domingo, 15 de setembro de 2013

A Cultura dos Marinhos

Os números não mentem: maioria quer democracia na mídia

Pesquisa revela que não é a qualidade que define a audiência das TVs, mas a falta de opção. E que, apesar da propaganda contrária da imprensa, a maioria quer a democratização da mídia. A pesquisa revela como é enganosa a afirmação de que a TV mostra o que as pessoas querem ver.


(*) Publicado originalmente na edição de setembro da Revista do Brasil

O debate em torno da democratização da comunicação acaba de ganhar um reforço importante. Uma pesquisa sobre o tema promovida pela Fundação Perseu Abramo permite agora discutir o papel da mídia em cima de dados concretos. Sabia-se, por exemplo, que a TV aberta – apesar do avanço da internet – continuava sendo o meio mais utilizado pelos brasileiros para informação e entretenimento. Agora temos números: 94% fazem isso, 82% deles todos os dias.

À frente da internet e dos jornais, empatados em 43%, está o rádio, com 79% (69,2% ouvem diariamente). Presente nas regiões mais remotas do país e nas grandes cidades, sua voz é ouvida por ribeirinhos na Amazônia e pelos motoristas presos nos congestionamentos urbanos, com uma força político-eleitoral que ainda está para ser medida.

A pesquisa teve caráter nacional e ouviu 2.400 pessoas, com margem de erro que varia de dois a cinco pontos percentuais. Soube-se por ela que 57% dos brasileiros leem jornais, mas quase a metade (46,2%) só lê o do bairro ou da cidade em que mora. Muito atrás aparece o segundo jornal mais lido: o Extra, com 5,9%. Os jornalões – Folha de S.Paulo (4,5%), O Globo (3,1%) e O Estado de S. Paulo (3%), com leitores concentrados no Sudeste – revelam não ter a projeção nacional por eles apregoada. Entre as revistas o dado é preocupante: 76% leem esse tipo de publicação, dos quais 50,2%, a Veja.

Conhecendo a linha editorial da revista fica clara a necessidade de uma alternativa capaz de contrabalançar os efeitos negativos que ela causa à sociedade.

Na internet, o Facebook (38,4%) e o Twitter (25,5%) são os preferidos dos brasileiros. Os portais de notícias – Globo (16,7%), UOL (12,6%), Terra (7,3%) – vêm depois: seis em cada dez entrevistados dizem buscar informações e notícias nesses sites, reforçando a convicção de que a internet é responsável pelo declínio dos jornais impressos.

Quanto ao conteúdo, não há uma percepção de que os meios de comunicação, quando tratam de política e economia, defendam os interesses da população. Só 7,8% acreditam nisso. Os demais dizem que eles defendem os interesses dos próprios donos (34,9%), dos que têm mais dinheiro (31,5%) e dos políticos (20,6%).

Em relação à TV, a pesquisa concretiza o que os estudiosos já inferiam. A maioria dos brasileiros (71,2%) não sabe que as emissoras de rádio e TV são concessões públicas. E quando passam a ser perguntados sobre o que veem na tela mostram uma clareza maior: 43% dizem não se ver representados na TV e 25% se consideram retratados negativamente. Grande parte avalia às vezes ou quase sempre como desrespeitoso o tratamento dado à mulher (64%), aos nordestinos (63%) e aos negros (66%) nos programas das emissoras.

O remédio está na regulação dos meios. Os entrevistados concordaram com essa necessidade, mostrando que a campanha sistemática da mídia, comparando regulação à censura, surte pouco efeito. Deveria haver mais regras para o funcionamento das TVs para 71%. E na opinião de 77,2% deveriam ser estabelecidas e aplicadas por um órgão ou conselho representativo da sociedade, como ocorre em vários países democráticos.

