sábado, 16 de novembro de 2013

O Teatro do STF e o Julgamento da Globo

BOLSA FAMÍLIA

Deu no ‘New York Times’

Por Luciano Martins Costa em 15/11/2013 na edição 772
Comentário para o programa radiofônico do Observatório da Imprensa, 15/11/2013
“Suíça pode criar renda mínima de R$ 6,3 mil”.
A notícia, publicada na edição de sexta-feira (15/11) do Estado de S. Paulo, é a versão traduzida de um texto da jornalista especializada em política econômica Annie Lowrey, que escreve no New York Times.
Na linha fina que sustenta o título, o jornal afirma: “Programas assistenciais tipo Bolsa Família são cada vez mais debatidos em todo o mundo”. A seguir, relatos de experiências desse tipo feitas em países ricos e opiniões de economistas sobre os resultados dessas ações sociais.
Agora, sugerimos que o prezado leitor e a leitora atenta tentem se recordar de como a imprensa brasileira tratou, desde o início, os programas sociais de distribuição de renda adotados pelo governo do ex-presidente Lula da Silva. Expressões como “bolsa-esmola” e “incentivo para a vagabundagem” ainda podem ser apreciadas em artigos e reportagens publicados a partir de 2003, quando a prática de combater a miséria com a concessão de renda virou política pública.
Depois de passar anos condenando o programa, a imprensa se convenceu de seus resultados e passou a cobrar uma “porta de saída” para os beneficiários e “adequações” do sistema. Ainda no ano passado, o Globo publicava ampla reportagem na qual fazia uma avaliação dos benefícios da injeção de dinheiro nas famílias pobres, reconhecendo como efeitos colaterais alguns dos resultados previstos ainda no lançamento do projeto: drástica redução do trabalho infantil, aumento da escolaridade nas regiões beneficiadas, diminuição da violência familiar e novo protagonismo da mulher.
Ao cobrar “aperfeiçoamentos”, o jornal citava o caso de uma faxineira, do Piauí, que rejeitou um emprego de babá porque preferia continuar com seus próprio filhos, sustentada pelo dinheiro do governo. O Globo apresentava essa história como crítica ao programa, como exemplo de que em alguns casos os beneficiários prefeririam não trabalhar fora, com medo de perder a renda mínima.
E é justamente nesse ponto que se revela a miopia social da imprensa brasileira: ao escolher ficar com seus próprios filhos, a mulher citada na reportagem estava justamente realizando o propósito do projeto social, ou seja, procurava assegurar com sua presença que os filhos fossem à escola. Se fosse cuidar dos filhos da patroa, certamente ganharia mais dinheiro, mas quem cuidaria de suas próprias crianças?
Pobres países ricos
A reportagem do New York Times, reproduzida pelo Estado de S. Paulo, observa que a crise nos países ricos está estimulando debates sobre a ideia de prover uma renda básica para famílias em dificuldades, principalmente para os jovens que não encontram emprego (ver aqui o texto original em inglês).
O caso da Suíça é emblemático: lá, uma campanha defende a concessão de um cheque mensal de 2.500 francos suíços – o equivalente a R$ 6.348 – a cada cidadão, rico ou pobre, idoso ou jovem, esteja ou não empregado. Como resultado imediato, a pobreza desapareceria completamente. A proposta é de um artista nascido na Alemanha, mas, segundo o texto, está mobilizando a sociedade e provoca grande debate entre economistas.
Mesmo nos Estados Unidos, pátria do liberalismo econômico, a discussão mobiliza as forças políticas de todos os matizes, mas praticamente já não se questiona a conveniência de programas de assistência: a controvérsia gira em torno do modelo mais adequado, se a renda básica será proporcionada por um programa de seguridade social expandido ou pela simples entrega de dinheiro, sem nenhuma obrigação em troca. Daí a uma ação internacional para o resgate da África, por exemplo, o caminho fica mais curto.
Uma pesquisa feita no Canadá e citada pelo jornal observa que a experiência de doação pura e simples de um salário mínimo a todos os cidadãos de uma pequena cidade durante um curto período conseguiu eliminar a pobreza, os índices de conclusão do ensino médio subiram e o número de pessoas hospitalizadas, caiu. O estudo projeta resultados mais amplos, demonstrando que uma política de renda básica não produz uma sociedade ociosa, como diziam os jornais brasileiros.
Programas de incentivo à base de transferência de renda vinham sendo experimentados no Brasil desde 1994, em Campinas, e acoplados a planos de educação, como aconteceu em 1995 em Brasília, durante o governo do hoje senador Cristovam Buarque. Mas foi o ex-presidente Lula da Silva que transformou essa ideia em política nacional, sob o nome de Bolsa-Família.
A reação da imprensa foi o que se viu.
Passados dez anos, o Brasil produziu o fenômeno da mobilidade social, milhões de cidadãos foram resgatados da miséria, muitos celebram o ingresso de seus filhos na universidade, os pobres aprenderam o que é autoestima, e países ricos pensam em aplicar a mesma receita para reduzir os danos do capitalismo especulativo.
Agora os jornais brasileiros não falam mais em “bolsa-esmola”.
É que deu no New York Times.
Fonte : OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA

