quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Onde está a Democracia ?

MANIFESTO: Muito além do papel de um leitor

outubro 22nd, 2013 by mariafro

Somos ex-assinantes do Jornal O Globo e achamos que a cobertura que o jornal tem feito sobre as manifestações populares, desde junho, é inaceitável. A capa de hoje – dia 17 de outubro de 2013 – foi o ponto final.

Decidimos ir além do papel de um leitor, cancelamos as nossas assinaturas e estamos construindo uma plataforma para que todos que também não querem mais financiar esse tipo de jornalismo possam cancelar as suas de maneira pública e coletiva.
SE INSCREVA para ser avisado quando essa plataforma for lançada: http://muitoalemdeumleitor.herokuapp.com/
Em setembro, o Jornal O Globo fez um editorial pedindo desculpas públicas pelo seu apoio à Ditadura Militar brasileira. Não vamos esperar mais 50 anos para outro pedido de desculpas. A verdade é dura e já tá na boca do povo. SE INSCREVA para ser avisado sobre o lançamento da plataforma: http://muitoalemdeumleitor.herokuapp.com/

Rafucko para Pedro Dória: ‘militante, o Globo é um jornal militante a serviço da ditadura militar’

outubro 22nd, 2013 by mariafro

Por volta de 29 minutos a fala do Rafucko em resposta ao Pedro Dória e a continuação nos minutos subsequentes do debate com a participação do Felipe do mídia ninja é verdadeiramente imperdível.
A resposta que Rafucko deu ao discurso despolitizado de Pedro Doria, um simulacro sobre neutralidade no jornalismo, é um verdadeiro libelo da luta pela democratização das comunicações. Vale a pena ser transcrito na íntegra.
Um pequeno trecho transcrito sem revisão:

Pedro Dória para Rafucko: “Quando manifestantes expulsam um jornalista da Globo estão calando uma voz.”

Rafucko: “Não, eles estão repudiando a mentira.”

Doria: “Você classifica o que nós chamamos de fato, mentira.

Rafucko, mostrando a vergonhosa manchete padrão Globo que criminalizava como ‘vandalos’ 70 manifestantes que estavam sentados nas escadarias da Câmara, incluindo um carteiro que voltava do trabalho e que foram presos indiscriminadamente como criminosos periculosos na ação mais arbitrária que se tem notícia num regime democrático, retruca: “Eu não, quem considerou mentira o que o Globo escreveu foi a Justiça.”

Fonte: MARIA FRÔ

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A saia justa de O Globo diante de militantes em debate
Fonte : VIOMUNDO 

qua, 23/10/2013 - 11:24
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Os Testas-de-Ferro da Rede Globo, Paus-Mandados dos Filhos ‘Sem-Nome’ do Roberto Marinho, estão sendo humilhados publicamente, porque defendem a causa indefensável dos delitos praticados por essa Organização Criminosa do Ramo das Comunicações.
As colocações de pretensa superioridade expressas pelo Editor Executivo do Jornal O Globo – ao que parece, inclusive, regularmente escalado pelos Patrões para “debater coisas difíceis”, como afirmou a dondoca apresentadora do evento patrocinado pela Vivo – são exemplos claros do Mundo da Autossuficiência onde se encontram isolados esses Chefes de Edição e de Redação das Empresas Jornalísticas, incrustados que estão no Círculo Empresarial das Reuniões Fechadas da Associação Nacional de Jornais (ANJ) e da Associação BraZileira de Rádio e Televisão (ABERT), defensores incondicionais dos lucros abusivos das megacorporações econômicas, das quais fazem parte, e estimulantes do Medo Generalizado na População para justificar a presença do Estado Policial Militar que as protege, alheios aos problemas reais enfrentados no cotidiano pelas Comunidades de Amarildos e Elizabetes nas Rocinhas espalhadas por todo o País.
O pessoal da Mídia Independente de Esquerda, aqui incluídos os Sítios e Blogs como o Viomundo, está fazendo a Soberba dos Magnatas das Comunicações descer do Pedestal da Arrogância Elitista e Excludente para o chão da Realidade Social Brasileira.
Nada permanece indefinidamente oculto que um dia não seja revelado.
A Justiça chega junto com a Verdade.
Fascistas, Fascistas! Não Passarão!

