terça-feira, 15 de julho de 2014

O elevador fedorento




A copa acabou.
As seleções de todos os países já se foram assim como os bandidos da FIFA.
Alguns ficaram detidos em presídios aqui no Brasil.

Que a copa foi um sucesso, ahhh ! isso foi. 
E que sucesso.
Um milhão de turistas visitaram o Brasil e as imagens do país correram o mundo.
Certamente o governo popular e democrático do PT, sempre antenado, já deve estar criando políticas para incrementar o turismo no Brasil. 
Uma indústria poderosa que pode ter uma alavancada espetacular com o sucesso da copa.  
Quem sabe faz a hora, e o PT sabe.

A copa, porém, teve fracassos, e juntamente com a seleção brasileira, o outro maior fracasso foi a velha imprensa.
Lembro que lá pelo terceiro ou quarto dia de copa, com o sucesso que já se desenhava, a imprensa francesa disse estar acontecendo um milagre no Brasil, isso no tocante a organização excelente do mega evento.
Ver e ouvir de um setor que tem como obrigação levar a informação para a população que a organização da copa era um milagre, é motivo de análise por parte de todos que se ocupam e se preocupam com a informação e com a imprensa.
E o que fez a velha imprensa brasileira diante das declarações de surpresa e milagre que saíram da imprensa estrangeira ?
Nada, caro leitor, absolutamente nada.

Descadeirada e envergonhada com o sucesso do evento, a velha imprensa na ocasião incapaz de negar a realidade diante dos olhos do mundo, atribuiu a imprensa estrangeira todo tipo de pessimismo e críticas , antes da copa que foi descarregado no país e no povo brasileiro.
Em outras palavras, a velha imprensa brasileira colocou a culpa nos seus coleguinhas estrangeiros, e disse que apenas reproduzia o que os coleguinhas escreviam e falavam. sobre o Brasil, dentro de suas redações  lá do outro lado do mundo.
Por outro lado, e ele sempre existe para o bem do conhecimento, a imprensa estrangeira disse que apenas reproduzia o que a velha imprensa brasileira publicava, já que, como imprensa fora do país, se baseava nas informações da imprensa daqui.
Ou seja, as  duas pessoas que estavam no elevador, negaram a responsabilidade pelo odor fétido do peido.

É muita cara de pau, cinismo , hipocrisia e pouco caso com a inteligência do brasileiro.
Como a conversa do 'não fui eu, foi você, não, eu não fui, não é , quer dizer, foi você, etc... não colou, a velha imprensa brasileira, durante a copa, mudou o discurso e passou a apoiar o evento. 
Até mesmo os insignificantes protestos de meia dúzia de pessoas  que no início da copa ganhavam um destaque exagerado nos higiênicos telejornais, foi sumindo do noticiário.

Entrou, então, o clima de festa. 
Tudo para velha imprensa era uma festa, uma coisa linda, que era sempre apresentada pelos higiênicos jornalistas de bancada com sorrisos generosos e fartos, e expressões fisionômicas de grande encantamento.

Por outro lado, existia a competição, o torneio, e  a seleção brasileira, ainda na primeira fase, emitia claros sinais que não andava bem das pernas e não funcionava bem das cabeças.

Sutilmente, porém de forma perceptível para as almas mais atentas, a velha imprensa torcia por um fracasso do time brasileiro, de preferência logo na primeira fase de grupos, o que  na aposta dessa  imprensa, mudaria radicalmente o bom humor da copa  com desdobramentos de violência nas  cidades, o que certamente podeira levar a um  caos para o evento. 
Não foram poucos os comentários  do tipo:
' se sair agora o pau vai quebrar ", se for desclassificado a coisa vai ficar feia". se sair o bicho vai pegar", etc...
Interessante, caro leitor, que esses comentários , independente da origem, tinham espaço na velha imprensa como um alerta verdadeiro, fidedigno e perigoso, pois seria como uma bomba prestas a explodir.

Aos trancos, barrancos e lágrimas, muitas lágrimas, a seleção brasileira chegou nas semi-finais do torneio  e, diante, da seleção alemã, sofreu uma derrota história, onde toda fragilidade emocional da equipe se revelou .
Imediatamente após a derrota e eliminação da seleção brasileira, o tom mudou na velha imprensa. Expressões de encantamento dos higiênicos jornalistas, foram substituídas por expressões severas, voltando a alertar para possíveis desdobramentos violentos, como os protestos de rua. Alguns telejornais e informativos de rádio, alertavam para "grupos" que protestavam em pontos isolados de cidade com o slogan de "não vai ter copa", isso já pelo final da copa e com o evento sendo um sucesso extraordinário.

Em sua investida a velha imprensa ainda tentou misturar os sentimentos do brasileiro, triste com a derrota e eliminação de sua seleção, com sentimentos de vergonha, inferioridade, raiva, incapacidade e outros, que teriam por objetivo reduzir o brasileiro a insignificância.
Os jornais impressos, emissoras de rádio e telejornais, chegaram ao ponto de debochar e de ridicularizar abertamente da população  por causa da eliminação da seleção brasileira, como se eles, a velha imprensa, fossem de outro lugar, outro país, outra nacionalidade. 
Talvez sejam, por opção, submissão, ou ainda por apreciar em outros lugares tipos de rações que se assemelham a iguarias.