Até mesmo os inocentes do Leblon sabem que a velha mídia comercial brasileira se transformou em um feroz e descontrolado partido de oposição aos governos democráticos, transparentes e bem sucedidos do PT. 
Durante esses últimos onze anos, a velha mídia vem tentando de tudo para derrubar, ou pelo menos fazer sangrar, os governos e lideranças do partido dos trabalhadores.
O Brasil deste século, bem sucedido e protagonista no cenário mundial, não aparece nas telas de tv, nos jornais e revistas   e nas emissoras de rádio da velha mídia.
Quanto não pode omitir os avanços conquistados neste século, a velha mídia  trata  de atacar as conquistas com teses e contorcionismos que ultrapassam em muito os limites do absurdo.
Isso se deve a grande fragilidade dos partidos de oposição do país, no tocante a apresentação de programas objetivos para o país que possam confrontar o governo.
Diante desse vácuo oposicionista, e considerando-se que em política o vácuo não existe, a velha mídia brasileira assumiu o papel de oposição, na tentativa de criar condições políticas para que a oposição partidária possa  lograr bons resultados nas eleições.
E não há limites no campo da oposição para tentar derrubar o governo do PT.
O caro leitor pode achar estranho, e até mesmo forte, a palavra derrubar, porém é o que está em jogo, mesmo que as aparências democráticas e de defesa da justiça se façam presentes com grande estardalhaço no cenário da informação, como acontece no momento com a decisão do STF sobre os réus da ação penal 470, amplamente divulgada pela velha mídia como mensalão.
Nas mídias que não seguem o mantra da velha mídia, pode-se ler conteúdos bem diferentes, em alguns casos mesmo antagônicos, sobre as decisões do STF.
O PAPIRO selecionou alguns, listados abaixo, com as fontes, para que o leitor possa ter uma boa informação e análise do que está em jogo e o perigoso papel que o STF vem assumindo na democracia:

Manter Dirceu preso é ilegal, diz advogado do ex-ministro
Fonte: JORNAL DO BRASIL

Ação Penal 470: uma exceção para a história

Não enxergo qualquer efeito pedagógico nesse julgamento e não desejo em hipótese alguma que se repita em outros processos futuros.

Fonte: CARTA MAIOR


Carta Maior e a coreografia do mensalão: República da Globo deu a notícia no JN

publicado em 16 de novembro de 2013 às 5:36

.Fonte: VI O MUNDO


Arquivo
José Genoíno foi brutalmente torturado na ditadura e seus torturadores continuam aí, sorridentes e impunes pelo que fizeram, abrigados por decisões deste mesmo Tribunal que condena sem provas militantes do PT. José Dirceu coordenou a vitória legítima de Lula, para o seu primeiro mandato. Os que compraram votos para reeleger Fernando Henrique estão também por aí, livres e gaudérios. Essas comparações históricas pairam sobre o prestígio da Suprema Corte. Por Tarso Genro.  Fonte: CARTA MAIOR


Inês Nassif: Um bunker poderoso incrustado no coração da democracia

publicado em 14 de novembro de 2013 às 20:32

por Maria Inês Nassif, em Carta Maior
Fonte: CARTA MAIOR

“Prisão é início da perseguição à toda a esquerda”

publicado em 15 de novembro de 2013 às 19:51
Fonte: VI O MUNDO


 Mensalão: Pizzolato não se entrega e, da Itália, divulga nota 

Ex-diretor do BB diz “não vislumbrar a mínima chance de ter um julgamento afastado de motivações político eleitorais"
Fonte: JORNAL DO BRASIL


Petistas calam a Globo na porta da PF

Repórter da Globo, elegante como um banqueiro, não consegue noticiar a prisão de Genoino e Dirceu: a verdade é dura; a Rede Globo apoiou a ditadura !

Fonte: CONVERSA AFIADA

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