A maioria (entre 50,9% e 65,8%) se manifestou contra a veiculação de palavrões, a exposição gratuita do corpo da mulher, de imagens de cadáveres, de crueldade com animais, de nudez e sexo, violência e morte e de uso de drogas. Também se mostrou contrária a cenas de violência e de humilhação de gays e lésbicas, assim como ao humor que ridiculariza as pessoas. E mais: 88,1% não querem propaganda de bebida alcoólica na TV.

São dados que não aparecem no Ibope e não têm nada a ver com audiência. A pesquisa revela como é enganosa a afirmação de que a TV mostra o que as pessoas querem ver. Veem, na verdade, por falta de opção ou para não deixar a casa silenciosa.
Fonte: CARTA MAIOR
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A alma pequena dos leitores da ‘grande’ mídia


Que tipo de leitores a mídia está atraindo? Um bom exercício para responder a esta questão, como repararam amigos do Diário, é a mera leitura dos comentários deixados nos seus sites.

Tinha feito isso algumas semanas atrás com os blogs da Veja. Notei, ali, que Reinaldo Azevedo atraía leitores tão repulsivos quanto aquilo que ele escreve. O mesmo quadro vale para os outros dois colegas de Azevedo, Augusto Nunes e Ricardo Setti.

Em outros grandes títulos da mídia, não é diferente. As manifestações sobre a morte de Gushiken em sites como o da Folha e o G1 têm sido simplesmente pavorosas.

Você lê aquilo e pensa: o brasileiro tem uma alma tão grotesca? Ou é a mídia que atrai hoje um tipo de gente sem qualquer grandeza moral?

Se você avalia os brasileiros pelos leitores da mídia, é obrigado a classificá-los como mesquinhos, desapiedados, raivosos, preconceituosos e fanatizados. Para usar uma personagem de nossos dias, são o oposto de, por exemplo, o Papa Francisco.

Somos isso mesmo?

Um comentário posto no G1 simboliza a alma de seus leitores: “Bandido bom é bandido morto”. Havia centenas de outros na mesma linha.

No site da Folha, uma amostra: “Em enterro de verme só vermes participam.” Curiosamente, um comentário na Folha foi removido sob a alegação de que feria as “regras da casa”.

É difícil imaginar o que esteja fora das regras quando você lê uma coisa assim: “Desculpem a impaciência, mas … quando vão chamar o Lula? O que esse hospital deve estar gastando com produto de limpeza …”

Tenho para mim que esta é uma fração dos brasileiros, e cada vez menor. Se não fosse assim, Serra – a grande esperança branca desse tipo de gente — seria presidente da República ou, ao menos, prefeito de São Paulo. E Joaquim Barbosa seria seu sucessor, numa chapa com Gilmar Mendes. (O STF na versão inicial sob JB, aliás, representava juridicamente aquele lamentável tipo de brasileiro.)

A mídia tradicional tem sérios problemas, como o Diário vem apontando com frequência.

