sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Passarela do Samba Darcy Ribeiro

Publicado em 27/02/2014

A Globo dizia que o Sambódromo ia cair

Sai amanha o “Bloco do 12″ nos 30 anos do Sambódromo !

Niemeyer explica a Brizola que, apesar do jornal nacional, o Sambódromo ia ficar de pé ...

O Conversa Afiada reproduz convocação de Oswaldo Maneschy, fiel brizolista.

Como se sabe, 30 anos atrás, o Brizola entregou a cobertura exclusiva do primeiro desfile das escolas de samba no Sambódromo à TV Manchete, para desespero do Roberto Marinho.

Ah, que saudades do Brizola !

(Como se sabe, quando não há desfile, há salas de aula de um Brizolão no Sambódromo …


Bloco do 12, o bloco que faz escola, sai amanhã no Centro



Leonel Brizola e os 30 anos de fundação da passarela do samba serão lembrados nesta sexta-feira (28/2) por iniciativa dos pedetistas do Rio de Janeiro, no “Bloco do 12, o Bloco que Faz Escola” que vai animar o Carnaval no Centro da cidade a partir do meio-dia – com concentração no Largo Albino Pinheiro, entre o prédio da Fundação Leonel Brizola-Alberto Pasqualini, o Teatro João Caetano e o Real Gabinete de Leitura Português.

A homenagem a Brizola, Darcy Ribeiro e Oscar Niemeyer pela construção do sambódromo, será animada pelos integrantes da bateria da escola de samba Estácio de Sá e um trio elétrico.

Quando Brizola construiu o sambódromo, com o objetivo de ser também uma grande escola o ano inteiro, houve intensa campanha dos que a ele se opunham – dizendo que a passarela do samba ia cair, que não teria visibilidade para o desfile, que a sonorização não seria possível, etc. Ele foi construído no prazo recorde de 110 dias dando dignidade e grandiosidade ao desfile das escolas de samba e acabou definitivamente com o monta e desmonta das arquibancadas tubulares, fonte de corrupção, usadas durante anos.

No carnaval daquele ano, 1984, Darcy Ribeiro também introduziu várias mudanças, a principal delas a divisão do desfile das escolas do primeiro grupo em dois dias – para tornar o espetáculo melhor e menos cansativo para espectadores e participantes.

A participação no Bloco do 12 nesta sexta é livre, quem quiser pode se juntar na homenagem ao criador do sambódromo e fundador do PDT. Além de músicas de carnaval, será executado também samba especialmente composto para lembrar os 30 anos de fundação do sambódromo, de autoria de Reginaldo Bessa e Jacques Galinkin.
 
O Globo há 30 anos, charge publicada na 1ª. página em 03.03.1984

Fonte: CONVERSA AFIADA

___________________________________________________________________________

Foi em 1984.

O país vivia a expectativa de aprovação da emenda das 'diretas já'. 

Como é de conhecimento do caro leitor, a globo  tentou esconder o movimento das diretas já da população. 

No local onde o sambódromo foi construído, a Av. Marques de Sapucaí, por baixo passa um rio, motivo pelo qual a globo escreveu uma enxurrada de asneiras - aliás globo escrever asneiras é pleonasmo - dizendo que a obra não ia dar certo e o sambódromo corria o risco de desabar. Passados trinta anos , a Passarela do Samba Darcy Ribeiro continua de pé, forte e firme, enquanto o que vem caindo ao longo desse período são a audiência e a credibilidade de globo.

O sambóbromo saiu em menos de quatro meses, e não foi só isso, tornou-se referência para o país inteiro com várias cidades em diferentes estados  construindo seus sambódromos.

Brizola, Darcy e Niemeyer, sinônimo de sucesso.

O local viveu momentos históricos em desfiles, como os mendigos da Beija-Flor, a Kizomba da Vila Isabel, a Paulicéia Desvairada da Estácio de Sá, O Segredo da Tijuca e outros tantos não menos importantes.

A praça da Apoteose, logo após a inauguração, teve um de seus momentos mais emblemáticos, quando a população ainda embalada na campanha das diretas,  superlotou o local e assistiu a um antológico show de Milton Nascimento.

O sambódromo será o local de encerramento da maratona nos jogos olímpicos de 2016 na cidade maravilha mutante. 

É também  local de comemoração de torcidas, com as conquistas de times de futebol. A torcida do Fluminenese marcou a comemoração do título brasileiro de 2010 para o sambódromo.

De 1984 prá cá o sambódromo cresceu, ganhou arquibancadas  e ainda pode crescer mais  no setor de início dos desfiles, isso se o prédio da Justiça, na esquina da Marques de Sapucaí com Presidente Vargas, for para outro local, dando lugar para mais um módulo de arquibancadas. 

Já globo continua a mesma, ou pior, regrediu. As charges violentas em primeira página  de seu jornal continuam, ainda hoje,  como estratégia de ataques aos seus opositores. 

 

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

De que lado está o bom senso?

A 5ª feira negra do conservadorismo: 
cai a acusação de quadrilha no STF; fica desmoralizada a tese do domínio do fato; sobra a Barbosa adornar o palanque conservador

Jogral do Brasil aos cacos erra feio e PIB do 4º trimestre tem o terceiro maior crescimento do mundo, só atrás da Coreia do Sul e EUA

Investimento em alta cresce 3,6% em 2013; consumo das famílias avança ininterruptamente há 10 anos 

PIB de 2013 vai a 2,3%; o do México cresceu 1%: mas o isento Financial Times louva o México pró-mercados; e ataca Guido Mantega 

Fonte: CARTA MAIOR
______________________________________________________________________
 




Parcela do setor industrial caiu de 26% em 2012 para 24,9% no ano passado. 

Consumo das famílias cresceu pelo 10º ano consecutivo, mas desacelerou frente a 2012. Economia cresceu 2,3% em 2013 

Enviado por Ricardo Noblat -o globo
27.2.2014 - 12h27m
Política

Mensalão - Bom senso agredido, por Ricardo Noblat

Em resumo: houve mensalão, sim, decidiu o Supremo Tribunal Federal. Quer dizer: houve crime de corrupção ativa e passiva.
Mas não houve crime de formação de quadrilha. Isto é: pessoas que se conheciam e que costumavam almoçar juntas atuaram no mesmo sentido por mera coincidência. Apenas por mera coincidência. Não por que formassem uma quadrilha.
Entenderam?

A decisão do STF ofende o bom senso – no mínimo.



Míriam Leitão 
O PIB por dentro: consumo em ritmo menor; investimento volta a crescer 



PIB cresce 0,7% no 4º trimestre, acima do esperado, e fecha 2013 com avanço de 2,3%

Fonte: o globo

___________________________________________________________________________ 

 

 opinião - PAPIRO

O azul e o preto.

Em CARTA MAIOR a visão do Brasil real , enquanto em O GLOBO a visão frustrada por um Brasil real não desejado.

No julgamento da AP 470, conhecida por mensalão no preto e mentirão no azul, a acusação por formação de quadrilha caiu por terra, e, consequentemente, a tese de domínio do fato fica desmoralizada.

Não há mais sustentação para o mentirão, segundo o azul.

No preto, o blogueiro não se conforma com a decisão do STF e afirma que houve o mensalão, sem que o STF tenha afirmado explicitamente o contrário. Diz ainda que a recusa do crime por formação de quadrilha é algo que fere o bom senso, já que as pessoas se conhecem, almoçam juntas, conversam,etc. Seria o blogueiro de o globo membro de uma quadrilha das organizações globo que sonegaram  1 bilhão em impostos? Cabe a pergunta, seguindo a lógica juvenil de seu argumento. Argumento, aliás, que não passa da metade da página 1. Enfurecido, apela a um bom senso que teria sido ferido, isso em um contexto do judiciário em um julgamento no STF. O senso a que se refere o blogueiro foi aferido em um censo de opinião, onde a opinião pública foi formatada pelo senso partidarizado da velha imprensa.

Na economia, a blogueira avaliou o PIB por dentro e chegou a conclusão, seguindo o senso partidarizado, que o melhor é mudar a técnica de cálculo, ou até mesmo o IBGE. O senso de frustração com a realidade falou mais alto.

No bom senso de um jornalismo sem o mínimo de bom senso, as chamadas de o globo evidenciam que a indústria teve a MENOR participação no PIB desde 2000, parcela do setor industrial  CAIU de 26 % em 2012 para 24,9 % no ano passado e ainda afirma, como sempre se surpreendendo, que o PIB subiu a cima do esperado. Afirma ainda que o consumo das famílias cresceu pelo décimo ano consecutivo, PORÉM desacelerou frente a 2012.

Mais uma o vez o preto erra feio, se surpreende, pede bom senso ao STF, e fica tentando juntar cacos de uma realidade que não mais existe.  

