segunda-feira, 28 de abril de 2014

O Fanfarrão imortal



Trombone alvorada weril
Bom dia, caro leitor ! 
Começo mais uma semana , nesta segunda feira de outono, saboreando um delicioso café da manhã.
Café, pão, creme vegetal,  e três deliciosas bananas bem amassadas, cobertas com mel de abelha e canela em pó.
Depois da tradicional passada pelos principais sites e blogues de informação, resolvo dar uma espiadinha nas "novidades" da velha mídia.
E eis que encontro a notícia abaixo sobre a condenação de mais um blogueiro que não segue a pauta do jornalismo que ajudou no golpe de estado de 1964 que derrubou um governo legítimo.
Foi no jornal o globo. 
Ainda no globo, leio , e me espanto, com notícia sobre café da manhã repleto de proteínas. Para ilustrar a chamada , globo publicou  fotos com várias lingüiças.
Imediatamente , lembrei-me do programa Sem Censura, da TV Brasil.
Por diversas vezes, talvez dezenas de vezes, assisti no programa a presença de nutricionistas. E não era sempre o mesmo nutricionista, como acontece com os colunistas e "especialistas" da velha mídia em seus programas higiênicos.
Na maioria dos programas os nutricionistas condenam o café da manhã  ao estilo americano, repleto de proteínas e lipídeos, já que pela manhã, a alimentação além de proporcionar os nutrientes necessários deve limpar o organismo, e proteínas animais, principalmente, devem ser evitadas.
Globo sugere o contrário  e ainda gosta de lingüiças ao amanhecer.  E em grande quantidade. 
Compreende-se, já que SEARA, SADIA e PERDIGÃO são grandes anunciantes da emissora que através de seus funcionários gosta de processar sites e blogues da internete, que na visão de globo, não agem corretamente
Que o caro leitor não confunda o novo processo que globo moveu  contra um blogueiro com lingüiças, bacons e ovos fritos. 
O que norteou a ação foi banditismo. 
No texto logo abaixo, o jornalista imortal de globo sentiu-se ofendido em sua honra ao ser chamado, ou comparado, com bandido.
De fato, nenhuma pessoa honesta gosta de ser chamado de bandido, até mesmo os bandidos se sentem ofendidos,apenas para citar um exemplo quando um mega traficante ao ser acusado de traficante se disse pecuarista. Ou quem não se lembra do folclórico contraventor e defensor dos animais , Castor de Andrade, que se auto intitulava advogado.
Nosso mundo globalizado neoliberal , próspero, civilizado e moderno, não tolera bandidos, já que a essência dos valores predominantes valoriza e aplaude os grande mocinhos honestos, de preferência os brilhantes do sistema financeiro.
Na sentença proferida pelo juiz pode-se perceber com clareza que nenhum direito relativo a liberdade de expressão e pensamento é absoluto.
Interessante notar, e o caro leitor já deve ter percebido, que sempre que a velha mídia é acusada de extrapolar seus limites de expressão, a alegação do jornalismo anacrônico é a de que a liberdade de  expressão é absoluta e que tais acusações visam estabelecer censura para o jornalismo. 
Até mesmo a propaganda, uma atividade claramente comercial, é defendida pela velha mídia como absolutamente livre no tocante a liberdade de expressão, não aceitando qualquer tipo de limite.
Ainda hoje, me deparo com o outro texto abaixo, em que o apresentador da TV Bandeirantes se solidariza com a apresentadora do telejornal do SBT, Sheherazade, que incitou claramente o crime através de suas opiniões na bancada de um telejornal, pertencente a uma emissora de TV, que é concessão pública e deve produzir conteúdos do interesse público.
Não satisfeito, ainda desafia o governo federal a não mexer com ele, ou seja, a não impor sanções em seu programa, como retirar a propaganda oficial do governo, por exemplo.
O valentão da Bandeirantes é o mesmo que anos atrás foi ameaçado de morte,  em emissora de TV, por um suposto membro da organização criminosa PCC. A ameaça ocorreu no programa do apresentador Gugu Liberato, então no SBT.  Além de Datena, foram também ameaçados Marcelo Rezende, hoje na TV record e um outro apresentador de programas policiais estilo mundo cão. Coube a Rezende, a inteligência e a coragem de suspeitar da ameaça e investigar o caso, chegando a conclusão de que foi uma grande farsa montada para ameaçar os profissionais e tentar alavancar alguns pontinhos de audiência no programa do SBT. Quanto ao valentão, tão logo tomou conhecimento da ameaça trancou-se em  sua casa por dias. Especula-se que durante o recesso caseiro, ainda tenha ficado trancado diariamente em quarto especial.
Essa é a TV aberta e comercial do Brasil.  A mesma TV que no programa do Faustão , da TV globo,  levou ao cohecimento do distinto público das novas tardes de domingo, declaração inteligentíssima do grande apresentador que comparou o cabelo ao estilo black power, de uma moça negra, a uma vassoura. Disse que tratou-se de uma brincadeira. 
Talvez pensem assim , também, os europeus que jogam bananas em campos de futebol em referência aos jogadores negros, apenas uma brincadeira.
Emissoras de TV, concessões públicas, que deveriam produzir conteúdos educativos e de interesse público.
Um pouco mais ou um pouco menos, todas a TV's comercias se igualam em seus conteúdos, seja no entretenimento ou no jornalismo.
Naturalmente um movimento foi ganhando força para que os artigos da constituição brasileira, referentes as comunicações, ganhassem uma regulamentação que proporcionasse uma pluralidade de conteúdos e também  uma diversidade de veículos de mídia.
Ao se abordar esse assunto, a velha mídia, a mesma que não tolera desvios de conduta que possam atingir suas empresas ou seus profissionais, sempre grita dizendo estar em curso um processo para limitar a liberdade de expressão, a mesma liberdade de expressão citada na sentença que condenou o blogueiro. Ou ainda a mesma liberdade de expressão defendida pelo valentão, em referência a apresentadora exterminadora de bandidos. Ou a liberdade de Fausto para chamar de vassoura o cabelo de uma negra.
Ou quem sabe uma liberdade maior, para conduzir em bloco a opinião pública.
Entre bananas, lingüiças, vassouras, valentão fanfarrão , bandidos e imortais, qualquer pessoa já percebeu que o clima das eleições, ainda com pouco mais de  cinco  meses do pleito, já tangencia  a selvageria. e não poderia ser diferente já  que a copa do mundo de futebol, que se inicia em 45 dias, pode se resumir na própria campanha eleitoral, mesmo que políticos dela não façam parte.
O jornal Extra, das organizações globo, de hoje, tem como manchete principal a preocupação do povo do Rio de janeiro com a violência durante a copa do mundo. Jornais estrangeiros, de diferentes países, escrevem o mesmo, quase que diariamente.
A preocupação procede, tanto aqui como fora do Brasil. Entretanto a violência que preocupa não é a violência das manifestações de rua, que podem e devem acontecer durante a copa.
Se grupos querem se manifestar nas ruas, isso é perfeitamente normal, mesmo durante a copa do mundo. Tem sido assim em todos os grandes eventos, em todo o mundo, em todos os países. Londres, durante a realização dos jogos olímpicos de 2012, foi palco de muitas manifestações nas ruas da cidade, mas que não foram divulgadas pelas emissoras de TV geradoras de imagens do evento. Não apenas as manifestações não foram divulgadas como a forma como foram reprimidas pela polícia de Londres. Talvez aqui seja diferente, qualquer manifestante solitário receba grande visibilidade da mídia. A liberdade de expressão é algo fantástico assim como o dever de informar corretamente.
Essas manifestações de rua , que devem ocorrer durante a copa . podem provocar algum estresse e mesmo violência, mas não causarão nenhum dano na campanha eleitoral.
O perigo maior está na violência organizada, nos grupos externos e internos que desejam derrotar o governo nas eleições. Conhecendo o mundo presente, e o histórico do passado, não seria absurdo afirmar que sabotagens podem ocorrer para prejudicar o evento. Logística de transportes, geração de energia elétrica, meios de mobilidade ( ônibus , trens, metrô e aviões). tele comunicações podem ser alvos de violência, não a violência de manifestantes de rua, mas a violência que visa as próximas eleições e que age sempre dentro da lei, com o auxílio do Judiciário e que não tolera acusações levianas.

