torneira Idec lista evidências de racionamento de água em SP e cobra Alckmin, Arsesp e Sabesp
Pesquisa do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor traz relato de falta diária de água e queda na qualidade; Ministério Público deu prazo de dez dias para que governo do estado se posicione.
O Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) enviou na última terça-feira uma carta à Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo), ao governador do estado de São Paulo Geraldo Alckmin e à Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) com dados de campanha realizada desde 26 de junho que revelam regiões da cidade de São Paulo que têm sofrido com falta de água.
No documento, a entidade revela que, dentro da campanha “Tô Sem Água”, recebeu 14 relatos por dia de ocorrências de falta de água, sendo que 27% dos 494 relatos recebidos alegam que houve falta de água todos os dias, ao menos uma vez por dia. Segundo a maior parte dos reclamantes (74%), o período de maior racionamento é à noite, e as regiões mais afetadas são a Oeste (27%) seguida de Leste (24%) e Norte (23%).
Quase 60% dos participantes afirmaram ainda que perceberam que a água que recebiam em suas residências estava comprometida.
Segundo Claudia Almeida, advogada do Idec e responsável pela campanha, em comunicado, os dados tornam urgente a conclusão da investigação da agência para apurar o que ocorre com a rede de distribuição de água. “A campanha recebeu uma média de 14 reclamações por dia, ou seja, está evidente que o racionamento está ocorrendo. (..) A falta de água tem sido um fato notório e a necessidade de ser declarado o estado de racionamento é imprescindível, pois o abastecimento de água é um serviço essencial e deve ser tratado com prioridade pelo Estado e em total respeito aos direitos que regem a adequada prestação de serviço, como o direito à informação, direito a transparência e tratamento igualitário.”
Na última segunda-feira, 27, o Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo recomendou que Alckmin e a Sabesp apresentem projetos de racionamento nas regiões atendidas pelo Sistema Cantareira com fins de evitar um colapso do conjunto de reservatórios.
Ambos têm prazo de dez dias para informar que providências pretendem tomar em relação à recomendação. Segundo nota, o MPF não descarta adotar medidas judiciais caso a medida não seja atendida.
A recomendação está baseada em um estudo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) que indica que o volume do Sistema Cantareira pode secar totalmente em menos de cem dias. Desde o dia 15 de maio, a Sabesp tem captado a água do chamado volume morto – camada mais profunda dos reservatórios – onde há maior concentração de poluentes como metais pesados, bactérias, fungos e vírus.
Fonte: ENVOLVERDE
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Restaurantes da Vila Madalena sem água: “Na Copa, teria sido o caos”

publicado em 30 de julho de 2014 às 17:57
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Aviso diante do restaurante Les Delices de Maya. Um dos donos disse que a Sabesp informou tratar-se de situação de emergência, mas que nos últimos dias, segundo ele, a água vem sendo racionada e hoje foi cortada de vez
Fotos Michele Oliveira, que também colaborou na apuração

por Conceição Lemes
Durante a Copa do Mundo, o Brasil inteiro ficou conhecendo a Vila Madalena, reduto boêmio da cidade de São Paulo.
Paulistas e turistas de vários cantos do País e do mundo lotaram seus bares e restaurantes  para torcer, comemorar, chorar as mágoas…
Porém, mal terminou a Copa para que esse bairro nobre da Zona Oeste da capital passasse a sofrer de um problema que há meses castiga a periferia da capital e a Região Metropolitana: a crise da água.
Desde o final da tarde dessa terça-feira 29, bares e restaurantes da Vila estão com a torneira seca.
“Foi de surpresa, nem deu para a gente se programar”, diz Wilson Araújo, gerente da Alternativa Casa do Natural. “Nós temos uma clientela fixa e hoje não servimos almoço; o pessoal bateu  com a cara na porta. Não teremos jantar também.”
A Alternativa fica na Fradique Coutinho. Por dia, serve 200 almoços e 60 jantares. Apenas a lanchonete e o bazar estão funcionando. “Estamos no prejuízo, perdemos o faturamento de hoje”, lamenta Wilson.
carro pipa
Carro-pipa estacionado diante do São Cristóvão
O funcionamento do Bar São Cristóvão, eleito como o melhor boteco da cidade, também está afetado.
“Logo de manhã, alugamos um caminhão pipa. Custa R$ 450!, conta a gerente Patrícia de Abreu. “É só para encher as nossas caixas d’água e atender banheiros, principalmente.”
“Hoje é dia de feijoada,  suja mais louça. Como não temos água,  tivemos de alugar mais utensílios”, prossegue. “Reduzimos ainda alguns pratos.”
Patrícia tentou se informar na Sabesp sobre a falta d’água. Depois de muito esperar, o que conseguiu foi ouvir uma gravação, dizendo que problema se deve à “manutenção de emergência” e que a água retornará no final desta noite.
“Se isso tivesse acontecido durante a Copa, seria o caos, teríamos de fechar as portas”, assegura Patrícia.
Fonte: VIOMUNDO
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POR QUE ALCKMIN DEIXOU FALTAR ÁGUA

