segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

A Década das Radicalidades

2014, O ANO DAS RADICALIDADES

Sobre retrospectivas e sutilezas

Por Luciano Martins Costa em 29/12/2014 na edição 830
Comentário para o programa radiofônico do Observatório, 29/12/14

 A retrospectiva publicada pela Folha de S. Paulo na edição de segunda-feira (29/12) apresenta 2014 como “o ano bipolar”. Trata-se de uma definição interessante, mas é também uma simplificação para o recente período de turbulências na agenda pública, em grande parte provocadas ou turbinadas pela própria imprensa.
Como se sabe, há uma divisão concreta entre a realidade e a versão que a mídia nos apresenta, mas a magia da vida contemporânea está exatamente na mistura que se faz entre os fatos e seus signos, entre o acontecimento e a notícia.
Assim, na visão da Folha, o brasileiro foi da negação ao entusiasmo com a Copa do Mundo, e as manifestações de pessoas nas grandes cidades, que se haviam organizado em torno de protestos generalizados, transformaram-se em celebrações pelos bons resultados iniciais da seleção brasileira nas novas arenas do futebol. A humilhante e inesperada derrota para a Alemanha, por 7 a 1, interrompeu a festa, mas não levou os brasileiros de volta ao clima de depressão: foi um banho de realismo e uma lição de humildade.
O balanço do jornal paulista segue nessa mesma batida ao analisar os fatos da política e da economia, as relações internacionais, a cultura e o mundo do entretenimento.
A oscilação da geopolítica entre a crise na Ucrânia, que ameaça requentar a Guerra Fria, e a surpreendente abertura de relações entre Estados Unidos e Cuba, é apresentada como outro aspecto desse contexto de radicalidades em que o mundo midiatizado parece estar navegando. No entanto, é preciso cautela ao analisar as tentativas da imprensa de fazer resumos e simplificações sobre determinados períodos da vida comum.
A ascensão da mídia sobre a vida social, ao mesmo tempo em que limita um campo específico para a representação da realidade, precisa mostrar essa realidade como algo interessante, denso e instigante – e isso se faz pela manipulação dos signos. Como a expressão da realidade se produz com o propósito de torná-la mais espantosa, para efeito de consumo, deve-se desconfiar de que nem tudo é o que parece.
A realidade é sutil
Assim, toda retrospectiva de notícias é apenas uma tentativa de reafirmar o que foi dito no dia a dia da mídia ao longo do ano, e serve principalmente para consolidar o sentido que a imprensa tentou dar aos acontecimentos.
Assim, não estamos lendo um relatório preciso, mas uma peça de ficção. Por isso, não poderia soar mais honesto o sumário do processo econômico apresentado pela Folha em estilo novelesco (ver aqui) em seu balanço de 2014. O texto, pobre como os diálogos de uma novela da televisão, resume melhor o jornalismo econômico do que a realidade econômica.
Sabe-se que interpretar os fatos da economia é tarefa complicada, porque o tema envolve a precisão dos números e a dinâmica das análises de comportamento, uma vez que indicadores produzem emoções e emoções afetam indicadores.
Assim, ao optar por uma fabulação novelesca para compor a página dedicada a uma súmula do que teria sido a economia brasileira no ano que se encerra, o jornal paulista assume que tudo é relativo: a crise de hoje pode estar construindo as bases de uma força econômica mais adiante.
Com o texto sobre o escândalo da Petrobras, que tenta resumir a escalada de uma investigação inicialmente limitada, e da análise sobre o cenário internacional, duas peças que se propõem como modestas legendas que nada esclarecem, o caderno especial da Folha não pode ser lido como uma retrospectiva de 2014, mas como uma oportunidade que alguém encontrou para abrigar a ideia de que este tem sido um “ano bipolar”.
A rigor, a rotina do jornalismo é que produz essa oscilação constante entre os extremos dos acontecimentos. Em termos de linguagem, é justamente aqui que se distingue o bom do mau jornalismo: na capacidade de identificar e descrever as sutilezas presentes em toda notícia.
A linguagem jornalística se configura cada vez mais como um campo da semiótica, um ponto além da linguística, que contém a linguagem verbal. Mas a imprensa quer convencer o leitor de que a palavra – ou a imagem – tem um valor absoluto, porque é dessa fantasia que retira seu poder.
A realidade é sutil, a imprensa é bipolar.
Fonte: OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA
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Retrospectivas na velha mídia, de uma maneira geral, não fornecem um sentido para o período que se analisa.

São apresentados eventos, acontecimentos, fatos isolados e o obituário do ano.

Luciano, no artigo acima, chama 2014 de o ano das radicalidades, talvez em parte pelo cenário mundial com a ascensão do grupo terrorista do Estado Islâmico.

Talvez faça sentido até mesmo para o Brasil, já que este  ano que termina colocou em cena expressões de um radicalismo que se pensava não mais existir por aqui.

Por outro lado, e na busca de um sentido mundial, 2014 viu o crescimento de epidemias como o ébola,  o aumento das concentrações de gases do efeito estufa com consequências para o clima mundial, a radicalização de conflitos com matriz religiosa como o Boko Haran na Nigéria e o Estado Islâmico em regiões do Iraque e da Síria, o agravamento do conflito na Ucrânia envolvendo Rússia , EUA e União Européia.

De fato, a radicalização, seja na queda da qualidade de vida com epidemias e em uma atmosfera cada vez mais poluída não significa avanços, ao contrário, é sinal de retrocesso.

A radicalização de grupos religiosos e o conflito na Ucrânia que pode inaugurar uma nova fase da guerra fria, também significam radicalidades com claros sinais de retrocesso.

Aqui no Brasil, o ano começou com a velha imprensa, ainda nos primeiros dias de janeiro, deitando falação sobre a possibilidade real e concreta - na visão ou desejo  da imprensa - de que grandes manifestações de rua impediriam  a realização da copa do mundo de futebol. 
Nada disso aconteceu e a copa foi um sucesso.

Passada a possibilidade de grandes conflitos urbanos na copa,a velha imprensa atacou no noticiário coma possibilidade concreta e viável - na visão ou desejo da imprensa - de que  vários estádios para copa não ficariam prontos a tempo para a competição e aqueles que já estavam prontos e fazendo jogos para testes  eram apresentados como uma bagunça total.
Nada disso aconteceu e a copa foi um sucesso reconhecido internacionalmente.

Em seguida vieram as críticas para as obras de mobilidade urbana que ainda não estariam prontas para copa. 
As obras essenciais ficaram prontas e outras continuam em andamento.

Com a eliminação da seleção do Brasil na copa, grande parte da imprensa brasileira debochou do torcedor brasileiro pela eliminação no torneio, com destaque para as empresas do grupo globo, que logo após o jogo do fatídico 7 x 1 colocou no ar nas emissoras de rádio do grupo a música que alguns jogadores da seleção brasileira escolheram com referência para embalar o time, reforçando as passagens da música em que se dizia para  levantar a cabeça e botar fé, acreditar que seu dia vai chegar, etc.

Ao término da copa, a velha imprensa, em uníssono passava a idéia através de seus noticiários e  mesmo em ,outros programas, da suposta incapacidade do povo brasileiro, em uma tentativa de associar futebol com política, como acontecia nos tempos da ditadura militar. 
Nada disso aconteceu e a população ignorou a velha mídia, seguindo a vida.