Acorda amor - Julinho da Adelaide

Acorda amor
Eu tive um pesadelo agora
Sonhei que tinha gente lá fora
Batendo no portão, que aflição
Era a dura, numa muito escura viatura
Minha nossa santa criatura
Chame, chame, chame lá
Chame, chame o ladrão, chame o ladrão
Acorda amor
Não é mais pesadelo nada
Tem gente já no vão de escada
Fazendo confusão, que aflição
São os homens
E eu aqui parado de pijama
Eu não gosto de passar vexame
Chame, chame, chame
Chame o ladrão, chame o ladrão
Se eu demorar uns meses
Convém, às vezes, você sofrer
Mas depois de um ano eu não vindo
Ponha a roupa de domingo
E pode me esquecer
Acorda amor
Que o bicho é brabo e não sossega
Se você corre o bicho pega
Se fica não sei não
Atenção
Não demora
Dia desses chega a sua hora
Não discuta à toa não reclame
Clame, chame lá, chame, chame
Chame o ladrão, chame o ladrão, chame o ladrão
(Não esqueça a escova, o sabonete e o violão)
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Merval Pereira 28.4.2014 10h02m

Merval Pereira Merval Pereira Merval Pereira é colunista do GLOBO e comentarista da CBN e da Globo News. É membro da Academia Brasileira de Letras e da Academia Brasileira de Filosofia. Em 2009 recebeu o prêmio Maria Moors Cabot da Universidade de Columbia de excelência jornalística, a mais importante premiação internacional. Também é membro do Board of Visitors da John S. Knight Fellowships da Universidade Stanford.
lançamento do livro Mensalão, de Merval Pereira
 

 Recebo do advogado Paulo Freitas uma excelente notícia: o juiz Ulisses Augusto Pascolati Junior, do Foro Central Criminal Barra Funda, do Juizado Especial Criminal de São Paulo, proferiu em 10 de abril sentença condenando Paulo Henrique Amorim, pelo crime de injúria, ao pagamento de 10 (dez) salários mínimos em favor de instituição pública ou privada de destinação social a ser definida.
A condenação aconteceu na queixa-crime ajuizada por mim em razão de legenda ofensiva de uma foto publicada no blog "Conversa Afiada", onde sou identificado como “jornalista bandido”. Em sua sentença, o juiz Ulisses Augusto deixa claro que "deve ser assegurado ao querelado [o réu] e a todos os repórteres do Brasil que desempenhem sua função com seriedade, lisura e responsabilidade o pleno exercício da liberdade de expressão e, por conseqüência lógica, de informação”.
No entanto, frisa o juiz, “o direito de expressão, manifestação do pensamento aqui na forma escrita e opinião não é absoluto, aliás como todos os demais direitos individuais não o são. Tal direito, quando exercido, encontra limites em outros direitos individuais assegurados pela própria Constituição, quais sejam, o direito a honra e a imagem, estas que nos interessam nos autos (art. 5º, inc. X, CF)”.
Explica ainda o juiz: “(...)garante-se a plena liberdade de expressão, sem qualquer tipo de censura, e, sendo ela extrapolada ou utilizada de maneira descomedida, beirando o abuso do direito, tutela-se a honra e a imagem por meio do direito penal, via crimes contra a honra, ou mesmo do direito civil, com a indenização por danos morais (art. 5º, X, CF)”.
A sentença do juiz, no primeiro momento, fixou a pena base em 1 (um) mês e 10 dias de detenção, e na dosimetria, considerando-se atenuantes, foi transformada depois em restritiva de direitos com prestação pecuniária. Pela natureza da sanção o réu poderá recorrer em liberdade. Caso haja necessidade do cumprimento de pena corporal, o regime será o aberto.
Fonte: O GLOBO
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A bravata chantagista de Datena