Há dez anos, empresa de saneamento não faz o que tinha que fazer.(+52)

Em artigo publicado na pág. 3 da Fel-lha (*), Alexandre Padilha, que vem aí de jaleco branco e uma lata d’água na cabeça, escreve “Soluções para a falta de água em SP”.

Há dez anos, a Sabesp, empresa de saneamento que, na jestão de Cerra, era uma agência de publicidade, não conseguiu executar um plano que ela mesma elaborou.

Ampliar a capacidade de mananciais.

Enchimento de represas.

Construção de um sistema de bombeamento e de adutora para o Rio Grande.

Fazer cinco reservatórios.

É que não dá tempo, Padilha.

O Governo de São Paulo vai dormir tarde às quartas-feiras e acorda tarde no dia seguinte, para acompanhar os jogos da Rede Globo, aqueles que só começam quando o mocinho beija a mocinha (ou o rapaz beija o rapaz, ou a mocinha beija a mocinha) nas novelas da Globo.
Fonte: CONVERSA AFIADA
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Como pode a cidade de São Paulo ficar sem água ?
A maior cidade do país, centro financeiro, comercial e industrial,  ficar na dependência de carros pipa.
Inimaginável pensar os caminhões pipa abastecendo a cidade, seria o caos total.
Essa irresponsabilidade do governo do estado é ainda maior na medida que tenta esconder da população a situação gravíssima por que passa o sistema de abastecimento de água da grande São Paulo.
Há um bom tempo que a água já é racionada em São Paulo, porém o governo de SP nega que exista um racionamento, pois esconde o problema para não prejudicar a tentativa de  reeleição do atual governador nas eleições de outubro próximo.
Pelas contas dos técnicos  e especialistas do setor, a cidade de São Paulo pode entrar em colapso a partir do mês de novembro deste ano, caso as chuvas demorem a chegar.
As eleições terminam em outubro.
O governador de SP, candidato a reeleição, gostaria que as eleições fossem hoje, como isso não é possível, não medirá esforços para que tudo se resolva em primeiro turno ( tudo, no caso a reeleição, e não a água).
Estranho, muito estranho, os índices de intenção de votos para o atual governador ,tendo em vista o fracasso moral do PSDB  por conta da enxurrada de evidências de incompetência e corrupção envolvendo os principais nomes do tucanato.
Com o início da campanha eleitoral no rádio e na TV, o quadro eleitoral de SP deve sofrer uma mudança significativa, já que informações até agora apresentadas à população pela velha mídia, ganharão novos conteúdos e mesmo informações que vem sendo omitidas e manipuladas poderão se apresentar de outra forma, fazendo com que o eleitor tenha mais elementos para fazer a sua escolha do voto.
Isso é inevitável.
O que assusta a todos as almas atentas aos problemas da água de SP, não é a incompetência da gestão do PSDB por quase duas décadas no governo do maior estado do país.
Sim, a falta de água em SP é fruto da incompetência dos gestores estaduais, isso é fato.
O que assusta é que além dessa incompetência escancarada, apesar de ser blindada pela velha mídia, o governo de SP omita da população a gravidade do problema  e , ainda pior, não implemente de forma transparente um programa  de orientação à população para que economize ao máximo a água.
Na corrida federal, o candidato do PSDB assumiu , publicamente, o erro gravíssimo que envolve o aeroporto do titio em uma tentativa clara de evitar ou estancar a sangria moral que desidrata suas intenções de voto na campanha eleitoral.
Na esfera estadual do maior colégio eleitoral do pais, o governador omite e manipula informações , acreditando em chuvas futuras e também no apoio engajado da velha mídia em livrá-lo de um possível segundo turno.
Em meio a tudo isso, os maiores interessados, a população, vem sendo prejudicada pela falta de água, pela incompetência do PSDB e  pela desinformação da imprensa.
Como conseguir água para lavar as aeronaves ?