Amostra
Reportagem de O GLOBO publicada em 28/03/12 – 23h23
“O NOVO XERIFE DA ROCINHA
Rocinha ganha comandante de policiamento
Major vai coordenar equipes da favela,cujos moradores voltaram a viver rotina de medo,com confrontos de traficantes
DIEGO BARRETO (EMAIL)
PAOLLA SERRA

Major Edson Santos, novo” xerife” da Rocinha Nina Lima / Extra/O Globo

16/10/2013 19h26 – Atualizado em 16/10/2013 19h49
 
Comandante de UPP mandou tropa mentir após morte de Amarildo, diz PM
PMs foram orientados a dizer que Amarildo foi liberado após averiguação.
O depoimento de um policial militar da UPP da Rocinha afirma que o major Edson Santos, ex-comandante da unidade, orientou a tropa a mentir sobre a morte de Amarildo, como mostrou reportagem do RJTV nesta quarta-feira (16).
De acordo com a testemunha, num tom de intimidação, o major teria instruído os policiais a dizerem que o ajudante de pedreiro tinha sido levado para a base da UPP e liberado pelo próprio major, depois de uma averiguação. Ainda segundo o PM, os policiais deveriam afirmar também que Amarildo teria usado uma escadaria da comunidade para ir embora.
Segundo a testemunha, no dia seguinte ao sumiço de Amarildo, uma segunda-feira, PMs limparam a área onde ocorreu a tortura. E na terça-feira, eles jogaram óleo no chão para tentar encobrir vestígios de sangue. Ainda de acordo com o PM, dias mais tarde, o ex-subcomandante da UPP, tenente Luís Felipe Medeiros, ordenou a instalação de uma porta nessa área, que foi transformada num depósito de entulho e móveis.
O local só foi periciado três meses depois, na última segunda-feira (14), poucas horas após o fim do depoimento da testemunha. Amostras do material já estão sendo analisadas. Os peritos acreditam que pode ser sangue.
Capa de motocicleta
No depoimento, o policial militar contou ainda que ouviu Amarildo de Souza levar choques com uma arma usada para imobilizar pessoas, e disse ainda que a vítima foi afogada num balde. O PM dediciu fazer as revelações por temer ser assassinado, numa queima de arquivo.
No testemunho, o PM disse que a capa da motocicleta usada para esconder o corpo e retirá-lo da favela após a tortura, pertencia ao major Edson Santos.
MP promete denunciar outros 10 PMs
O Ministério Público do Rio informou que vai incluir outros dez nomes de policiais à denúncia referente ao desaparecimento do ajudante de pedreiro. Eles serão indiciados pelos crimes de tortura seguida de morte, ocultação de cadáver e também por omissão.
O MP também quer que o major Edson Santos seja transferido para outro presídio para proteger a investigação. Segundo os promotores, ele estaria influenciando os policiais presos que poderiam colaborar com as investigações em troca de redução da pena.
Na segunda-feira (14), a polícia realizou nova perícia no local onde o policial indicou que houve tortura contra Amarildo. Eles encontraram vestígios de sangue e o material foi encaminhado para análise.
No dia 1º de outubro, o ex-comandante da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, major Edson Santos, e outros nove policiais militares foram indiciados pelo crime.
Amarildo de Souza desapareceu em 14 de julho, após uma abordagem policial.

Fonte: VIOMUNDO - Comentário de um leitor
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“Estamos forçando a população a pensar de uma única forma”, diz relator da ONU

Em entrevista ao Brasil de Fato, Frank La Rue recorda que a concentração da comunicação leva à concentração de poder político
18/10/2013
Tatiana Lima,
do Rio de Janeiro (RJ)

Desde as manifestações deflagradas em junho, a credibilidade de jornais e redes de televisão são alvos de críticas por parte da população que participa dos protestos. Principalmente, após vídeos, fotos e depoimentos postados em redes sociais como Facebook e Yotube, feitos por manifestantes durante os atos. Cartazes e faixas com dizeres como “Abaixo a Rede Globo” e “Ocupe a Mídia” tem sido a tônica de manifestações no Rio e em outras cidades do país.
Segundo Frank La Rue, relator especial para a Promoção e Proteção do Direito à Liberdade de Opinião e Expressão da ONU, essa insatisfação popular é reflexo da falta de pluralidade de vozes e da concentração dos meios de comunicação nas democracias da América Latina, dentre elas, na do Brasil.
Para ele, enquanto existir somente uma visão comercial da imprensa, a liberdade de expressão e a própria democracia estão ameaçadas. “Estamos forçando a população a pensar de uma única forma”, alerta.

