quarta-feira, 9 de julho de 2014

Brasil 1 X 7 Alemanha





E a seleção brasileira foi eliminada da final da copa do mundo.
Até aí  nada de anormal, já que uma eliminação  do torneio era algo previsto por muitos, em função do futebol que o time apresentou na copa.

O PAPIRO, em todas as crônicas dos jogos, alertou para o desempenho de um time que não convencia.

O que se discute foi a maneira como time saiu da competição.
Em apenas 15 minutos o time levou cinco gols, sendo que quatro gols em sete minutos.  
E tudo isso até os trinta minutos do primeiro tempo.
Até os catorze minutos de jogo, quando levou o primeiro gol, até que o time jogava de forma satisfatória.
O primeiro gol do time alemão desestabilizou por completo o time brasileiro, um branco total, uma pane geral. E foi a partir daí, que a fragilidade emocional de um time se revelou por inteiro.
Em uma partida de futebol levar um gol do adversário é algo normal e não se justifica que um time se descontrole por isso, salvo quando a equipe  não está bem preparada para vivenciar esse tipo de situação.
E foi o que aconteceu com  a seleção brasileira, descontrolada emocionalmente desde a copa das confederações no ano passado.

Não culpo os jogadores e nem a comissão técnica, mas vejo na ultrapassada estrutura organizacional do futebol brasileiro, com todos os seus  agentes periféricos e centrais que contribuem para essa estrutura, a principal causa para a derrota de ontem.

Dizer que o treinador escalou mal o  time, ou que convocou jogadores errados, como faz grande parte da imprensa brasileira, revela o atraso dessa estrutura e ainda alimenta a estagnação de algo que precisa ser renovado.

Em outras ocasiões, como na copa de 1994, a comissão técnica da época foi duramente criticada pela maioria da imprensa por mais de um ano antes da copa, com as mesmas críticas de que o treinador escalava mal o time, jogava errado e não tinha levado outros jogadores. 
Com a conquista do mundial, as críticas sumiram e vieram os aplausos.

A imprensa brasileira se comporta como um travesti, se veste como mulher  e desenvolve formas de mulher, porém obtêm prazer com a sua genitália masculina.

O futebol brasileiro está desatualizado dentro e fora de campo.
Nossos treinadores estão ultrapassados nos aspectos táticos, ainda jogando no erro do adversário e valorizando a malandragem e o anti jogo.
Foi marcante no jogo de ontem , em  que  até o primeiro gol da seleção alemã, dois jogadores brasileiros tenham se jogado para simular faltas e enganar o árbitro. 
Não que isso não aconteça com jogadores de outras praças, porém por aqui é exagerado e até mesmo serve com estratégia de jogo. 
Nos agentes periféricos que compõem a estrutura de nosso futebol isso não é diferente. 
Na TV bandeirantes, um programa esportivo, diário, da hora do almoço, já foi notificado pelo ministério público por incitar a violência entre torcidas organizadas. 
Na mesma Band, agora na copa, em programa de debates os participantes colaboravam para violência. 
Na rádio tupi, um comentarista analisando a cobrança de penaltis que definiu o jogo entre Holanda e Costa Rica, sugeriu que a provocação anti desportiva feita pelo goleiro holandês ao cobrador de penalti da Costa Rica, no primeiro de cinco penaltis,  fosse respondida pelo jogador costariquenho com uma agressão aos tapas no goleiro no holandês, pois assim , goleiro e jogador se envolveriam em uma briga e seriam expulsos fazendo com que  a seleção holandesa improvisasse um goleiro para defender os penaltis, já que naquele momento não são permitidas mais substituições. 
Disse ainda o comentarista, orgulhoso de seu comentário, que não existe mais malandragem no futebol. 
É a famosa lei de levar vantagem  e de ser 'esperto'.
A estrutura de nossos campeonatos, a CBF, as federações, dirigentes e imprensa, representam todo tipo de atraso de nosso futebol, ainda estão na vigência da  lei de levar vantagem.
Aliás, a imprensa, não apenas a esportiva, levou o título da grande vergonha dessa copa, ao mentir e omitir sobre a realidade da organização do evento. 

Um idiota a menos na TV?


O exemplo da Folha de SP, abaixo, revela de forma inequívoca a velha imprensa e o atraso em que se encontra:

Vai que é tua, Folha!

Folha erra 100% em tese escolhida para a Copa
Organização que foi  e é motivo de orgulho para todos nós, com reconhecimento mundial, pela grande festa que foi o evento. Festa que irritou os agentes do atraso e que, agora, com a queda da seleção brasileira, despejam toda a sua raiva por conta de nossa alegria com o sucesso o evento. 
' Como sou infeliz não suporto sua felicidade', típica manifestação de auto desconhecimento ainda na superficialidade de um processo de remoção de cascas para um desenvolvimento psicológico, assim se manifesta  a velha imprensa.
O Brasil renovou seu parque esportivo ,o hardware, é agora deve renovar seus torneiros e a formação de profissionais, o software, de maneira que o futebol  brasileiro e todos os agentes periféricos acompanhem a evolução do país. 
O futebol não pode esperar o beijo da novela para que times entrem em campo, e apenas uma rede de TV não pode ter exclusividade sobre os campeonatos de futebol.

Quanto a Scolari e Parreira, penso que o tempo deles passou, porém devem ser reconhecidos e reverenciados pelo que já fizeram de positivo pelo nosso futebol, e não serem agredidos, como se vê  hoje na maioria da imprensa, pelo fracasso da seleção nesta copa.

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