Chegou o período da campanha eleitoral, talvez um dos momentos de maior radicalidade e delírio no meio midiático antigo.

A morte do candidato Eduardo Campos que fazia uma campanha inerte, foi o catalizador para expressões de amor e admiração incontidos, por parte da velha mídia, para com a candidata Marina Silva que passava a assumir a condição de candidata no lugar de Campos.

A velha mídia levitava com a ascensão meteórica de Marina, e já se falava nas colunas dos "grandes jornais" na possibilidade de uma vitória de Marina ainda em primeiro turno, tamanho era o encantamento que inundava o país através de sua repentina candidatura.

Projeções para um segundo turno com a candidata Dilma - que sempre se manteve durante toda a campanha com índices sem grandes oscilações - indicavam a possibilidade de Marina ser a vencedora.

Colunistas do globo, como o imortal Merval, em um de seus momentos de grande euforia encantada, afirmou categoricamente que Dilma estaria frita em um segundo turno.

O clima de encantamento fez com que a velha mídia esquecesse de seu candidato, Aécio, jogado às terras montanhosas das Minas a espera de um momento para ressurgir.

O encantamento com Marina perdia força  e as colunas dos "grandes jornais" tornavam-se cada vez mais esquizofrênicas, já que os apoiadores de Marina ainda apoiavam a candidata, porém apoiavam discretamente Aécio e rejeitavam discretamente Marina, apoiando os dois ou nenhum ao mesmo tempo.

Foram momentos de grande radicalidade esquizofrênica no meio midiático antigo.

A campanha seguia o curso com Dilma oscilando no lugar que sempre esteve, enquanto Aécio, Marina e a mídia antiga, subiam e desciam de um lugar para outro em uma busca frenética por um lugar seguro.

Nunca em uma eleição pós redemocratização do país se viu tamanha oscilação e agitação por parte de  grupos que brigavam pelo lugar de segundo colocado.

Com o encantamento de Marina diluído, Aécio e seus colunistas amestrados redirecionaram o discurso em prol  do " novo e competente" que ressurgia  das terras altas das Minas para conduzir o Brasil no rumo certo do progresso.

Marina caía na mesma proporção da subida repentina que tivera , enquanto Aécio despontava como o provável candidato para disputar o segundo turno com Dilma, que como sempre oscilava no mesmo lugar onde sempre estivera por quase um ano.

Incrédulos e atônitos, uma parcela do eleitorado acompanhava as mudanças repentinas, movendo-se ora para as florestas  úmidas da amazônia, ora para as montanhas de Minas.

A radicalização da mídia antiga, foi um fato marcante durante todo o ano, em especial durante a campanha eleitoral, que com as oscilações bruscas das mudanças, deixava claro seu lado e sua opção política. 

O colunista Merval - o globo - através de seus artigos pouco racionais talvez tenha sido o símbolo das mudanças que ocorriam no campo das oposições, ou campo das radicalidades.

A eleição foi acirrada e Dima venceu, no entanto as radicalidades não cessaram e todo tipo de sonhos e desejos frustrados foram despejados  em falações e textos da mídia antiga, com desdobramentos de propostas das mais absurdas para invalidar o resultado do pleito, onde se destacaram os movimentos de rua com a presença de correligionários do candidato derrotado, que gritavam pelo fim do "bolivarianisno" e do " comunismo" que assolam o país.

Os mais radicais portavam cartazes pedindo uma intervenção das forças armadas do país, por conta do perigo do comunismo.

O ano das radicalidades, ao final do ano, extrapolou as radicalidades, revelando dissonâncias no cognitivo de uma parcela significativa da população, parcela conhecida como midiota.

No cenário mundial a radicalização parece ser uma tendência, seja por caminhos normais de chegada ao poder- como é o caso do Podemos na Espanha e agora o Syriza na Grécia - ou outros caminhos de conflitos,  fruto de uma radicalização maior que é o estágio atual da globalização neoliberal.

A globalização neoliberal ,no estágio atual, já uma radicalidade extrema, que tem levado desespero e sofrimento a milhões de pessoas pelo mundo, logo não se deve esperar dias tranquilos para o próximo ano.

Em tempos de radicalidades e decadência da qualidade de vida, palavras progressistas e de esperança surgiram justo do Vaticano - local de radicalidades por séculos de atraso - através do Papa Francisco.

Se 2014 foi o ano das radicalidades, a década de 10 certamente será a década da radicalidade.

Dentro da caixa

Ary Fontoura e a arte do senso comum
Por Marco Piva

Não é de hoje que artistas mostram suas preferências políticas e, a partir de sua condição pública, dizem coisas mais sérias e ajudam, bem como podem escorregar e não passarem de ventríloquos do senso comum. Parece ser este o caso de Ary Fontoura que pediu, em postagem nas redes sociais, a renúncia de Dilma Roussef. Apesar de deixar claro a que tipo de renúncia se referia, o que faz no final do texto, o ator global desfia uma série de jargões que não fariam feio na boca do mais despolitizado dos brasileiros em conversa de botequim.

Como explicar, então, que uma pessoa com longa vida profissional e a vivência do teatro, local de excelência para o exercício da cultura, faça o papel de reprodutor inocente de frases comuns? Vejamos algumas delas.

Ao juntar alhos com bugalhos, em nome de uma suposta indignação que teria atingido “200 milhões de brasileiros” pelo quais diz falar, Ary Fontoura perde a grande chance de colocar os pingos nos “is”. O pedido de “renúncia” à falta de vergonha e aos salários elevados de parlamentares, bem como aos parasitas, ao nepotismo e à velha forma de governar, caberiam bem numa ampla e profunda reforma política, expressão que não sai da boca do ator em nenhum momento. 


Esse tipo de reclamação óbvia continua quando pede a “renúncia” aos juros altos, aos impostos elevados, à volta da CPMF, combinando com a “renúncia” à falta de planejamento, à economia estagnada. Mais uma vez, nenhuma palavra, sequer um miado, sobre a estrutura econômica vigente no Brasil há décadas, há séculos, e que para ser enfrentada exige exatamente um tipo de governo que ele não quer, embora nos anos de chumbo tenha flertado com a rebeldia de esquerda.

Merecem destaques as “renúncias” ao assistencialismo social eleitoreiro (bolsa-família, é claro), ao desemprego (onde ele vê isso, não sei), à miséria, à pobreza e à fome. Certamente seu olhar não passa do morro do Corcovado ou da ilha da fantasia Projac, onde aluga, como qualquer trabalhador, sua mais-valia às Organizações Globo, o maior conglomerado de comunicação brasileiro e que amealhou bilhões em verbas federais de publicidade entre 2000 e 2013. Cabe aqui, literalmente, a frase que se tornou popular nos discursos do ex-presidente Lula: nunca antes na história desse país se combateu tanto a miséria, a fome, a pobreza e o desemprego. Mas, isso não consta na indignação seletiva de Fontoura.

O “grand finale” vem do seu pedido à Dilma para que renuncie “aos companheiros políticos do passado, a velha forma de governar e, se necessário, renuncie ao PT” e “se permita que a sua história futura seja coerente com o seu passado”. Muito interessante. Dê banho na criança, jogue ela fora junto com a água suja e você terá um ser limpinho e cheiroso. Ou seja, passe uma esponja em tudo o que você acreditou e acredita que esta é a melhor forma de construir o futuro. Claro que ele se refere ao futuro na narrativa da mídia conservadora, da oposição golpista e dos interesses internacionais que não suportam uma soberania brasileira ativa e altiva.

