quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

E o Domínio do Fato ?

A conta da família de Eduardo Paes no Panamá

Empresas do pai e da irmã do prefeito tem lá fora R$ 20 milhões


Brasil 24/7  - Na noite de terça-feira, o Jornal Nacional, editado e apresentado pelo jornalista William Bonner, divulgou, em tom de escândalo, que o hotel brasiliense St. Peter, o mesmo que ofereceu um emprego ao ex-ministro José Dirceu, já foi controlado por uma empresa offshore no Panamá, cujo dono, Jose Eugenio Silva Ritter, seria um laranja. Embora não tenha conseguido estabelecer uma conexão direta entre Dirceu e a empresa no Panamá, uma vez que o contrato do St. Peter envolvia o empresário Paulo Abreu e o suposto laranja, o JN deixou no ar a insinuação de que o St. Peter talvez pertencesse ao próprio ex-ministro. Ou seja: Dirceu estaria sendo contratado por ele próprio, o que seria um argumento a mais para que a Vara de Execuções Penais do Distrito Federal negasse a ele o direito ao regime de prisão semiaberto - ao qual, diga-se de passagem, foi condenado.
Um dia depois, no entanto, o Brasil 247  revelou com exclusividade que Jose Eugenio Silva Ritter atuou em outras transações importantes no Brasil. Uma delas, a compra de três operações da TVA vendidas pelo grupo Abril, que edita a revista Veja - a mesma cujo colunista mais notório, Reinaldo Azevedo, vinha usando o caso panamenho para pressionar juízes a negar a oferta de emprego a Dirceu.


Parte do contrato de criação das empresas da família de Eduardo Paes no Panamá
 Parte do contrato de criação das empresas da família de Eduardo Paes no Panamá

Um caso muito mais explosivo, no entanto, acaba de chegar à redação do Brasil 247. O mesmo personagem, Jose Eugenio Silva Ritter, já foi dono de duas empresas offshore que hoje pertencem à família do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. As empresas se chamam Conval Corporation e Vittenau Corporation. A primeira foi constituída em 12 de junho de 2008 e a segunda uma semana depois, em 19 de junho daquele ano - o mesmo em que Eduardo Paes se elegeu pela primeira vez para governar a cidade. Hoje elas pertencem a Valmar Souza Paes, pai do prefeito, Consuelo da Costa Paes, a mãe, e Letícia da Costa Paes, a irmã caçula.
Cada uma delas tem um capital social de US$ 4 millhões, ou seja, US$ 8 milhões, que, hoje, equivaleriam a cerca de R$ 20 milhões. Ambas foram constituídas pelo escritório Morgan y Morgan, um dos mais atuantes no Panamá, que, ao que tudo indica, tem farta clientela no Brasil. Informações trazidas ao Brasil 247 revelam que Jose Eugenio Silva Ritter é ou foi "dono" de mais de 1,5 mil empresas - a maioria delas no País.
A dúvida que fica no ar é: será que a Globo, que mantém boas relações com o prefeito do Rio de Janeiro, irá se aprofundar na investigação dos negócios do Morgan y Morgan e do laranja panamenho? A resposta será dada na noite de hoje por William Bonner.

Fonte: JORNAL DO BRASIL
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A lógica torta da Globo no caso de José Dirceu