Para exemplificar a realidade do preto, nada melhor que uma recente declaração de seu guru maior:

'O Brasil precisa de ar novo, sangue novo. Minha geração já passou. Nós já morremos. '

Fernando Henrique Cardoso 



 

  


 

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

È vero . É Fato

 
Merval Pereira 25.2.2014 10h26m em o globo
 

Como definiu o político mineiro Gustavo Capanema, em política o que vale é a versão, não o fato. Pode-se dizer das críticas ao governo Dilma atribuídas ao ex-presidente Lula que “Se non è vero, è ben trovato." A análise, por exemplo de que a presidente está “bem na foto” com a população, mas divorciada dos políticos e dos empresários, é a mais pura verdade.

Tanto que ela continua sendo a preferida dos eleitores, que têm a idéia de que seu governo é melhor que o de Lula pelo menos em um ponto, a corrupção. Mas a situação econômica medíocre pode afetar o bolso do cidadão comum ainda antes de ele depositar o voto na urna.

É inegável que o ambiente político está em polvorosa, e a maioria dos aliados, incluindo aí o PT, preferia que Lula fosse o candidato. É corrente em Brasília que a base aliada prefereria vencer com o governador Eduardo Campos ou com o senador Aécio Neves do que com Dilma Rousseff. O que garante ao governo por enquanto o apoio político são as pesquisas eleitorais que anunciam a possibilidade de vitória no primeiro turno.

Poucos são, no entanto, os quer levam as pesquisas a sério nesse ponto, pois nem Lula que é Lula conseguiu vencer as eleições que ganhou no primeiro turno. Embora favorita, a presidente Dilma enfrentará dois candidatos fortes em suas respectivas regiões, que costumavam dar a vitória ao PT.

Em outras regiões do país onde a votação em Dilma foi notável – Maranhão, Amazonas, Bahia, Ceará, Rio de Janeiro -, hoje a situação já não é tão favorável, com a base aliada em convulsão e a oposição recuperando terreno.

Em 2010, quando Dilma foi apresentada aos brasileiros pelo então presidente Lula, o candidato do PSDB José Serra liderou as pesquisas com índices em torno de 40% até maio daquele ano. Lançados os candidatos oficialmente em junho e iniciada a propaganda eleitoral em julho, os papéis logo se inverteram.

Desta vez, os dois candidatos de oposição é que serão revelados ao eleitorado a partir do final da Copa do Mundo, e têm muito campo para crescer. É claro que sempre há o risco de, conhecendo-os melhor, o eleitorado se convencer de que Dilma é mesmo a melhor candidata, mas não tem sido essa a tendência do eleitorado.

Sempre que se instala o contraditório na televisão, mesmo que o governo tenha mais tempo de propaganda que cada candidato individualmente, como é o caso agora, a oposição cresce, pois terá, em conjunto, mais tempo para as críticas e para rebater os feitos governistas.

A preocupação atribuída a Lula tem razão de ser. Se não mudar a maneira de administrar a economia, e nada indica que o fará, não há notícia boa para a presidente Dilma até a abertura das urnas. E várias ameaças terão que ser superadas, algumas delas inadministráveis, como a questão da energia.

O governo está literalmente nas mãos de Deus, dependendo das águas de março, a mesma situação em que se encontrou o governo de Fernando Henrique Cardoso em 2001. Com o agravante de que hoje existem termoelétricas em funcionamento, o que não existia, pelo menos nessa quantidade, naquela época.

É certo que a presidente Dilma terá que lidar com a tensão dentro da base aliada até a convenção de junho, quando deve ser definida como a candidata à reeleição. A partir daí, embora seja legalmente possível, é pouco provável uma substituição de candidatura. Seria uma operação de guerra tão dramática que, mesmo com a volta de Lula, a derrota ficaria mais perto só com a necessidade de admissão de que sua invenção não deu certo.

Juntamente com o fracasso do prefeito de São Paulo Fernando Haddad, as duas escolhas são uma péssima referência para Lula. O sofrimento de Dilma é semelhante ao do governador Eduardo Campos, que vê Marina sempre à sua frente nas pesquisas. A diferença fundamental é que quem controla o PSB é Campos, e quem controla o PT é Lula.
Fonte: o globo
___________________________________________________________________
Trombone alvorada weril
Crítica - O PAPIRO

No programa de TV do Observatório da Imprensa desta semana, Alberto Dines entrevistou o jornalista Franklin Martins.
Em uma passagem da entrevista, o entrevistado lembrou que a velha mídia nas eleições de 2002, 2006 e 2010 apoiou em bloco e de forma ostensiva o candidato do PSDB - oposição - à presidência da república. 
Disse ainda que apesar do amplo, total e irrestrito apoio, com direito a todo tipo de ataques aos candidatos do PT, o candidato da velha imprensa não venceu as eleições e que a população ignorou o apoio midiático e escolheu os candidatos do PT.
De fato, e sem versões fantasiosas, foi o que aconteceu.
Acrescento ao declarado por Franklin, que sem o apoio ostensivo da velha mídia ao candidato da oposição, os candidatos do PT venceriam tranquilamente  as eleições em primeiro turno. 
Isso significa que ainda uma pequena parcela da população acredita nas baboseiras da velha mídia.
E falando em baboseiras, o artigo acima do imortal, que carrega o título Fatos e Versões, é um exercício  de torcida organizada de times de futebol, já que os fatos e versões sequer existem no conteúdo
O imortal diz que Dilma é favorita apenas porque é a preferida somente dos eleitores.
Brilhante !
Os eleitores do presente, que não são os eleitores de um colégio eleitoral de um passado sombrio, podem tomar suas decisões e efetuar suas escolhas com relativa e substancial independência dos desejos de outros políticos, instituições e do dinheiro que comanda o espetáculo.
Assim sendo, ter somente o apoio dos eleitores, ou seja da maioria da população, não é pouco e tem garantido as vitórias para os candidatos do PT.
A título de lembrança, nas eleições para presidência em 1989, no segundo turno, o estado do Rio de janeiro conferiu 75 % dos votos do estado para o candidato Lula, até mesmo em locais onde o conservadorismo reinava, com exceção , talvez, da meca do conservadorismo , a cidade de Santo Antônio de Pádua.
Cabe lembrar, ainda, que Lula e o PT não tinham nenhuma representação política  em prefeituras e mesmo no governo do estado na época, que era governado pelo PMDB.
O povo fez o palanque para Lula.
Na arquibancada e em sua torcida, o imortal lembra a eleição de 2010 quando Serra liderava as pesquisas com quase 40% dos votos e Dilma sequer aparecia nas pesquisas, isso já no mês de maio. Depois afirma, que iniciada a propaganda eleitoral e com os candidatos definidos, a situação se inverteu e Dilma foi para o segundo turno e venceu as eleições. Afirma ainda, em um texto de imortal doido beleza, que neste ano os candidatos da oposição é que serão apresentados à população após a copa do mundo ( detalhe: colocou a copa como marco ) e que, instalado o contraditório com os debates os candidatos da oposição tem muito campo para crescer. Afirma também que o contrário pode acontecer.
Brilhante !
O texto do imortal doido beleza deixou de lado fatos e versões significativos.
Em 2010, Lula, que realizava seu segundo mandato não poderia se candidatar e, ainda ostentava uma aprovação popular com índices estratosféricos que tangenciavam, naquele momento, a casa de 80% de aprovação. 
Também, naquele momento da campanha, as pesquisas de opinião quando incluíam o nome de Lula, o apontavam com amplo favoritismo , principalmente na pesquisa espontânea, quando os nomes dos candidatos não são apresentados ao entrevistado.
Ainda, na época, a velha mídia, incitava uma possibilidade de uma mudança nas regras do jogo onde Lula poderia, assim, disputar um terceiro mandato. 
Tudo isso colocava o eleitor em stand by, embaralhava o quadro eleitoral, favorecia os índice altos do candidato Serra, e tinha como objetivo principal uma casca de banana para Lula, que se aceitasse  a proposta de um terceiro mandato seria taxado, pela mesmo velha mídia, de ditador e autoritário.
Lula driblou a armadilha, para frustração da torcida adversária, afirmando ser contrário as mudanças da regra do jogo e que valorizava, como sempre valorizou , a democracia. 
Depois do golaço do petista, Lula apresentou Dilma como candidata do PT e pediu ao povo o voto na candidata. 
A partir dali, o quadro eleitoral clareou e Dilma ocupou os espaços, com o meio de campo de Lula, não dando chance ao adversário.
Não venceu em primeiro turno , devido a bolinhas de papel e outras manipulações criminosas conduzidas pela velha mídia com o intuito claro de atacar a candidata do PT. 
Isso é fato, e a versão é definitiva.
Logo, a comparação feita pelo imortal doido beleza sobre o lançamento dos candidatos da oposição não procede, nem em fatos e menos em versões. 
Lula era o presidente da república, com ampla aprovação popular na casa de 80%, e ao definir seu candidato o fez com sucesso.
Hoje, Aécio e Campos, são apenas candidatos, de pouco apelo nacional.
Esparramando tintas, o imortal resolve atacar pelos flanco da energia, comparando  o período atual como ano de 2001.
Em 2001, no governo de Fernando Henrique  o país vivenciou um racionamento de energia elétrica, isso porque o governo da época não investiu corretamente  e adequadamente no setor elétrico, principalmente na construção de hidroelétricas. 
Isso foi proposital, para favorecer a iniciativa privada na constituição e construção de termelétricas que seriam operadas com o gás da Bolívia, que chegava ao Brasil quase de graça. 
As termelétricas da época, de lucro fácil para os investidores, foram constituídas seguindo  o padrão utilizado na petroquímica pelo general ditador Geisel. 
Cabe lembrar que o vice de Fernando Henrique trabalhou ativamente no governo Geisel.
Ocorre que um erro  grosseiro no cronograma de implantação das  termelétricas levou o país ao racionamento de energia.
A situação hoje, é totalmente diferente e não cabe nenhum tipo de comparação com o período da farra do gás boliviano. 
O país, atualmente, investe pesado na construção e  geração de energia elétrica. 
É sabido que a matriz energética brasileira tem na hidroeletricidade seu maior componente, e devido a isso, depende do ciclo de chuvas, e não das mãos de Deus, como afirma o imortal. 
Com um verão atípico as chuvas ainda não chegaram.
Ainda em seu campo de delírio, tal qual os sonhos de Kurosawa, o imortal doido beleza afirma que a escolha de Lula para a prefeitura de São Paulo foi um fracasso, isso com um ano de governo Haddad e resultados surpreendentes no campo da mobilidade urbana e criação de comitês populares para discutir as necessidades da cidade que os tucanos abandonaram em troca de empresas e amigos.
Já no artigo de hoje, o imortal torcedor alucinado, escala uma opção de terceira via para o país, referindo-se a candidatura Campos- Marina.  
No Brasil, como na América do Sul não existe terceira via. 
O que está em jogo são dois lados bem definidos, o da social democracia e os mercados. 
Talvez, Bolívia e Equador possam se situar em uma terceira via. 
No Brasil, menos ainda. 
O que existe é a social democracia do PT, com suas políticas e programas sociais de redução das desigualdades - que o imortal doidão chama de bolsas - aprovadas e citadas pela ONU. 
Do outro lado, um mercado faminto para retomar o poder e seguir nos esfacelamento do estado brasileiro que se iniciou com os governos dos anos de 1990 do PSDB. 
Do lado da social democracia está o PT e do outro lado o PSDB e o PSB de Campos-Marina.  
Isso é fato.
Cita ainda o PSOL, como uma candidatura interessante de extrema esquerda, tal qual o fez em 2006 incensando  a candidatura de Heloísa Helena, que na ocasião era citada como de terceira via e como o fator Heloísa nas eleições. 
Terceira via ou fator, a realidade é que ela foi pro saco e está lá até hoje.
Assim sendo , caro leitor, o texto do imortal não trata de fatos e nem de versões.
É um exercício de manipulação, mentira, torcida e desejo,  encoberto com um véu analítico que ainda seduz alguns eleitores, pois caso  contrário, Lula e Dilma teriam vencido suas eleições em primeiro turno.
Isso è vero, é fato.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Vai ter PT