O governo do PT é o pior governo que já passou pelo Brasil. Resta saber para quem. Essa é a pergunta que deixo para Ary Fontoura que, se preferir, pode até interpretar no palco a sua resposta. A liberdade de expressão está garantida na Constituição. Falta agora assegurar a pluralidade de informação. Uma carta com esse pedido especial o ator global poderia enviar para a família Marinho.

Fonte: Blog do Miro
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O velho Ary segue a cultura midiota e também pensa 
dentro da caixa.

Suas observações reproduzem o discurso midiático que
domina o país nos últimos meses.

O discurso midiático é um fragmento de uma realidade, 
porém seu objetivo é o de se apropriar da realidade 
política do país.

Para isso, constrói, ou tenta construir, o pior dos cenários 
sobre a realidade, em um exercício constante, onde 
prevalece o pessimismo, o caos, a falta de esperança.

Esses aspectos estariam ligados a falta de competência e a 
falta de caráter dos governantes, sendo a política um mal 
que assola o país e todos os cidadãos bem intencionados .

Estimula um cansaço ( lembra do " Cansei " ?), uma total 
ausência de alternativas no status quo, uma necessidade 
de mudanças imediatas, onde a solução para "colocar o 
país nos trilhos" seria a volta de todos aqueles que um dia, 
durante muitos dias , durante anos e décadas tiraram não 
apenas o país dos trilhos, como todos os trilhos do país.

A indignação é um sentimento legítimo e deve ser 
cultivado  sempre que atos , processos extrapolem os 
direitos e impeçam que a população sonhe com um futuro 
próximo promissor. 

A indignação proposta pelo discurso midiático não toca e 
não tocará a maioria da população brasileira, pois a 
realidade  ( país próximo do pleno emprego, redução da 
pobreza e da miséria, grande obras de investimento em 
infraestrutura ) fala bem mais alto  e, sem a necessidade 
de fazer barulho.

Por outro lado, o velho Ary não deixa de ter alguma razão 
quando fica indignado com o assistencialismo do governo.

De fato, as verbas de publicidade do governo federal que 
são destinadas  às empresas de comunicação,e que em 
grande parte pagam  os salários do ator, não se justificam, 
já que em muitas empresas de comunicação e jornalismo , 
tais verbas são a principal fonte de receita dessas 
empresas, ou seja, o que ainda as mantêm de pé em um 
ambiente onde proliferam novas mídias em meio as novas 
tecnologias de informação e comunicação.

Curiosamente, as novas mídias que proliferam, não 
recebem nenhuma verba de publicidade do governo 
federal, porém praticam  aquilo que a velha  mídia
defende e exige ( o empreendedorismo vitorioso na livre 
concorrência ) mas que não pratica , já que usando uma 
expressão do  ator, os velhos meios  de comunicação 
constituem-se em  parasitas da informação e do 
entretenimento, desatualizados, desacreditados e, 
conforme atestam os institutos de pesquisa de opinião, em 
queda , lenta, gradual e irreversível nos índices de 
audiência.

Também vejo com indignação os baixos, quase 
nulos, índices de crescimento, não apenas do Brasil, como 
da maioria dos países pelo mundo. 

Fruto de uma a arquitetura política e financeira mundial, 
a maioria dos países patina, o desemprego é crescente e a 
falta de perspectivas para o futuro leva ao aumento do índice de suicídios. 

Felizmente, por aqui, vivemos quase em pleno emprego e sem recessão. 

No entanto concordo que poderíamos estar em situação melhor.

Na nossa vizinha Bolívia, o crescimento é da ordem de 5 % 
ao ano. 

Talvez você não saiba disso, já que informações como essa são obtidas fora da caixa. 

Na Bolívia, um país plurinacional,  vive-se em um regime que é um misto de cultura indígena com o socialismo democrático - o que de certa forma os Zapatistas da região de Chiapas no México desejam implantar naquele país - que aos poucos vai se descolando do rígido e improdutivo modelo mundial.

Mas essa não é uma opção para quem vive e pensa  dentro da caixa,logo sua indignação traria um situação pior para o Brasil atual, já que no espectro a direita do governo, as soluções iriam aprofundar ainda mais os baixos índices de crescimento.

Também concordo que corrupção é um mal que tem que ser atacado e, para isso, o governo federal propôs, corretamente, uma reforma política que acabe com o financiamento privado de campanhas e proporcione a população uma participação direta na discussão e fiscalização da aplicação dos recursos públicos. 

Você sabe, todos os partidos políticos do espectro a direita do governo foram contrários, assim como também seus patrões da TV globo, que não poupam críticas virulentas a proposta, que por sua vez tais críticas são repetidas por aqueles dentro da caixa. 

Por outro lado, os governos do PT foram , e tem sido, os governos que mais tem combatido a corrupção .

No tocante ao nepotismo, é algo também que deploro.

Obter empregos e cargos por linhagens hereditárias, seja no governo ou na iniciativa privada, não me parece democrático. 

Por outro lado, concordo que um ambiente familiar facilita o encaminhamento para profissões semelhantes a dos parentes mais próximos, constituindo-se, até mesmo, como uma espécie de formação para a profissão a ser seguida.  

E é comum ver filhos e parentes próximos, seja no jornalismo ou nas artes, por exemplo, com grandes talentos e carreiras promissoras, no entanto, outras milhares de pessoas  que não desfrutam do DNA familiar,   tem também grandes talentos para exercer as mesmas profissões. 

Chegamos, então ao ponto. 

As oportunidades devem ser oferecidas à todos, para que os talentos possam desabrochar, em todas as classes sociais, em todas as etnias. 

Assim sendo, os governos do PT abriram as portas para milhares de pessoas com os programas de cotas nas universidades, na produção cultural, na formação de carreiras  técnicas e outras.

Assim sendo, Boninhos, não teriam vez em uma disputa por cargos. 

O mesmo se aplica em cargos de órgãos do governo, com o acesso  garantido por concursos públicos, algo que ganhou impulso a partir do primeiro governo do PT em 2003, já que anteriormente somente se contratava para órgãos do governo através de empresas prestadoras de serviço de mão de obra,uma febre nos governos do PSDB, onde as garantias trabalhistas foram precarizadas e as contratações se  faziam por indicações ou algo semelhante.

Realmente muita coisa precisa mudar.

Que tal se começássemos pela democratização dos meios de comunicação, que hoje constituem-se como um cartel, contrário a maioria dos interesses e das necessidades do povo brasileiro ?

O cartel, a queda e os midiotas

 Belluzzo: 
A imprensa brasileira é um cartel. 
Um cartel da informação, o que é grave para um país que quer avançar na democracia, na melhoria dos padrões de convivência. 
É preciso diversificar os meios de comunicação e não permitir que o cartel continue operando. 
E o cartel está operando'

Fonte: CARTA MAIOR
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Berzoini, a Globo está pronta para perder a Bolsa

A filha do Mario Lago faz o resto …


Saiu em Keila Jimenez, na Fel-lha:

TV ABERTA PERDE PLATEIA EM ANO DE COPA E ELEIÇÕES


Em ano de Copa e eleições,o número de televisores ligados aumentou 2% no país, mas praticamente todas as redes abertas perderam público com relação a 2013.

