sexta-feira, 11 de julho de 2014

A imprensa brasileira terrorista entrou em campo




Repórter Ricardo Amaral, um dos mais consagrados profissionais da imprensa brasileira, diz ter saudades do bom futebol e do bom jornalismo; no passado, a imprensa tinha sensibilidade para se solidarizar com o povo brasileiro; hoje, cega por sua agenda política, trata com rancor, escárnio e até xenofobia o fracasso da seleção brasileira na Copa

Por Ricardo Amaral 
Sou de uma geração privilegiada. Tínhamos o melhor futebol do mundo, e jornais que buscavam sintonia com a alma do país, na vitória e na derrota. Hoje não temos uma coisa nem outra. Basta comparar como os jornais brasileiros se comportaram em dois momentos de dor nacional: as derrotas da Seleção na Copa de 1982 e na de 2014.


Jornalismo e sensibilidade na capa do Jornal da Tarde em 82. Escárnio e grosseria nas capas de ontem:


Em 82, fomos consolados pela crônica de Carlos Drummond de Andrade, elevada a capa de Esportes do Jornal Brasil e ilustrada por um Chico Caruso que não existe mais. Drummond lambia paternalmente as feridas de um país atônito, e nos convocava a retomar a vida:

Ontem, na capa do UOL,rancor e xenofobia sem sentido contra a Argentina; resumo do incontido desejo de vingança contra a realização bem-sucedida da Copa no Brasil:



Minha geração conheceu o JT, o JB e Telê. Não vou chorar.
Fonte: A JUSTICEIRA DE ESQUERDA
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A direita é prisioneira de seu próprio ódio

11 de julho de 2014 | 09:40 Autor: Fernando Brito
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Quando parte da torcida de convidados, socialites e gente em condições de pagar um bom dinheiro pelo ingresso – e todos tinham o direito de estar lá – xingaram grosseiramente a presidenta Dilma Rousseff, um impulso incontrolável fez Aécio se solidarizar com a estupidez, para depois voltar atrás, advertido pelos marqueteiros de que “pegava mal”.
Pegou, todos sabem.
Agora, parece que essa força estranha o leva à mesma atitude.
Claro que não é um problema pessoal do candidato tucano, de natureza uma pessoa afável, em condições normais.
Mas Aécio está, mais que nunca, incorporado pela mente coletiva da direita brasileira, que desde a UDN sente “saudades prévias” de um país formado por ilhas de elite e um oceano de excluídos.
O que se traduz, na prática, em ilhas de “modernidade” e um oceano de atraso, o que é, em si, a negação do papel a que o Brasil pode –  não apenas pode mas, necessariamente deve – assumir de grande nação.
Por isso, para estas mentes é impossível entender o Brasil como um ente coletivo, que pertence a todos – indistintamente – e onde, por consequência, os desafios e as conquistas pertencem a todos.
E, claro, também as derrotas.
A Copa, para eles, só era de todos quando foram badalar a conquista de sua realização, em 2007.
Depois, quando vieram as dificuldades, os problemas, os atrasos e, sobretudo, os protestos, ela passou a ser “do Governo Dilma”.
De todos era só o time do Felipão, unanimidade nacional.
Justamente quem perdeu de 7 a 1 o jogo, numa Copa, salvo detalhes, impecavelmente bem organizada.
Ninguém hesitou em “apropriar” ao governo os atrasos e preços de obras sob a responsabilidade de governos estaduais, muitos deles sob a responsabilidade de governantes do PSDB.
Mal disfarçavam, nos discursos e nos “mercados” financeiros, sua esperança num fracasso que nos desmoralizasse como país organizado e capaz.
E desta Copa, como país, saímos assim, embora muito deprimidos – sim, esta é a palavra, e não humilhação – pela derrota inédita em campo.
E nele, e apenas nele, perdemos feio, como não podemos perder por nossas qualidades.
Por isso que a direita brasileira – sim, é ela – quem tenta, da forma mais torpe, se apropriar da frustração com um resultado de jogo de futebol para transferi-la para a política, como faz agora.
Ela não se contém, porque odeia a ideia de um Brasil só, que joga, perde e ganha junto.
Como ganhamos e perdemos, no campo, todos juntos.
E como ganhamos e perdemos na vida, na imensa vida, fora do campo.
Este ódio arrasta seus porta-vozes à insanidade de se tornarem urubus pós-Copa como foram urubus pré-Copa.
O povo brasileiro não está com ódio, está triste. Muito triste.
Quem tem ódio é uma elite que não hesita tentar se apropriar da  tristeza do povo para que esqueçamos que o futuro é adiante, não para trás.
E o resultado disso, creiam, não é diferente do que teve o  ”vai tomar no c…” vip do jogo de abertura.
O Brasil do povão, embora eles creiam e façam o possível para que seja o contrário, é um país civilizado.
Apesar dos sentimentos selvagens desta gente, que é incapaz de sentir por este povo até mesmo o  que sente  um americano, o jornalista Matthew Futterman, do Wall Street Journal, reproduzido no Diário do Centro do Mundo.
“(…)não compre a história de que esta perda vai deixar alguma cicatriz indelével em um país tentando desesperadamente prosperar em uma série de áreas que não têm nada a ver com futebol. Essa ideia é um pouco humilhante para os brasileiros, que são a coleção de almas mais acolhedoras com que eu me deparei.”
É por isso que as almas mesquinhas e odiosas, Matthew, vão perder feio na disputa pelo coração dos brasileiros.
Porque têm a natureza do escorpião e morrem de seu próprio veneno.
Fonte : TIJOLAÇO
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Adilson Filho: 

