segunda-feira, 5 de maio de 2014

Os Feiticeiros que criam realidades

Luciano Martins Costa: Destaque para os indicadores negativos é para “demonizar a presidente da República”

publicado em 5 de maio de 2014 às 12:31
Na banca, os outdoors da oposição

ELEIÇÕES 2014
Deus e o diabo na política
Por Luciano Martins Costa em 05/05/2014 na edição 796

A análise das escolhas editoriais no fim de semana e na segunda-feira (5/4) traz indícios de que os três principais jornais de circulação nacional – Folha de S.PauloO Estado de S.Paulo e O Globo – estão afinando suas estratégias para a cobertura das eleições presidenciais. O cruzamento das notícias de política e economia, núcleo principal do sistema formador de opinião, aponta para um processo de isolamento do grupo que ocupa o Palácio do Planalto, mas até então não havia uma definição clara entre os dois potenciais adversários da atual presidente da República.
As editorias de economia e negócios misturam dados reais com especulações pessimistas para desenhar um cenário inquietante para a questão da energia, da capacidade futura de investimento do país e a modernização da infraestrutura. Nesse campo, predomina uma situação quase esquizofrênica, em que indicadores conflitantes são ressaltados na mesma página do jornal, sem que se esclareça o leitor sobre o significado desses números.
Por trás dessas escolhas, não há como fugir à evidência de que o destaque para números negativos, enquanto os indicadores positivos são minimizados, tem uma motivação política. Observe-se, por exemplo, o contraste demonstrado na entrevista principal da coluna Mercado Aberto, da Folha de S.Paulo, na edição de segunda-feira (5/5), e as principais notícias econômicas do jornal nos últimos dias.
Nessa entrevista, o presidente brasileiro de um banco suíço afirma que, apesar de nunca ter visto tamanho pessimismo de curto prazo entre empresários brasileiros, a realidade mostra que o sentimento entre investidores estrangeiros, em relação ao Brasil, é exatamente o inverso: nunca houve um afluxo tão grande de capital externo na economia nacional como nos primeiros meses deste ano.
A situação é a de uma esquizofrenia na qual o paciente, no caso a imprensa, escolhe sempre a alternativa mais sombria.
Esse noticiário negativo tem uma direção muito clara, que pode ser constatada a cada eco que os candidatos oposicionistas fazem às manchetes dos jornais. É como se houvesse uma sintonia muito fina entre as decisões editoriais e os planos de governo dos candidatos. O pessimismo com relação à economia nacional é um fenômeno interno, produzido pela sucessão de notícias negativas que tem como propósito claro o de demonizar a presidente da República.

Fazendo chacota
É certo que o governo federal tem sido pródigo em produzir celeumas, ao titubear na condução de um projeto econômico supostamente vinculado à redução das desigualdades e emitir sinais contraditórios sobre sua disposição de manter a melhoria das condições sociais como meta da política econômica. O sistema de alianças está claramente esgotado, e a conta da ineficiência, das trapalhadas e do atraso nas decisões vai diretamente para a Presidência da República.
Os jornais ressaltam as fissuras produzidas pelo sistema partidário, criando a pauta para os candidatos oposicionistas. Assim, o discurso eleitoral reforça o pessimismo patrocinado pela imprensa, e o governo, orientado para a campanha, permanece reativo, apenas na defensiva. O Globo e a Folha de S.Pauloparecem se definir, colocando mais fichas em Aécio Neves, candidato do PSDB, enquanto o Estado de S.Paulo ainda equilibra suas apostas entre Neves e Eduardo Campos, do PSB.
Acontece que Campos precisa do patrimônio eleitoral de sua candidata a vice-presidente, Marina Silva, apresentada como uma espécie de reserva moral do campo político. Mas também a ex-ministra tem suas fragilidades: a coluna de Monica Bergamo, na Folha, conta, por exemplo, uma deliciosa história sobre a saída de Marina Silva do governo Lula.
Diz-se que ela foi ao gabinete presidencial acompanhada de um pastor e disse a Lula que havia conversado com Deus e ele lhe havia dito que era hora de sair. O então presidente pediu um tempo e, dias depois, respondeu que também havia sonhado com Deus, e o Todo-Poderoso lhe havia afirmado que Marina deveria ficar mais um pouco no ministério. Ela só deixou o governo muito depois, em maio de 2008.
Essa historinha pode ter um efeito devastador na candidatura de Eduardo Campos. Exposta, assim, na primeira página, a fé religiosa de Marina vira motivo de chacota e mostra para onde pende a preferência do jornal.
Se, para a imprensa, Dilma Rousseff é o demônio, a proximidade de Marina com o divino pode ser o inferno para Eduardo Campos.
Fonte: VIOMUNDO
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Nassif: Aécio fecha com grupos de mídia que começam a desconstruir Eduardo