Dados da medição nacional de audiência do Ibope mostram que de janeiro a dezembro (dia 16) de 2014, a média diária (das 7h à meia-noite) da Globo foi de 15,1 pontos, ante 16,3 pontos do mesmo período em 2013. A emissora teve uma queda de 7% de ibope em um ano. Cada ponto equivale a 217 mil domicílios ou 641 mil indivíduos no país.

O horário em que a TV por assinatura mais cresceu foi o noturno, das 18h à meia-noite: 28%.

Foi justamente neste horário nobre que a TV aberta perdeu mais público. Só a Globo teve uma queda de 11% de audiência à noite.

Fonte: CONVERSA AFIADA
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Lelê Teles; A Ração do Midiota

Por: Lelê Teles

Lelê Teles: A ração do midiota

O midiota, você sabe, é aquele cabra que não consegue pensar fora da caixa. Me refiro àquela caixa de 50 e tantas polegadas que fica de frente ao sofazão retrátil.

Willian Bonner, chegado a referências gringas, classificou – para o estarrecimento dos pesquisadores em comunicação que o ouvia – o telespectador do Jornal Nacional como um Homer Simpson; aquele gordinho preguiçoso e obtuso que vive o simulacro da TV como se realidade fosse.

Vai vendo.

Em 2013, pesquisa feita pelo DataFolha mostrou que 48% dos eleitores se declaravam conservadores sobre temas como drogas, aborto e políticas sociais; ou seja, uma gente predisposta a sair às ruas vestida de verde e amarelo, cantando o hino, rezando uma Ave Maria (que ave seria essa?) e pedindo uma intervenção militar.

Na época, Reinaldo Azevedo se animou e, ao comentar a pesquisa, disse que eleitores de direita e centro-direita eram a maioria no Brasil, mas não tinham em quem votar. E reclamava, ainda, a falta de um partido que tivesse coragem de se declarar destro para pegar esse eleitorado.

Aécio Neves, obcecado pelo poder, se apresentou, faca nos dentes, olhos esbugalhados e uma super dose de vacina para cavalos na veia.

Seu partido foi a reboque.

Mais animados ainda, Folha, Veja, Globo e seus inúmeros veículos, inundaram o país com articulistas, colunistas e comentaristas conservadores. Poetas, geógrafos, filósofos, psiquiatras e até jornalistas se revezavam no papel, na TV, na internet e no rádio, alimentando o Homer Simpson, fortalecendo o seu discurso.

Afinal, Homer estava lá, sentadão, pronto a ratificar posições anti gay, anti PT, anti cotas, antiquadas e a favor de um golpe.

Assim, os barões da mídia iam formando o seu exército de midiotas.

Na CBN, botavam a voz de Odorico Paraguaçu toda vez que íamos ouvir a voz do Governo Federal – “Povo de Sucupira!” – era assim que eles desdenhavam dos eleitores de esquerda e centro-esquerda.
Jabor, na sua ridícula tentativa de imitar Nelson Rodrigues, fazia farra na TV com seus comentários rasos, jocosos e cheios de ódio.

Aquela era a ração do midiota.

Em 2014, o manchetômetro, criado por pesquisadores em comunicação, revelou o massacre de manchetes contra o governo.

Muitas vezes o contexto destoava do que vinha no texto da manchete; mas o midiota tem dificuldade de interpretação; pra ele o que vale é o que vem em caixa alta.

Dessa forma, por meio de chamadas, capas e manchetes tendenciosas, TVzonas, jornalões e revistonas ditavam o assunto do dia, ou agendavam, como preferia Maccombs.

Nas redes sociais, o midiota, acrítico, reproduzia tudo o que lia e ouvia.

Mas é preciso que se diga, todo esse discurso de ódio, medo, caos, xenofobia e racismo, despreza a ideia de nação, de coletividade fraterna, de solidariedade, de pacto social.

O discurso que alimenta o midiota se presta, tão somente, a defender a existência de dois Brasis, onde um serve apenas para servir ao outro.

Heráclito definia como idiota todo aquele que vive somente para si e se desloca das questões importantes para a coletividade.

Etimologicamente, o idiota (idio), é o sujeito ensimesmado que está mais preocupado com seu próprio umbigo.

Na Idade Mídia, também conhecida como Idade de Trevas, ele se converte no midiota, esse oligofrênico animal de rebanho que vocaliza, ventriloquamente, o discurso dos barões donos dos conglomerados de comunicação.

Em outubro, foram todos derrotados.

Dilma acaba de ser diplomada, Aécio e seu partido tentaram, até o último segundo, impedir a diplomação.

Os barões da mídia não se conformam.

Nas ruas e nas redes, os midiotas espumam pela boca. Sentem como se a derrota de Aécio e dos bilionários conspiradores – que têm muito a perder com a vitória de Dilma – fosse uma derrota deles também, que não perdem nada com isso.

Joseph Politzer já havia alertado, “com o tempo, uma imprensa mercenária, demagógica e corrupta, formará um público tão vil como ela mesma”.

Ela falava, vaticinosamente, sobre a midiotia.

Palavra da salvação.

Fonte: MARIA FRÔ
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No ano da copa, globo continuou em seu doloroso processo de queda.
Curiosamente, caiu 7% em 2014 e ainda produziu um número maior de midiotas.


sábado, 27 de dezembro de 2014

Cenários

A piada do bolivarianismo patronal

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A demissão de João Paulo Cunha, editor de cultura do jornal Estado de Minas, publicação de maior circulação naquele estado, ajuda a colocar um traço de realismo ao debate sobre liberdade de imprensa no Brasil.

É uma piada pronta, que ajuda a lembrar que vivemos um regime que deveria ser definido como bolivarianismo patronal.

Todos lembram de uma noite recente em São Paulo, quando jornalistas subiram ao palco de uma cerimônia de premiação para dizer em tom dramático: “não ao controle social da mídia.” É disso que estamos falando.

Embora estejamos falando de um direito constitucional, na vida real da imensa maioria de jornais, revistas, emissoras de rádio e de TV do país o exercício da liberdade de expressão vive limitado por uma prerrogativa de classe.

Pode ser exercida pelos donos da empresa, seus familiares e uma pequena elite de profissionais autorizados. E só.

Aos demais jornalistas está reservada a função de apurar o que pedem e escrever o que mandam, num regime de cima para baixo que não é exagero comparar com hierarquia militar.

A linguagem panfletária, editorializada, reflete a falta de debate interno. A edição seletiva, dirigida para ressaltar um ponto de vista pré-definido, expressa a mesma situação.

Profissional diferenciado, há 18 anos no Estado de Minas, João Paulo pediu demissão ao ser informado pela direção da publicação que não estava mais autorizado a escrever sobre assuntos políticos.

A decisão foi tomada depois da publicação de um artigo no qual o autor ousava fazer uma observação em tom crítico ao senador e ex-candidato presidencial Aécio Neves. Convém atentar para dois detalhes. O artigo foi publicado em 12 de dezembro de 2014, ou seja, um mês e meio depois que Aécio já tinha sido derrotado por Dilma Rousseff, quando os votos já haviam sido contados e o resultado da eleição já fora anunciado. Seria impossível, portanto, imaginar que João Paulo tivesses a intenção de usar as páginas do Estado de Minas para pedir votos para a adversária de Aécio nas páginas de um jornal que defende a candidatura presidencial do senador mineiro desde 2010, quando ele sequer concorria ao Planalto.