Igor Felipe: Xeque mate do movimento das ruas é #NaoVaiTerAlckmin

publicado em 24 de fevereiro de 2014 às 12:40

#NaoVaiTerAlckmin, o xeque mate do movimento das ruas em São Paulo
publicada segunda-feira, 24/02/2014 às 09:24 e atualizada segunda-feira, 24/02/2014 às 10:58
Por Igor Felippe, no Escrevinhador
A população que vive em São Paulo não aguenta mais a violência, os serviços públicos sem qualidade e a corrupção. São muitos e muitos problemas que afligem diversos setores, como os trabalhadores, estudantes, idosos e aqueles que se manifestam por um mundo melhor.
A Policia Militar de São Paulo é uma das polícias mais violentas do mundo. Violenta famílias de trabalhadores que vivem na periferia, assim como reprime aqueles que se manifestam democraticamente.
Os métodos arbitrários da PM aproximam as famílias de trabalhadores dos manifestantes que não estão satisfeitos com o atual estado de coisas.
2.045 pessoas foram mortas entre 2005 e 2009 no Estado de São Paulo pela Polícia Militar, que na manifestação desse sábado prendeu 230 pessoas, entre as quais cinco jornalistas.
Meses atrás, essa mesma polícia reprimiu os rolezinhos dos jovens da periferia nos shoppings e os dependentes de crack durante operação humanitária da Prefeitura.
As famílias de trabalhadores, os estudantes e os idosos não aguentam mais o tempo perdido no trânsito e a falta de qualidade do transporte público, especialmente no metrô.
O sistema público de educação não atende a necessidade da população. Escolas que não educam, com falta de estrutura, professores e funcionários sem uma remuneração justa, além da falta de vagas no ensino médio e superior.
Pronto-socorro, posto de saúde e hospital público sem condições de atender a população, acumulando filas e filas, que têm como consequência atendimento ruim e falta de estrutura para suprir a demanda. Fazer uma consulta ou um exame demora meses e meses.
A corrupção fundada na relação promíscua entre o poder público e empresas capitalistas, que contamina todo o Estado, revolta todos que precisam de serviços públicos.
Mais e mais notícias começam a desvendar o esquema de corrupção nas obras e fornecimento de trens e equipamentos para o sistema de transporte sobre trilhos em São Paulo.
A luta que pode unificar os anseios das famílias de trabalhadores das periferias, a juventude em luta e os movimentos populares é o #NaoVaiTerAlckmin.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, não é o único responsável por essas questões, mas é o alvo que pode unificar os movimentos e a classe trabalhadora, viabilizando uma coalizão das formas emergentes de luta social e os movimentos sociais tradicionais, com apelo popular.
O #NaovaiterAlckmin é funcional para o PT? Pode ser, porque o partido tem interesse em desgastar o governador, mas também representaria um tensionamento interno entre aqueles que querem e não querem protestos e um perigo em potencial para uma acomodada presidenta Dilma Rousseff.
O #NaovaiterAlckmin é funcional para as formas emergentes de luta? Pode ser, porque constrangeria o PT e poderia acumular força social e apoio de setores que não se identificam com o #NaovaiterCopa, criando condições para mobilizar e organizar as massas para pressionar o governo Dilma pelas mudanças.
O governo federal e o comando do PT teriam que se decidir: aceitar, apoiar e aderir às lutas do #NaovaiterAlckmin ou se aliar ao governador para manter a ordem e reprimir as manifestações, como dá sinais o ministro José Eduardo Cardozo.
O #NaovaiterAlckmin é superior ao #NaovaiterCopa porque pode mudar a correlação de forças, contribuindo para desgastar o PSDB, colocando a faca no pescoço do governo federal e do PT, que teriam que se posicionar. O que diriam os governistas que querem endurecer as leis repressivas e os petistas que têm medo das manifestações de rua?
Mais um elemento da superioridade da jornada contra o governador é que o #NaovaiterCopa não representa necessariamente uma saída para a esquerda, enquanto o #NaovaiterAlckmin ataca os setores conservadores e a repressão da PM.
O #NaovaiterAlckmin representaria a partidarização do movimento de lutas? Não necessariamente, porque o movimento pode construir uma plataforma de mudanças com perspectiva estratégica.
Garantia do direito constitucional de manifestação, desmilitarização da PM e proibição de porte de armas letais em operações em protestos; democratização dos meios de comunicação que manipulam e criminalizam os protestos; educação e saúde públicos, universais e de qualidade;  fim da corrupção nas obras do metrô, retomada do dinheiro desviado e investimentos na qualificação e expansão das linhas podem ser o ponto de partida da construção dessa plataforma.
O #NaovaiterAlckmin poderia empunhar também a bandeira do plebiscito pela convocação de uma assembleia constituinte exclusiva para a reforma do sistema político, para mudar de vez as instituições reféns do poder econômico e que não representam mais os interesses das maiorias.
O #NaovaiterAlckmin é o xeque mate do movimento das ruas. Representa um salto de qualidade na luta e pode mobilizar mais pessoas, fazer mais protestos e acumular mais força para enfrentar o aparato repressivo do Estado e as amarras do nosso sistema político que impedem as mudanças estruturais.
 