Mais uma vez, como em tantas vezes antes e durante a Copa das Copas, a velha imprensa errou feio, caiu feio, porém, como é de sua natureza mentir e omitir, inaugurou um novo argumento.
Como o brasileiro se saiu bem com a eliminação de sua seleção, fez até piada e continuou no clima de festa da copa, a velha imprensa disse que todas as  críticas feitas antes e durante a copa, principalmente as críticas no período pré-copa, foram nada mais que o trabalho da imprensa como fiscal,  alertar para eventuais atrasos em obras e no cronograma, e outras coisas mais, que de fato, deveria ser o papel de toda imprensa independente, com credibilidade, que se preocupasse com o sucesso do evento e principalmente não  agisse como um partido político com o objetivo claro de criar condições catastróficas  para derrotar o candidato do governo nas eleições de outubro.
Quem se lembra das crônicas e comentários de muitos colunistas da velha imprensa antes da copa, e foram muitos, o tom não tinha nada de amistoso ou independente, e também não sugeria que ali estava um setor empenhado em zelar pelo sucesso da organização e da realização da copa. 
Pelo contrário, as tais "críticas que fazem parte do papel de fiscalização da imprensa" eram ou agressões explícitas ao governo federal ou campanhas de desinformação sobre os investimentos para a copa incitando protestos de rua ou peças de campanha política em apoio aos candidatos de oposição ao governo federal.
Em nenhum momento a velha imprensa, incluindo a jurássica esportiva, produziram críticas construtivas que estivessem em sintonia com o verdadeiro papel de uma imprensa limpa e honesta.

Pois é , caro leitor, no início da copa foi o jogo de empurra do elevador, depois foi o clima de encantamento, aí veio a possibilidade de guerra com a eliminação da seleção, e agora a velha imprensa diz que estava cumprindo o papel de fiscal da sociedade. 
E até editor do OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA, hoje, escreve artigo corroborando com a declaração de que a velha imprensa fazia o papel de fiscal.
Até quem se apresenta com o dever de observar a imprensa, manipula e omite a realidade.
Ontem também, na rádio Bradesco Sports, em um programa de fim de tarde e início de noite, um jornalista esportivo delirante e mentiroso, o que é um pleonasmo, disse que " é isso mermo, a gente tem que fica ali. ,fiscalizando pra que a coisa funcione".

Diante dessa nova explicação da velha mídia, chega-se a conclusão que o sucesso da Copa das Copas, deveu- se ao trabalho limpo e honesto que a velha mídia, como fiscal  em prol do sucesso do evento, empreendeu ao longo de meses , talvez anos. 
Ora, faça-me o favor, vá lamber sabão.

É muita mentira, cinismo,  manipulação, desonestidade, falta de caráter e hipocrisia o que se vê, lê e ouve, que seja  oriundo da velha mídia.

A copa acabou e nós, blogueiros progressistas, iremos continuar batendo firme nessa tecla, que foi o grande vexame proporcionado pela velha mídia com a realização e a organização da copa do mundo de futebol, vexame com elementos até mesmo criminosos.

Espera-se que um profunda reformulação estrutural  aconteça no futebol brasileiro, porém, praticamente nada se pode esperar da velha mídia brasileira em apoio a tal mudança, já que grupos de mídia se beneficiam do modelo atual auferindo lucros gigantescos, em detrimento da excelência estrutural de nosso futebol.

Espera-se que a mão forte do governo federal  com o apoio do braço amigo do povo brasileiro, possam intervir direta ou indiretamente na estrutura do futebol brasileiro , para que as mudanças venham a ocorrer o mais rápido possível.

Hoje, nas bancas de jornais, nas emissoras de rádio e nas emissoras de TV, o discurso dominante na velha mídia, no tocante ao futebol, é se o novo treinador da seleção brasileira deve ser A, B ou C, brasileiro, ou estrangeiro. 
Ou seja, mais do mesmo.

Ontem, um dos poucos jornalistas esportivos independentes lançou uma campanha, definida por ele como utópica, de que todo treinador convidado agora para assumir a seleção brasileira rejeite o convite, já que a prioridade zero é a reformulação do nosso futebol. 
Esta campanha tem todo o apoio do PAPIRO.
Quanto a velha mídia, cabe lembrar e mesmo ensinar que fiscalizar é o que vem fazendo a imprensa alternativa, representada pelos blogues, sites e portais de informação e opinião.

E para terminar, cabe lembrar que um governo que teve a competência para realizar e organizar com excelência um megaevento como a copa do mundo de futebol, é o mesmo que com a mesma competência vem transformando positivamente o país  e, o que tem mais  condições para continuar elevando o Brasil a  patamares jamais vistos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário