sexta-feira, 20 de junho de 2014

Sicupira e Bira

O pior no jornalismo é a arrogância.

Folha veta comentários sobre seu “barrigaço”

19 de junho de 2014 | 13:48 Autor: Fernando Brito
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Errar, todo mundo erra.
A diferença é que os arrogantes, mesmo quando diante da evidência do erro, tentam ficar justificando seu erro.
O Paulo Henrique Amorim deita e rola na estupidez da Folha e de O Globo ao publicarem (e manchetearem)  uma entrevista de um sósia de Luiz Felipe Scolari como se fosse o próprio.
O jornalista Mario Sérgio Conti não acreditou – prefiro esta hipótese a achar que ele desejou enganar seus leitores, deixando para citar apenas nas últimas linhas – quando Wladimir Palomo (é com W, viu, Folha) entregou-lhe um cartão esclarecendo que não era o técnico da Seleção.
Aliás, não reparou o jornalista que, com 1,75 de altura, nosso bem-humorado modelo dificilmente poderia ter sido zagueiro no simpático Caxias, do Rio Grande do Sul.
O Felipão-Felipão tem 1,82, por isso é “Felipão”.
Muito menos entende nada de futebol, pois a zaga, aliás, está longe de ser nosso maior problema.
Mas a Folha prefere se dizer vítima de “trote”.
Negativo.
Quem faz trote – e com os leitores – é quem publica uma entrevista como sendo do técnico da Seleção, em plena Copa do Mundo, como se fosse a do próprio.
Aliás, seria até uma boa matéria se feita na base do “Sósia de Felipão acha isso ou acha aquilo”.
Mas era Felipão porque o jornal e o jornalista queriam que fosse, apesar do cartão de visitas.
Bastaria uma ida ao Google para chegar, e teriam aí a ficha de modelo do simpático Wladimir.
(Atualizo o post: o “erramos” da Folha está entre os tópicos mais acessados do jornal, mas este vetou qualquer comentário sobre o assunto, como você vê no destaque da imagem lá em cima). Que beleza!)
Pena que este tipo de atitude não seja uma raridade.
O “grampo” sobre o Ministro Gilmar Mendes não apareceu, mas é verdade.
Ou como o “boimate”, um “boi transgênico que produzia filé já ao molho de tomate”,  que a Veja levou dois meses para admitir que tinha copiado uma matéria de “1° de abril”.
De qualquer forma, melhor do que o caso dos estádios brasileiros que ficarão prontos apenas em 2038, previsão da capa da revista há três anos.
A qualidade moral da imprensa brasileira faz dela uma espécie de sósia do jornalismo.
Parece, mas não é.

Fonte : O TIJOLAÇO
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A  COPA  E  O  DISCURSO  DO  ÓDIO

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:


Um grupo de torcedores invadiu a área da imprensa no Maracanã, durante a partida do Chile contra a Espanha, na quarta-feira (18/6), e os jornais vasculham a possibilidade de uma crise entre o governo federal e a Fifa. A segurança do local era atribuição da entidade que organiza a Copa do Mundo.

As reportagens relatam que duas centenas de chilenos planejaram a invasão e se concentraram num ponto próximo à entrada destinada aos jornalistas credenciados, onde havia apenas um homem vigiando. Portanto, a responsabilidade pelo incidente é da Fifa. Ainda assim, alguns relatos tratam de confundir o leitor.

Na manchete do Estado de S.Paulo está clara essa intenção: “Invasão do Maracanã abre crise entre governo e Fifa”, diz o texto. Na Folha de S.Paulo, a manchete afirma: “Segurança volta a falhar, e 150 invadem o Maracanã”. O texto abaixo explica que o incidente “levou o governo do Rio e o Comitê Organizador Local a trocarem acusações sobre a presença da polícia nos acessos do estádio”. O Globo observa que a empresa privada contratada para fazer a segurança do local não tem experiência com grandes eventos.

Pode parecer má vontade do observador, mas não há como escapar à convicção de que a manchete do Estado procura vincular de alguma forma o incidente negativo ao governo federal. No entanto, a única reação do Ministério da Justiça, que negociou com a Fifa o planejamento da segurança durante a Copa, foi exigir providências para melhorar o serviço e avisar que pode intervir caso a entidade não se mostre capaz de assegurar a tranquilidade dos espectadores.

Não há, no noticiário, elementos para o jornalista concluir que ocorre uma crise: o governo federal cumpre seu papel de exigir mais garantias da Fifa e o governo do Rio de Janeiro se defende dizendo que a entidade não havia solicitado vigilantes para o local onde ocorreu a invasão – as barreiras foram montadas pela Secretaria de Segurança do Rio para prevenir a passagem de pessoas sem ingressos.

Embora os detalhes possam parecer insignificantes, trata-se de um exemplo claro de como uma escolha editorial pode produzir desinformação num contexto já conflagrado pelo radicalismo.

Manipulando os fatos

O acontecimento e sua interpretação pelos jornais entram diretamente na discussão sobre o discurso do ódio que invade a questão política. No campo partidário, as duas principais correntes que disputam o poder no Brasil há duas décadas se acusam mutuamente de incentivar um clima de radicalismo que beira a conflagração.

Pode-se alinhar argumentos de um lado e de outro, e nunca se chegará a uma conclusão sobre quem fez o debate político descambar para a agressão verbal e as demonstrações de incivilidade, como se viu na festa de abertura da Copa, em São Paulo. Mas, mesmo que não se possa identificar a origem desse desvirtuamento do debate ideológico, pode-se afirmar que a imprensa hegemônica tem uma enorme responsabilidade na disseminação de um estado de espírito belicoso que extrapola o campo da política e invade as relações sociais.

Desde que jornais e revistas entregaram a crônica da política para colunistas sem continência verbal e desprovidos da mais básica qualificação para o exercício de um jornalismo ético, vem sendo produzido esse linguajar chulo que passou a dominar o campo midiático. O discurso do ódio começou aí e contamina tudo, inclusive a Copa do Mundo.

Qualquer cidadão que tenta intervir no bate-boca partidário é imediatamente enquadrado em uma das duas categorias em que se resume a amplitude de alternativas da democracia: ou é um “petralha” ou membro da “tucanalha”. Curiosamente, dois dos partidos que representam, em seus programas, o que há de mais progressista no campo ideológico, acabaram reféns do que há de mais reacionário na prática da política.

A imprensa hegemônica, que atua sobre os partidos como o Tea Party nos Estados Unidos, impondo uma agenda conservadora, manipula os dois lados. Também é interessante observar que o clima de ódio cria um contexto conveniente para a atuação da mídia, que passa a contar com declarações e atitudes cada vez mais radicais para compor suas manchetes.

Quem ganha? Ganha uma das duas partes em disputa, aquela favorecida pela imprensa dominante, que está no papel de atirar pedras.

Quem perde? Quem perde é a sociedade brasileira, ao ver a irracionalidade ocupar o lugar da inteligência.

Fonte: BLOG do MIRO
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O discurso de ódio contra o governo e a copa que a velha mídia produz diariamente, acabou por produzir um dos maiores barrigaços da história.
Sim, meu caro leitor, o barrigaço aconteceu por causa da irracionalidade e do descontrole emocional que predominam na velha imprensa.
Não foi apenas  uma ânsia de um furo de reportagem com  Felipão que levou o repórter de folha a entrevistar um sósia de Felipão.
Todos sabem que as entrevistas com jogadores e membros da comissão técnica da seleção brasileira, em meio a uma copa do mundo,  acontecem segundo um rígido esquema de horário e rodízio entre jogadores e comissão técnica.
Com a experiência de Felipão, somente um ingênuo jornalista poderia imaginar que o treinador daria uma entrevista exclusiva, a bordo de um avião, e ainda depois de dois jogos da seleção em que a equipe foi questionada.
Considerando que o jornalista que fez a entrevista não é um neófito, tal fato se justifica, somente, em função da obsessão que toma conta da velha mídia em produzir e publicar um noticiário negativo, para a copa e para o país.
O barrigaço da dupla de ataque folha-globo entra para a história e revela-se, não apenas por este lance fenomenal como ao longo da performance da dupla, como um dos ataques mais pífios de todos os tempos.


 Barriga da velha mídia - arte PAPIRO

Lembro que na década de 1960, o Vasco da Gama, com um time limitado , tinha como atacantes os jogadores Sicupira e Bira.
Com Sicupira e Bira o placar não vira, gritavam os torcedores de outros times.
Com globo e folha é o mesmo, uma piada.

