quinta-feira, 3 de julho de 2014

A Estrada, o PSTU e a Costa Rica

DILMA  COLHEU  O  QUE  NÃO  SEMEOU

O PiG disseminou um mundo incompatível com a realidade dos fatos

Conversa Afiada reproduz excelente artigo do professor Wanderley Guilherme dos Santos :

DILMA ROUSSEFF COLHEU O QUE NÃO SEMEOU


A presidenta colheu precisamente os resultados do que não semeou: não promoveu a emergência de um sistema democrático de informação.

Wanderley Guilherme dos Santos

Aproveitando a vaia pornofônica que singularizou a participação dos reacionários e distraídos na abertura da Copa das Copas, a oposição saiu-se com o comentário de que a presidenta Dilma Roussef colheu o que semeou. Pensou que estava abafando. Não estava. Para além da falta de compostura e civilidade, a oposição errava outra vez no diagnóstico. A presidenta colheu precisamente os resultados do que não semeou: não promoveu a emergência de um sistema de informação democratizado.

A falta de pluralismo nos meios de comunicação não é ambição de esquerdas partidárias. Trata-se da prestação de um serviço privado, pago por consumidores, atualmente fraudados em suas aspirações de consumo. Ler um jornal, uma revista ou assistir ao noticiário da televisão faz parte da pauta de itens que a vida moderna põe, ou devia por, à disposição de quem os deseje usufruir. E os consumidores têm o direito de protestar. Assim como os passageiros urbanos reclamam da qualidade dos serviços pelos quais pagam, os leitores e espectadores insatisfeitos se julgam ludibriados pelos fornecedores da mercadoria que compram.


Os jornais, revistas e emissoras de televisão registraram com olhos complacentes os quebra-quebras aleatórios propulsionados pela carestia e falta de qualidade dos transportes em circulação. Não seria bom para a democracia, tal como não o eram os destemperos de violência, que os desgostosos com o pífio padrão do jornalismo, minorias como as de junho do ano passado ou maiorias como a queda de audiência e circulação atestam, empastelassem jornais ou ocupassem estações de televisão, exigindo participação e honestidade de gestão.

Durante o período que antecedeu a Copa das Copas e não somente em relação a ela, os meios de informação sonegaram centenas, milhares de notícias altamente relevantes para a vida dos leitores e espectadores. Mais do que isso, disseminaram incansavelmente uma visão de mundo incompatível com a realidade dos fatos. Era falso que os aeroportos, estádios, avenidas e metrôs não iriam ficar prontos. Era falso que os gramados não drenariam as chuvas, as comunicações não funcionariam, os holofotes não acenderiam. Era falso que os turistas seriam assaltados, que não haveria segurança, que conflitos gigantescos ofuscariam os jogos nos campos de futebol pela pancadaria generalizada nas arenas do lado de fora. Tudo falso. Moeda falsa. Produto estragado vendido a preço de luxo.

As trombetas da derrocada econômica, da inflação sem controle, do afinal bem vindo desemprego, são igualmente serviço fraudulento. Os leitores estão sendo diariamente lesados em sua boa fé, duplamente: não são informados do que ocorre efetivamente na sua cidade, no seu estado e no país, e são levados a acreditar que há um pesadelo à espreita assim que puserem os pés fora de casa. Quando não o vêem não é porque não exista, mas porque ainda não chegou a alguns lares: inflação, desemprego, falta de saúde e de educação; pior, falta de perspectiva.

A lição é terrível. Dela sabiam os tiranos da antiguidade, os tiranos da contemporaneidade os imitaram: um sistema articulado de falsidades pode produzir os delírios fantasistas ou as angústias aterradoras de uma droga, se absorvido por tempo suficiente. Uma imprensa oligopolizada é nada menos do que uma droga. Eficientíssima, capaz de produzir o pessimismo sem fundamento das análises econômicas, tanto quanto o desvario irracional das vaias pornofônicas. Ao se manter indiferente à péssima qualidade do serviço pago, inclusive com as bondades das concessões e outras benfeitorias, a presidenta Dilma Roussef colheu o que não semeou.
Fonte: CONVERSA AFIADA
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E o caro leitor  pensa que a velha mídia, mesmo sendo desmascarada e desmoralizada com a realidade da copa, parou com as mentiras, manipulações e omissões ?
Nada disso, as mentiras, as omissões e as manipulações continuam rolando soltas e irão se intensificar com a proximidade das eleições de outubro.
Leia, com atenção, o artigo abaixo, do Blogue  do SARAIVA e depois continue comigo pois vou mostrar mais mentiras e armações:

QUARTA-FEIRA, 2 DE JULHO DE 2014

O GLOBO BOICOTA INAUGURAÇÃO DO ARCO RODOVIÁRIO METROPOLITANO NO RIO DE JANEIRO

O GLOBO BOICOTA O GOVERNO FEDERAL, BOICOTA A FIGURA DA PRESIDENTE DILMA E NÃO FAZ COBERTURA JORNALÍSTICA À ALTURA DA IMPORTÂNCIA DAS OBRAS QUE FORAM INAUGURADAS NO ESTADO.


No jornal impresso, nenhuma chamada de capa, nenhuma foto da inauguração dessa OBRA que é das mais importantes para o ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Os donos de O Globo, e os responsáveis por sua edição e publicação, sabem muito bem que o jornal é lido rapidamente nas laterais das bancas de jornais, onde somente a CAPA fica exposta. Ali, de forma superficial, mas suficiente para gravar a informação, milhões de pessoas que nunca abriram um exemplar do jornal, registram as manchetes e "filmam" as fotos.

Por isso, O Globo cuida de usar sua CAPA só para ATACAR o governo FEDERAL e o PT, omitindo por sua vez ali, qualquer menção aos fatos positivos que um ou outro possam ter produzido. 

O jornal reservou no dia de hoje, um espaço de pouco mais de um quarto da folha 14 no primeiro caderno para noticiar a inauguração da obra.  Mesmo assim, dando destaque, não a inauguração em si, mas aos RADARES MÓVEIS que vão fiscalizar a via. Nenhuma foto da presidente Dilma, do governador Pezão, da cerimônia de inauguração e pouquíssimo do que foi dito e sobre o que essa obra de fato representa.

Por questões políticas/eleitorais, pelo PARTIDARISMO DESAVERGONHADO que pratica, O Globo priva os leitores de uma informação completa  e democrática. QUE VERGONHA !
















Pois é, uma obra importantíssima para  a região metropolitana do Rio de Janeiro, planejada e esperada por quatro décadas, é simplesmente ignorada pela velha mídia que deseja omitir a realidade dos fatos, assim como tem feito ao longo dos últimos anos.
Por um lado essa omissão fica meio complicada, pois os habitantes da região metropolitana do Rio de Janeiro  certamente irão circular pela via e terão conhecimento da obra, verão as placas e cartazes indicativos da presença do governo federal na execução da obra e, mais importante, irão usufruir do empreendimento.
O caro leitor acha que é apenas isso ?
Não é  não, tem mais.
E o mais vem das estranhíssimas pesquisas de intenção de votos para presidente, divulgada hoje, 4 de julho, pela  Datafolha, instituto de pesquisa ligado ao jornal Folha de SP, aquele mesmo que já publicou  em primeira  página ficha falsa da presidenta Dilma e, recentemente, entrevistou e publicou a entrevista de um sósia de Felipão  acreditando estar diante do treinador da seleção brasileira de futebol. Leia abaixo o excelente artigo de TIJOLAÇO  sobre mais uma  armação, ou mentira para enganar a população:


O Datafolha, a “esperança na prorrogação” e o Dudu defendendo os pênaltis do Chile

