segunda-feira, 5 de maio de 2014

PSDB. Incompetência, Corrupção e Irresponsabilidade

Psicose paulista

Fonte: SQN
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Fonte: A JUSTICEIRA DE ESQUERDA
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Publicado em 06/05/2014

A SECA SELETIVA DO PIG (*)

Fernando Brito: a imprensa brasileira tem um nível mais baixo que o do Cantareira, que já está abaixo dos 10%. 
Conversa Afiada reproduz artigo de Fernando Brito, extraído do Tijolaço:

A SECA SELETIVA DA IMPRENSA BRASILEIRA



A crise da água em São Paulo não está sendo coberta pela imprensa.

Está sendo encoberta, isso sim.

Pergunto se o distinto amigo e a querida amiga viu uma reportagem sequer, acompanhada das fotos correspondentes, sobre as “obras”  que vão permitir o bombeamento da água do fundo das represas do Cantareira, viu?

Para não dizer que não houve nenhuma, houve uma, mostrando dois tratores limpando uma área junto à represa do Atibaia.

Nada mais.

Hoje, o Cantareira deve amanhecer com apenas 9,8% de sua capacidade, já que os 10% de ontem são apenas obra do “arredondamento” feito pela Sabesp. O relatório da Agência Nacional de Águas  já apontava 9,9%.

O maior reservatório, Jaguari-Jacareí, está reduzido a 2,5% de seu volume.

2,5%, isso mesmo.

Vou dar os números, que são públicos e acessíveis pela internet.

Em 31 de janeiro, o Cantareira tinha 217 bilhões de litros de água.

Ao fim de fevereiro, 160 bilhões.

Terminou março com 127 bilhões  de litros.

Hoje, tem 96 bilhões de litros, mesmo com toda a economia compulsória que descontos e multas impõem aos consumidores mais pobres.

Isto – ao lado da melhoria das chuvas em março e abril – permitiu baixar de 40 para 30 bilhões de litros a perda mensal do sistema.

Este mês a situação será pior e o esvaziamento vai superar os 40 bilhões de litros, como em fevereiro, mesmo com a vazão de saída reduzida.

Precisa de máquina de calcular?

Se tudo der certo, o bombeamento inédito leva a água até novembro. Claro, se o outro sistema que foi mobilizado para socorrer o Cantareira – o Alto Tietê – aguentar a sobrecarga.

E chega-se ao período de chuvas “devendo” nada menos que 180 bilhões de litros de água para que ela volte ao nível das comportas, sem exigir bombas.

Se as chuvas voltarem com força, o cenário em 2015 será igual ao de hoje.

Mas o distinto amigo e a lúcida leitora leem todos os dias previsões catastróficas sobre a…falta de luz iminente.

A capacidade aproveitada do armazenamento de água nas hidrelétricas é, entretanto, quatro vezes maior do que a do Cantareira.

Era, no domingo, de 42,5%, somando todo o Sistema Interligado Nacional. Angra I, parada desde fevereiro para manutenção programada, está sendo progressivamente (como é normal em geradoras) religada desde o final de semana. A pior situação, a do Sudeste, está em 38,8%.

Não é uma questão de torcer por uma “seca federal” ou uma “seca estadual”, porque as pessoas e a economia precisam de luz e água.

Nem de que haja uma seca em São Paulo e abundância de águas no resto do Sudeste.

O Brasil foi advertido em 2001 da fragilidade de seu sistema e São Paulo o foi na seca de 2004.

Não se discute a sua justeza, mas o fato é que só temos uma situação elétrica insegura porque Belo Monte foi atrasada pelas questões ambientais, do contrário estaria gerando hoje quase um quarto de nossas necessidades elétricas, com o período chuvoso do Norte do país.

Em São Paulo, nem sequer discutimos questões ambientais, pelo simples fato de que não se fez nada ou quase nada em matéria de melhoria do sistema de abastecimento.

Onde o amigo ouviu isto ser debatido na imensa “cobertura” que tem a crise na geração de energia?

A imprensa brasileira tem um nível mais baixo que o do Cantareira, já disse isso aqui.

E é tão turva quanto as águas do “volume morto”  de seus reservatórios.
Fonte: CONVERSA AFIADA
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O “susto” dos paulistas: vai faltar água?

publicada domingo, 04/05/2014 às 23:39 e atualizada segunda-feira, 05/05/2014 às 10:20

Ao fundo, um eleitor paulista procura água: mas o problema não era na Petrobrax?
por Rodrigo Vianna
Depois de ver meu time chegar à liderança do Brasileirão, eu tomava aquele lanche preguiçoso com meus filhos – já quase adultos – no fim de domingo. Um deles anunciou que ia tomar banho antes de dormir. Brinquei com ele: “aproveita enquanto há água”. E ele: “pai, não exagera, situação da água não está tão grave”. O mais velho então emendou: “não está grave, então por que na casa de uma cliente onde presto serviço já falta água há quase um mês?”
Começou um debate entre eles sobre a água. Apresentei aos dois os números desesperadores do Sistema Cantareira (caiu para 10% da capacidade, isso no momento em que teremos que enfrentar 4 meses absolutamente sem chuva). Meus filhos ficaram ressabiados: “se a situação é tão grave porque ninguém fala claramente sobre isso?”
Pois é… Esperteza demais costuma liquidar o esperto. A imprensa velha brasileira fala sem parar na “crise da Petrobras”. Acontece que não há qualquer risco de faltar gasolina, ou de a Petrobras pedir concordata. Nada disso.
Sobre a falta de água, quase não há manchetes. Os repórteres até produzem seus textos. Mas a mídia velhaca acha que pode controlar a realidade. Tira a seca do Sistema Cantareira das manchetes. E quando o assunto ganha espaço, não há qualquer cobrança ao governador tucano.
A situação é desesperadora. Não para Alckmin apenas, mas para os paulistas. Sobre isso, leia o texto de Altamiro Borges.
Especialistas calculam que lá para julho ou agosto o Sistema Cantareira (que abastece 9 milhões de pessoas na Grande São Paulo, além de outros tantos no interior do Estado) vai entrar em colapso. Antes disso, já começará a se ampliar o “rodízio disfarçado” de água.
A mídia não fala no assunto. Nos questionários de pesquisas eleitorais velhacas o tema não entra em pauta. Mas a realidade é traiçoeira… E o assunto surge nas conversas informais. Nas ruas, nas casas, na mesa do lanche no domingo. Não se trata de conversa sobre política. É a realidade cotidiana. Gente que não consegue tomar banho na zona norte. Outros que já precisam programar horário de lavar a roupa na região de Cotia (Grande São Paulo).   
Quando a ficha cair, em larga escala, o susto vai ser gigantesco. Vai ser parecido com o olhar de meu filho hoje, na hora do lanche: “mas vai faltar água e ninguém nos avisa?”
O público, os cidadãos, os eleitores vão-se sentir enganados quando descobrirem que a falta de água em São Paulo não é um assunto “controlado”. E nem um “fenômeno” climático. Mas que foi provocada por falhas graves de gestão.
E aí o eleitor vai se perguntar: quem me enganou?
Se o assunto fosse tratado de forma honesta pelo governo paulista, o tombo seria muito menor. Alckmin talvez tenha sido convencido pelos auxiliares que é possível evitar o racionamento, e passar “raspando” por outubro, sobrevivendo à seca das torneiras (mais ou menos como o FHC fez em 98 – fingindo que não havia uma crise cambial gravíssima batendo à porta).
Alguém enganou o governador. E ele passou o engodo adiante – enganando o povo paulista.
Vai ter Copa.  A Petrobrás não vai quebrar. Mas as torneiras, infelizmente, vão secar em São Paulo; em algum momento, entre julho e outubro, isso vai ficar claro.
E aí Alckmin não terá defesa. Não há manchete mentirosa que explique a torneira seca. Não há mídia velhaca que salve os tucanos paulistas dessa mentira.
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Falando em mídia velhaca, o jornalista Eduardo Nunomura fez um exercício curioso – tentando mostrar como a imprensa trataria a crise de falta de água em São Paulo se o Estado fosse administrado pelo PT…


por Eduardo Nunomura, no facebook 
Maio de 2014. Alexandre Padilha é governador de São Paulo. Crise de abastecimento de água. O Estado está a poucos dias de ver o índice ficar abaixo de 10% no Cantareira.
Folha consegue vídeo exclusivo com a faxineira da casa do governador lavando a calçada. Globo usa o helicóptero para filmar a piscina cheia da “mansão”. Estadão revela uma escuta com a mulher de Padilha em que ela comenta tomar do…is banhos por dia.
O site da Veja denuncia que um caminhão-pipa teria estacionado em algum horário de alguma madrugada de algum dia qualquer na casa do líder do PT na Assembleia Legislativa. Noblat afirma que pode mostrar a fita comprovando o fato a qualquer momento.
O Congresso convoca a CPI da Água, e afirma que Dilma assinou acordos com verbas da União para beneficiar o Estado mais rico da Federação. Manchete em todos os veículos. Mas contratos lesivos de gestões anteriores que mostram que a Sabesp deixou de planejar o abastecimento são ignorados pela imprensa.
Lula teria trocado a cachaça e passou a beber altas doses de água Perrier, denuncia Larry Rohter, do NYTimes.
Essa é uma obra de ficção. Qualquer coincidência com as prioridades do jornalismo brasileiro atual é pura invencione.

Fonte: ESCREVINHADOR
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Altamiro Borges: Mídia tucana abafa a crise da água em São Paulo


Mídia tucana abafa crise da água em SP
Por Altamiro Borges, em seu blog
O nível dos reservatórios do Sistema Cantareira atingiu nesta sexta-feira (2) o patamar mais baixo da sua história (10,4%). Com exceção da “área técnica” do governo tucano, os especialistas do setor garantem que será inevitável o colapso da água no estado mais rico da federação. Em vários bairros da capital e municípios da Grande São Paulo, o “rodízio” – nome fantasia do racionamento – já é uma realidade.
Mesmo assim, Geraldo Alckmin, maior responsável pela tragédia, posa de “picolé de chuchu” e a mídia amiga – que suga bilhões em anúncios publicitários dos cofres públicos – tenta abafar o caso. O assunto não é manchete dos jornalões e nem motivo de criticas hidrófobas dos comentaristas da tevê.
O Sistema Cantareira é responsável pelo abastecimento de 9 milhões de pessoas na região metropolitana de São Paulo, além de liberar água para as bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, que abastecem milhões de pessoas no interior paulista. Em 2 de maio de 2013, seus reservatórios tinham 62,6% de água.
Agora, eles têm somente 10,4%. Mesmo que chova muito no próximo período, os especialistas garantem que não será rápida sua recuperação e, como efeito, duras medidas deverão ser tomadas para racionar água para milhões de famílias. O PSDB, que governa o estado há duas décadas e não investiu no setor, sabe disso. Seu único esforço é para jogar a grave crise para depois das eleições de outubro.
Segundo reportagem de Flávia Albuquerque, da Agência Brasil, as medidas adotadas até agora são paliativas. “Em resolução conjunta, a Agência Nacional de Águas (ANA) e o Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo reduziram, no dia 30 de abril, o limite de captação de água do Sistema Cantareira. O volume máximo de retirada para abastecer a Grande São Paulo foi reduzido de 24,8 metros cúbicos por segundo (m³/s) para 22,4 m³/s. Segundo os órgãos, o volume contempla a média de captação que está sendo feita na prática, já que, do dia 1º a 25 de abril, a média de retirada para abastecer a região metropolitana de São Paulo foi 21 m³/s (87% do autorizado). A vazão será reavaliada em 15 dias”.
Apesar desta redução, o Grupo Técnico de Assessoramento para Gestão do Cantareira avalia que o volume útil do sistema deverá se esgotar no início de julho. Já o Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) enviou, em 29 de abril, um documento com 39 reivindicações para os órgãos ligados à gestão de recursos hídricos do governo federal e dos governos de São Paulo e Minas Gerais.
“Um dos pontos principais do texto é a redução do consumo de água dos abastecidos pelo Cantareira… A decretação de estado de calamidade pública
Fonte: Blog do Miro
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Padilha: falta de água em SP foi irresponsabilidade

O Padilha vem aí, de jaleco branco !
O candidato ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, participou hoje (06) de sabatina na Folha (*).

Os entrevistadores – da própria Folha, do SBT, do UOL e da Jovem Pan – abordaram temas como metrô, PCC, desmilitarização da Polícia, recepção aos haitianos e Segurança Pública.

O Conversa Afiada, por sua vez, prefere enfatizar a falta de água em São Paulo:


Josias de Souza – Um leitor lembra que no plano federal a água foi um problema. Transformamos um período de estiagem em consumo. O governo federal também não se planejou?
Alexandre Padilha – A diferença é gritante. A cidade de Guarulhos tem 400 litros de recursos a menos desde fevereiro. Você não vê uma situação como essa no país. Fizeram quilômetros de linhas de transmissão. Aqui em São Paulo já tem redução. Desde dezembro, Campinas recebe menos água. Se eu fosse governador já teriam sido executadas as obras, que estão há dez anos paradas. O racionamento já existe em São Paulo. Campinas desde dezembro e Guarulhos desde fevereiro estão com redução de água. Bairros da capital paulista já sofrem com redução, além de Osasco (Grande SP). O Estado assumiu responsabilidade, mas nenhuma obra saiu do papel para reduzir a dependência de Cantareira. Desde 2004, é um tema persistente. Aloizio Mercadante, quando candidato, pautou esse tema. A ANA (Agência Nacional de Água) de SP apontou, em 2004, que precisava realizar obras para evitar a dependência do Cantareira.


Patrick Santos – Mas o sr. não acha falta de ética usar o racionamento na eleição?
Alexandre Padilha – Estou falando que o racionamento já existe. Falta de ética é cortar água de Campinas (SP), Osasco (Grande SP) e bairros da capital paulista e dizer que não há racionamento. Falta transparência. Nós paulistas, queremos ser polos dinâmicos.

(Repare, amigo navegante, como o PiG (**) tenta jogar tudo no colo do Governo Federal – nota do C Af)

Marcos Fernandes, de Taubaté – O sr. é favorável à transferência de água do rio Paraíba do Sul para o sistema Cantareira?
Alexandre Padilha – Qual é a grande precariedade dessa proposta, feita pelo governador: é tirar água de um lugar que tem o mesmo regime de águas do sistema Cantareira. É preciso fazer um regime de obras em outras áreas.


Patrick Santos Onde arrumar dinheiro para essas obras?
Alexandre Padilha – Só a Sabesp lucrou R$ 2 bilhões. Se ela tivesse investido todo esse dinheiro nas obras que precisavam ser feitas, isso não estaria acontecendo. A Sabesp foi irresponsável. Com a questão da água, com investimento em seu próprio patrimônio e com seus acionistas. 
Fonte: CONVERSA AFIADA
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Trombone alvorada weril
Está claro que o racionamento de água que já existe em São Paulo é fruto de irresponsabilidade e incompetência dos governos estaduais do PSDB. 
É inadmissível que a situação tenha chegado ao ponto  em que chegou , e a culpa, como insistem em afirmar tucanos e velha mídia, não é da escassez de chuvas que assola o país.
O problema já era de conhecimento das autoridades há décadas, e nada, ou muito pouco,  foi feito para evitar o racionamento.
Aliás, São Paulo está na liderança nacional em erros  e incompetência, seja na esfera privada ou governamental.
Faltando pouco mais de um mês para a abertura da copa do mundo de futebol a cidade ainda não entregou o estádio que será palco da abertura da copa. Isso não é fruto do acaso, ou coisa de Deus ou do Diabo.
Durante mais de um ano, quase por dois anos, as autoridades de São Paulo  e a iniciativa privada travaram uma discussão estéril sobre o estádio que seria palco da abertura do mundial.
O estádio do São Paulo F.C., o Morumbi, foi e deixou de ser, por várias vezes, o palco da abertura da copa.
Essa conversa se arrastou por anos, até chegar em um ponto onde uma decisão tinha de ser tomada .
Optou-se pela construção de um estádio novo, pela iniciativa privada , mas com recursos do BNDES. 
Parece que foi uma forma de se beneficiar com recursos governamentais através de pressão sobre o governo federal, esticando a corda ao limite.
Hoje ,com  praticamente todos os estádios já  prontos para o evento, alguns entregues em novembro do ano passado, como o de Fortaleza, no Ceará,  São Paulo corre aos trancos para encerrar a obra, que não terá os devidos testes antes do evento principal.
Isso na maior, e mais rica cidade do país.
E a incompetência não fica apenas na água e na bola.
Enquanto o estado do Rio Grande do Sul, aproveitando um potencial regional, anuncia para os próximos 10 meses a inauguração de um complexo eólico para geração de energia elétrica com capacidade para gerar 583 megawatts ( a título de exemplo , a usina nuclear de Angra 1 tem uma capacidade  de 600 megaWATTS ), o estado de São Paulo não aproveita, ou pouco aproveita, o potencial da biomassa existente no estado para geração de energia elétrica.
São exemplos de que os governos de São Paulo tem deixado muito a desejar em áreas sensíveis, como abastecimento de água, geração de energia elétrica e obras relacionadas a grandes eventos, além claro , dos insuportáveis problemas com o transporte público, principalmente trens e metrôs, que pouco avançaram nos governos do PSDB. 
Não será surpresa se a cidade do Rio de janeiro, que tem uma extensão de malha  metroviária inferior a  da cidade  de São Paulo, venha, em pouco tempo, superar a capital paulista , considerando  a extensão  do  metrô com a extensão dos veículos leves sobre trilhos , como sendo uma  malha municipal de transporte de massa sobre trilhos.
Esses assuntos, inevitavelmente, irão aparecer com maior intensidade durante a campanha para a eleição de governador do estado, já que dizem respeito as necessidades básicas da população. 

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