Fonte : VI O MUNDO
__________________________________________________________________





opinião - PAPIRO

A pauta é boa. 
Pode-se dizer que atende os interesses de grupos de esquerda. 
Cabe lembrar, porém, que Alckmin é o governador eleito democraticamente para o governo de SP. E tudo indica que seja candidato a reeleição em outubro. 
Alckmin não é Copa e Copa não é Alckmin, logo as comparações não procedem. 
O PT , naturalmente não quer Alckmin, pois terá seu candidato, Padilha, na disputa pelo governo de SP. 
O mesmo com outros partidos que estarão na disputa. 
O nãovaiteralckmim, desta forma, se situa em um contexto de campanha eleitoral sem partido e sem candidato e, em campanhas eleitorais quando se luta apenas por aquilo que não se deseja, pode-se ter sucesso imediato e também um problema ainda maior como o sucessor. 
Em campanhas eleitorais deve-se definir o que se deseja, em termos de partido e candidato, e colocar o bloco na rua para alcançar o desejado, sem sustos ou surpresas no futuro. 
OK, você já sabe o que você não quer, mas também deve saber o que você quer naquele lugar. 
Eu quero o PT, nos governos de SP, RJ, MG, RS, BA,… Também quero o PT no governo federal.
Nos anos 60 e 70, pessoas saíram às ruas gritando não à ditadura militar. 

Muitos que ali estavam, talvez a maioria, queriam o fim da ditadura militar e em seu lugar uma ditadura do proletariado. 
Poucos não queriam nenhuma espécie de ditadura, porém apoiavam um governo do proletariado. Ditadura não é campanha eleitoral e campanha eleitoral não é ditadura. 
Alckmin não é Copa e Copa não é Alckmin. 
Campanha eleitoral se faz com partidos, candidatos e programas bem definidos e a população pode, assim, mudar aquilo que não presta, como impor uma derrota a Alckmin, por exemplo. 
Acho estranho uma campanha de mobilização contra um candidato sem apresentar um outro candidato.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Multidões & Multidões

 Editorial - PAPIRO

Na semana que se inicia, com a ´proximidade do carnaval, é possível ver multidões pelas ruas.
A tendência natural é que nos próximos dias mais e mais pessoas ocupem as ruas das cidades para brincar em blocos.
Multidões e ruas, fazem as festas e a história.
No sábado que passou, e que não voltará jamais, os jornais da mídia corporativa apresentaram algumas pesquisas sobre as intenções de voto para a presidência da república, por conta das eleições de outubro.
Mais uma vez a presidenta Dilma aparece com largo favoritismo, vencendo as eleições em primeiro turno. 
A pesquisa também aponta que a maioria da população deseja mudanças, porém quer que tais mudanças sejam conduzidas por Lula, Dilma e o PT.
Enquanto isso, o PT do Rio de Janeiro aprovou o nome do Senador Lindbergh Faria para concorrer ao governo do estado. 
Em um evento na quadra da escola de samba Salgueiro, que leva multidões às ruas, seis mil pessoas - mesmo número de pessoas que ontem foi ao estádio de São Januário assistir ao jogo entre Vasco e  Cabofriense - acompanhavam o lançamento da candidatura do Senador.
Em perfeita sintonia com o desejo de mudança , o Senador lançou um projeto que inclui uma reforma agrária no estado, a introdução do orçamento participativo no governo estadual, a independência do estado na produção de alimentos, um programa mais médicos específico para o estado, uma total reformulação no sistema de transporte público, dentre outros temas. 
Como consequência natural, um avanço no processo democrático com maior participação popular.
A multidão de seis mil pessoas presente na quadra do Salgueiro, uma semana antes do carnaval e em dia que multidões brincavam pelas ruas em blocos, aprovou o projeto do Senador para o estado do Rio de Janeiro, afinal a população ganhou com os governos de Lula e Dilma, e quer mais.
No mesmo dia, ainda por conta das pesquisas de opinião, a maioria da população rejeita novos protestos que tenham por finalidade a violência e a vontade de grupos de oposição em criar um caos para prejudicar a realização da copa do mundo e, com isso, tentar tirar vantagens no processo eleitoral. 
Como a opção pela via democrática e civilizada ficando cada vez mais estreita e difícil  para os  partidos de oposição, conforme atestado pelas pesquisas de intenção de votos, a violência e o caos aparecem com as únicas vias viáveis para os grupos de oposição chegarem ao poder, tanto no Brasil como na Venezuela.
Multidões pacíficas que se beneficiaram com os governos do PT querem mais.
Multidões úteis, incitados por mascarados de gravata , promovem o caos.
Multidões fazem o carnaval nas ruas.
Nas ruas de São Paulo, em expectativa por um dia de violência, um grupo de  mil pessoas protestou contra a copa e 230 manifestantes foram detidos pela polícia. 
Em uma semana de multidões, as trombetas da mídia corporativa que despejam altos decibéis em apoio ao caos, também se vêem com seus limites mais estreitos no tocante a vontade popular.
A democracia brasileira, que foi assunto do terceiro editorial de o globo em apenas uma semana, ganha força com o programa de governo do candidato do PT ao governo do estado do Rio de Janeiro, assim como também ganham todos aqueles que querem mais com o PT.
A democracia brasileira perde força com as constantes tentativas de golpes de estado e manipulações conduzidas pela mídia corporativa e seus aliados no Supremo Tribunal Federal.
A democracia brasileira perde força sem uma legislação clara para os meios de comunicação.
A democracia na América do Sul perde força com as tentativas de golpe de estado, atualmente na Venezuela.
A democracia precisa e necessita ser defendida e essa defesa jamais poderá ser  proposta ou mesmo conduzida pela velha imprensa.
Na sexta-feira próxima os desfiles das escolas de samba do Rio de janeiro terão início.
Uma multidão estará na passarela Darcy Ribeiro para assistir o espetáculo
A escola que abrirá os desfiles terá como enredo Os Sertões e a história de Canudos.
 






Mesmo assim A Terra gira

Gilmar, o Dirceu já está em R$ 933 mil

Devem ser pessoas que aproveitaram a oportunidade para lavar dinheiro



Saiu no Blog do Dirceu:

Estamos muito perto de encerrar a nossa campanha



Caros amigos e caras amigas,

A campanha Eu Apoio Zé Dirceu continua e precisamos da ajuda de todos para atingirmos os R$ 971.128,92 referentes à injusta multa imposta ao Zé Dirceu. Já recebemos a notificação para o pagamento da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal.

Felizmente, com o empenho de todos, falta pouco. Mas ainda precisamos de um último esforço para atingirmos a meta e concretizarmos nosso protesto coletivo contra as arbitrariedades de que José Dirceu vem sendo alvo.

Até as 12h desta sexta-feira (21/02), foram recebidos e conferidos 2.993 comprovantes de doações, atingindo o valor de R$ 932.894,32.

Envio dos comprovantes

Reforçamos a importância do envio dos comprovantes de doação para o site da campanha. Não poderemos utilizar doações que não tiverem seus respectivos comprovantes.

Eles devem ser digitalizados em um scanner ou fotografados e enviados ao site www.apoiozedirceu.com. Basta entrar no site, clicar em Como Doar e no item 2 dessa seção, acessar o “Formulário de Comprovação de Doação”.

Amanhã, sábado (22.02), publicaremos mais uma atualização com o saldo de doações e o número de doadores. Qualquer dúvida, mande seu e-mail para apoiozedirceu@gmail.com

Seguimos juntos na luta rumo ao fim da nossa campanha.

Amigos do Zé

Clique aqui para acessar o site da campanha




Aqui para “Gilmar, o Dirceu já levantou R$ 826 mil !”


Em tempo: Saiu no G1:

Presidente do Supremo manda prender Roberto Jefferson



Dos réus que poderiam estar presos, só ex-deputado seguia em liberdade.
Jefferson foi condenado a 7 anos e 14 dias de prisão no semiaberto.


Mariana Oliveira
Do G1, em Brasília


O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e relator do processo do mensalão, ministro Joaquim Barbosa, negou nesta sexta-feira (21) o pedido de prisão domiciliar ao ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) e determinou que ele seja preso. Jefferson era o único que seguia em liberdade entre os condenados do processo do mensalão que já poderiam estar presos.

