quarta-feira, 7 de maio de 2014

13 segundos

Globo no divã: TV perde 1 em cada 5 espectadores à noite

publicada quarta-feira, 07/05/2014 às 10:34 e atualizada quarta-feira, 07/05/2014 às 11:14
Por Keila Jimenez, no blogOutro Canal
A Globo não só não consegue estancar a fuga de audiência anual, como assiste a essa queda se multiplicar no horário nobre. A emissora encerrou abril com uma perda de 22% de ibope na faixa noturna (das 18h à meia-noite) em rede nacional, com relação ao mesmo período do ano passado.
A rede costuma ter uma fuga de 10% de público ao ano. De abril de 2013 a abril de 2014, perdeu um em cada cinco espectadores no país na faixa nobre, que concentra cerca de 70% dos investimentos publicitários na TV aberta.
No mês passado, a Globo registrou à noite média de 21,9 pontos de audiência nacional, ante 28,1 pontos do mesmo período em 2013. Cada ponto equivale a 217 mil domicílios no Brasil. É a maior queda já registrada pelo canal na faixa, deflagrada por uma crise em sua dramaturgia atual. Nenhuma das três novelas no ar emplacou em audiência.
Em São Paulo, a líder perdeu no período 21% de seu público no horário, passando de 25,2 pontos, para 20 pontos. Cada ponto corresponde a 65 mil domicílios na Grande SP.
A queda mais acentuada da Globo coincide com o atual discurso da emissora, que diz se importar menos com a audiência, priorizando a qualidade de suas atrações.
Fonte: ESCREVINHADOR
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O tiro no pé da Globo com a Ger4ç4o Br45il

Luis Nassif

Tenho escrito aqui sobre essa mistura de dramaturgia, marketing e jornalismo que caracteriza os grupos de mídia. Utilizam-se recursos da propaganda, da dramaturgia e do jornalismo para uma geleia geral que compromete todas as pontas.

Quando a Globo lançou a novela sobre tráfico de crianças, o jornalismo foi acionado para uma série de matérias sensacionalistas sobre adoção.

Quando as eleições entram em jogo, o grupo age sincronizando todas as pontas, criando vilões que lembram os adversários, mocinhos que emulam os aliados.

À medida em que as informações e as discussões sobre mídia avançam pelas redes sociais, e que o conceito e o papel dos grupos de mídia viram foco de discussão, o uso reiterado dessas jogadas apenas ajuda a reforçar os argumentos dos críticos da mídia.

É como se houvesse um laboratório online, no qual práticas seculares anacrônicas pudessem ser dissecadas ao vivo e em cores.

Em tempos de concentração maior de mídia, falava-se muito na propaganda subliminar, os
merchandisings, utilizados para jogadas comerciais.

Quando entra-se no campo eleitoral, o jogo é dúbio.

Tome-se essa besteira da Globo, de associar o nome da novela ao número 45 do PSDB

O custo é alto. Uma emissora aberta, com o alcance da Globo, não pode se colocar contra mais da metade do eleitorado brasileiro, ainda mais em um momento em que ocorre uma implosão geral da audiência, fruto do avanço das tvs fechadas e da Internet. É um risco de imagem que gerações anteriores, mais sábias, não ousaram correr, mesmo quando a força do grupo era proporcionalmente muito maior.

Quando o espírito das diretas tomou conta do Brasil, a maior preocupação de Evandro Carlos de Andrade e Roberto Marinho era tirar o estigma da emissora, de ser contra a democratização

Depois que o estilo Murdock surgiu, deixou-se de lado toda a prudência e decidiu-se tomar partido de uma forma escancarada.

A ideia de associar o número de PSDB - 45 - à nova novela não representará nenhum reforço substancial à candidatura tucana. Mas, sem dúvida, será mais um argumento fortíssimo em favor dos que entendem a mídia como um partido político.
Fonte: A JUSTICEIRA DE ESQUERDA
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Não é coincidência.
A globo pode até argumentar que algumas letras do logo de geração Brasil estão invertidas e que o 45 é apenas um acaso.
A justificativa seria aceita se a folha corrida da emissora não fosse tão extensa, no que  diz respeito a manipulações do tipo.
Em 2010, ano de eleições, a globo comemorava seus 45 anos e lançou uma campanha publicitaria com os principais nomes da emissora, que apareciam na campanha dizendo que eram 45 e queriam mais, o mesmo slogan da campanha de José Serra.
Assim que a campanha entrou no ar, a emissora foi bombardeada com uma enxurrada de críticas e até mesmo ações judiciais  onde se condenava a propaganda explícita pelo candidato do PSDB.
Por conta das críticas, a campanha publicitaria não ficou por  mais de 5 dias no ar. 
Para o leitor pouco atento, 45 é o número do PSDB.
Hoje, em 2014, com 49 anos, a emissora ficou  quatro anos mais velha, mas suas práticas e valores continuam os mesmos.
Não se trata de coincidência a aparição do número 45 na grade da emissora.
É mais uma manobra para dar o máximo de visibilidade para seu candidato nas eleições.
Há muito tempo que globo deixou de ser uma emissora de TV para se transformar em um outdoor, um panfleto político, um diretório midiático avançado de apoio as candidaturas de oposição aos governos do PT.
O resultado dessa escolha  também não é fruto do acaso:
A audiência despenca a cada  13 segundos.




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