segunda-feira, 7 de julho de 2014

Bandidos

Cambistas padrão Fifa


Postado em 07 jul 2014
cambistas fifa

Ray Whelan foi detido nesta segunda-feira no Copacabana Palace.
As acusações são de lavagem de dinheiro, associação criminosa e comércio ilegal. Segundo a polícia, Whelan seria o chefe de Lamine Fofana, o empresário argelino preso na semana passada também por comércio ilegal de ingressos e que transita bem no futebol brasileiro. Alguns ex-jogadores brasileiros estão na mira da investigação.
Então vamos lá: quem é Ray Whelan? Diretor da empresa Match. Que empresa é a Match? Associada à FIFA, possui direitos exclusivos para a venda de pacotes para a Copa.
Em 2007, houve uma licitação e o Comitê Executivo da Fifa cedeu o contrato de exclusividade à Match. Pouco depois, Philippe Blatter adquiriu 5% da empresa. O sobrenome lhe é familiar? Sim, ele é sobrinho de Joseph Blatter, o manda-chuva.
Anteriomente, Philippe Blatter trabalhava como executivo-chefe de uma agência de marketing, a Infront, que também havia ganhado generosos contratos de direitos de marketing e de transmissão de TV da Copa do Mundo na Alemanha.
Um detalhe nada desprezível, é que a Infront ocupava o mesmo conjunto de escritórios em que Jean-Marie Weber organizava as remessas de propinas da ISL.
Vamos lá novamente: quem é Jean-Marie Weber? O “homem da mala”, o gerente de marketing da ISL que distribuiu 100 milhões de dólares a dirigentes esportivos, incluindo João Havelange, sogro de Ricardo Teixeira.
Tá captando a intrincada teia da ilibada Fifa?
O anúncio da concessão de exclusividade, tinha ares de preocupação com as vendas de ingressos no mercado negro. O texto oficial dizia: “O acordo fortalece ainda mais a luta da Fifa contra a venda não autorizada de ingressos. Graças a sua experiência e sua infraestrutura de monitoramento, a Match Hospitality terá condições de auxiliar a Fifa a reforçar os dispositivos que regulamentam a venda de pacotes de hospitalidade, prevenindo de maneira eficaz que vendedores não autorizados convençam clientes corporativos e pessoas físicas a comprarem tais pacotes diretamente deles”.
É para rir?
Em novembro de 2010, o contrato com a Match foi estendido até 2023.
Fonte: DCM
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A corrupção padrão Fifa

Por Luciano Martins Costa em 08/07/2014 na edição 806
Comentário para o programa radiofônico do Observatório da Imprensa, 8/7/2014
Os jornais brasileiros fazem de conta que não é com eles. O noticiário sobre a venda ilegal de ingressos para a Copa do Mundo corre nos telejornais, percorre os programas de rádio e ancora nas páginas dos diários como se fosse um caso comum, desses que frequentam a crônica policial.
Mas a mídia brasileira não havia determinado que o Brasil era incapaz de sediar uma Copa do Mundo “padrão Fifa”? E não era o “padrão Fifa” um modelo a ser seguido até mesmo nas obras do governo?
Pois a imprensa de todo o planeta informa que o chefe da máfia dos ingressos que tem atuado nesta Copa é intimamente ligado à direção da Federação Internacional de Associações de Futebol, a Fifa. Mais grave: é homem próximo da família do presidente da entidade, Joseph Blatter.
A detenção do britânico Raymond Whelan, diretor-executivo da empresa Match, que ganhou da entidade esportiva o direito de negociar os camarotes e ingressos de hospitalidade durante a Copa do Mundo no Brasil, foi preso pela polícia do Rio. A Match é controlada pela Infront, empresa que tem como acionista Phillipe Blatter, sobrinho do presidente da Fifa.
Whelan foi apanhado quando tomava um cafezinho no saguão do hotel Copacabana Palace, sede da Fifa durante o Mundial, ao lado de personalidades internacionais. Segundo as autoridades, ele é o ponto central do esquema de venda ilegal de ingressos que já levou à cadeia uma dúzia de outros protagonistas. O inquérito diz que Whelan chefiava uma espécie de máfia semioficial de cambistas ilegais.
As reportagens da imprensa brasileira e internacional deixam claro que o grupo não apenas faturava com a venda paralela de ingressos destinados a empresas e instituições, mas também é acusado de superfaturar preços de diárias de hotéis e outras despesas.
E o que tem isso a ver com a imprensa brasileira?
Tem tudo a ver, na medida em que o desmascaramento da quadrilha revela o que é, afinal, o “padrão Fifa”, tão incensado pelos jornais quando se dizia que o Brasil não tinha condições de realizar uma Copa de alta qualidade.