publicado em 5 de maio de 2014 às 17:09
por Luis Nassif, no Jornal GGN
Começa a ficar mais clara a articulação das forças políticas para as eleições.
Os grupos de mídia fecharam em bloco com Aécio Neves. A última conquista foi a revistaIstoÉ, com a divulgação da pesquisa do Instituto Sensus.
Em 2010, o Sensus foi massacrado pela mídia, acusado de manipulação de pesquisas – na época, supostamente em favor de Dilma. A denúncia partiu da Folha, motivou uma representação do PSDB e uma invasão dos escritórios da Sensus por policiais, acompanhados de analistas do DataFolha.
Não deu em nada, mas foi o episódio mais truculento da campanha de 2010.
Agora, com as pesquisas divulgadas pela IstoÉ, o Instituto Sensus protagoniza a primeira manipulação das eleições de 2014.
Em ambos os momentos, Sensus não espelhou interesses petistas ou tucanos, mas do grupo mineiro de Clézio de Andrade.
A pesquisa foi realizada com todas as distorções já apontadas, inclusive pelo Estadão: cartela com os nomes em ordem alfabética (beneficiando o primeiro da fila, Aécio), informações negativas sobre a economia antes das perguntas sobre o apoio à Dilma etc.
Mais. Só depois de conhecidos os resultados, foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), e apenas em nome do Sensus, como se tivesse sido bancada pelo próprio Instituto. Dias depois foi divulgada pela IstoÉ como se fosse fruto de uma parceria.
A revista não faz parte da primeira divisão do cartel, mas deverá atuar na guerrilha, assim como as denúncias non-sense da Época.
Em sua primeira incursão nas eleições de 2014, o Instituto Sensus torna-se um rojão queimado. Mas o jogo prosseguirá com outros protagonistas.
Campos sob fogo cruzado
Aécio e Campos têm acenado para uma parceria duradoura, pós-eleições. Caso Dilma seja reeleita, é bastante provável que ambos, em parceria, assumam a liderança da nova oposição.
Por enquanto, a lógica dos dois turnos os transforma em adversários diretos no primeiro turno, para se saber quem será o campeão branco que enfrentará Dilma no segundo turno.
Fontes da campanha de Dilma Rousseff entenderam a pesquisa Sensus como parte de uma estratégia maior. Testa-se a hipótese do segundo turno em veículo e instituto de pesquisa de menor calibre, preparando o campo para as pesquisas posteriores do Ibope e do DataFolha. Ao mesmo tempo, acelera-se de imediato a campanha de desconstrução da chapa Campos-Marina, explorando suas ambiguidades, para ampliar a diferença entre ele e Aécio nas próximas pesquisas.
O objetivo atual é garantir a passagem de Aécio para o segundo turno.
Hoje a Folha trabalhou nessa direção com duas chamadas de primeira página, ambas explorando as ambiguidades da parceria Campos-Marina.
A primeira, montada em cima de um gancho artificial: uma mensagem do coordenador de campanha a Eduardo, preocupado com os princípios socialistas que constam da agenda do PSB. A segunda, explorando os anacronismos religiosos de Marina Silva.
Ao mesmo tempo, Campos é atacado pela esquerda, acusado de encampar as teses mercadistas dos economistas ligados a Marina Silva.
As novas definições programáticas
Até a semana passada, os três candidatos surfavam na ambiguidade política, sem muitas definições, todos a favor do bem e da bondade.
O discurso de Dilma na 14a Convenção do PT encerra a fase idílica e traz o jogo para o campo real das definições programáticas.
Até algum tempo atrás, a discussão econômica pautava-se exclusivamente pelos indicadores macroeconômicos, PIB, parte fiscal, contas externas etc.
Após a crise de 2008 começou a tomar corpo gradativamente, mesmo entre os economistas, o tema do bem estar social e da distribuição de renda como objetivo final da política econômica. Ou seja, a manutenção do emprego e da distribuição de renda seria mais relevante do que o mero crescimento do PIB.
É evidente que há uma correlação entre ambos.
A médio prazo, sem crescimento não há políticas sustentáveis de distribuição de renda. Por outro lado, a tese de que o crescimento sustentável prescinde da distribuição de renda foi derrubada pela explosão do mercado de consumo interno, como decorrência das políticas distributivistas.
Esses aspectos passam ao largo dos discursos de campanha.
Prevalecem apenas os slogans: Dilma é a favor da distribuição de renda; Aécio é a favor do aumento de eficiência da economia.
Com os dois campos ocupados, Campos fica com a broxa na mão, exposto a todo tipo de ataque dos dois lados até a definição do primeiro turno.
Para se mostrar supostamente racional, propõe uma meta inflacionária de 3% ao ano. Aí é acusado de defender o desemprego como estratégia econômica. De fato, a lógica das metas inflacionárias é recessiva e a medida de efeito da alta de juros é o aumento do desemprego.
Espremido, Campos enfatiza as diferenças em relação a Aécio e proclama que ambos saem de bases sociais diferentes.
No momento seguinte, a Folha vai buscar nas bases sociais de Campos os ideais socialistas. E Marina, aos poucos, deixa de ser a musa da modernidade, para retornar às origens criacionistas.
Campos terá apenas oportunidade pela frente, uma pequena brecha. A cada dia que passa Dilma e Aécio acirrarão a retórica e os ataques recíprocos. Com mais tempo de campanha, essa tática poderia cansar os eleitores abrindo espaço para um tertius.
Mas com o pouco tempo de campanha, devido à Copa do Mundo, serão pequenas as possibilidades de Campos amenizar o discurso e se colocar como o candidato ponderado contra os dois belicistas.
A ideia de apresentar o banqueiro Roberto Setubal como Ministro da Fazenda jamais foi aventada até agora na campanha de Campos. Fontes da campanha de Campos enfatizam que ele sempre foi um industrialista e desenvolvimentista e sabe que não há como o país se desenvolver com câmbio fraco. E tenta construir as condições políticas para isso.
Fonte: VIOMUNDO
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Vannuchi: Disputa é Dilma contra Aécio; Eduardo é carta fora do baralho

