quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Jornalismo Declaratório Infringente Continuado

IBGE: desemprego em julho cai para 5,6%, uma das menores taxas do mundo e a 2ª menor da história do Brasil. 
País já criou 907 mil empregos no ano e 41 mil em julho, mês afetado por protestos que reduziram oferta de vagas no comércio, sobretudo das capitais
Esses são os fatos e essa é a manchete garrafal da 'Folha', desta 5ª feira: 
'Capitais fecham vagas pela 1ª vez em uma década'
Fonte: CARTA MAIOR
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Desemprego recua para 5,6% em julho, diz IBGE

Rio de Janeiro - A taxa de desemprego fechou julho em 5,6%. O índice é superior aos 5,4% de julho de 2012, mas inferior aos 6% de junho deste ano. O dado foi divulgado hoje (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na Pesquisa Mensal de Emprego (PME).O número de pessoas desocupadas ficou em 1,4 milhão em julho, mantendo-se estável em relação a junho deste ano e a julho de 2012. A população ocupada chegou a 23,1 milhões, ficando estável em relação a junho e 1,5% maior que julho do ano passado.
Os trabalhadores com carteira assinada no setor privado chegaram a 11,6 milhões, estável em relação a junho e 3,5% a mais que em julho de 2012. O rendimento real atual ficou em R$ 1.848,40, ou seja, 0,9% inferior a junho (que havia sido de R$ 1.864,39), mas 1,5% superior a julho (R$ 1.821,04).
A Pesquisa Mensal de Emprego (PME) é feita nas regiões metropolitanas do Recife, de Salvador, de Belo Horizonte, do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Porto Alegre.
Fonte: JORNAL DO BRASIL 
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Os textos acima , de CARTA MAIOR e do JORNAL DO BRASIL, apresentam os resultados das pesquisas efetuadas pelo IBGE, sendo o segundo mais detalhado nas informações, natural pois trata-se da própria matéria do jornal enquanto o de CARTA MAIOR é apenas uma chamada.
Chamo atenção para o caro e atento leitor , sobre o conteúdo das informações fornecidas pelo IBGE. 
De uma maneira geral, a pesquisa apresentada pelo IBGE apresenta dados positivos para o país, no tocante a geração de empregos, taxa de desemprego e renda dos trabalhadores. Destaque  para o índice de desemprego de 5, 6%, uma das menores taxas do mundo e , segundo CARTA MAIOR, a segunda menor da história do Brasil.
Se o conjunto da pesquisa apresenta dados positivos, é de se esperar que qualquer manchete sobre o assunto, seja em impresso, rádio ou tv, siga o mesmo caminho, não é, caro leitor ?
Em um jornalismo saudável, sem necroses, as manchetes trariam o cenário positivo apresentado pelos dados, porém, não é o que acontece.
Vejamos duas manchetes na velha mídia, de hoje:
Folha de SP: ' Capitais Fecham Vagas, pela 1ª vez em uma Década'
O Globo online : ' Renda cai pelo 5ª mês consecutivo'
Nos dois exemplos acima  as notícias  são apresentadas em forma de um recorte negativo do país e do governo , mesmo sobre um conjunto de dados positivos.
Vamos imaginar o seguinte cenário:
Uma mullher é agredida pelo marido, em uma discussão em frente a uma padaria. Seguindo a lógica de folha e globo as manchetes seriam:
Folha: 'Padaria fica vazia em horário de movimento'
Globo: 'A Violência e o Pão Nosso de Cada Dia'
Nos dois casos a notícia, o que contempla mais dados e informações, foi a agressão de um homem sobre uma mulher, em horário de grande movimento de pessoas , na frente de uma movimentada e famosa padaria de um bairro da cidade. 
Folha focou o dinheiro que fugiu , momentaneamente, em função de uma conjuntura.
Globo foca na questão da violência urbana, algo que existe em todas as cidades em maior ou menor índice, apelando para um suposta solução divina. 
Nenhum dos dois se concentrou no fato bruto,no que de fato aconteceu, dando margem a diferentes interpretações, mesmo que através de manchetes sobre um evento. 
Assim tem sido o jornalismo da velha mídia ao longo dos anos dos governos populares, democráticos e bem sucedidos do Partido do s Trabalhadores.