Fanfarrão
                                       Fanfarrão

Circula na internet um vídeo em que Datena declara solidariedade a Sheherazade e desafia, numa bravata assombrosa, o governo a mexer na publicidade que coloca em seu programa na Band.
É um vídeo que mostra o absurdo que Datena é e a situação ainda mais absurda que cerca as bilionárias verbas publicitárias do governo.
Primeiro, há na fanfarronice de Datena uma chantagem, uma intimidação. “Não mexam em mim”, ele está dizendo, na verdade.
Há também uma enorme petulância. Ele fala no direito de Sheherazade de ter suas opiniões – como se o incitamento ao crime fosse aceitável.
Mas e o direito de anunciar onde se queira: não existe? Todo anunciante – público ou privado – examina onde vai parar o dinheiro que coloca em publicidade.
Se o objeto do dinheiro vira um embaraço, como Sheherazade (ou Datena mesmo), o caminho natural para todo anunciante é rever seu investimento.
Tiger Woods perdeu seus patrocinadores depois que eclodiu o escândalo de seus adultérios em série. Mais recentemente, Pistorius viu baterem em retirada seus patrocinadores, depois da morte de sua namorada.
O episódio de Sheherazade deveria propiciar uma discussão ampla. Faz sentido o governo investir tanto dinheiro em publicidade?
Em sociedades mais avançadas, os anúncios essencialmente se restringem a serviços de utilidade pública. Uma campanha de vacinação, por exemplo. Ou uma que estimule os cidadãos a se alimentarem melhor, com mais frutas e verduras.
No Brasil, a publicidade oficial – federal, estadual e municipal – vai muito além.
É uma coisa perniciosa. Historicamente, o dinheiro (público) da propaganda governamental foi usado para carrear recursos para as empresas de mídia.
O resultado disso foi que os donos das empresas jornalísticas ficaram riquíssimos.
Era uma vergonha tão grande que, num momento em que todos os anunciantes obtinham descontos formidáveis sobre os preços de tabela de empresas como Globo e Abril, o governo continuava a pagar o valor integral.
Empresas que à luz do sol viviam denunciando em seus jornais e revistas o “mau trato” do dinheiro público enchiam descaradamente seus cofres, na sombra, com recursos do contribuinte.
Anúncios do governo eram usados também para facilitar a vida de empresas endividadas. No começo dos anos 1980, o falido Jornal do Brasil vivia repleto de anúncios do Banco do Brasil. Era a forma como o jornal “pagava” dívidas.
É evidente que a sociedade se beneficiaria amplamente se uma boa fatia do dinheiro público posto em publicidade se destinasse a projetos sociais.
A Band, de Datena, recebe do governo federal cerca de 100 milhões de reais por ano. Qual o benefício para a sociedade deste dinheiro todo?
Para a família Saad, é uma beleza. São riquíssimos.
Para nosotros, a história é outra.
Que programa da Band você pode dizer que contribui para que o Brasil melhore?
Veja Datena, por exemplo.
Com seus parcos 3 pontos de Ibope, ele é a personificação do mundo cão. Ele semeia medo pânico entre seus espectadores. A cidade, segundo Datena, é um inferno, e os bandidos têm que ser exterminados.
É a mesma pregação de Sheherazade por outras palavras. Bandido bom é bandido morto.
No vídeo em que insulta o governo, ele diz que se tirarem publicidade não faz diferença porque já está ferrado, ou na lona, ou coisa que o valha.
Ora. Para explorar abjetamente uma audiência que ele mantém nas trevas e na ignorância, Datena levanta mensalmente uma quantia calculada em 1 milhão de reais.
Como os pastores evangélicos, fala a pobres, mas enriquece com isso.
Temos eleições em 2014, e é triste não ver nenhum candidato trazer novas ideias em relação ao dinheiro público torrado em propaganda.
Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
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 Um significado para a palavra bandido no dicionário inFormal


Por (SP) em 13-03-2008
Aquele indivíduo que participa, só e/ou acompanhado, em incursões duvidosas promovendo unicamente em benefício próprio a angariação de recursos financeiros e materiais oriundos de terceiros. Além de tudo isto promove balbúrdias.

Significado de Balbúrdia:
Confusão muito barulhenta; algazarra. Circunstância tumultuada; pandemônio.

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