publicado em 4 de dezembro de 2013 às 21:28

por Luiz Carlos Azenha
Dezenas de milhares de presos brasileiros, que cumprem pena em regime semiaberto, trabalham.
Não é nenhum privilégio: está previsto na legislação. Assim como está prevista a remissão de pena, ou seja, a redução da pena em função dos dias trabalhados.
Não há nada de excepcional nisso.
Pergunta básica sobre um preso hipotético: José da Silva é responsável pelas ações daquele que o emprega?
Se a empresa que acolheu José da Silva for condenada por tráfico de drogas, se sonegar Imposto de Renda ou se for de propriedade de um laranja, José da Silva deve pagar também por isso?
Resposta óbvia: não.
Qualquer tentativa em sentido contrário significa punir por associação.
Diz, com razão, o advogado de José Dirceu:
“A constituição societária do hotel St. Peter não diz respeito a meu cliente. Por que 400 pessoas podem trabalhar no hotel e o ex-ministro não? Esse hotel é antigo em Brasília, tradicional, mas para alguns parece que foi inaugurado ontem. Juntamos toda a documentação necessária para que meu cliente possa trabalhar e espero a decisão da Justiça”.
O que o Jornal Nacional está tentando fazer é “punir” um hotel que ofereceu um emprego a José Dirceu. É punir o preso por práticas supostamente ilícitas do hotel, o que é um absurdo jurídico.
Ou isso, ou a Globo está tentando lançar no ar uma ilação: José Dirceu seria o dono oculto do hotel que pretende empregá-lo, através de um laranja num refúgio fiscal, o Panamá.
Mas, aí, eu também posso fazer uma ilação: José Dirceu comprou parte da Abril, com o objetivo de calar Victor Civita.
Sim, porque como revelou um sítio, a mesma empresa do “laranja” envolvido com o hotel Saint Peter — que ofereceu emprego a José Dirceu — comprou parte da TVA, da Abril.
Já pensaram nisso? José Dirceu compra a Veja para torná-la uma publicação esquerdista!
Por falar em ironia, o blogueiro Mello desafiou a Globo  a ir fundo não apenas no Panamá, mas também nas ilhas Virgens Britânicas, onde uma certa Globo Overseas comprou os direitos de transmissão das copas de 2002 e 2006 usando uma empresa de fachada. A palavra não é minha, é da Receita Federal.

O que a Globo está tentando fazer no caso de Dirceu equivale ao Mello pedir que William Bonner seja punido por eventual sonegação fiscal dos empregadores dele, os irmãos Marinho!
Hoje, a Globo mobilizou três pessoas para fazer valer sua tese de que o escândalo diz respeito ao preso José Dirceu: Álvaro Dias e “ministros” do Supremo Tribunal Federal. Nem Gilmar Mendes, nem Marco Aurélio Mello, ouvidos, foram assim tão enfáticos. Mello, aliás, lembrou que não falava como juiz do caso. Por motivos óbvios: a decisão de permitir ou não que José Dirceu trabalhe não tem relação alguma com o fato de o hotel pertencer a um laranja ou a marcianos.
O que a Globo quer é vingança. É evitar que José Dirceu tenha os mesmos direitos de dezenas de milhares de outros presos que cumprem pena em regime semi aberto. Direito ao trabalho. À ressocialização.
A Globo não quer que a lei seja cumprida. Ou quer que ela seja cumprida seletivamente. É isso o que se esconde por trás do “jornalismo” do Ali Kamel.

