quarta-feira, 16 de abril de 2014

Caneca no corpo e balde na privada

O "apagão" da água em São Paulo



Por Carlos Neder, no blog Viomundo:

Por mais que o governador Alckmin tente esconder, a situação real é que estamos muito próximos de um verdadeiro apagão da água no Estado de São Paulo. E o quadro só vai piorar durante a Copa do Mundo, quando inevitavelmente haverá aumento do consumo. Isso significa que, se nenhuma medida for adotada, não teremos água nas torneiras de nossas casas.

Há 10 anos o governo do PSDB, que está há cerca de 20 anos à frente da administração estadual, deveria ter construído uma nova rede de abastecimento. Ao renovar a concessão do Sistema Cantareira, em 2004, a Agência Nacional das Águas determinou que a Sabesp reduzisse essa dependência e aumentasse a oferta de água para abastecimento em volume equivalente à vazão atual.

Mas seguindo o cada vez mais questionável bom modelo de gestão tucana, que se esparrama também nos problemas nos trens e no metrô, nada foi feito. Com isso, as quase 9 milhões de pessoas que dependem da Cantareira se veem reféns do descaso do governo do PSDB e da falta de planejamento da Sabesp.

O fato de somente agora Alckmin começar, ainda de maneira tímida, a assumir a possibilidade de racionamento, com a súbita troca de comando da Secretaria de Recursos Hídricos, dá uma dimensão da gravidade da situação.

A realidade é que no Estado mais rico do país a população já convive com um rodízio forçado de água, inclusive em vários bairros da capital. A desculpa do órgão, que é ligado à administração estadual, é que se trata de interrupção momentânea no fornecimento por motivos técnicos. Uma grande mentira quando se sabe que o Sistema Cantareira já chegou a 12% de sua capacidade, a pior marca nos últimos 84 anos.

Especialistas dizem que se nada for feito com urgência a água certamente vai acabar em outubro. A situação é lamentável e muito revoltante, diante do alto lucro gerado pela Sabesp, com o pagamento de dividendos aos acionistas, enquanto faltam investimentos da empresa estadual para evitar crises como a que estamos vivendo.

O governo do PSDB é quem mais sai lucrando nessa história por ser o maior acionista da Sabesp. Para se ter ideia, entre 2011 e 2013, a gestão Alckmin recebeu R$ 725 milhões de dividendos. Enquanto isso, cidades como Guarulhos, com mais de 1,3 milhão de habitantes, enfrentam um duro racionamento desde o começo do ano.

A população de São Paulo precisa ter bem claro que a culpa da desastrosa falta de água é toda do governo estadual e da Sabesp. E do jeito que a coisa anda, não demora muito para que a população paulista tenha de incluir um novo componente em seu kit de higiene pessoal: caneca para tomar banho. Será essa a tão propalada gestão tucana de qualidade?
Fonte: BLOG DO MIRO
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TUCANOS ENCONTRAM SOLUÇÃO PARA A FALTA D'ÁGUA EM SÃO PAULO

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Tucanos apostam no programa Mais Vara para São Paulo
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), determinou que a estatal SABESP distribua forquilhas de goiabeira à população da capital paulista. A medida integra o pacote antiestiagem do governo tucano, que prevê, também, cursos intensivos de radiestesia, que serão ministrados por rabdomantes trazidos da Suíça.




Fonte: CLOACA NEWS
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O mais vara a população de São Paulo já vem tomando desde a chegada dos tucanos ao poder.
Quanto a água, é inaceitável que um governo não tenha pensado, de forma estratégica, em soluções para um problema que se vem anunciando há mais de três décadas, não especificamente em São Paulo, mas em todo o mundo.
A escassez de água é uma realidade em muitos países, e agora, dá as caras no Brasil , no maior centro urbano da América do Sul.
Os governos do PSDB foram  incompetentes, irresponsáveis e limitados em assuntos estratégicos.
O sistema Cantareira, mesmo que as chuvas retornem com força, não pode mais ter a exclusividade de fornecimento em grande escala para cidade de São Paulo, já que o volume de água  que se retira diariamente é bem maior do que a capacidade de reposição do sistema.
São Paulo entrou em rota de colisão, a seco.
Em uma visão nacional, espera-se que os governos populares e democráticos do PT passem a ter um outro olhar sobre a questão dos recursos hídricos, principalmente no tocante a gestão.
Com a escassez de água se tornando uma realidade , seria criminoso que a iniciativa privada estivesse a frente dessa gestão, uma vez que a água é um bem comum indispensável a vida e não pode e não deve ser tratada como mercadoria.
Além de uma visão estratégica de fundo, os governos devem e podem incentivar programas de reaproveitamento, reciclagem e tratamento de águas.
A título de exemplo é inaceitável que postos de combustíveis e lava-jatos de automóveis  se utilizem de água tratada, até mesmo potável, para seus serviços e que não reaproveitam os efluentes decorrentes das atividades.
O efluente dessas atividades , além da água tratada, recebe particulado sólido e detergentes, o que exige um tratamento fácil para tornar a água reutilizável para os serviços.
Algo bem diferente de tratamentos industriais, onde diversas substâncias químicas e até mesmo matéria orgânica fazem parte dos efluentes e que, mesmo assim, essas águas são tratadas e reutilizadas em diferentes fases dos processos industriais.
E bem menos complexo que o tratamento de águas de rios, para que se chegue a água que se recebe diariamente nas residências.
Outros exemplos poderiam ser citados, mas o que tem que ser feito, e se tem que logo deve, é um amplo programa de gestão de águas que inclua, informação, conscientização e  capacitação de pessoas e empresas para reaproveitamento de águas.
Quanto a população de São Paulo e região metropolitana, restou o banho de caneca.
São Paulo na frente com os tucanos.

 


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