Brasil de Fato – Qual é o problema de só existir essa visão comercial da imprensa? 

Frank La Rue - Eu não tenho nenhum problema com a visão comercial, mas a comunicação deve por, acima de tudo, os serviços sociais. É uma vocação dos comunicadores.
Então, umas mídias podem ser comerciais, outras comunitárias e públicas, além das telecomunicações. Falo, portanto, de um sistema de comunicações éticas nacionais para grupo indígenas, étnicos, mulheres, grupos específicos. Portanto, democratizar a comunicação significa: primeiro, romper com sua concentração.
Porque essa concentração de mídias é um atentado contra a democracia. A democracia necessita de diversidade de meios e de pluralidade de ideias para que cada um possa construir seu pensamento e suas opiniões com liberdade. E na América Latina, não há diversidade e pluralismo. Então, estamos forçando a população a pensar de uma só forma.

Qual é o perigo prático disso? 

O perigo é a blindagem de governos ruins e corruptos. É o que aconteceu na Itália, com o ex-primeiro-ministro Berlusconi, que governou o país por nove anos. O caso dele nos mostra que a concentração da comunicação leva à concentração de poder político.
E isso pode ser muito perigoso para a democracia. Por isso, romper com o monopólio das comunicações é uma prioridade. A democratização dá oportunidade a todos os setores da sociedade de participar e de poderem se expressar.
A Declaração de Direitos Humanos dos povos indígenas das Nações Unidas, por exemplo, diz que todo povo tem o direito a ter uma cultura, valores expressados em seu idioma, de reproduzir esses valores para outras gerações e disseminá-los para o mundo inteiro.
E mais adiante, essa mesma declaração, diz que eles têm o direito de usar meios de comunicação social e de até ter seus meios de comunicação próprios.

Então, está correto dizer que a concentração dos meios de comunicação é uma violência à liberdade de expressão?

É uma violação, não digo uma violência. Há concentração. A falta de pluralidade viola o direito humano à comunicação e à expressão de ideias.

Em relatório entregue à ONU ano passado, o senhor incluiu tanto comunicadores populares  e comunitários, quanto blogueiros na definição de profissionais de jornalismo, considerando todos como jornalistas. Por que é importante essa compreensão do exercício da profissão de jornalista?

Pela função. Eu insisto que o jornalismo se define pela função e não pelos estudos. Todos exercem a mesma função: dedicam-se a organizar a informação para transmitir essa informação tratada a um setor específico  da população. São jornalistas. É isso que quero dizer. É essa tarefa que estamos protegendo, porque é o direito da sociedade estar informada. É a vocação do jornalismo.