Fonte: VI O MUNDO
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Ao que parece a globo deu mais um tiro no próprio pé.
Em sua perseguição alucinada aos políticos do PT foi procurar a origem do hotel onde José Dirceu irá trabalhar, legalmente, já que a lei assim permite.
Esqueceu-se, ou ainda não sabe, que aquilo que  "publica e informa"  imediatamente é checado por sites e portais, de jornalismo ou não, que existem já por mais de uma década na internete.
A propósito, seria interessante que se  criasse um movimento nas redes sociais com o objetivo de avisar às organizações globo  que  estamos no ano de 2013, mais precisamente no mês de dezembro.
O resultado da "reportagem" do jornal nacional de ontem, tendo em vista os conteúdos dos artigos acima, começa a emitir claros sinais de mais uma desastrada armação, dentre muitas outras de notório saber, onde toda a munição disparada se volta contra a própria globo e também contra seus aliados. 
No caso os atingidos foram a editora Abril, que edita a revista veja, e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, além de um laranja panamenho graúdo, que tem nome de geléia,  com mais de um mil e quinhentas empresas.
A globo, que pelas abundantes informações disponíveis em sites e portais da internete tem grande afinidade com empresas offshore, foi mexer onde se sente a vontade, porém não teve os devidos cuidados  para que a armação fosse bem sucedida.
As águas do canal do Panamá subiram, sujas, e podem transbordar a qualquer momento, justo sobre globo e seus aliados.
O que emerge de forma clara e transparente, além das sujas águas panamenhas, é uma campanha criminosa inquestionávelmente direcionada para atingir os condenados na ação penal 470.
Isso não é, nunca foi e jamais será considerado como jornalismo.
O que globo deseja é impedir que  José Dirceu possa trabalhar, como permite a lei, já que foi condenado em regime semi aberto. Para isso vale ameaçar e intimidar todos aqueles que, de alguma forma, auxiliam  Dirceu, como no caso o hotel St. Peter.
É perseguição explícita.
Já passou da hora da sociedade organizada  dar uma grande lição para globo, colocando-a no seu devido , insignificante e irrelevante lugar que  hoje ocupa no campo do jornalismo e da informação.
Enquanto isso, os escândalos de roubalheira nos transportes sobre trilhos no estado de São Paulo  ficam em stand by, nas plataformas das redações, descarrilados, a espera de ajustes para um take off tranquilo e sereno, onde as aves coloridas possam voar e passear impunes.
Nos higiênicos noticiários da velha e decadente mídia, seja em emissoras de rádio , jornalões, revistonas e em emissoras de  tv's , o "noticiário" sobre os trens paulistanos fora dos trilhos se utiliza de expressões suaves, ensaboadas, cuidadosas  para se referir  ao assalto aos cofres públicos.
Sempre que citado, o escândalo dos trens é apresentado como um "suposto cartel envolvendo a empresa Siemens" , sem nenhuma rcitação aos políticos envolvidos assim como seus respectivos  partidos.
É perfeitamente natural que uma empresa jornalística tenha uma orientação política. Também é natural que a alta direção de uma empresa jornalística não simapatize com determinados políticos. O que é inaceitável é uma , ou mais, empresas de jornalismo criarem fatos  e "notícias", que são ainda apresentadas de cunho investigativo, para apenas atacar obsessivamente seus adversários, de maneira que os asuntos relevantes para o conjunto da soiedade fiquem em segundo plano.
A propósito, já que a munição se voltou para globo e aliados cabe uma inocente e romântica pergunta:
Valeria a teoria de domínio do fato para o prefeito Eduardo Paes e para a Editora Abril ? 

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Manda-chuva da Siemens é o
homem-bomba do trensalão

Como se sabe, para a Justiça (?) brasileira, crime de tucano é “uma quimera”, não é, Bessinha ?
O Conversa Afiada reproduz artigo de Fernando Brito, extraído do Tijolaço:
 


Figura marginal no noticiário sobre a investigação do pagamento de propinas a dirigentes dos governos tucanos nos negócios dos trens do Metrô, o ex-presidente da Siemens no Brasil, Adilson Primo, acaba de aparecer onde de fato está: no centro desta teia de interesses e negócios obscuros.

Mark Gough, um australiano que é subchefe da auditoria interna da matriz alemã disse, há um mês, em depoimento à Polícia Federal brasileira que  a conta secreta mantida pelo ex-presidente da empresa no Brasil, Adílson Primo, indicava a possibilidade de “pagamento de propinas a funcionários públicos” aqui.

Primo, por sua vez, disse, numa ação trabalhista que moveu contra a empresa, que não tinha conhecimento da conta.

Como a gente previu no sábado, vem muita coisa aí.

Enquanto Aécio Neves grita dizendo que a investigação está acontecendo por razões políticas, o Banco Mundial  – será uma instituição “esquerdista”? – pediu oficialmente às autoridades brasileiras acesso à  ”cópias de depoimentos e outros documentos”  da investigação do cartel dos trens para abrir apuração  interna da instituição sobre financiamentos que concedeu a projetos do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

Será que o PSDB também vai dizer que o Banco Mundial é petista?

E, assim como critica a mídia quando encobre os fatos, também tem de elogiar o excelente trabalho dos repórteres do Estadão, que estão obtendo e divulgando os documentos deste escândalo.



Clique aqui para ler “Metrô de Cerra superfaturou R$ 1 bilhão”.

E aqui para ler “Ódio de FHC a Lula atinge o paroxismo”.
 
Fonte: CONVERSA AFIADA

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