Fonte: CONVERSA AFIADA
__________________________________________________________________________


 Crítica - PAPIRO
Trombone alvorada weril 
Em CARTA MAIOR, hora a Hora informa que a campanha para arrecadar o valor para pagamento da multa surrpreende o mundo político, pela força da mobilização e, principalmente, pela constatação de que o julgamento do mensalão foi uma farsa midiática.
Nos jornais, revistas e telejornais da velha mídia  é visível o descontentamento com o sucesso da campanha, e , generosos espaços são disponibilizados para que um membro do STF, se utilize de microfones, talvez os seus, para levantar suspeitas sobre as doações , insinuando , até mesmo, que poderia se tratar de um crime de lavagem de dinheiro.
O STF cria uma fictícia lavagem de dinheiro que tem ampla repercussão na velha mídia, a mesma velha mídia que acusou de forma criminosa e ficitícia parlamentar do Rio de Janeiro de estar financiando os protestos de rua.
Cada vez mais, o leitor atento que acompanha os fatos, percebe que STF e velha mídia tem um projeto, e, nesse projeto, o governo do PT e o povo devem ser batidos, mesmo que para isso fantasias e delírios sejam apresentados , com gritaria, como verdades factuais. 
As campanhas para arrecadar os valores para pagamento das multas dos réus do mensalão, ligados ao PT, são um fato político de extrema relevância tendo em vista todo o processo de julgamento desses réus e a participação de parcela da sociedade nas doações.
Assim sendo deveriam receber o tratamento como tal na velha mídia, porém, não é o que acontece. Mesmo após dois editorias  em uma semana, em que se contorceu  com palavras para tentar explicar uma manipulação grosseira, o  jornal o globo continua apresentando em primeira página, ao longo dos últimos 15 dias consecutivos
, charges que tem por objeivo desmoralizar e ridicularizar as contribuições para pagamentos das multas., enquanto a realidade e a verdade factual apontam para um outro lado, de forma clara e surpreendente para o  campo político.
Mais uma vez vale a máxima de que na velha mídia a realidade pouco importa, assim como a relevância dos fatos, ainda mais se tratando de ano eleitoral, onde o desejo e a vontade do lado político midiático passa a ser a realidade em si, mesmo que a Terra gire.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Vagabundo, medíocre, criminoso, golpista

Rodrigo Vianna: No Brasil e na Venezuela, a guerra da desinformação

publicado em 17 de fevereiro de 2014 às 18:35

Black Bloc venezuelano, na concepção de Vitor Teixeira
Fonte: VI O MUNDO
________________________________________________________________________ 
qua, 19/02/2014 - 4:23
.
.
Igor Fuser, Professor da Universidade Federal do ABC,
amassou a Mônica Waldvogel falando sobre a Venezuela
no Programa Entre Aspas da Globo Âníus. Imperdível!
“Ô Mônica! Me diz por que nesses últimos 15 anos
de Chavismo não houve uma única notícia positiva
sobre a Venezuela na Rede Globo de Televisão.”
_______________________________________________________________________

Freixo detona o jornalismo vagabundo de O Globo

publicado em 18 de fevereiro de 2014 às 22:49

A exaltação de um factoide
Fonte: VI O MUNDO
____________________________________________________________________
    PAPIRO - Crítica
Trombone alvorada werilVagabundo, medíocre, criminoso. golpista e sabe-se lá o que mais essa gente podre de globo está envolvida para desestabilizar o país.
Aqui ou Venezuela as táticas são as mesmas, justo contra governos populares e democráticos que ousaram a trilha do pós neoliberalismo.
Nos países da América latina, governos alinhados com os EUA não são notícia por causa de protestos ou manifestações, uma vez que caso existissem seriam violentamente reprimidos.
Há muito mais nos protestos de Brasil e Venezuela do que a simples insatisfação de alguns grupos da sociedade.
O jornalismo de globo e de toda a velha mídia é uma atentado contra a democracia e a liberdade no país
Excrescências moldadas em tipos, formas e palavras para serem reproduzidas em rotativas de esgoto.
A sociedade não mais se submete as mentiras e manipulações diárias de uma corja de marginais que pensa que pensa o país e , assim tenta moldar as consciências defecando qualquer coisa que lhe venha a boca  e que em nada se assemelha a um jornalismo, ou mesmo como dever de um jornal, como insiste pela segunda vez na semana em mais um editorial de globo , sempre destilando  um suposto equilíbrio e uma inabalável e mentirosa  razão sobre os acontecimentos.
O equilíbrio que globo diz ter nunca existiu em momento algum de sua nefasta história de jornalismo.
Globo tem lado, interesses e é disciplinado na execução das tarefas que deve realizar.


segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

O Sofá

J.P.Cuenca: Num sofá imaginário, o debate sobre o papel da mídia

publicado em 15 de fevereiro de 2014 às 16:00

por Luiz Carlos Azenha
J.P.Cuenca, na Folha, escreveu um dos melhores artigos que li até agora sobre a morte do repórter cinematográfico Santiago Andrade, no Rio.
Fala da histeria e do sensacionalismo que podem resultar em leis desnecessárias — é, acrescento eu, gente oportunista pegando carona numa tragédia para acertar contas com adversários políticos, de olho nas eleições de 2014; gente que não se envergonha de usar a comoção da família para fazer avançar seus interesses.
O leitor Bonifa, num comentário que se tornou post, pergunta sobre o que teria levado as Organizações Globo e a revista Veja a enveredar por onde enveredaram na cobertura do caso.
A Globo falou em “atentado à liberdade de imprensa”.
A Veja foi atrás de uma lista de um ato não relacionado à morte do profissional da Band com doações feitas por políticos.
O “jornalismo declaratório”, denunciado por Caco Barcellos, venceu mais uma: hoje os desavisados estão certos de que as manifestações são frequentadas por quem recebe 150 reais, quando ninguém apresentou nenhuma prova de que de fato isso aconteceu.
Se Caio Souza recebeu 150 reais, deve saber de quem recebeu. Ou não? Pode ter depositado o dinheiro. Feito algum pagamento. Entregue a alguém. Para a polícia que conseguiu encontrá-lo na Bahia, facílimo de elucidar. Mas as acusações são todas genéricas, pelo menos por enquanto.
Prova? E precisa?
A Globo usou “jornalismo declaratório” contra o deputado Marcelo Freixo, do Psol, com a seguinte manchete bizarra, no G1:

Uma amiga anotou que o Jornal Nacional dedicou 15 minutos e 15 segundos à cobertura, no dia da prisão do acusado na Bahia — o que se justifica, já que a repórter da emissora acompanhou a polícia.
Essa simbiose entre o jornalismo e as autoridades não é, nem de longe, novidade.
Basta relembrar a presença do repórter Cesar Tralli com equipes da Polícia Federal em mais de uma oportunidade.
Eu mesmo, quando era repórter da Globo no Rio de Janeiro, fui escalado para viajar num jatinho do governo do Estado do Rio para cobrir a prisão do traficante Fernandinho Beira-Mar, na Colômbia, ao lado do então secretário de Segurança Josias Quintal.
Quando a cobertura interessa às autoridades, a Globo tem portas abertas.
Neste caso, é óbvio que a cobertura interessava ao governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral: primeiro, porque muitas das manifestações são contra ele; segundo, porque é eleitoralmente positivo ser ou apoiar o “candidato da ordem”; terceiro, porque ficou demonstrada a eficiência da polícia carioca, especialmente na resposta a um caso que causou comoção nacional.
Já a Globo, pela primeira vez na sua história sofre o questionamento em massa nas redes sociais. Esse questionamento muitas vezes transborda para as ruas.
Estamos no ano em que o golpe de 1964 completa 50 anos. Falta muito a dizer sobre a simbiose entre as Organizações Globo e a ditadura militar.
Questionamentos sobre o papel da Globo na ditadura remetem diretamente ao presente e ao fato inescapável de que a emissora — como, aliás, todas as emissoras e empresas jornalísticas — tem lado, faz escolhas e não paira sobre a sociedade como ente “imparcial”.
As emissoras de rádio e TV são concessões públicas e as concessões públicas devem responder àqueles que são donos do espectro eletromagnético, ou seja, a todos os brasileiros.
Essa é uma “descoberta” que um número crescente de brasileiros vem fazendo, através das redes sociais.
A Globo, especificamente,  é a campeã no recebimento de dinheiro público, via governo federal, outra descoberta recente para muitos:

Insisto: quando Rodrigo Vianna deixou a emissora, em 2006, as redes sociais ainda eram coisa de poucos no Brasil.
As críticas à Globo estavam concentradas entre jornalistas e acadêmicos.
Hoje, ganharam massa crítica.
No episódio do Rio, a emissora encontrou a oportunidade de se colocar “do lado certo” da opinião pública.
Falar em “atentado à liberdade de imprensa” confere a ela o status de defensora de algo com o qual 99,99% dos brasileiros concordam!
Porém, é bom lembrar que a Globo defende tal liberdade de forma seletiva.
Que eu saiba, a emissora não fez registro da prisão ou da busca e apreensão contra jornalistas em Minas Gerais, promovida por agentes estatais ligados a governo “amigo”, de Antonio Anastasia-Aécio Neves.
O ponto-chave da coluna de J.P.Cuenca na Folha é justamente este:

Nem a Globo, nem qualquer empresa da mídia corporativa, quer sentar no sofá do J.P. Cuenca para discutir o papel que exerce na sociedade, uma exigência de um número cada vez maior de brasileiros.
Queremos discutir a regulamentação dos capítulos da Constituição de 1988 que tratam da comunicação.
Queremos discutir a legislação antiquada que rege o setor — um emaranhado que favorece duas dúzias de famílias que ditam a agenda nacional.
Queremos discutir o Ofcom britânico, o escritório independente que regulamenta o setor das comunicações no Reino Unido e ao qual os ouvintes e telespectadores podem recorrer contra os crimes midiáticos (sim, disseminar notícia sobre uma epidemia inexistente, por exemplo, configura crime).
Porém, qualquer tentativa de debate é, em si, tratada como ameaça à liberdade de imprensa e/ou de expressão.
A mídia corporativa em geral — a Globo, em particular — não se envergonha de usar qualquer subterfúgio para fugir do sofá retórico de J.P.Cuenca.
Fonte: VI O MUNDO
_________________________________________________________________

                EDITORIAL   PAPIRO

A grande imprensa é seletiva naquilo que informa. Isso é fato.
A presidente da ANJ - associação nacional de jornais - Judith Brito, funcionária da Folha de SP, declarou recentemente de forma explícita e frontal, que a imprensa brasileira faz o trabalho de partido de oposição ao  governo federal, uma vez que, ainda em sua declaração indecente, os partidos de oposição no país são muito fracos.
O globo de hoje, 17,02,14, revelando o fundo do poço em que se encontra a imprensa, chama a atenção de seus leitores para editorial em que "explica" a função de um jornal. 
Certamente nada disse sobre o papel da imprensa atribuído pela presidente da ANJ e que globo exerce  diariamente de forma visceral.
O editorial de globo, em meio aos acontecimentos e desdobramentos sobre a morte de um cinegrafista da TV bandeirantes, aparece como uma peça defensiva, uma vez que um disse me disse envolvendo ativistas serviu de matéria prima para o diário carioca concluir sobre os acusados diretos e indiretos e ainda enviar o processo para o Ministério Público. 
Sim, caro leitor, globo pensa como tal.
Acusações sem provas concretas proliferam e mesmo assim o globo adotou a versão apontada pelos principais suspeitos e envolvidos, isso até o momento.
A versão apresentada por globo e por  toda a velha imprensa criminaliza  ativistas ,políticos de partidos de esquerda e partidos de esquerda.
Guardadas as devidas proporções com outros acontecimentos, não posso deixar de lembrar a explosão da bomba do Riocentro, em 1981 no Rio de janeiro, que logo após o ato terrorista a grande imprensa atribuiu  o ato aos comunistas, para em seguida, em função da pressão da realidade, apresentar outra versão.
Há no momento um interesse claro e reacionário dos grupos de direita, onde históricamente se situa globo , em criminalizar os movimentos sociais e as manifestações populares. 
Um clima de comoção, propositalmente exacerbado pela própria mídia,  em total desrespeito aos familiares da vítima, tem por objetivo propor e aprovar a toque de caixa leis específicas para penalizar  atos de protestos, com a obscura e perigosa rubrica do terror.  Um retrocesso.
Em meio a esse verão quente, em todos os aspectos, globo de hoje também publica chamada em primeira página onde afirma que o calor no Brasil pode reduzir o PIB de 2014 para 1%. 
E o frio ? Também afeta o PIB ? De que maneira ? 
E as chuvas ou  ausência  delas, também afetam o PIB ? 
E os ventos e os raios também podem afetar o PIB ? 
E o maneco , também afeta ? 
Faça-me o favor, isso não é jornalismo , é exercício de urubologia com fins eleitorais.
É o calor de oposição, aliado de momento. 
Na falta de partidos de oposição fortes, como declarou a indecente Judith, o calor também serve.
Globo, por outra mídia, também declarou que a presidenta Dilma é a responsável pela comercialização de rojões no país. Dilma black bloc, seria ?
Em sintonia com o dever de um jornal,  globo pouco ou nada esclarece a campanha contra o  vitorioso programa 'mais médicos' que, pelo que aflora no verão escaldante, tem até a participação da embaixada dos EUA para desestabilizar o programa.
E o que dizer do amplo destaque que globo, mas não a única mídia, tem dado as suspeitas alopradas e irresponsáveis proferidas por um ministro da suprema corte do país, que, em tese, julgaria aquilo que apresenta de forma intrépida e midiática como sendo um suposto crime. 
Não é um comportamento adequado e esperado para um magistrado da suprema corte do país.
Ainda em globo, através das suaves vozes de suas apresentadoras em emissoras de rádio, há uma exploração diária de declaração do ministro de minas e energia de que a probabilidade de acontecer um desabastecimento de energia - entenda-se racionamento - é praticamente zero. 
A exploração da declaração do ministro deve-se ao fato de  que no início de janeiro, o mesmo ministro teria dito que o risco de desabastecimento não existia.. 
Logo como houve uma mudança do zero para o quase zero , foi o suficiente para globo explorar o 100 e o quase 100. 
Isso não me parece o dever de um jornal.
Ainda em toda a imprensa que deve se comportar como um partido de oposição, com disse a saliente Judith, foi possível observar ao longo do final de semana mais próximo que se foi, que o noticiário reforça e dá grande destaque para toda e qualquer falta de energia, mesmo que provocada por chuvas e ventos que derrubam árvores e afetam a rede elétrica, como tem ocorrido em São Paulo e nas cidades satélites da capital. 
O enfoque, porém, é a falta de luz que sempre aparece em destaque. 
O mesmo se verificou nas cidades  de Vitória  e Vila Velha, no Espírito Santo, ou melhor, no estado do Espírito Santo que também ficou sem luz por conta da operadora local.;
Fique atento, caro leitor, a falta de luz será notícia com direito a estardalhaço, mesmo se a causa for  a fim da vida útil da lâmpada , de canto, de sua sala.
A tentativa de manipular a questão energética do país, a tentativa de desestabilizar o programa 'mais médicos' do governo federal, a tentativa de manipular a opinião para criar leis que criminalizem os movimentos sociais,  a rapidez em apontar o dedo para os culpados pela morte de um cinegrafista, a manipulação de apresentar um suposto PIB torrado de 1% para  o ano que apenas se inicia deve-se ao fato do PIB brasileiro de 2013 ficar próximo de 2,6% enquanto a Alemanha e França patinaram no frio europeu em 0, 4 % e 0, 3 % de PIB, respectivamente.
Essas tentativa não são deveres de um jornal, como afirma o editorial de hoje de  globo.
Voltando, sem sair do lugar, para a questão das manifestações, não se tem, ainda, provas concretas de pagamento de mesadas ou ajuda de custo aos manifestantes. 
A opinião do PAPIRO, entretanto, se inclina para o fato de que ajudas financeiras tem grande probabilidade de ocorrer  para manifestantes, porém, isso não significa que os beneficiários dessa ajuda sejam pessoas ligadas a políticos e partidos políticos de esquerda..
Entende e percebe este blogue, que um processo para incitar a violência urbana está em curso na velha mídia, seja por convicções ideológicas próprias de veículos de mídia, ou mesmo por um processo organizado que tenha por objetivo criar um clima nacional que favoreça os partidos de oposição ao governo federal nas eleições próximas. 
Para tanto, até mesmo a segurança pública, em alguns estados da federação, ou é conivente com a violência ou é parte ativa dela.  
Entende ainda que esse processo não é novo, mas ganha uma dimensão maior com a proximidade das eleições de outubro.
O PAPIRO também apóia a campanha pela democratização dos meios de comunicação do país , com respectiva legislação que amplie a liberdade, a pluralidade e a diversidade  de expressões.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Mensalão dos Protestos


