terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Idade Média, Joaquim e Mídia - Tudo a ver

Papuda proíbe leitura por mais de duas horas

Acredite, amigo navegante. A leitura é tratada como grande regalia.



O Conversa Afiada publica post de Paulo Nogueira, extraído do Diário do Centro do Mundo:

O horror que é proibir que se leia livro por mais de duas horas na Papuda


Está no site do PSDB de São Paulo: “Mensaleiros presos na Papuda perdem regalias”.

É a reprodução, bovina e automática, de um texto do Estadão.

Bem, quais as regalias?

A resposta mostra, ao mesmo tempo, a estupidez do Estadão e o desapreço que existe no Brasil pelo hábito da leitura.

A grande regalia subtraída é, acredite, poder ler. Segundo o Estadão, os presos do PT agora só poderão ler duas horas por dia, e na biblioteca.

Isso quer dizer que os presos na Papuda – não estou falando de Dirceu e Delúbio – estão submetidos a um regime no qual lhes é proibido ler além de duas horas, e não na cela.

Não se incentiva a leitura. Ela é cerceada como uma coisa má.

Que idiota estabeleceu aquela regra? E por que os editores do Estadão – e todos os demais que replicaram a perda das “regalias” – não denunciaram esta violência do Estado?

É tão grande a preocupação do Estadão em construir uma imagem monstruosa de Dirceu que se agarra a uma desumanidade – pois que outra coisa é proibir ler? – como se fosse um ato de justiça exemplar.

Visitei, na Noruega, o presídio de Bastoy, em que os detentos são tratados como seres humanos. Moram em chalés decentes, recebem familiares todo final de semana, têm à sua disposição um campo impecável de futebol, andam a cavalo quando querem – e podem ler 24 horas, caso desejem.

Conversei em Bastoy com assassinos, traficantes, estupradores. Estão lá, confinados dignamente, para cumprir suas penas. A lógica em Bastoy, como em toda a Noruega, é recuperar as pessoas.

Anders Breivik, o assassino de dezenas de jovens, não está em Bastoy. Mas vi, em detalhes, suas acomodações. Ele está num apartamento de dois cômodos. Tem um laptop para escrever e aparelhos de ginástica para se exercitar. Pode ler todos os livros que quiser, na hora em que desejar.

Isto se chama civilização.

Na Papuda os presos só podem ler duas horas? E a mídia não fala nada? E quando descobre, por acaso, não percebe a monstruosidade disso?

Pobre o país que tem uma mídia tão ruim.

Outra regalia, ficamos sabendo, é possuir livros. Isso quer dizer que os “mensaleiros” são coagidos a doar seus livros para uma biblioteca cujo uso é estritamente limitado.

Vai demorar para sermos a Noruega, se é que um dia seremos. Mas não temos que ser o oposto. Não há razão para tratar os presos da Papuda – ou de qualquer outra prisão – como animais.

Daqui a pouco podem impor limites para as respiração, ou para o uso de banheiro.

Um dia, vamos olhar para trás – para a mídia e para as condições a que são submetidos os presos da Papuda, se é verdade o que o Estadão deu – e vamos nos perguntar: “Deus, como isso pode ter acontecido?”

Fonte: CONVERSA AFIADA

O início é a proibição de leitura por mais de duas horas.
Em seguida os temas para  leitura serão selecionados pela administração joaquim Papuda .
E logo mais  a frente, a leitura será proibida.
Os detidos também deverão doar seus livros para bibliotecas.
A  idade média é agora.
O STF é o Santo Ofício de Roma.
Joaquim é um atentado à razão e à vida.
A velha imprensa é o instrumento de controle a alienação social.
Para combater toda censura e alienação estamos assistindo o retorno dos mimeógrafos, hoje em forma de plataformas digitais.
A democracia atual, made in USA, legitima a exceção, o que é mais cruel do que um regime de exceção.
A história se repete.
Os blogues sujos ,portais   e sites de informação fidedigna  são os novos aparelhos , armados com teclados para a luta.
Os telejornais, revistonas, jornalões e emissoras de rádio , são os porões da tortura
O entretenimento disponibilizado para o povo é o exílio , no tocante a desinformação e a idiotice prestada.
A cultura e o conhecimento são nossas armas.
Joaquim e Dona Solange. Tudo a ver.

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