quinta-feira, 27 de março de 2014

Pesquisas de opinião e terrorismo

Em encontro, institutos de pesquisa buscam fórmula perfeita para derrotar Dilma


Por Redação março 26, 2014 14:03 Atualizado
 
Apostas se concentram sobre apagões e problemas na Copa, capazes de provocar mau humor e desgastar a imagem de gestora associada à presidenta. Economia, ‘muito complicada para o povão’, é descartada

Por Rede Brasil Atual

O World Trade Center, prédio empresarial de luxo às margens da Marginal Pinheiros, em São Paulo, sedia até o fim da tarde de hoje (25) o 6º Congresso Brasileiro de Pesquisa, que reúne especialistas em dados e estatísticas de todas as áreas – e, como não poderia deixar de ser em ano de disputa pela Presidência da República, também os profissionais das pesquisas de opinião e eleitorais. Representantes de Ibope, Vox Populi, Datafolha e Sensus foram convidados para uma mesa de debate sobre as tendências do eleitorado em um ano que acumula, além do pleito, a realização da Copa do Mundo da Fifa e a perspectiva de manifestações de rua inspiradas pela mobilização de junho de 2013.
A mesa, porém, embora batizada de “Debate sobre o cenário da eleição presidencial 2014″, poderia ter outro nome: “Como derrotar Dilma Rousseff?”. Mediado por Emy Shayo, analista do banco norte-americano J.P. Morgan, que também redigiu a maior parte das perguntas feitas aos convidados, o debate explorou monotematicamente as fragilidades da candidatura petista à reeleição e ditou fórmulas, com base nos resultados das últimas pesquisas de opinião, sobre como enfraquecer a campanha governista. O público, composto principalmente por empresários, profissionais da área e jornalistas, embarcaram nos “testes de hipótese” propostos pela organização e seguiram a mesma linha em seus questionamentos.
Regidos pela assessora do banco, os debatedores apresentaram conclusões importantes para a plateia. Petrobras e rating do Brasil, por exemplo, são temas “para o Valor Econômico, para os participantes deste fórum, mas muito complicados para o povão”, de acordo com Márcia Cavallari, do Ibope. Já as manifestações contra a Copa do Mundo, segundo os debatedores, podem desestabilizar o governo desde que alcancem o público “desejado”.
“É garantida a confusão durante a Copa. Estou na bolsa de apostas com 150 mil pessoas na rua durante a Copa”, torce Ricardo Guedes, do Sensus. O resultado em campo não importa: Mauro Paulino, do Datafolha, ressaltou que não houve mudança no comportamento dos eleitores após a vitória na Copa das Confederações, por exemplo, mas destacou que “a chance de atingir o governo é havendo problemas na execução”.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, também foi descartado como elemento-surpresa para favorecer a oposição porque sua suposta imagem de impoluto não encaixa no figurino nem de Aécio Neves (PSDB), nem de Eduardo Campos (PSB), mas há “esperança” em relação à possibilidade de crise energética e de abastecimento de água.
Para Antonio Lavareda, da consultoria política MCI, “esse tipo de crise atinge o cerne da imagem de Dilma, que é a da gestora, da mulher-eficiência”. As consequências da má gestão das águas sobre a imagem de Geraldo Alckmin (PSDB), que também concorre à reeleição neste ano e cujo governo gere o abastecimento de água e o tratamento de esgoto em São Paulo, não foram abordadas durante o debate.
Lavareda foi um dos palestrantes mais requisitados pela mediação, embora não pertença a nenhum instituto de pesquisa. Ele foi o único a defender abertamente que a presidenta entra na disputa em desvantagem: de acordo com ele, 60% dos brasileiros querem a mudança e esse capital político irá se acumular em torno do candidato da oposição capaz de chegar ao segundo turno. “É quase certo que haverá segundo turno”, afirmou.
Ele protagonizou ainda o momento de maior sinceridade do encontro: diretamente questionado pela mediadora sobre o que é necessário fazer para que o PSDB consiga usar a “paternidade” do Plano Real de forma eficiente contra o PT nas eleições, disse apenas: “Esse tipo de assessoria é o que fazemos em minha empresa, e não somos uma entidade filantrópica”. Embora não confirme a informação, a empresa de Lavareda está acertada com o PSB de Eduardo Campos para a campanha eleitoral deste ano, após muitos anos se dedicando a serviços ao PSDB.
Fonte: REVISTA FÓRUM
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IBOPE: manipulação ?
Quem ganhou dinheiro com isso ?

O que dirá a CVM ? O que dirá o Tribunal Superior Eleitoral ?



O Conversa Afiada publica importante texto do Fernando Brito no Tijolaço sobre o último Globope.

(Assista ao TV Afiada sobre os datafalhas e os globopes)


Por dados do Ibope, Dilma não perdeu popularidade. Pesquisa de hoje é mais antiga que a dos 43%. Aliás, estava pronta quando esta foi publicada




Primeiro, semana passada, o boato de que a pesquisa Ibope traria uma queda – que não houve – da intenção de voto em Dilma Rousseff.

Seis dias depois, uma “outra” pesquisa do Ibope, estranhamente, capta uma súbita mudança de estado de espírito da população e Dilma (que tinha 43% das intenções de voto na tal pesquisa eleitoral) e registra uma perda de sete pontos percentuais em sua aprovação: curiosamente dos mesmos 43% para 37%…

Puxa, como foi rápida a queda, em apenas seis dias, quase um por cento por dia…

É, meus amigos e amigas, é mais suspeito do que isso.