A atração que exerce – não à toa – sobre brasileiros de caráter ruim é um deles.
Fonte: CONVERSA AFIADA
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Taí um perfil bem interessante daquilo que chamamos de velha imprensa ou PIG - partido da imprensa golpista. 
É a mesma coisa, pois é velha, decadente e golpista.
Agora já se tem dados objetivos, fruto de uma pesquisa de opinião, sobre o que a população pensa sobre a velha imprensa, isso no tocante a criação de um novo marco regulatório para os meios de comunicação.
Apesar do bloqueio , e até mesmo censura, que a velha imprensa impõe a discussão sobre a democratização da mídia, a população deseja uma revisão completa nos meios de comunicação.
Mais uma vez fica claro e transparente que a opinião publicada pela velha imprensa não reflete a opinião da população.
Isso é muito bom.
Sinal de amadurecimento da população quanto ao papel da imprensa e de seu aparato midático na vida das pessoas.
Por outro lado, mas ao lado da democratização da mídia que a população deseja,  ficou mais fácil, com o advento das redes sociais, identificar rapidamente o tipo de leitor e telespectador da velha imprensa e de seu aparato midático.
A velha imprensa talhou, em seus leitores e telespectadores, um tipo de caráter bem definido, que se revela no pensamento e ações dessas pessoas.
As críticas agressivas e violentas a morte de Luiz Gushiken, que proliferam em portais do PIG e mesmo nas redes sociais, não são uma novidade do comportamento desses leitores talhados pelo conservadorismo reacionário, nem  também exclusividade de setores da direita, porém se manifestam em maior intensidade no campo conservador e retrógrado.
O perfil, o caráter e mesmo os valores dos leitores e telespectadores da velha imprensa e de seu aparato midático podem ser exemplificados, através de amostras objetivas, por pessoas desses veículos de comunicação.
Quem não ouviu Boris Casoy se referir à um gari da limpeza urbana como sendo o resto da escala social, justo no momento que o gari desejava a todos um feliz natal ?
Ou ainda, quando Willian Waack mandou a Presidenta Dilma calar a boca, quando viu sua imagem em um discurso?
Ou então Pedro Bial dizer, em alto e bom som, que o ballet é coisa de viado ?
Ou Catanhede  se referir ao povo como massa cheirosa e a chegada dos médicos cubanos como um navio negreiro ?
Ou ainda mais, a atriz global Luana Piovani mandar o Lula se tratar no SUS, quando o ex -presidente identificou sua doença ?
Esses exemplos, ainda existem muitos outros, revelam o tipo de caráter do universo da velha imprensa e de seu aparato midiático, suas crenças, mitos e valores, tanto de seus propritários com de seus funcionários.
E é exatamente esse tipo de caráter que é assimilado por uma parcela da população.
É fácil identificar as pessoas talhadas pelo PIG.
Via de regra são extremamente agressivas, seja nas relações interpessoais,  seja no trânsito e em outras situações.
Com a chegada das redes sociais, eles são bem fáceis de serem identificados, quase sempre por conta de seus comentários.
São racistas, xenófabos, preconceituosos, e com limites bem estreitos no tocante a compreensão da realidade e também na aceitação da diversidade e da complexidade social.
Acreditam, pois assim foram talhados pela velha imprensa, que somente a sua visão da realidade é a correta e qualquer tema que contrarie suas crenças deve ser rejeitado com violência, seja na política, na religião ou mesmo entre eles no momento de comprar, em seus templos do consumo, seu bichinho de pelúcia favorito.
Na sociedade são os maiores corruptos, pois entendem que por serem  melhores que os demais  não devem se sujeitar as regras  democráticas, e para isso utilizam sempre artifícios para corromper as pessoas em benefício próprio , seja pagando para conseguir um lugar em uma prosaica fila de atendimento, seja pagando para conseguir um concessão de rádio ou de tv.
São em essência anti-democráticos e sempre que surgir uma oportunidade , procuram mudar a regra do jogo e se necessário for, pelo grito ou pela força.
Acreditam que a força e a violência são os motores da história, e ignoram qualquer  debate  que seja conduzido pela razão.
Ao mesmo tempo que são violentos  e agressivos, são medrosos e hipocondríacos,  se sujeitando , caso tenham recursos financeiros para tal ,a todo tipo de tratamentos com medicamentos pesados para a cura de seus imaginários, irreais e até mesmo infantis problemas de saúde.
Costumam ter medos de insetos, chegando mesmo a desmaios com a presença dos segmentados.
No campo das artes, preferem os filmes de ação e violência, de preferência com poucos debates e muitas cenas de coisas explodindo e indo pelos ares.
Seu gosto musical se situa em músicas de fácil assimilação , onde possam aprendê-las na primeira audição.
Não leem livros e suas fontes de informação são , principalmente, os telejornais onde apreciam muito a 'seriedade' e a 'elegância' dos apresentadores, principalmente as mulheres  com seus cabelos impecávelmente alinhados.
 
 

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