Fonte: BRASIL DE FATO


O sumiço de Amarildo é esclarecido. 
A polícia mostra sua verdadeira face.
A justiça funciona quando pressionada. 
A velha imprensa  se revela em preto e branco.
Todos os fatos acima estão intimamente interligados e escancaram  os principais entraves para que o país desfrutre de uma democracia plena. 
Amarildo, trabalhador, auxiliar de pedreiro, morador na comunidade da Rocinha no Rio de Janeiro, desapareceu há mais ou menos quatro meses depois de ser abordado por policiais militares em uma unidade policial na comunidade que é chamada como Polícia Pacificadora.
O momento do sumiço do trabalhador coincidia com as manifestações de rua que varriam o país e que tiveram grande destaque no Rio de Janeiro.  
No embalo das manifestações, e se aproveitando da visibilidade, faixas e cartazes começavam a surgir entre os manifestantes questionando sobre o paradeiro de Amarildo.  
Para muitos, inclusive e principamente para a velha imprensa, a pergunta se reproduzia pelas redes sociais:
Quem era Amarildo e porque tinha desaparecido ? 
A repercussão chegou , inclusive  na imprensa internacional. 
A população do Rio e até mesmo de outras cidades do país, passou a portar faixas e cartazes durante as manifestações  exigindo esclarecimentos sobre o sumiço de Amarildo. 
A velha imprensa não mais poderia se omitir sobre o sumiço de mais uma pessoa pobre, parda e trabalhadora , entretanto, poderia, como tentou, apresentar as versões da polícia da comunidade ,de que Amarildo era apenas mais um bandido, como muitos outros, quase sempre pobres, trabalhadores, pretos ou pardos, que vivem nas cidades do Brasil e, no caso nas comunidades ou áreas mais carentes da cidade do Rio de Janeiro.  
A insistência, porém, dos familiares de Amarildo e o apoio da população nas ruas e nas redes sociais, não permitiu  que declarações supostamente oficiais e com o carimbo  sem análise crítica da velha imprensa, pudessem ganhar musculatura e prevalecer como versão definitiva. 
Na tentativa de consolidar o desaparecimento através dos "esclarecimentos" da polícia, chegou-se ao ponto de convidar e mesmo utilizar o filho de Amarildo para desfiles e fotos como modelo. 
Tentativa de minimizar algo grave ? Minimizar danos ? Talvez.
O fato é que mesmo com fotos, fatos e fotos das manifestações insistiam em perguntar sobre o sumiço do trabalhador. 
A pressão das ruas e das redes aumentava e uma resposta concreta não poderia mais ser adiada ou substituída por versões profissionais emitidas por profissionais em criar falsas versões sobre crimes e pessoas. 
Diante da pressão das ruas, a polícia e o judiciário se viram na obrigação de trabalhar corretamnete e  cumprir com os seus deveres constitucionais, e, de repente, não mais do  que de repente, vem a tona toda a verdade sobre o desaparecimento  e também  os detalhes sobre um crime bárbaro, praticado  justo por aqueles que são pagos pelo povo para defender  a população, e, ainda, na instituição policial a que pertencem ostentam o título de elite da tropa. 
Amarildo, o trabalhador, pobre e pardo, foi cruelmente e barbaramente torturado e assassinado por policiais militares de uma Unidade de Polícia Pacificadora, sob o comando do major, da foto acima, que em sua mesa ostenta um símbolo de caveira.
O que se pode concluir, sem a mínima possibilidade de erro, é que a elucidação do crime só foi possível devido a pressão dos manifestantes, nas ruas e nas rede sociais. 
Ainda, de tudo que emerge da barbárie, sabe-se, através de números  oficiais, que algo em torno de 5 mil pessoas desapareceram na cidade do Rio de Janeiro , somente este ano, sem que se tenha qualquer notícia sobre o destino dessas pessoas. 
Isso não significa que toda essa gente tenha sido vítima da "proteção" dos órgãos de segurança pública, mas certamente muitos e muitos, quem sabe a maioria, tenha recebido tratamento similar ao que recebeu o trabalhador Amarildo pobre, pardo e morador em favelas da cidade. 
O que escancara de forma inequívoca para a população é que o caso Amarildo não foi uma exceção, um ponto fora da curva, um desvio da elite da tropa. 
Fica claro que os órgãos de segurança pública ainda não se desfizeram de práticas de violência, opressão e tortura, tão comuns durante o período da ditadura militar no país, período este  que apesar da barbárie e loucura não registrava um número assustador de sumiço de pessoas como os números atuais. 
Ainda,  segundo dados colhidos por órgãos governamentais, a maioria dos desaparecidos é de pessoas  pobres, pretas e pardas. 
Vem, então , a pergunta:
A quem serve a polícia e o judiciário ?
Certamente não serve à maioria da população, principalmente pobre. 
Ao contrário, o que se vê é uma escalada de  violência  e criminalização das populações pobres, o que não deixa de guardar uma correlação com o que acontece em muitos outros países, como os EUA, por exemplo, a maior população carcerária do planeta, com predominância de pobres acusados de delitos comuns e que por isso passam anos e décadas em prisões. 