O descontrole emocional predomina na velha imprensa.
O descontrole em si, não é positivo nem negativo, é apenas um descontrole.
Ontem, no jogo entre Costa do Marfim e Colômbia, um jogador marfinense se derramou em lágrimas ao ouvir o hino de seu país. 
Situações assim vividas pelo atleta revelam um descontrole emocional, que podem produzir ao longo da performance em que está envolvido, momentos de herói ou de vilão.
No caso do jogador da Costa do Marfim, seu dia foi de vilão, já que falhou feio em jogada que originou o gol da vitória da Colômbia.
Outro caso de descontrole emocional aconteceu com todos os jogadores da seleção brasileira por ocasião da copa das confederações, em junho do ano passado.
Na ocasião, o descontrole emocional foi motivado pelo momento em que o país vivia, onde um forte sentimento de ser brasileiro e de não fugir da luta tomou conta do país.
Neste caso o descontrole produziu heróis, já que os jogadores foram tomados por um sentimento  que contribuiu para uní-los ainda mais em busca de um objetivo.

Já a velha e higiênica imprensa encontra-se totalmente descontrolada e produzindo bobagens e barrigas aos borbotões.
A obsessão em criticar o governo federal e a copa tem tabelado , para os lados, com Sicupira e Bira, sem nenhuma objetividade e com erros de passe constantes e grotescos.

Ontem, meu caro e atento leitor, jornalistas intrépidos da rádio CBN - o espaço de futebol para executivos das empresas globo -  discutiam sobre as imagens mais marcantes, até o momento, desta fantástica copa do mundo.
E olha que até agora tivemos momentos inesquecíveis, por exemplo:
- a caminhada dos torcedores da Holanda, todos  na cor laranja, saindo do Pelourinho , em          Salvador, em direção ao estádio da Fonte Nova, ou ainda saindo do gasômetro, em Porto Alegre  em direção ao Beira Rio;
- as festas de torcedores chilenos e argentinos nas ruas do Rio de Janeiro;
- a dança do jogador Armero, da Colômbia, quando do primeiro gol no jogo contra a Grécia;
- a reverência a Alah por parte dos jogadores argelinos em comemoração pelo gol;.
- o público nos estádios , com fantasias e muita festa;
- a explosão de alegria do jogador uruguaio Suárez na vitória do Uruguai contra a Inglaterra;
- a expressão de desilusão do gigante vencido, o goleiro Iker Cassilas, após a eliminação da    Espanha,
- o voo do holandês Van Persie, no gol contra a Espanha.
Poderia ficar aqui citando muitas outras imagens espetaculares e  marcantes, isso em apenas um terço de copa realizada até o momento.

Copa que é um sucesso dentro do campo com excelentes jogos, sucesso de e do público, sucesso de organização que mesmo com um probleminha aqui e acolá não mancha o sucesso dessa copa até o momento.

Sucesso no retorno dos investimentos.

Copa gera 1 milhão de empregos e pode injetar R$ 30 bilhões, aponta estudo

Fonte: JORNAL DO BRASIL

E eis que, meu caro leitor, o jornalista esportivo da rádio CBN elege como o momento mais marcante da copa a invasão de torcedores chilenos no Maracanã e ainda criticou o governo federal pela falta de uma segurança adequada, esquecendo-se ou omitindo que a segurança relativa a essa invasão é de responsabilidade da FIFA.
Sicupira e Bira na rádio CBN tabelavam para os lados, chutando qualquer coisa para fora do estádio.

Com mais de 30% da copa realizada e o sucesso garantido, eis que a velha imprensa vem dando excessivo e estranho destaque para toda e qualquer manifestação do grupo que disse que "não vai ter copa".
Estranhamente os black blocs voltaram às ruas e em São Paulo, sempre em São Paulo, a polícia estadual foi conivente e/ou omissa com atos de violência praticados por esses grupos ontem depois do jogo e também depois da última pesquisa que aponta uma subida de Dilma e queda do segundo colocado, o cambaleante e catatônico Aécio.

Tocando com Sicupira e enfiando para Bira, pela direita avança Bial, com grande destaque na velha mídia, afirmando e defendendo que Raquel Sheherazade é representativa de uma parcela da população brasileira. 
Ora , qualquer pessoa com visibilidade tem alguma representatividade na população brasileira até mesmo o Boninho, o Bial , o Huck e as antas e jumentos da velha imprensa.
O que Bial deseja, de fato, com sua declaração, é defender a irracionalidade e o reacionarismo explícito presente em toda a velha mídia, inclusive a esportiva.
E deseja defender neste momento, especificamente neste momento, pois assim deve ter sido orientado para fazê-lo.

Se a copa , até o momento, tem sido um sucesso em todos os aspectos, dentro e fora do campo, os cuidados contra atos de vandalismo e sabotagens não podem ser negligenciados pelas autoridades, já que a velha mídia está empenhada em gerar um caos no país.

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