mas os demais veículos.

Dias desses cruzei com o diretor de redação de uma grande publicação, ferozmente anti-governo. Sem que o provocasse, comentou comigo que Veja não faz jornalismo.

Ou seja, mesmo na frente-mídia montada em 2005, o jornalismo de Veja é motivo de vergonha, a maneira como ideologizam qualquer besteira, o fato de não ter a menor preocupação em se ater aos fatos.

Ou seja, o padrão Veja ajudou a desmoralizar o jornalismo como um todo, lançou ao descrédito todos os grupos de mídia. É só conferir o desafio gigantesco da Folha para recuperar a imagem perdida, tendo que "explicar" aos leitores qual sua posição e qual a dos colunistas.

Aliás, a posição de um jornal não é o que sai nos editoriais (de baixa leitura) mas na cobertura diária.

A repercussão dada ao factoide da Veja desta semana - tratando como escândalo o suposto conhecimento prévio, pelos convocados da CPI da Petrobras, das perguntas que seriam formuladas, beira o ridículo. Escândalo é continuar se valendo de instrumentos de espionagem, mantendo o padrão que, na Inglaterra, levou jornalistas à prisão, e por aqui continua sendo totalmente tolerado.

Ontem um amigo me ligou dizendo que o Jornal Nacional dedicou quase dez minutos de cobertura. O efeito-manada faz com que Estadão e Folha vão atrás.

Não adianta. Mesmo com o Instituto Millenium, com o fórum da ANJ, com os consultores midiáticos, a mídia padece de uma ausência total de visão estratégica. Não tem o menor cuidado ao se misturar com a lama.

Fonte: A JUSTICEIRA DE ESQUERDA
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Faltam 15 dias para  início da campanha eleitoral na TV.
Até lá,a velha mídia e oposição querem diminuir a vantagem de Dilma nas pesquisas, já que o PT tem quase o triplo de tempo na TV que o PSDB.
Adicione a tudo isso o fato que Dilma subiu um pouco nas pesquisas e, seu concorrente mais próximo, Aécio, caiu.
Coloque , também, nesse caldo, as denúncias concretas  e objetivas sobre a farra de aeroportos em Minas Gerais, protagonizadas pelo candidato do PSDB, Aécio Neves.
A conclusão que o caro leitor pode tirar é que são  dias difíceis para as pretensões do candidato tucano  na disputa pela presidência da república.
Ainda pode-se acrescentar o colapso que bate nas portas de São Paulo, governado por duas décadas pelo PSDB, por conta da crise de abastecimento de água, assunto constante nos sites e blogues progressistas e nas redes sociais.

Em uma análise das notícias das últimas duas semanas, ou um pouco mais,  conclui-se que o PSDB esteve em evidência altamente negativa, apesar de todo o esforço da velha mídia em blindar o candidato tucano  e ainda tentar produzir o fim do mundo para o governo Dilma.

Isso é fato, assim como a água esta sendo racionada em São Paulo e os aeroportos de Claudio e Montezuma, são obras repletas de graves irregularidades.

Diante desse quadro, confesso ao caro leitor que já esperava uma ofensiva midiática, com direito a todo tipo de pressão e estardalhaço, acusando o PT, o governo e a candidata Dilma de algo "gravíssimo", "inaceitável"  e que venha a ocupar o noticiário com todo o repertório de histerismo e falso jornalismo que tão bem define a grande e velha mídia.
E eis que a ofensiva articulada e combinada entre os veículos da velha mídia chegou, no sábado pela manhã, não apenas pelo esgoto veja, mas também pelos outros veículos de mídia.

A título de exemplo, o jornal Folha de SP em manchete principal no sábado acusa o governo federal de iniciar o PAC 3 sem antes terminar o PAC 1.
Desinformação e desonestidade, já que algumas  obras do PAC, seja ele 1, 2, 3 ou 10 podem levar até mais do que cinco anos para serem concluídas e o que caracteriza  o PAC, são as obras priorizadas e os recursos disponíveis e alocados para essas obras.
Com mais recursos disponíveis, pode-se alocar em novos programas de obras , como o PAC -3, mesmo que o PAC -1 não tenha sido totalmente concluído.

Junto com Folha de SP veio a matéria ridícula de veja, como bem explicado no artigo acima de VIOMUNDO e, se não bastasse, o caquético jornal nacional de globo de sábado, dá amplo destaque a matéria de veja, configurando a ação orquestrada e combinada entre a velha mídia para tirar, ou minimizar, a circulação de notícias sobre os aeroportos do titio, a fazenda ,e os aviaõzinhos que andam voando pelos céus das Minas Gerais, essas sim, denúncias concretas, objetivas e que merecem uma apuração profunda e esclarecedora, já que outros desdobramentos podem estar envolvidos no caso.

O barulho que a velha mídia vai tentar fazer nestes dias é apenas para tentar abafar as verdades inconvenientes que desabaram sobre as asas combalidas de tucanos, em voos e no solo. 

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