sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Feliz Cidade. Felicidade

Ontem, 08.08.2013, mais uma manifestação parou o centro da cidade do Rio de Janeiro. Como tem ocorrido nas últimas manifestações, os manifestantes pediam a saída do governador Sergio Cabral, perguntavam sobre o sumiço do pedreiro Amarildo, pediam mais verbas para a educação e saúde públicas, democratização dos meios de comunicação, desmilitarização da polícia, instalação de CPI's para o transporte público e outras pautas não menos importantes. Seguindo o roteiro de manifestações anteriores, em um determinado momento o pau comeu. Tem sido assim ao longo dos dois últimos meses. Entretanto , um cartaz  exibido por um manifestante chamou a atenção. O cartaz continha a seguinte frase:
'Guerra ao Capital'
Imediatamente me veio a lembrança  do saudoso Leonel Brizola.
Lá pelos anos de 1990, logo após a queda dos regimes comunistas , Brizola foi procurado por vários jornalistas que desejavam saber a posição da esquerda naquele momento. Sempre tranquilo, e administrando com extrema competência o silêncio após as perguntas ,Brizola foi preciso, exato, direto e profético em sua resposta. Disse ele:
' o inimigo é o capital'
O cartaz do manifestante ontem e  a declaração de Brizola em 1990 também me puxaram a lembrança sobre um belísssimo romance que fala da terceira guerra mundial.
             


A história se passa em uma cidade de um determinado país que, certo dia parou por conta de uma gigantesca manifestação de sua população. Insatisfeitos com a qualidade vida na cidade e com a precarização de serviços públicos essenciais, o povo daquela cidade vinha fazendo sucessivas manifestações onde as  exigências eram similares as que acontecem atualmente na cidade do Rio de Janeiro e em outras tantas cidades do Brasil. Durante meses, e até anos, uma parcela da população saía as ruas para pedir melhor transporte, mais verbas para  educação e saúde, mais democracia, liberdade de expressão com democratização dos meios de comunicação, fim da violência, crimes, etc.. Conseguiam, por vezes, alguns avanços ao serem ouvidos pelas autoridades, porém, passado o impacto das manifestações tudo voltava como era anteriormente, as vezes precarizando ainda mais a qualidade dos serviços alvo das manifestações. Em um momento raro , porém de profunda consciência, os diferentes grupos  e organizações que se manifestavam nas ruas criaram uma central de movimentos e passaram a discutir alternativas que de fato pudessem alterar a realidade, já que a fúria e  ganância do capital não cedia espaço e ceifava dia após dia vidas de  mais e mais pessoas. Após várias reuniões , a central de movimentos concluiu, por consenso, que o alvo das manifestações deveria ser outro, mais precisamente o capital com todas as suas formas de expressão e dominação, representado pelos poderes constituídos e por corporações. Uma gigantesca manifestação tomou conta das ruas daquela cidade, com desdobramentos e lutas por mais de vinte dias que resultaram na queda de todas as autoridades  seguindo de uma profunda reformulação nos poderes da república e na economia, onde a participação popular e comunitária delineava a nova ordem.
Um governo popular , uma justiça ao lado do povo e assembléia popular foram constituídas além de uma reformulação total nas formas e meios de produção e todas as trocas decorrentes. O início foi de grandes dificuldades, mas com o passar dos meses e mesmo anos a população daquela cidade conseguia equilibrar a qualidade  de vida com  a produção e emprego para a população. Foram anos gloriosos. A cultura local floresceu , a saúde da população foi garantida com serviços de altíssima qualidade e gratuitos, acontecendo o mesmo com  a educação e a mobilidade urbana. A expectativa de vida da população deu um salto significativo. Os índices de criminalidade  se reduziram chegando próximo do zero. Entretanto, a pequena cidade passou a ser alvo de críticas fora de seus limites, por aqueles que em seu território foram derrotados. Uma gigantesca campanha se deu nas cidades próximas contra a cidade feliz, contra a felicidade. De imediato um brutal e violento bloqueio econômico foi colocado em prática com o objetivo de asfixiar a vida econômica da cidade feliz e próspera. Foram anos de muita dificuldade , porém seus habitantes resistiram e, ao mesmo tempo, serviram de referência para as populações de outras cidades daquela região. Foram necessários alguns anos para  que os habitantes de outras cidades tomassem consciência do processo humanitário e civilizatório  que acontecia na cidade feliz, uma vez que os meios de comunicação das outras cidades não apenas omitiam o progresso na cidade feliz como manipulavam os acontecimentos com o intuito claro de demonizar uma experiência vitoriosa e civilizatória. Com a conscientização das cidades próximas, mesmo com o bloqueio informativo, novas cidades aderiram ao novo projeto civilizatório  em prática na cidade feliz, contribuindo para que um número significativo de cidades daquela região seguissem o mesmo caminho, e, ao mesmo tempo , formando uma massa crítica que em números, recursos naturais e tecnologia , poderia ficar, como de fato aconteceu, imune as novas investidas do capital para desestabilizá-los. O conglomerado regional de cidades, como ficou conhecido, passou a ser referência, naquele momento, para as cidades de todo o mundo, que, em repetição ao processo, também sofreram censura e omissão por parte dos meios de comunicação sobre os acontecimentos daquela região feliz. Foi então que , em grande escala se deflagou uma nova guerra mundial,  onde os povos , as gentes de todas as cidades saíram as ruas para a grande guerra contra o inimigo a ser derrotado, o capital. A partir daí...



O caro leitor que chegou até aqui, certamente deve querer saber mais detalhes sobre o romance e o final da grande guerra que aconteceu, Infelizmente, caso o informe, estarei  apresentando todo o desdobramento desse romance fantástico, carregado de muita a ação.
Para que o caro leitor possa melhor se situar, o livro , profético, foi escrito em 2017 e a guerra se passa em 2020.
             

 Mais ricos

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