Outro aspecto é que não se trata de um artigo que julgasse Aécio Neves como um político bom ou ruim. Fazia uma crítica a sua postura depois da derrota, quando Aécio e o PSDB partiram para a ignorância: tentaram impugnar as urnas e estimularam protestos que pediam golpe de Estado. Num texto denso, refletido, verdadeira glória da imprensa brasileira de nossos dias, onde é raro ler-se um material de qualidade equivalente, João Paulo comparou Aécio a Bentinho, o personagem de Machado de Assis que não consegue compreender o que acontece no mundo – nem com a mulher Capitu, suspeita de adultério.

Vamos ler um trecho do artigo, chamado Sindrome de Capitu:

“Bentinho não sofre só pela traição mas porque não entende que o mundo mudou. Não pode aceitar que a sociedade republicana deixou para trás as amarras elitistas do Segundo Reinado e da escravidão. (…) Tudo o que ele não compreende o ameaça.”

Outro parágrafo:

“O Brasil tem uma recorrente síndrome de Capitu: tudo que a elite não tolera se torna, por meio de um discurso marcado pela força jurídica e da tradição, algo que deve ser rejeitado. Eternos maridos traídos. A tendência de empurrar a política para os tribunais é uma consequência desse descaminho. Assim, tudo que de alguma forma aponta para a mudança e ampliação de direitos é considerado ilegítimo e, em alguns momentos, quase uma afronta que precisa ser questionada e combatida. Foi assim com a visibilidade dada aos novos consumidores populares (que foram criminalizados em rolezinhos ou objeto de ironia em aeroportos), com as cotas raciais para a universidade, com a chegada de médicos estrangeiros para ocupar postos que os brasileiros, psicanaliticamente, denegaram.”

A leitura desses parágrafos – o texto integral pode ser encontrado na internet – mostra uma produção intelectual sofisticada, a altura das complexidades de um país como o Brasil em 2014. Não estamos falando de um panfleto. O tom é profissional, de quem sabe seus limites e conhece as fronteiras de quem faz a dissidência num ambiente geral hostil.

O vigor intelectual contrasta com uma certa timidez política, até.

E aí chegamos ao verdadeiro bolivarianismo de nossas terras. Qual a liberdade que ameaça nossos Bentinhos? Qual seu temor?

Ao falar de uma elite de “eternos maridos traídos”, João Paulo toca no ponto central de nossa democracia, regime que pode ser aceito, preservado e até celebrado – enquanto o povo não ousa ultrapassar determinados limites e fronteiras. Quando isso acontece, considera-se traição – e isso é imperdoável.

Esse é o drama da liberdade de expressão e da democratização dos meios de comunicação. A luta contra a censura foi benvinda enquanto auxiliou os donos de jornal a livrar-se das botas e tanques de um regime que haviam ajudado a colocar de pé.

Foi uma causa justa correta, vamos ter clareza.

Quando se procura ampliar o espaço para que o conjunto da sociedade possa se manifestar, num movimento que apenas fortalece a democracia, e é coerente com as mudanças sociais que ocorreram-no país na última década, a reação é falar em bolivarianismo, sem receio de produzir uma fraude. Quem censura? Quem cala o outro lado? Quem oprime?

Até dá para entender. Só não dá para aceitar.

“Síndrome de Capitu” é um trabalho de gabarito, que não se lê todos os dias, que coloca a política em outro plano, da discussão cultural. Ajuda a pensar o país – e é isso que se proibiu.
Fonte: Blog do Miro
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Leio a matéria de capa da revista época - grupo globo - e , como sempre acontece nesta época do ano, a notícia principal ou é sobre uma retrospectiva ou uma prospectiva .

No caso de época, o tema é principal versa sobre possíveis cenários para o ano de 2015.
 
Um dos cenários escolhido foi:

" Dilma resistirá ? "

Pensei um pouco e me perguntei:

Resistirá a quem, ou a que , especificamente ?

Estaria época envolvida em algum plano para derrubar a presidenta, já que foi eleita legitimamente e ainda vê suas popularidade e aprovação subindo junto a população ?

Será que época espera que a gritaria que a velha mídia produz sobre a Petrobras - e por gritar muito ninguém ouve - pode enfraquecer o governo Dilma a ponto de a presidenta sofrer um impeachment ou mesmo renunciar ?

Será que época e as oposições tem um plano para atacar diariamente o governo a ponto de paralisar o país e inviabilizando o governo Dilma ?

Seja lá o que for, cenários não são palpites e exigem um conhecimento profundo sobre inúmeras varáveis que compõem aquilo que se deseja avaliar, prever.

Em se tratando da velha mídia, o desejo sobre uma realidade imaginada , é bem maior que a própria realidade, seja ela passada, presente, ou um exercício de prospectiva.

E é aí que encontro as interfaces com o artigo acima.

Época, e obviamente o grupo globo e toda e velha mídia, não toleram qualquer tipo de avanço e de mudanças positivas para o país, a ponto de até mesmo não aceitarem que o governo eleito pela maioria implemente a agenda de governo escolhida por essa maioria.

Essa censura até mesmo violenta que a velha mídia impõe , que atualmente faz o papel que a censura do período da ditadura militar exercia no país, parece que já vem atingindo uma massa crítica, ou seja, movimentos sociais se mobilizando para defender a democracia e garantir os avanços que se fazem necessários, inclusive a democratização dos meios de comunicação.

Para isso , grupos articulam a criação de uma grande frente de esquerda, com partidos políticos e movimentos sociais, que pretende dar a sustentação ao governo e também pautar as reformas que se fazem necessárias no país.

Este é um cenário para o ano que se aproxima, que época e a velha mídia certamente ignoram.
 
Será que globo resistirá ?

Movimentos sociais e centrais articulam frente de esquerda

publicado em 26 de dezembro de 2014 às 15:24
lula na entrega das chaves do conjunto João Cândido
A convite de Guilherme Boulos, do MTST, Lula foi à inauguração de um conjunto habitacional gerido pelo movimento, na Grande São Paulo. Foto: Danilo Ramos/RBA

Atos pós-eleição estimulam movimentos sociais a articularem ‘frente de esquerda’
Ricardo Galhardo, no Estadão, via A Tarde

Cerca de 40 líderes de movimentos sociais, centrais sindicais e partidos como PT, PSOL, PC do B e PSTU começaram a articular a criação de uma frente nacional de esquerda e já preparam uma série de atos e manifestações para 2015. O objetivo dessa mobilização é o de se contrapor ao avanço de grupos conservadores e de direita não só nas ruas, mas no Congresso e no governo federal.
A primeira reunião do grupo ocorreu na semana passada, em um salão no Largo São Francisco, no centro de São Paulo. Participaram lideranças do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Central de Movimentos Populares (CMP), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Levante Popular da Juventude, Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Via Campesina, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Consulta Popular, Intersindical e Conlutas, além de representantes dos quatro partidos e integrantes de pastorais sociais católicas.
A iniciativa partiu de Guilherme Boulos, do MTST, que no sábado havia feito elogios ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na inauguração de um conjunto habitacional gerido pelo movimento, na Grande São Paulo. Dias depois, Lula, que é cotado para disputar o Palácio do Planalto em 2018, divulgou vídeo no qual diz que é preciso “reorganizar” a relação com os movimentos e partidos de esquerda se o PT quiser “continuar governando o Brasil”. Boulos não quis comentar a criação da nova frente. “Isso ainda não foi publicizado”, disse.
Participantes da reunião negam que a frente tenha caráter eleitoral. Segundo eles, a frente popular de esquerda (ainda sem nome definido) vai agir em duas linhas. A primeira é atuar como contraponto ao avanço da direita nas ruas e no Congresso. Após os protestos contra a reeleição da presidente Dilma Rousseff, esses grupos também preparam maior articulação.
A segunda é buscar espaço dentro do governo Dilma para projetos que estejam em sintonia com a agenda da esquerda, como reforma agrária e regulação da mídia. “Vamos fazer a disputa dentro do governo”, disse Raimundo Bonfim, da CMP. Os movimentos que participaram da reunião preparam um cronograma de manifestações que começa com atos pela convocação de uma constituinte exclusiva para a reforma política na posse de Dilma, no dia 1.º.
Em 1º de fevereiro, quando tem início a nova legislatura, um ato no Congresso vai pedir a cassação do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) por quebra de decoro. “Em torno destas atividades deve se buscar uma unidade. O primeiro semestre deve ser de muita instabilidade política”, disse o deputado Renato Simões (PT-SP). Segundo ele, outra missão da frente de esquerda será enfrentar na rua o “golpismo” representado, segundo ele, por grupos que pedem o impeachment de Dilma.
A previsão de instabilidade tem base nos desdobramentos da Operação Lava Jato. No ano que vem a Procuradoria-Geral da República deve se pronunciar sobre políticos citados no caso.
Segundo o deputado Ivan Valente (PSOL-SP), que também participou da reunião, os grupos e partidos sem ligação com o governo vão cobrar apuração e punição dos desvios, mas sem estímulo à venda do patrimônio estatal. “Não vamos permitir que os escândalos sejam usados para privatizar a Petrobras.
Fonte: VIOMUNDO


sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Os dez de um ano de muitos

10 piores casos de complexo de messias



Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O fim do ano é o momento em que nos lembramos do messias JC, mas é impossível deixar de lado os malas sem alça que possuem o complexo de messias. O ano de 2014 foi pródigo em megalomaníacos com fórmulas infalíveis para a salvação do Brasil e, em última análise, do universo.

Alguns tentaram nos livrar de uma ditadura comunista, outros ameaçaram seus discípulos se não seguissem seu voto - em comum, todos incapazes de admitir qualquer erro e eternamente tentando encaixar os fatos em sua visão de mundo. O tipo de gente que estraga qualquer festa de réveillon.

Lobão

O velho cantor já vinha há alguns anos num ritmo pesado e intenso de paranoia, trocando Herbert Viana pelo PT em sua doideira. Na sequencia da eleição de Dilma, adotou uma longa barba de profeta, copiada do bispo Edir Macedo, e resolveu incorporar o papel de líder revolucionário. Ficou chateado quando tomou um cano de Aécio numa manifestação com 15 pessoas, rompeu com outros colegas de extrema direita, foi até o Congresso com aloprados. Junto com seu guru Olavo de Carvalho e o brucutu Marcello Reis, do grupo Revoltados Online, alertou os brasileiros sobre o socialismo. Sua grande vitória política foi tomar um café com Marco Feliciano.

Gilmar Mendes

O ministro do STF é o Palpiteiro Oficial da República. Denunciou o perigo do Supremo se converter “numa corte bolivariana”, disse que Lula não passaria no teste do bafômetro, suspeitou de lavagem de dinheiro nas doações para pagar as multas de petistas condenados no mensalão, culpou Dilma pelas suspeitas de fraude nas eleições etc etc. Com exceção, talvez, do futebol, não houve assunto em que Gilmar não tenha emprestado um átimo de sua sabedoria. “Os fatos são chocantes. Há uma cleptocracia instalada”, diz ele. Dependendo do ângulo, Gilmar dá saudade de Joaquim Barbosa.

Joaquim Barbosa

JB saiu da história para cair na vida, mas não deixa o posto de Batman nem sob decreto. Ninguém mais se importa com o menino pobre que mudou o Brasil, mas no Twitter ele continua trovejando. Entre uma saída e outra para ir ao teatro com a atriz Antônia Fontenelle — ninguém é de ferro — , JB dita os rumos da nação, eventualmente em inglês e francês. “The ousting of a congressman by his peers for his involvement in this disgusting scheme. A new check for the Brazilian political system?”, mandou. “Min Público é órgão de contenção do poder político. Existe para controlar-lhe os desvios, investigá-lo, não p assessorá-lo. Du jamais vu!”. “Du jamais vu” é sua releitura pedante do bordão lulista “nunca antes” etc. Dependendo do ângulo, Barbosa dá saudade de Gilmar Mendes.

Silas Malafaia

O pastor mais sem noção da América Latina gritou suas excentricidades ao longo do ano, guiando seu povo contra o PT. Mostrou-se um pé frio. Primeiro apoiou Marina Silva, evangélica como ele. Quando Marina beijou a lona, inclusive por causa de seu apoio, pulou para o barco de Aécio. Quando se trata de Malafaia, tudo assume ares de histeria e convocação divina. Conclamou seus fieis para “tuitaços” que micaram, ameaçou com o fogo do inferno os que votassem em Dilma, mentiu, ofendeu - e perdeu. Malafaia deu voz à estupidez da extrema direita religiosa.

Marina Silva

Ela surgiu do útero da floresta com a promessa da nova política, batendo na polarização PT-PSDB, se vendendo como uma opção nem de esquerda e nem de direita. Sua candidatura tomou um direto no queixo com quatro tuítes de Malafaia, para sucumbir de vez diante de suas próprias contradições. O fanatismo religioso fez com que utilizasse o velho messias (no caso, Jesus Cristo) para justificar seus problemas, como o da falta de clareza. Segundo ela, Jesus “tergiversava”. Devemos a Marina a popularização do termo “desconstrução”, usado por ela para explicar a tática de seus adversários e hoje aplicado até mesmo em receitas de risoto de frango.

Felipão

O ex-técnico da seleção jamais assumiu qualquer erro na condução da seleção brasileira. Jogadores choravam antes de bater o escanteio, mas o time não tinha problema de desequilíbrio emocional. Neymar se machuca, os atletas têm um chilique, mas e daí? Até acontecer o inolvidável 7 a 1 diante da Alemanha e, na partida seguinte da Copa, os 3 a 0 para a Holanda. Na coletiva, a casa já em escombros, Felipão deu declarações como “desde 2002 não chegávamos às semifinais”, “disputei três Copas do Mundo e fiquei entre os quatro em todas”, “não jogamos mal” e “tivemos momentos muito bons”. Felipão foi visto no Grêmio.

O juiz da Lei Seca

Uma agente da Lei Seca dirimiu uma dúvida ancestral: se juízes achavam, mesmo, que eram Deus. Ela cumpriu sua função ao tentar multar o juiz João Carlos de Souza Correa, que dirigia um Land Rover preto sem placa e estava sem a carteira de habilitação no momento da abordagem. (Depois se descobriu que Correa, titular da 1ª Vara de Búzios, é protagonista de uma coleção de imbróglios jurídicos). Mas o doutor Correa não precisa cumprir a lei porque, afinal, está acima de você. “Imagina eu, que faço Justiça, sendo injustiçado. Ela disse: ‘Ele é juiz, não é Deus’. Foi desacato”, afirmou.