Por aqui não é diferente, a polícia e o judiciário não servem ao povo e, predominantemente, estão ao serviço do dinheiro grosso. 
Os familiares dos  5 mil desaparecidos, apenas este ano no Rio de Janeiro, que pagam seus impostos e com isso pagam os salários dos funcionários dos serviços públicos, como polícias e ógãos do judiciário, tem seus direitos violados e negligenciados pelo simples fato de serem pobres e trabalhadores. 
Isto posto, e independente do que se venha a comentar sobre o assunto, se faz urgente uma reengenharia nos ógãos do segurança pública, as polícias e o judiciário, de maneira que não só a populção possa cumprimentar esses servidores públicos, como os serviços prestados por estes órgãos sejam para todos, sem qualquer tipo ou forma de descriminação oriunda de vantagens e favores previamente recebidos. 
Em suma, uma democratização da polícia e do judiciário.
Entra em cena o terceiro entrave no processo de democratização do pais; os meios de comunicação. 
Esses meios de comunicação comerciais que dominam amplamente a informação e o entretenimento no pais, e que durante anos vem reproduzindo através do noticiário de suas empresas teses repletas de elementos de exceção para que com isso possam justificar provas para condenação de seus adversários políticos, esses meios de comunicação não fazem qualquer tipo de campanha  pelo esclarecimento de crimes com sumiço de pessoas, isso em uma realidade alarmante de 5 mil sumiços por ano, apenas na cidade do Rio de Janeiro.
Esses meios de comunicação que adotam a estratatégia do medo para imobilizar a população e que ainda exigem a lei dura para o povo, são os mesmos que omitem e acobertam crimes gigantescos contra o patrimônio do povo.
São esses meios de comunicação, que através de programas de tv onde o sensacionalismo e a teatralidade dos apresentadores impera no sentido de exigir prisão dos criminosos do dia a dia, com campanhas de redução da maioridade penal, inclusive, para que pobres, pretos e pardos já sejam condenados no útero materno, esses meios de comunicação que nesses mesmos programas, mas não apenas nesses, raramente fazem críticas aos órgãos de segurança pública e em muitas vezes sempre se colocam ao lado das polícias, são aliados no processo de criminalizar a população. 
Não medem esforços para isso, seja através dos noticiários, em rádios , jornais e tv ,seja através do entretenimento, sempre estará presente o medo, a violência e principalmente formas de desagregação social.
No último caso, estão as novelas, que o povo brasileiro tanto assisite, porém desconhece o que se pretende com os aparentemente inofensivos folhetins. Independente se a novela é na Av. Brasil, ou na Paulista, ou se é por amor , o que predomina são as mensagens repetidamente iguais e repassadas pelos personagens principais das tramas. 
Via de regra, e tem sido assim em todas as novelas ao longo dos ultimos 15 anos, os personagens de maior repercussão na população destilam o que existe de pior nas relações interpessoais, com predominância para a trapaça, o crime, a crueldade e a violência, como se esses traços do caráter fossem predominantes na população.
Se a trama se desenrola na Av. Brasil, pouco importa. 
Aliás, a novela que levou o nome da avenida do Rio de Janeio, pouco, ou quase nada, mostrou o que realmente é a avenida que com seus quase 60 Km, predominantemente em retas, cruza a cidade.  
A Av. Brasil , no Rio de Janeiro, é o resultado do tripé anti-democrático e criminoso do judiciário, policia e meios de comunicação. 
Talvez a melhor definição, a definição completa, para a famosa avenida, tenha sido a que ouvi de um motorista de ônibus que , diariamente, faz o percurso de ida e volta da Av. em pelo menos duas vezes ao dia. Disse ele:
"   a avenida Brasil é a trajetória percorrida por uma bala disparda de um arma de fogo "
Ainda, no que representa a aliança dos meios de comunicação com a polícia criminosa, ontem, na rádio Band News FM, uma emissora que se propõe a informar, ouvi, pouco antes  da entrada da Voz do Brasil, um quadro de humor, em que o personagem dizia o seguinte:
" nós, ricos, estamos cagando para os pobres
Com esse "conteúdo", a emissora deu voz ao programa Voz do Brasil.
Isto posto, cada vez fica mais claro que para o avanço da democracia no pais o tripé, judiciário, polícias e meios de comunicação  precisam passar por um processo de redefinição, onde a comunicação não seja apenas comercial, e a a polícia e o judiciário sejam de fato em apoio e em serviço ao cidadão.
Agora que a população já sabe que as coisas passam  a funcionar com pressão do povo  se manifestando nas ruas , tái uma boa agenda para pŕoximas manifestações.
PS. cadê o DARF ?



 

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