A pesquisa de intenção de voto, divulgada na sexta-feira, foi registrada no TSE no 14 de março, sob o protocolo BR-00031/2014 , com realização das entrevistas entre os dia 13 e 20/03/14.

Já a de popularidade recebeu o protocolo BR-00053, no dia 21 passado, mas quando já se encontrava concluída, com entrevistas entre os dias 14 e 17.

Reparou?

Quinta feira à tarde, dia 20, uma intensa boataria toma conta do mercado de capitais, dizendo que Dilma perderia pontos numa pesquisa Ibope a ser divulgada no Jornal Nacional.
O estranho é que ninguém tinha contratado, isto é , ninguém pagou por essa pesquisa. Em tese, é claro.

A pesquisa é divulgada sem nenhuma novidade.

Mas, naquele momento, o Ibope já tinha outra (outra, mesmo?) pesquisa, terminada três dias antes e certamente já tabulada.

Vanos acreditar que o Ibope fez duas pesquisas diferentes, com a mesma base amostral e 2002 entrevistas exatamente cada uma…

O boato, portanto, não saiu do nada.

No mínimo veio de dentro do Ibope, que tinha nas mãos duas pesquisas totalmente contraditórias.

Uma, “sem dono”, que dizia que Dilma continuava nadando de braçada.

Outra, encomendada pela CNI de Clésio Andrade, um dos senadores signatários da CPI da Petrobras, apontando uma queda de sete pontos em sua popularidade.

Mas a gente acredita em instituto de pesquisas, não é?

O Ibope teve nas mãos duas pesquisas com a mesma base, realizadas praticamente nos mesmos dias, com resultados totalmente diferentes entre si?

Se o PT não fosse um poço de covardia estaria exigindo, como está na lei, os questionários das “duas” pesquisas.

Aliás, nem devia ser ele, mas o Ministério Público Eleitoral, quem deveria exigir explicações públicas do Ibope, diante destes indícios gravíssimos de – vou ser muito suave, para evitar um processo  – inconsistência estatística.

Ainda mais porque muito dinheiro mudou de mãos na quinta-feira e hoje, com a especulação na Bolsa.

Mas não vão fazer: esta é uma nação acoelhada diante das estruturas suspeitíssimas dos institutos de pesquisa.
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Fonte:  CONVERSA AFIADA
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Trombone alvorada weril
          crítica - PAPIRO

Coincidência, significativa ou não, hoje aparece uma pesquisa de opinião que aponta queda nos índices de aprovação de Dilma.
Pesquisas de opinião são como fotografias, registram apenas o momento.
É bem provável que sejam manipuladas em alguns casos onde interesses ferozes estejam em jogo.
Em se tratando de pesquisas de intenção de votos para as próximas eleições, certamente os institutos de pesquisa reunidos para discutir como derrotar Dilma e o PT, não apenas apresentam os pontos onde o eleitorado é mais sensível para mudar de opinião, como também devem discutir a melhor maneira de apresentar os resultados pela mídia.
Para os partidos políticos envolvidos na disputa eleitoral, os resultados apresentados pelos institutos de pesquisa ligados a velha mídia não servem como balizadores para tomada de decisões e correções de rumo, já que os grandes partidos envolvidos na disputa tem seus próprios institutos que apresentam medições até mesmo diariamente, se assim for necessário.
Entretanto, o que chega com grande visibilidade para a maioria da população são os resultados apresentados pelos institutos de pesquisa ligados a velha mídia, e, dependendo dos índices apresentados e maneira como são veiculados, o humor e a percepção do eleitor podem ser alterados, em função de supostas tendências ou ondas que estariam em movimento favorecendo determinado candidato.
A título de exemplo foi assim no primeiro turno da eleição presidencial de 2006, quando uma forte pressão midiática acabou por criar uma onda contrária ao PT e ao seu candidato na época, o ex-presidente Lula.
A  forte pressão exercida e a onda decorrente foram determinantes para que o candidato da velha mídia na  ocasião, Geraldo Alckmin do PSDB - hoje governador de SP e um dos responsáveis pelo SECÃO que assola a região metropolitana de SP - fosse para o segundo turno em disputa com Lula.
Como a pressão foi tão intensa para que houvesse um segundo turno, no segundo turno faltou munição para que a velha mídia e os setores contrários a Lula e ao  PT  mantivessem a onda e e o eleitorado ancorado em seus interesses.
Tanto foi assim que um fenômeno inusitado aconteceu, ou seja  o candidato Geraldo Alckmin teve menos votos no segundo  turno do que no primeiro.
Isso significa que no segundo turno o eleitor votou sem ser pressionado e assim pode fazer suas escolhas com liberdade, como preconiza o processo democrático  para eleições livres.
E eis  que atualmente os institutos de pesquisa de opinião, que a população espera que sejam isentos e confiáveis, se reúnem para discutir que tipos de situações podem alterar o humor do eleitor de maneira a impor uma derrota a presidenta Dilma.
Em um português bem claro, pode-se afirmar que trata-se de um encontro para discutir estratégias de um golpe que possa levar o PT ao segundo turno das eleições , ou mesmo tentar derrotá-lo de vez em primeiro turno.
Entre as opções que podem mudar o humor do eleitor foram sugeridos pelos executivos reunidos, apagões de energia elétrica e tumultos de rua durante a realização da copa do mundo de futebol.
Todos , ou a maioria, demonstrando alinhamento em derrotar o PT.
O nome disso, meu caro atento e bem informado leitor, é terrorismo.
Curiosamente, esses institutos e respectivos executivos se reuniram em um prédio luxuoso na Marginal Pinheiros na cidade de SP , que leva o nome de World Trade Center.

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