3 de julho de 2014 | 07:49 Autor: Fernando Brito
totaldatafolha
O resultado da pesquisa Datafolha divulgado hoje compõe uma fantástica composição entre o óbvio e o ilógico.
O óbvio (e inegável) é que o sucesso da organização da Copa – contrariando tudo o que, nos últimos anos, foi despejado sobre a cabeça dos brasileiros – iria se refletir sobre a avaliação do Governo e nas intenções de voto em Dilma Rousseff.
E os números sobre este pessimismo artificial sofreram uma total reversão: desde o sentimento de orgulho com a Copa até a repulsa aos xingamentos que parte da arquibancada “coxinha” do Itaquerão dirigiu à presidenta no jogo de abertura.
A repulsa, aliás, foi tão grande que deu a impressão de que Aécio Neves e Eduardo Campos, com sua grosseira associação àquele gesto, ficaram vaiando sozinhos.
Mas para quem, pelas décadas de experiência eleitoral, se acostumou ao jogo das pesquisas, é mais importante ver porque,  como e onde se colocam as “reservas técnicas” com que se pode influir na formação do clima eleitoral deixando um “volume morto” de onde se podem bombear os números necessários para ajustá-los depois.
O primeiro indício é que Aécio Neves, mesmo com o compacto apoio do pessoal que “não vota com o estômago”, não consegue desempacar. Parece que desde tempos imemoriais estagnou na faixa de 20%, que é bem menos do que a direita pode ter e tem em qualquer eleição, mesmo que enfrente Nosso Senhor redivivo como adversário.
Vai crescer, sim, porque não há outro jeito, mas está evidente que não empolga a ninguém.
O segundo, menos importante porém muito mais evidente é que Eduardo Campos, nas pesquisas muito mais que na realidade eleitoral, funciona como um “colchão de amortecimento”  para a polarização que é evidente neste processo de disputa. Um processo que, ao cabo, não é diferente de nenhum outro dos que nos acostumamos a viver desde que o tucanato passou a ser o partido único do conservadorismo brasileiro, com a extinção do PFL-DEM.
Eduardo Campos, qualquer um sabe, não é sequer uma sombra do que foi Marina Silva, que teve 17% dos votos totais (o que é a base da pesquisa). Para chegar a isso, Marina venceu no Distrito Federal e foi a segunda colocada em estados importantes, como o Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará (empatada com Serra) , além de outros menos expressivos eleitoralmente como o Amazonas e o Amapá.
regionaisdatafolha
O que fez o Datafolha para que Eduardo Campos subisse, já  que míngua a olhos vistos a ponto de não conseguir sequer palanque nos principais estados e enfiou-se em disputas paroquiais que estão provocando uma debandada dos candidatos do PSB em todas as direções, seja a da oposição, seja a do Governo.
Simplesmente, em apenas um mês, mais que “dobrou” suas intenções de votos na mais populosa região do país, o Sudeste, como se demonstra no mapa ao lado, que é do próprio Datafolha, aos quais acresci os dados divulgados pelo mesmo instituto hoje na Folha de S. Paulo.
No colégio eleitoral formado por São Paulo, Minas, Rio de Janeiro e Espírito Santo, aí pelos 60 milhões de votos, o Datafolha diz que Campos passou de 4% para 9% das intenções de voto. Esse crescimento, de 5%, significaria “ganhar” três milhões de votos em um mês, uma imensa façanha para quem tinha pouco mais de 2 milhões de potenciais eleitores até junho.
Perdoem-me os estatísticos do Datafolha, mas só se o Dudu tivesse defendido os pênaltis do Chile, no lugar do Júlio César.
Nem vou falar em outras aberrações, como a de se atribuir 1% dos votos ao professor Mauro Iasi (PCB) – nada pessoal – ou 2% ao combativo Zé Maria, do PSTU,  a quem o instituto prevê quase três milhões de votos, um crescimento extraordinário em relação aos 84 mil que teve como candidatos a presidente em 2010.
Parece evidente que é por aí que trabalham politicamente os mentores de pesquisas: apostam tudo na prorrogação.
E daí para os pênaltis, com a esperança de uma “ajuda” do juiz.
Fonte: TIJOLAÇO

Impressionante, não é caro leitor ?
Como se mente e com que cara de pau se produzem números, que nada tem de randômicos, já que são cuidadosamente tratados para produzir um resultado que a Folha de SP deseja.
Brito, de TIJOLAÇO, foi brilhante e escancarou a  manipulação de Folha, manipulação essa que objetiva mostrar uma disputa em segundo turno, pois todo o execício de ajustes numéricos foi feito para que o leitor tenha a "certeza" de uma disputa acirradíssima  que irá para o segundo turno.
Para que isso fosse possível, Dudu ganhou 3 milhões de votos em um mês e o PSTU  surge como uma potência emergente, uma Costa Rica da eleição, com um número de votos expressivos. O mesmo se aplica ao velho Partidão, que pouco, muito pouco aparece na mídia e está na parada com quase 1, 5 milhão de votos, isso segundo o Datafolha.
Definitivamente com o domínio da informação nas mãos da velha mídia o país corre sérios riscos, E aí eu volto para o primeiro artigo,lá de cima, do Professor Wanderley Guilherme dos Santos, que de uma forma ou de outra, mostra a necessidade urgente em se criar novas regras para democratizar a comunicação no país de maneira a garantir  a existência de um pluralismo na comunicação.


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