Michel Zaidan Filho: AI-5 padrão Fifa

publicado em 14 de fevereiro de 2014 às 12:44

AI-5 padrão Fifa
por Michel Ziadan Filho*, via José Luiz Gomes da Silva, por e-mail
Quando Hitler quis dissolver o Parlamento e implantar o 3. Reich, inventou um incêndio no Reichstag.
Quando Vargas quis dar o Golpe que instaurou a ditadura do Estado Novo, no Brasil, providenciou a fraude do Plano Coehn.
Agora, pelo visto, estão atrás de um pretexto para criminalizar os movimentos sociais, proibir qualquer manifestação de protesto social (a não ser as autorizadas pela polícia, com prévia consulta) e votar uma clara lei de exceção no país.
O que mais incomoda é que esse estupro das liberdades democráticas no Brasil está sendo perpetrado com o apoio e a aquiescência da imprensa “livre” e “democrática”.
Acham os jornalistas, e as entidades que os representam (como as que representam os donos dos veículos de comunicação) que os ditadores fornecem salvo-conduto ou beneplácitos para os profissionais da imprensa, enquanto amordaçam os demais setores da oposição ao governo e ao capitalismo.
Não sabem eles que uma vez perpetrado o atentado contra o direito de livre manifestação, os próximos serão eles, quando começarem a denunciar a violência, o arbítrio da polícia contra os próprios profissionais da imprensa.
Como, aliás, já aconteceu entre nós.
Não ha regime de meia liberdade, como não há meia-virgindade, meia-gravidez. Há, é verdade, hímen complacente.
E complacência é o que está havendo da parte da imprensa (os inocentes úteis) na preparação de pequeno golpe contra o direito ao dissenso, o direito à crítica, o direito à oposição.
Não há (e nunca houve no Brasil) o menor indício de ações terroristas contra minorias étnicas, religiosas ou raciais.
Há homofobia e preconceito racial. Mas isso é crime, perfeitamente tipificado no código penal brasileiro.
Outra coisa muito distinta é contratar indivíduos ou grupos para, infiltrados nas manifestações, provocarem ações que amedrontem a opinião pública e venham justificar leis de exceção ou leis que coíbam, contrariem o legitimo direito de protestar.
Os movimentos sociais não são criminosos, amorais, genocidas ou contra os direitos humanos.
Mas há muitos “pescadores de águas turvas” (localizados em vários aparelhos) que desejam plantar provas ou indícios de que as manifestações de rua são ilegais e criminosas.
Esta tese é muito conveniente a um governo e um país que convive com uma guerra civil surda, provocada pela crise das instituições de controle social, o despreparo de sua polícia e a desigualdade social.
As elites governantes e proprietárias desse país têm que decidir o que é prioritário na agenda das políticas públicas: transferir bilhões de reais para empreiteiras, empresas privadas, hotéis, shopping centers etc. Ou cuidar do bem-estar da população brasileira.
Se optarem por usar o fundo público para o enriquecimento de uma minoria, não se surpreendam com a reação da parte sã, republicana da sociedade brasileira.
Violência só gera violência.
Protesto social só se responde com políticas públicas redistributivas, que melhorem a qualidade de vida da população e criem mais oportunidades para os mais pobres.
Combater o protesto com mais violência e arbítrio, só vai alimentar as “vinhas da ira” e provocar mais derramamento de sangue no Brasil.
*Michel Zaidan Filho, professor da Universidade Federal de Pernambuco

PS do Viomundo: O mais espantoso é ver gente de esquerda pregando o “pogrom” a intelectuais que seriam os “manipuladores” da violência nas ruas durante protestos; essa é a esquerda que não acha que as pessoas sejam capazes de ações autônomas — ainda que desastradas e eventualmente criminosas — e endossa a caça as bruxas baseada em supostos crimes “por associação”. Curiosamente, inclui gente que condenou o uso, pelo STF, da teoria do domínio do fato para condenar José Dirceu e outros petistas, mas agora quer usar a mesma teoria para perseguir adversários políticos em sindicatos, universidades e partidos políticos, como pede o jornal O Globo. Quem quebra, vandaliza, agride e mata deve responder pelos crimes que cometeu, para os quais já existem leis. Como escrevi em outro lugar, o Brasil está inventando o macartismo de esquerda.
Fonte: VI O MUNDO
____________________________________________________________________________

A nova era da violência

Autores intelectuais dos assassinatos já acontecidos e por vir são os whiteblocs. Devem ser combatidos com a mesma virulência com que combatem a democracia


Wanderley Guilherme dos Santos Arquivo

Professores universitários do Rio de Janeiro, de São Paulo e outras universidades falam do governo dos trabalhadores como se fosse o governo do ditador Médici, embora durante aquele período não abrissem o bico. Vetustos blogueiros, artistas sagrados como marqueteiros crônicos, jovens colunistas em busca da fama que o talento não assegura, políticos periféricos ao circuito essencial da democracia, teóricos sem obra conhecida e de gogó mafioso, estes são os mentores da violência pela violência, anárquica, mas não acéfala. Quem abençoa um suposto legítimo ódio visceral contra as instituições, expresso em lamentável, mas compreensível linguagem da violência, segundo estimam, busca seduzir literariamente os desavisados: a violência é a negação radical da linguagem. Mentores whiteblocks, igualmente infames.

A era da violência produziu a proliferação dos algozes e a democratização das vítimas. Antes, a era das máquinas trouxe a direta confrontação entre o capital e o trabalho, as manifestações de protesto dirigiam-se claramente aos capitalistas em demanda por segurança no serviço, salário, férias, descanso remunerado, regulamentação do trabalho de mulheres e crianças. Reclamos precisos e realizáveis. Politicamente exigiam o fim do voto censitário, o direito de voto das mulheres, o direito de organização, expressão e manifestação. Exigiam, em suma, inclusão econômica, social e política.

Os mentores dos algozes possuíam nome e residência conhecida. Os executores eram igualmente identificáveis: as forças da repressão, fonte da violência acobertada pela legislação que tornava ilegais as associações sindicais, as passeatas, os boicotes e as greves. As vítimas estavam à vista de todos: operários, operárias, desempregados, além de cidadãos, escritores e jornalistas solidários com a causa dos miseráveis.

Não há por que falsificar a história e negar que, ao longo do tempo, sindicatos mais fortes e oligarquizados também exerceram repressão sobre organizações rivais, bem como convocatórias grevistas impostas pela coação de operários sobre seus iguais. A era das máquinas não distribuía a violência igualitariamente, mas algozes e vítimas possuíam identidade social clara.

A atual era da violência, patrocinada por ideólogos, jornalistas, blogueiros, ativistas (nova profissão a necessitar de emprego permanente), professores, artistas, em acréscimo aos descontentes hepáticos, testemunha a agregação de múltiplos grupelhos, partidos sem futuro e fascistas genéticos aos tradicionais estimuladores da violência, os proprietários do capital. São algozes anônimos, encapuzados, escondidos nos codinomes das redes sociais, na covardia das palavras de ordem transmitidas a meia boca, no farisaísmo das negaças melífluas.
Os whiteblocs disfarçam o salário e a segurança pessoal nas pregações ao amparo do direito de expressão e de organização. Intimidam com a difamação de que os críticos desejam a criminalização dos movimentos sociais. Para que não haja dúvida: sou a favor da criminalização e da repressão às manifestações criminosas, a saber, as que agridam pessoas, depredem propriedade, especialmente públicas, e convoquem a violência para a desmoralização das instituições democráticas representativas.

As vítimas foram, por assim dizer, democratizadas. Lojas são saqueadas, vidros de bancos estilhaçados, passantes, operários, classes médias, e mesmo empregados e subempregados que a má sorte disponha no caminho da turba são ameaçados e agredidos. A benevolência do respeito à voz das ruas é conivência. Essas ruas não falam, explodem rojões. Não há diálogo possível de qualquer secretaria para os movimentos sociais com tais agrupamentos porque estes não o desejam. E, quando um quer, dois brigam.

A era da violência é obscura. Não me convencem as teorias do trabalho precário porque não cobrem todo o fenômeno, também é pobre a hipótese de uma classe ascendente economicamente com aspirações em espiral (já sustentei esta hipótese), e, sobretudo, não dou um centavo pela teoria de que almejam inclusão social. Eles dizem e repetem à exaustão que não reclamam por inclusão alguma, denunciada por seus professores como rendição à cooptação corrupta.