Fernão Lara Mesquita e os editoriais do Estadão

Ninguém lê, mas os editoriais do Estadão e os artigos de um dos herdeiros são como uma máquina do tempo em direção ao nada. A missão de resguardar os valores liberais se transforma numa necessidade doentia de orientar seus pobres leitores no sentido de se precaverem diante de qualquer coisa que cheire a bolivarianismo, seja lá o que isso quer dizer. Isso inclui dar conselhos para os EUA sobre como conduzir a reaproximação com Cuba. Fernão Lara Mesquita - fotografado num protesto com um cartaz com os dizeres “Foda-se a Venezuela” - mantém a tradição batendo no inimigo morto da família: Getúlio Vargas. No dia 25 último, escreveu que Getúlio “veio para combater a corrupção, impôs o fascismo como instrumento do desenvolvimento e encarregou o Estado, com o Trabalho e o Capital a reboque, de promovê-lo”.

Edir Macedo

O dono da Universal inaugurou o Templo de Salomão no Brás, em São Paulo, uma atualização brega do santuário arrasado pelos romanos na Antiguidade. Com uma barba de profeta, copiada de Lobão, e um novo cerimonial inspirado em ritos do judaísmo, com direito a quipá e solidéu, Edir levou Dilma, Alckmin e outros políticos à abertura de sua obra máxima, numa prova de seu poder e prestígio terrenos. Edir vive garantindo a volta de Jesus, mas Jesus provavelmente olha para ele e pensa que é melhor ficar de boa onde está.

Arnaldo Jabor

Jabor começou a pirar no ano passado, ao mudar de opinião sobre as manifestações em 48 horas. Perdeu o posto de comentarista no Jornal da Globo, mas continua dando conselhos e advertências importantes no rádio e em jornais. O tom apocalíptico cresceu e hoje tem-se a nítida impressão de que o cineasta está trancado numa quitinete no Leblon, com as persianas permanentemente fechadas e um chimpanzé de estimação chamado Igor para servi-lo. Suas memórias andam cada vez mais estranhas. “Um dia, um companheiro (que morreu há pouco) me disse: ‘Não tema a morte. Marx disse que somos seres sociais. O indivíduo é uma ilusão. Para o comunista a morte não existe’. E eu sonhei com a vida eterna”. A reeleição de Dilma aconteceu apesar de seus alertas. “Tudo vai explodir em 2015, o ano da verdade feia de ver”, disse. “Essas são algumas das doenças mentais que estão levando o Brasil para um pântano institucional. Temos que nos salvar desse determinismo suicida”. Deus é pai.
Fonte: Blog do Miro
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Assim como a tabela periódica dos elementos  agrupa os elementos químicos por suas características comuns, sugiro que façamos o mesmo com os 10 pretendentes a Messias.

Na primeira coluna os criacionistas:
Edir Macedo, Silas Malafaia e Marina Silva.

Na segunda coluna os  insistentes, pensam que voltaram:
Felipão e Fernão Lara Mesquita.

Na terceira coluna os palhaços patéticos:
Lobão e Arnaldo Jabor.

Na quarta coluna os mentores de Deus:
Juiz da lei seca, Joaquim Barbosa e Gilmar Mendes.

O grande perigo é que quando ocorre uma reação entre alguns deles,  a saúde pública é chamada para intervir, pois o odor torna-se insuportável.

Interessante, também, que a revista veja - lembra dela ?  pois é ainda respira  - tem como matéria de capa desta semana os micos do ano, ou melhor, o ano dos micos.

Cita o que chama de petrolão, as mentiras da campanha eleitoral, o 7 x 1 e... nada sobre ela mesma, sobre a velha mídia irrelevante, as mentiras diárias da imprensa, por exemplo.

Talvez seja assim  porque a mãe macaca acha seu filho o mais belo e  o mais inteligente que existe no planeta.

Os gemidos da velha mídia e o sucesso dos blogueiros progressistas


A vida dura de um blogueiro de “vida fácil”

25 de dezembro de 2014 | 11:53 Autor: Fernando Brito
johnny
Louvor em boca própria, dizia o D. Quixote de Cervantes, é vitupério.
Como texto de blogueiro é pessoal e intransferível, sempre constrangido pela velha (e, parece, ultrapassada) máxima de que “jornalista não é notícia”, tento fugir desta maldição.
Hoje, porém, na solidão típica do dia de Natal (o Natal, festa, é a noite da véspera), não quero falar do que fiz, neste blog, mas no que vocês, leitores, fizeram por mim.
Um filme, dolorosamente lindo, Johnny vai à Guerra, de Dalton Trumbo (um dos hollywodianos perseguidos pelo macartismo) que conta a história de um soldado que, no último dia da Primeira Guerra, é atingido por um morteiro e perde pernas, braços, visão, audição e fala.
E que aprende a se comunicar apenas pela sensibilidade do que resta do seu corpo. Num delírio final, Johnny sonha em ser exibido nos circos de “aberrações” da época por uma razão prosaica e profunda: “eu quero ser útil para as pessoas”.
Sem melodramas, a história de uma geração de jornalistas e militantes políticos guarda certas semelhanças com a de Johnny.
O pragmatismo – necessário e detestável, a um só tempo – da política partidária e social de alguma forma nos amputou os membros. A “imprensa alternativa”, dos anos 70 e início dos anos 90, definhou e morreu.
E o “pensamento único” que se assenhoreou da comunicação acabou, na mídia tradicional, tirou-nos visão, audição e, sobretudo, a fala.
A sociedade pós-moderna, massificante, trouxe, porém, suas contradições benditas, como as que Neruda resumiu nos versos sobre a guerra civil espanhola: “de cada buraco de Espanha sai Espanha”.
E um punhado de loucos resolveu expor-se no circo de aberrações da Internet.
Incrivelmente, milhares de mãos, milhões de dedos nos tocaram e quiseram e puderam perceber o que sentimos e temos a dizer.
Nos fizeram úteis.
O título original do filme – Johnny got his gun – dá melhor ideia do que quero dizer.
Ele, afinal, pôde pegar sua arma.
Embora ditos “malditos” e “sujos”, mesmo ouvindo que vivemos das benesses de governo (mesmo quando não recebemos dele um tostão), mesmo quando somos tratados como leprosos no mercado publicitário, conseguimos sobreviver desta utilidade, como o Cego Aderaldo pôde viver angariando trocados com seus versos.
E por isso, neste dia, só o que tenho a dizer é obrigado, muito obrigado por me fazerem ver a que é que se destina a minha vida pequenina.

Fonte: O TIJOLAÇO
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Os blogueiros "sujos" são assim chamados porque produzem algo valioso.

Em meio a mediocridade geral da velha mídia, com seus colunistas limitados por uma ideologia ainda mais limitante, o discurso midiático se aproximou daquilo que Saramago definiu como sendo o twitter; um gemido.

A velha mídia geme, grita, esperneia, porém, não anda, não é ouvida e, ainda amarga uma decadência que parece se aprofundar mais e mais nos próximos anos.

Com uma infinidade de recursos tecnológicos disponíveis, a velha mídia , não é ouvida, não anda e assemelha-se a um gorila ao receber um radinho de pilha.

 O gorila certamente conseguirá ligar o rádio, porém a sintonia fina em uma emissora, somente se dará pelo acaso.

Assim é a velha mídia, um gorila descontrolado, que não anda, não é ouvido e mergulha , dia após dia, na mais profunda obscuridade , irrelevância.

A velha mídia tem um grande exército de colunistas, que gemem, gritam, diariamente dentro dos estreitos e limitantes limites do domínio ideológico permitido para que eles possam se expressar.