Diariamente, os veículos da velha mídia procuram retratar para seus consumidores de informação um cenário de pessimismo, de incompetência do governo, de caos , de corrupção, de algo que está péssimo e ainda pode piorar.
A prioridade do noticiário da velha imprensa e de seu aparato midiático é procurar, sempre, um caminho para demonização do governo federal, mesmo que para isso absurdos noticiosos como o que assitimos hoje, sejam produzidos pelos contorcionistas dos fatos. O assunto apresentado pelo IBGE, no caso específico para o país, permite análises interessantes sobre cenário brasileiro em comparação como cenário mundial, visto que este último apresenta uma situação de crise prolongada, onde os índices de desemprego alcançam valores estratosféricos , ultrapassando a casa de 20%, em vários países. Mesmo no país referência para a velha imprensa e seu aparato midiático, os EUA, os índices de desemprego ( que por lá consideram um trabalhador que trabalhe 4 horas por semana sem nenhuma garantia trabalhista como empregado) andam pela casa de 8%. 
Lula, em certa ocasião, disse que daqui a algumas décadas  alguém fizesse uma pesquisa sobre o Brasil  durante os governos do PT, e para isso pesquisasse os maiores jornais e revistas da época, certamente chegaria a conclusão que foi um momento de terra arrasada para a nação, de profundas crises, pessimismo e desespero, além de numerosos e intermináveis escândalos de corrupçãono governo.
Com o retorno do julgamento do mensalão, que no momento analisa recursos solicitados pelos réus, a velha imprensa mergulha de cabeça e bico no assunto, arriscando-se a perder belas e numerosas penas em sua nova empreitada para demonizar o governo do PT. Cabe lembrar  que tal julgamento foi indecentemente divulgado pela velha mídia e em nada contribuiu para que o PT sofresse derrotas nas eleições municipais de 2012, ao contrário, o partido , Dilma e Lula, foram os principais vitoriosos das eleições. Agora, quando ocorre o julgamento dos recursos, em uma nova overdose de expressões prá lá de estranhas para a grande maioria da população, chega a ser cômico e mesmo ridículo assitir ao esforço das empresas globo de tv, transmitindo ao vivo em suas grades, momentos de debates entre os ministros do STF. Para a maioria do povo que foi fuzilada com a cobertura do julgamento no ano passado, o retorno das togas esvoaçantes, aparece como algo surrealista que tem merecido total indiferença da maioria da população, ainda mais em função das novas e escandalosas notícias sobre corrupção em ninhos   paulistas de belas aves e também sobre as gigantescas trapaças de globo em overseas com direito a sonegação de imposto pesado para os cofres públicos.
Enquanto isso o país começa a receber parte dos médicos cubanos que irão trabalhar em aŕeas onde a nossa medicina mercantilizada não atua. Diante do fato, o surrelista conselho federal de medicina, alerta, ao melhor estilo Bolsonaro's boy que a presença dos médicos cubanos no interior do Brasil pode fomentar uma revolução comunista, uma nova guerrilha do Araguaia, já que o perigo vermelho é especialista em conscientizar pessoas pobres e de pouca instrução. Isso não é brincadeira, caro leitor. Foi dito por um médico, que enquanto cidadão é a exṕressão do obtuso, o que preocupa com contaminações em sua atividade médica, uma vez que a anatomia humana e social são interdependentes. O homem é, também, produto do meio, e se o  meio de formação de nossos médicos contribui para a formação de cidadãos obtusos, é alarmante o momento da medicina no país. É provável que o médico em questão ao ser abordado por uma criança faminta que deseja dinheiro para comer um pão, na rua, por volta dez horas da manhã, diga o seguinte:
- meu filho, não vou dar dinheiro nem comida para vocẽ , pois se fizer vocẽ vai perder a fome e não vai almoçar direito.
Nesse país da imprensa surrealista, a prioridade, no momento, é o fato continuado que caracteriza a organização criminosa.
Aliás, tal prioridade pode muito bem se aplicar a velha imprensa, isso diante dos fatos aqui relatados. 
 

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