publicada terça-feira, 06/05/2014 às 10:42 e atualizada terça-feira, 06/05/2014 às 10:33
A pouco menos de cinco meses das eleições presidenciais, o cenário político brasileiro caminha para uma polarização entre as candidaturas de Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB). Uma série de fatos nas últimas semanas ajuda a consolidar a ideia da repetição de uma disputa que há duas décadas opõe petistas e tucanos.
Em especial nos últimos dias, avalia o analista político da Rádio Brasil Atual, Paulo Vannuchi, criou-se um cenário de oposição entre um projeto desenvolvimentista e um neoliberal que é melhor para Dilma que o surgimento de uma campanha mais difusa, com Eduardo Campos (PSB) forte na condição de via alternativa.
As últimas pesquisas de intenção de voto têm indicado crescimento de Aécio, distanciando-se de Campos e um pouco mais próximo de Dilma, que a essa altura ainda figura como favorita, com possibilidade de vitória no primeiro turno.
Na sexta-feira (2), em São Paulo, o 14º Congresso Nacional do PT fortaleceu o nome da presidenta como candidata à reeleição, afastando os boatos sobre o “Volta, Lula”. O próprio ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu que tenham fim estes pedidos e que a sigla unifique discurso em torno de sua sucessora.
Além disso, o encontro serviu para reforçar o discurso lançado pela presidenta na antevéspera. Durante o pronunciamento em virtude do Dia do Trabalho, Dilma criticou quem tenta ampliar a sensação de inflação para fins eleitorais e afirmou que há quem deseje uma volta ao passado. Foi o mesmo tom usado pelo presidente do PT, Rui Falcão, que pediu que Aécio assuma os interesses que defende e acusou Campos de se apropriar do trabalho do governo federal para depois distorcê-lo e abrir espaço para o retrocesso.
“Esta é uma polarização muito favorável ao discurso de Dilma, que chama a esmagadora maioria de trabalhadores que o Brasil possui e defende que o social tem de estar em primeiro lugar, ao contrário do neoliberalismo de Fernando Henrique Cardoso, em que os direitos dos trabalhadores eram flexibilizados, terceirizados, o salário mínimo era corroído a cada ano, e a desigualdade na estrutura de renda no Brasil crescia sempre”, explica analista.
A disputa entre PT e PSDB já dura vinte anos. Desde 1994 os partidos apresentam projetos divergentes para promover o crescimento do país em um contexto pós-ditadura: Fernando Henrique Cardoso (PSDB) governou por dois mandatos (1994 – 2002) com uma agenda considerada liberal, ao passo que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) adotou a estratégia desenvolvimentista e voltada aos projetos sociais, continuada por Dilma, para estruturar sua administração (2003 – 2010).
O cientista político André Singer defende que as duas forças antagônicas ainda devem governar o país pela próxima década. Para ele, durante o período do lulismo – nome dado por Singer à situação polarizada – não haverá espaço para a ascensão de outro projeto político, somente para alianças de partidos menores com os já existentes.
O baixo alcance da campanha de Eduardo Campos até em pesquisas com quadros mais otimistas, como a realizada pelo Datafolha em 2 e 3 de abril, em que o candidato aparece com 10% das intenções de votos parece confirmar a tese de Singer.
Na visão de Vannuchi, o “esvaziamento da terceira via” proposta por Campos é indício claro de que a rivalidade entre PT e PSDB continua como motor das eleições e dos projetos de crescimento para o país.
“Com a polarização vai haver um chamado aos cidadãos entre dois caminhos que ficam mais claros. Há a ideia de que o Brasil tem que seguir nessa linha de promover crescimento, mais emprego, recuperação do salário mínimo e gastos sociais em programas como o Bolsa Família, que é o projeto de Dilma”, avalia. “E há também o modelo defendido pelo bloco liderado por Aécio. Nele, o estado não pode gastar tanto na questão social e é preciso estimular a produção dos grupos empresariais, controlar os
gastos excessivos, impedir que o salário mínimo cresça criando problemas para empresas e prefeitos com defesa de que se houver um relativo aumento do desemprego, esse será o remédio amargo que o sistema capitalista requer para que a economia funcione melhor.”
Fonte : O ESCREVINHADOR
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Em uma postagem de 26 de fevereiro deste ano, 2014, com o título de È VERO. É FATO, o PAPIRO assim se posicionava sobre o cenário eleitoral:

... Já no artigo de hoje, o imortal torcedor alucinado, escala uma opção de terceira 
via para o país, referindo-se a candidatura Campos- Marina.  
No Brasil, como na América do Sul não existe terceira via. 
O que está em jogo são dois lados bem definidos, o da social democracia e os mercados. 
Talvez, Bolívia e Equador possam se situar em uma terceira via. 
No Brasil, menos ainda. 
O que existe é a social democracia do PT, com suas políticas e programas sociais de redução das desigualdades - que o imortal doidão chama de bolsas - aprovadas e citadas pela ONU. 
Do outro lado, um mercado faminto para retomar o poder e seguir no esfacelamento do estado brasileiro que se iniciou com os governos dos anos de 1990 do PSDB. 

Lendo os artigos acima de hoje em VIOMUNDO e no ESCREVINHADOR, o caro leitor pode claramente perceber que a visão do PAPIRO está de acordo com as teses do analista político Paulo Vannuchi e também do cientista político André Singer.
No artigo de fevereiro último, em que o PAPIRO tecia uma análise crítica de um artigo de colunista de o globo pode-se ainda perceber, conforme o excerto abaixo, as considerações sobre a terceira via no Brasil:

...cita ainda o PSOL, como uma candidatura interessante de extrema esquerda, tal qual o fez em 2006 incensando  a candidatura de Heloísa Helena, que na ocasião era citada como de terceira via e como o fator Heloísa nas eleições. 
Terceira via ou fator, a realidade é que ela foi pro saco e está lá até hoje.


No artigo do colunista de o globo, que motivou a análise crítica do PAPIRO, há a afirmação de que com um grande número de candidatos a presidência, nas eleições de outubro, a polarização PT -  PSDB ficaria esvaziada de sentido.
Essa afirmação foi feita há pouco mais de dois meses, no jornal o globo, que hoje, assim como toda a velha mídia, apóiam de forma alucinada a candidatura  do PSDB.
Se o caro e atento leitor tem percebido que o jornalismo da velha mídia - tanto no rádio, impressos e TV - tem se afastado ainda mais da realidade, pode esperar o pior nos próximos meses até as eleições.
Com o apoio definido a Aécio, o bombardeio no PT vai aumentar ainda mais, a manipulação não terá limites, a omissão será escandalosa, e a informação fidedigna será apenas um detalhe.
No bloco midiático de apoio ao PSDB estão:
Globo, Bandeirantes, SBT, REDE TV, Estado de SP, Folha de SP, Revista Veja, Revista Isto É, Revista Época, e outros.
Com a proximidade das eleições entrarão em cena para reforçar o apoio os programas:
Zorra Total, Esquenta, Caldeirão Do Huck, Domingão do Faustão, Fantástico, Encontros, Mais Você, Tela quente e por aí vai.
Já a candidatura de Campos-Marina não ficará assistindo passivamente este descarte que sofreu. Irá esboçar alguma reação mesmo que ainda se posicione de forma etérea, fluida e com ares messiânicos, o que a torna imprevisível em um debate de conteúdos programáticos.
Será uma candidatura útil para a velha mídia sempre que em alguma questão tenha condições de tirar votos de Dilma e não prejudicar Aécio. Um apoio pontual como ocorreu em 2006 com a candidatura de Heloísa Helena pelo Psol e em 2010 com a candidatura de Marina pelo PV.
Já a polarização com o PSDB é boa para o PT e , será melhor ainda se o PSDB lançar uma chapa puro-sangue, com o vice da chapa sendo  oriundo dos quadros do PSDB do estado de São Paulo. No pico da campanha, as comparações, assim como as realizações entre os governos do PT e do PSDB serão inevitáveis.

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