Não andam, não são ouvidos e estão em profunda decadência.

Alguns, atentos aos limites impostos e a ao mar de gemidos limitantes , revelam um espasmo de rebeldia e por vezes, libertam-se das amarras impostas pelos seus patrões, como tem sido o caso do ex-gordo, porém ainda gordinho, Jô Soares, que resolveu, não se sabe por quanto tempo, chutar o pau da barraca que o abriga.

A velha mídia tem a voz do rádio, as tintas dos jornais, as imagens das emissoras de TV, mas não anda, não é ouvida , ninguém lê.

A velha mídia tem automóveis potentes, modernos, poderosos, mas não tem pilotos, condutores hábeis.

A velha mídia passou, passa e passará em meio a mediocridade limitante em que está inserida, mesmo com pernas, braços, vozes, ouvidos e bocas, que não andam, não escrevem, não ouvem, não falam, ou seja, não cumprem o papel principal de informar e transformar a realidade, mesmo porque tem grande dificuldade de compreender a própria realidade.

De seus eternos gemidos, brotaram as bestas que neste ano saíram às ruas para....gemer.

Se seus colunistas amestrados saíram os mais obscuros textos da história do jornalismo brasileiro.

De suas vozes , nas emissoras de rádio, saíram os mais estranhos sons, vindos das entranhas da ignorância gemida.

Das telas de TV, caras , bocas ,olhos e gestos, afinados com a não notícia, notícia anão, produziram uma enxurrada gósmica de não informação que avidamente e desesperadamente foram consumidas por bestas disponíveis , prontas, sedentas de ...gemidos obtusos.

Tudo isso, esse circo de aberrações chamado velha mídia, com seus palhaços travestidos de jornalistas nos telejornais, com seus locutores de supermercados travestidos como vozes informativas no rádio sucumbiu diante da força das idéias dos blogueiros, sites e portais progressistas da internete.

Nós , blogueiros , sujos e leprosos, não temos tecnologia , porém assim como no filme Tommy, a ópera pop rock em que o competidor de pinbaal não enxerga, não ouve e não fala, porém, com sua capacidade, consegue ser vencedor em meio a uma competição onde os sentidos que não tem, são indispensáveis para qualquer competidor que queira vencer.

Assim sendo, posso afirmar, que este ano, foi o ano em que nós, os blogueiros sujos, dominamos a cena de produção de conteúdos informativos e opinativos no meio dito alternativo, e , com certeza, ocupamos espaços impensáveis na relevância dos temas apresentados e debatidos no cenário nacional e até mesmo internacional.

Ao que se revela no horizonte próximo, no marco gregoriano que se aproxima, teremos ainda mais relevância, mais espaço e certamente, seremos mais sujos.

É o sinal inequívoco que de chegamos, dissemos ao que viemos, e continuaremos, doe a quem doer, incomode a quem se sentir incomodado, produzindo conteúdos para todos aqueles que são a razão da nossa existência; os nossos leitores.

A consciência, anda, vê, fala, ouve, escreve e , mais ainda, é o antídoto à entropia que a velha mídia representa, produz e reproduz, através de ...gemidos.



terça-feira, 23 de dezembro de 2014

O Golpe

Fux impediu golpe paraguaio de Gilmar

Por Luis Nassif, noJornal GGN:

Começam a ficar claras as razões que levaram o ministro Gilmar Mendes a aprovar as contas de campanha de Dilma Rousseff.

Tudo encaminhava para a rejeição:

- a campanha prévia da mídia preparando o clima;
- a ofensiva do PSDB estimulando as manifestações de rua, que levaram até o insondável José Serra para a linha de frente;
- o empenho de Gilmar em convocar áreas técnicas do Banco Central, COAF, Receita e TCU para proceder a um pente fino nas contas;

- o parecer técnico da Assessoria de Exame de Contas Eleitorais e Partidárias, condenando as contas e amplamente enviezado, a ponto de enquadrar como falta grave o mero fato de máquinas trituradoras de papel terem sido declaradas como bens não duráveis;

- o próprio voto de Gilmar, destoando completamente de sua própria decisão final, de aprovar as contas, ainda que com ressalvas.

Gilmar voltou atrás quando percebeu que seria derrotado em plenário. A corte é composta por 7 ministros. Votam seis. Havendo empate, o voto de Minerva é do presidente.

Contra Dilma havia o voto de Gilmar Mendes e de João Otávio Noronha, ligado a Aécio Neves. Com mais um voto, no mínimo haveria empate e a decisão final sobre o mandato de Dilma seria de Toffoli.

A batalha maior foi em torno do voto de Luiz Fux. Apesar da insistência de Gilmar, Fux não aceitou matar no peito e votar pela rejeição das contas de Dilma. Sem chance de vitória, Gilmar acabou recuando no seu voto.

Fonte: Blog do Miro
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Ao que parece já estão sendo colocadas em prática  as

orientações da embaixada dos EUA.

Leia o artigo abaixo, do PAPIRO, de setembro de 2013:

segunda-feira, 16 de setembro de 2013


Cuidado com Ela



Nova embaixadora dos Estados Unidos chega ao Brasil


Agência Brasil



Brasília - A nova embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Liliana Ayalde, chegou a Brasília hoje (16) e disse que pretende fortalecer a parceria estratégica entre os dois países nos próximos anos. A diplomata fez um comunicado à imprensa, pouco depois de desembarcar na capital, e restringiu-se a comentários sobre a satisfação de ser a representante norte-americana no país e a importância das relações entre o Brasil e os Estados Unidos.
Liliana Ayalde não falou sobre os temas sensíveis na pauta dos dois governos, que estão em momento de tensão em decorrência de denúncias de espionagem à presidenta Dilma Rousseff, à Petrobras, a outras autoridades e a cidadãos. A embaixadora não deu informações sobre a confirmação da viagem da presidenta aos Estados Unidos neste mês ou sobre como serão conduzidas as relações entre os dois países de agora em diante.


Liliana Ayalde não falou sobre os temas sensíveis na pauta dos dois governos
Liliana Ayalde não falou sobre os temas sensíveis na pauta dos dois governos
"Eu e a minha família estamos ansiosos de poder viajar pelo Brasil, conhecer a diversidade do povo e estabelecer amizades com os brasileiros em todos os lugares que vamos visitar. Este é um tempo importante para as relações [entre o Brasil e os EUA], cheio de oportunidades e de possibilidades. Juntos, estou certa de que podemos expandir e aprofundar os laços que existem entre essas duas importantes e grandes nações", disse.
Liliana Ayalde substitui o diplomata Thomas Shannon, que ficou no posto durante três anos e meio e deixou Brasília no último 6. A substituição estava prevista há três meses. Diplomata de carreira, ela serviu no Paraguai e na Colômbia e demonstra conhecimento sobre a América Latina, a exemplo de seu antecessor.

Fonte: JORNAL DO BRASIL

Cuidado com ela !!!
A embaixadora americana, especialista em América do Sul, talvez tenha sido uma peça importante no golpe de estado que derubou Lugo no Paraguai.
Assume o posto no Brasil um ano antes das eleições de 2014 e com olhos e mãos gigantescas nas reservas de petróleo do pré-sal.
Disse, logo na chegada, que "está muito ansiosa em conhecer o Brasil e sua diversidade cultural"
Ahhh ! Então tá. 
Sugiro que levem a embaixadora para se deliciar com uma buchada de bode lá na Paraíba.