Torcer contra a Argentina como quer Globo-CBF, tô fora!


Fonte: VIOMUNDO
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Torcer pela vitória de Alemanha ou Argentina é opção de cada pessoa , porém isso não pode extrapolar os limites da civilidade.
De minha parte, torço pela vitória da Argentina, para que a copa fique na América do Sul, na Pátria Grande, e em segundo lugar porque sempre fui um admirador da escola argentina, que considero , junto com a brasileira as duas maiores escolas de futebol do mundo.
A xenofobia e a raiva que a imprensa brasileira vem destilando contra os  hermanos argentinos são incompatíveis com a educação e a cultura do brasileiro.
Tudo bem que exista uma rivalidade entre brasileiros e argentinos no futebol, porém colocar essa rivalidade  no patamar em que a velha mídia vem colocando, representa até mesmo um risco para integridade física de nossos hermanos que estão em grande número no Rio de Janeiro
De minha parte essa rivalidade existe apenas no esporte, e se existe é porque os hermanos são tão talentosos quanto nós, os brasileiros.
Não temos rivalidade com adversários que sempre vencemos.
A rivalidade se dá quando existe o equilíbrio, ou quando se vence pouco o adversário.
Se os hermanos são gozadores , nós também somos.
Se a cultura dos hermanos   faz com que se achem melhores em tudo, isso, para nós, não deveria ser motivo  de raiva ou indignação, mas sim de riso, já que a realidade fala mais alto.
Eles tem todo motivo para cantar e demonstrar a alegria pela ruas do Rio de janeiro, com suas cores e bandeiras, sem que isso represente uma ofensa para a imprensa brasileira, já que o povo brasileiro, além de educado , tem outras prioridades no momento.
A imprensa brasileira quer criar um clima de guerra contra os argentinos no Rio de janeiro, jogando a população contra os hermanos, de maneira a criar conflitos que possam manchar o sucesso da organização da copa e , com isso , tirar vantagens nas eleições próximas.
Assim sendo , peço que o pouco que resta da imprensa responsável, assim como a imprensa argentina, que oriente os hermanos sobre a situação  de maneira que eles fiquem atentos e que não reajam a provocações.
O ódio com que a imprensa brasileira vem se manifestando no momento, inclusive a esportiva, se deve ao fato do sucesso que foi a organização da Copa das Copas.
Também venho estranhando a  maneira como muitos jornalistas, principalmente das organizações globo, veem utilizando, nesses dois últimos dias, expressões como 11 de setembro, bombas, terrorismo e outras expressões similares. 
A imprensa terrorista entrou em campo. 

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