O político e secretário de governo da prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, Rodrigo Bethelem, foi flagrado em escutas telefônicas autorizadas pela Justiça admitindo receber mesada de um empresário do setor de transportes da cidade no valor de 70 mil reais.
O assunto está presente em toda a velha mídia que repete a exaustão as travessuras criminosas e nada éticas do político.
Especula-se sobre uma possível detenção, e mesmo uma apuração exemplar para punir os atos de corrupção.
Entretanto, não se ouve na velha mídia, nenhuma palavra sobre o empresário que pagou a robusta mesada.
Nada, nem mesmo se seria , com é, crime pagar propinas para funcionário público.
Ninguém, na velha mídia, pede apuração e punição para o empresário corruptor.
Se existe quem recebe, existe quem paga. Na economia não existe gestação divina.
Analisando o comportamento da velha mídia, fico autorizado a pensar, e mesmo a concluir, que oferecer e pagar propina para funcionário público é permitido.
Até mesmo o funcionário público que recebe propina, também é permitido, desde que com discrição.
O que é inadmissível é ser flagrado recebendo propina, e neste caso, a velha mídia não pode omitir o crime e ainda deve pedir a punição do culpado.
Já o corruptor não entra na história, pois faz o papel dele no jogo dos negócios.
Pelo que reporta e pelo que omite, a velha mídia se entrega e revela seu repertório de valores.
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