Os autores intelectuais dos assassinatos já acontecidos e por acontecer são os whiteblocs. Têm que ser combatidos com a mesma virulência com que combatem a democracia. Não podem levar no grito.
Fonte: CARTA MAIOR
_____________________________________________________________________________


O jogo perigoso da desinformação

O fundo do poço

Por Luciano Martins Costa em 14/02/2014 no programa nº 2257 

O jogo perigoso da desinformação

Os três principais jornais de circulação nacional, que ainda definem a agenda institucional no País, fecham a semana com uma proeza digna de figurar na longa lista de trapalhadas da imprensa, cujo troféu mais lustroso é o caso da Escola Base.
Por uma dessas ironias da história, no dia 22 do mês que vem completam-se vinte anos do noticiário que inventou um caso de pedofilia numa escola infantil de São Paulo, e o roteiro se repete perversamente.
A morte do cinegrafista Santiago Andrade, atingido na cabeça por um rojão de alta potência durante manifestação no Rio de Janeiro, tem todos os ingredientes para se tornar uma versão revista e ampliada desse que foi o marco do jornalismo espetaculoso e irresponsável no Brasil.
Os ingredientes para uma grande farsa estão reunidos: os dois jovens que foram identificados como autores do homicídio são compulsoriamente representados por um advogado que ganhou dinheiro com a defesa de milicianos e - colocados no grande liquidificador da mídia -, produzem uma sucessão de declarações que, a rigor, não poderiam ser incluídas num inquérito.
E tudo que dizem - ou alguém diz que disseram - vira manchete.
Nesta sexta-feira(14/2) , o alvo do noticiário é uma lista de doadores que contribuíram para a realização de uma festa, no dia 23 de dezembro do ano passado, intitulada "Celebração da Rua - Mais Amor, Menos Capital".
O evento foi realizado na Cinelândia, no centro do Rio, com coleta de doações em benefício de moradores de rua e vítimas das enchentes (ver aqui), juntando militantes de todos os tipos, inclusive professores e ativistas contra a Copa do Mundo.
Os jornais citam vereadores, um delegado de polícia e até um juiz do Tribunal de Justiça, insinuando que eles estavam apoiando o movimento chamado Black Bloc.
Nessa corrente de declarações, suposições e especulações, a imprensa já afirmou que os atos de vandalismo que acompanham a onda de protestos no Rio de Janeiro tem o dedo do deputado Marcelo Freixo, do PSOL; depois, o Globo citou uma investigação que acusa o deputado e ex-governador do Rio Anthony Garotinho, do PR, de incentivar a violência.
Um exemplo desse jornalismo de fancaria: o título publicado no dia 9/2 pelo portal G1, do grupo Globo (ver aqui): "Estagiário de advogado diz que ativista afirmou que homem que acendeu rojão era ligado ao deputado Marcelo Freixo".
 
O fundo do poço

Nesta sexta-feira, os jornais fazem malabarismos para concentrar a denúncia no PSOL, PSTU e numa organização pouco conhecida chamada Frente Independente Popular.
A citação dessas organizações foi tirada de uma frase do auxiliar de limpeza Caio Silva de Souza, acusado de haver acendido o petardo que matou o cinegrafista.
Segundo os jornais, o jovem disse acreditar que os partidos que levam bandeiras às manifestações são os mesmos que pagam a ativistas que se dedicam a depredações e a enfrentamentos com a polícia.
Nenhuma referência às investigações sobre a participação de militantes ligados a Anthony Garotinho, ainda que tais informações tenham como fonte um inquérito oficial em vez de declarações fora de contexto.
Exatamente como no caso da Escola Base, o julgamento apressado produz desinformação: pinta-se um perfil bipolar dos dois jovens, ora como se fossem perigosos terroristas, ora como se se tratasse de duas criaturas desamparadas que foram aliciadas por forças políticas interessadas em uma espécie de "revolução bolivariana", para usar a expressão irônica da colunista Barbara Gancia, na Folha de S. Paulo (aqui).
Nas duas versões, o enredo vai compondo um painel cujo resultado parece a cada dia mais claro: a demonização da política partidária, com foco muito claro em agremiações de pouca expressão eleitoral, todas coincidentemente alinhadas à esquerda do espectro político.
Pode-se discordar de objetivos e estratégias de partidos, indivíduos e organizações que se consideram artífices de uma revolução, pode-se acusá-los de tentar compensar a falta de correligionários com bumbos e palavras de ordem, mas o jogo torna-se muito perigoso quando a imprensa, hegemonicamente, atua no sentido de criminalizar o direito à manifestação pública de opiniões sobre o que quer que seja.
Nas redes sociais, esse noticiário tendencioso e irresponsável alimenta o extremismo reacionário ao ponto de inspirar chamamentos ao crime.
Se não é o fundo do poço para a imprensa, estamos quase lá.
Fonte: OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA
_____________________________________________________________


Parece que o efeito "dominó" novamente entrou em cena.
Mesmo que por motivos diferentes, ou mesmo iguais, as manifestações voltaram em janeiro pelo mundo.
Atualmente  Brasil, Venezuela, Bósnia e Ucrânia tem conflitos nas ruas de suas principais cidades.
No Brasil e Venezuela, mascarados que supostamente teriam recebido dinheiro para participar das manifestações, protestam contra... contra o quê mesmo ? 
Também no Brasil e na Venezuela a grande imprensa dos dois países apóia todo e qualquer ato que venha a desestabilizar os governos desses países. 
Não é um apoio explícito, direto, porém o noticiário explora  e extrai das manifestações aquilo que for útil para encurralar os governos desses países, mesmo que o útil seja apenas a declaração de um transeunte que passava pelo local do protesto e manifestou sua insatisfação contra o governo federal.
Janeiro de 2014 escolheu Brasil e Venezuela para os protestos, que se bem sucedidos acabariam por enterrar a Argentina. Bolívia e Equador, seriam , depois, alvos fáceis.
A confusão que a velha imprensa tem criado com notícias sobre os manifestantes e os supostos culpados, assim como a rapidez em apontar culpados, merece um olhar mais atento.
Ontem, na rádio band news, do grupo Bandeirantes, foi dito por um apresentador que a revista Veja, teria recebido da polícia uma lista com nomes de 100 pessoas e partidos políticos que teriam envolvimento direto com as manifestações, inclusive com o pagamento à manifestantes para participação nos "protestos".
Disse ainda que a lista ainda é fruto de investigação pela polícia.
Como é que é ?????
A polícia está investigando pessoas e partidos e fornece, talvez por amor, a lista para um revista publicar o conteúdo ?
Claro , que essa pergunta , ou esclarecimento sobre a lista, não foi comentado na emissora.
Continuando no noticiário da emissora que muda tudo de vinte em vinte minutos, o apresentador citou o nome de um  juiz de direito, de um advogado e de dois parlamentares do PSOL.
Empolgado , ainda citou o nome de um advogado que  trabalha para o Instituto de Direitos Humanos, e que tem um longa  e reconhecida história de sucesso na defesa de consumidores contra o abuso das empresas.
Claramente o alvo das acusações, em forma de notícia, eram profissionais e partidos de esquerda.
Interessante que a lista , conforme o apresentador , tem 100 nomes e somente cinco nomes foram citados.
Não se sabe, até agora, pelo menos, o critério utilizado pela emissora para apresentar os cinco nomes.
Ou se sabe ?
Ainda  na farra das notícias conflitantes, os apresentadores das emissoras de rádio estavam, ontem a noite, insuperáveis.
Na rádio globo, o apresentador que entrevistava um sambista, ouviu do mesmo um comentário sobre a morte do cinegrafista,o que levou o intrépido apresentador a afirmar que tinha suas "fontes" na polícia e estava bem bem a par do caso.
Fontes também recebem alguns reais, assim como manifestantes ?
Na rádio Tupi, o apresentador, em um programa de debates com advogados insistia na necessidade de se criar uma lei anti-terror, sem que houvesse qualquer tipo de debate para definir o que venha a ser o terror.
Na rádio CBN, a rádio que toca e troca notícias, a apresentadora, de voz suave e sedutora , informava que manifestação no centro do Rio de Janeiro, naquele momento, era contra as remoções de famílias para obras da copa do mundo.
Minutos depois na rádio Tupi, durante intervalo do debate em que o apresentador tal qual um cuco de relógio antigo repetia a todo instante a necessidade de uma lei anti-terror, entra no ar o informativo geral e os ouvintes são informados que a manifestação que acontecia naquele momento no Rio de Janeiro era contra o aumento das passagens de ônibus. Disse ainda, que os manifestantes portavam uma faixa com o dizeres:
" Imprensa terrorista"
Voltando ao debate, em que o apresentador cuco voltou a pedir a lei anti-terror, um dos debatedores colocou em cena a manifestante conhecida pelo codinome de sininho. No entendimento do debatedor Sininho também deveria ser indiciada, pois é parte integrante da , agora quadrilha que no protesto contribuiu para a morte do cinegrafista.
Sobre Sininho, sabe-se que durante uma festa  ela aparece em meio as gravações onde pode-se ouvir a música ..."hoje a festa é sua, hoje a festa é nossa, é de quem vier"...
Seguindo a lógica da imprensa em seus noticiários recentes, onde pessoas e parlamentares foram citados por "envolvimento" com os acusados do crime contra o cinegrafista, pode-se afirmar que Sininho teria algum envolvimento com a tv globo ?
Em meio ao cuco, ao sambista e sininho, o barulho da velha mídia é ensurdecedor, e em nada esclarece a população sobre o que está  acontecendo, ao contrário, parece que  tem o intuito de confundir.
A população deve se mobilizar e exigir uma apuração correta dos fatos com punição para todos os envolvidos , doa a quem doer.
A propósito, de onde vem o dinheiro do mensalão dos protestos?