Um esquema criminoso
Antes de mais nada, convém fazer um reparo: desde que se iniciou, na arena do Corinthians, a grande festa do futebol mundial, um e outro, entre os mais veteranos comentaristas do esporte, se deslocaram do discurso hegemônico que havia dominado a imprensa – o vozerio do elogio solene ao “padrão Fifa”.
No mais, as manchetes estão nos arquivos para serem garimpadas – o discurso central da imprensa apresentava a Fifa como a entidade privada eficiente e correta, enquanto a parte brasileira – governos e empresas – era sempre mostrada como o lado sujo e desqualificado.
Pois bem: a realidade mostra que a entidade máxima do futebol mundial, uma organização privada sem fins lucrativos, é um antro de corrupção, compadrio e malversações de todos os tipos.
Por mais elaborados que sejam os discursos apresentados nas edições de terça-feira (8/7), tentando deslocar as responsabilidades para empresas terceirizadas encarregadas da negociação de bilhetes patrocinados, não há como ocultar o fato de que, se todas elas estão envolvidas em falcatruas, o esquema é oficial, comandado de dentro da própria Fifa.
Não é por outra razão que algumas federações de futebol, principalmente da Europa, tentaram impedir a reeleição de Joseph Blatter. Mas as suspeitas que vêm há muito tempo pesando sobre seu grupo não foram suficientes para alertar a imprensa brasileira. Durante semanas, meses, antes do início da Copa, o discurso hegemônico era o de louvação à Fifa e críticas a tudo que fosse nacional.
Ressalte-se que a crítica, como as denúncias de superfaturamento de obras, são parte do dever da imprensa, mas tudo foi colocado num contexto em que todo mérito era da Fifa.
O que se tem visto e reconhecido pela imprensa de todo o mundo é que, com a bola rolando, no que depende dos brasileiros as coisas correm bem, da segurança nas ruas à alegria com que os turistas e torcedores estrangeiros têm sido recebidos por aqui.
As más notícias – todas elas, das falhas na fiscalização até o escândalo da venda paralela de ingressos – caem no colo da entidade que controla o futebol profissional em todo o mundo.
Por essa razão, é de justiça repetir a frase de Juca Kfouri, que repercute na imprensa internacional: “Desmascarar a Fifa é o maior legado da Copa no Brasil”.

Fonte: OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA
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Trombone alvorada weril

E foi a polícia brasileira que desbaratou essa quadrilha que atua desde 1998, na copa da França.
Na chefia um inglês, com ligações com a FIFA, que por sua vez tem ligações com a CBF, que como se sabe tem ligações com a TV Globo.
Lembra daquela canção do Chico:
" carlos que amava dora, que amava lia, que amava clara, que amava toda quadrilha "
E lembrar que muitos jornais estrangeiros, principalmente ingleses, antes da copa, alertavam para os perigos do Brasil no tocante a ação de bandidos.
O padrão FIFA de banditismo foi desmascarado pelo padrão de polícia brasileira .
Agora, junto com a velha mídia brasileira, a FIFA também leva o título de grande vergonha e de papelão da copa.

Enquanto isso a velha  imprensa brasileira está cheia de cuidados na divulgação da quadrilha.



Em cena os mentirosos e os bandidos de alta periculosidade:


 
Patrimônio de Aécio Neves cresceu quase cinco vezes mais que o de Dilma desde 2010; chamada no site do Globo: 'Em 4 anos, patrimônio de Dilma cresce 64%'; o de Aécio, segundo o jornal 'avança' 305%'                                                                                                            

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