sábado, 31 de agosto de 2013

Rua Von Martius 320

Abaixo a identidade e o endereço da maior central de terrorismo do país.

Globo over seas deve a bagatela de 1 bilhão de reais  a receita federal.
Mapa de localização da empresa
Rua Von Martius próximo ao 320

' rua von martius 320, sendo um péssimo contribuinte, ensinando a roubar e roubar demais .
 lembra que tempo feliz, ai que saudade, a ditadura era só felicidade,
era como engordar e mamar em paz.
nossa famosa tv nem sabia, a que ponto o país se tornaria, exigindo  pagamento do que é seu,
mesmo a mentira da gente era mais bela a além disso se via em nossa tela, o país que  a gente então  vendeu.
é meu amigo só resta uma opção. é preciso mudar a situação, é preciso roubar sem ser ladrão.'
 

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

As Farsas Sinceras do Sistema

No mundo das farsas sinceras, onde um pensamento fascista predomina mas é ocultado como em mágica, mas uma armação está em curso e, sempre, com o apoio irrestrito da velha imprensa.
A Síria pode ser invadida a  qualquer momento sob a alegação de ter usado armas químicas contra os opositores do governo.
Já vimos esse filme.
Armas de destruição em massa voltam a ocupar em massa  as manchetes de uma imprensa com a credibilidade em massa, marrom.
Não pode se descartar a hipótese de o governo sírio ter de fato usado armas químicas contra a população daquele país, porém , antes de qualquer espetáculo bélico pirotécnico midiático, se faz necessária a atuação de órgãos de inspeção independente que possam verificar e atestar, ou não, a denúncia.
Independente do suposto crime cometido pelo governo sírio, cabe lembrar que Israel utiliza com frequência em suas incursões terroristas no oriente médio, armamento bélico com fósforo branco, que atinge grandes áreas após a explosão e causa danos  graves nas pessoas, como queimaduras que podem levar a  morte. A maioria das vítimas são cidadãos das áreas atingidas, não envolvidos diretamente em combates, isso no caso quando existem combates , pois muitos ataques são feitos de forma unilateral.
Ainda não foi dito em nenhum veículo da grande imprensa mundial que o fósforo é uma substância química, usada em conjunto com artefato bélico. 
Ainda em terras ricas de um subsolo repleto de substâncias químicas, recentemente os EUA, por ocasião da invasão do Iraque, lançou naquele país bombas com urânio empobrecido, o que além de causar contaminação do solo produz uma série de doenças na população exposta aos compostos radioativos de urânio, que , mesmo que a falsa sinceridade ignorante da imprensa admita desconhecer, também são substâncias químicas e radioativas.  Poderia voltar no tempo, um pouco, e lembrar das bombas de napalm que os EUA jogaram sobre o Vietnam e mataram um grande número de civis. Ou ainda na primeira guerra mundial, quando o gás cloro, era usado como arma naquela guerra.
Cloro, fósforo, urânio  e as substâncias químicas presentes no napalm e que ao explodirem retiram o oxigênio do ar matando as pessoas por asfixia, são todas substâncias químicas, que mesmo proibidas  a partir da convenção de 1980, continuam sendo utilizadas, principalmente pelos estados terroristas dos EUA e Israel contra alvos civis. A legislação internacional permite o uso de algumas armas químicas contra alvos militares, daí, a abertura para as farsas sinceras que norteiam o mundo atual. 
Em guerras declaradas, segundo a convenção internacional vigente sobre conflitos, um alvo abatido, um fragata por exemplo, deve receber a ajuda do adversário que o abateu, com o envio de botes e outras iniciativas para resgatar os prisioneiros.
Bonito, não é caro leitor ? 
Isso é verdade e faz parte das convenções de guerras , porém o que se vê com mais frequência é a barbárie em uma escalada sem precedentes , a ponto de um grupo de militares das forças armadas dos EUA fuzilar , sem qualquer tipo de resistência por parte das vítimas, pessoas civis, incluindo um jornalista, como demonstrou o vídeo entregue pelo soldado Bradley Manning ao Wikileaks sobre as guerras no Afeganistão e Iraque. Isso é crime de guerra, assim como o suposto uso de armas químicas pelo governo sírio.  E o que dizer do tratamento dado aos prisioneiros de guerra no Iraque na prisão de Abu Grhai e mesmo em Guantánamo. Ahhhh! desculpe caro, leitor. Em Guantánamo os prisioneiros de lá são terroristas e não prisioneiros de guerra, logo as convenções de guerra não se aplicam  .Opa !!!! Os governos dos EUA não vem declarando há décadas que estão em guerra contra o terrorismo ? A guerra é contra o terrorismo, os prisioneiros acontecem nessa guerra mas segundo os EUA não são prisioneiros de guerra, mas sim prisioneiros da guerra ao terror. Sensacional !!! Nem nossa velha imprensa consegue malabarismo tão fantástico. As farsas são de uma sinceridade mágica. Para fugir de uma declaração de guerra formal, as forças envolvidas, principalmente a agressora diz estar ainda apenas na fase de hostilidades, onde em um teatro de operações acontecem as  batalhas, não configurando uma guerra.
O uso de drones para atingir alvos seletivos , que por tabela matam centenas de civis, não se configuram em guerra ou hostilidades e sim em atos terroristas  que não são considerados desta forma já que são justificados para atacar supostos terroristas na "guerra contra o terror". Em nome de uma guerra contra o terrorismo, como afirmam os presidentes dos EUA, a guerra legalmente não pode ser declarada, o inimigo, no caso os terroristas não configuram uma nação ou país específico, e também não tem exércitos. O teatro de operações militares é indefinido e a barbárie predomina, aos olhos, tintas e decibéis de uma imprensa corrupta e conivente com as farsas sinceras.
Agora, o alvo da vez é a Síria, que teria lançado armas químicas contra civis. Os países "aliados" na operação contra o demônio sírio, estão dispostos, em nome da civilização a passar por cima da própria ONU , caso a organização não encontre provas concretas de uso e armas químicas . 
Tudo se justifica pela civilização, não é caro leitor ?

Saindo do oriente médio, mas continuando nas farsas sinceras, desembarcamos no Brasil, em meio aos protestos de rua que continuam , pelo menos, fazendo barulho e produzindo muitas reflexões no meio acadêmico e até mesmo, pasme caro leitor, na velha imprensa. Após as grandes manifestações de junho próximo passado, uma parcela de grupos de manifestantes continua ativa nas ruas e, pelas reivindicações da maioria desses grupos se observa a cobrança para o atendimento daquilo que a maioria externou em junho. A grande polêmica orbita em torno de grupos mascarados que optaram pela ação direta, em confronto com a polícia e também uma série de ataques contra os alvos da propriedade privada, que segundo os manifestantes, são responsáveis diretos pela opressão e violência contra grande parte da sociedade. Nesses alvos encontram-se agências bancárias, concessionárias de automóveis, empresas de transporte coletivo e empresas de comunicação e imprensa, dentre outros. Observando os principais alvos dos manifestantes e  a pauta que emergiu das manifestações de junho, pode-se visualizar a necessidade de um transporte público de qualidade e gratuito, democratização dos meios de comunicação, e restrições a voracidade do capital com saúde e educação públicas de qualidade e gratuitas. Entretanto caro leitor, como os principais grupos de protesto que usam a tática de ação direta tem uma opção, mesmo que apenas nas reivindicações, de esquerda, tem sido acusados de fascistas e vândalos, não só pela direita e pela imprensa, mas também por segmentos da academia e da esquerda. Um ponto nevrálgico do debate se prende aos ataques ao patrimônio privado, que na visão daqueles  contrários a ação dos manifestantes, significa um sacrossanto direito que não pode ser violado. De fato, a propriedade privada deve ser garantida quanto ao seu direito, assim como o direito aos serviços essenciais de qualidade e aos bens públicos , também deve ser garantido. Um conflito natural do Direito.
Tudo isso me trouxe a lembrança de uma caso que ocorreu  no final do século passado, ou ainda no início deste século (deixo a precisão da data para os cartesianos de plantão ) em uma cidade da Bolívia, país hoje tão presente no noticiário. Os habitantes da cidade, não tenho certeza se Cochabamba, tinham garantido durante séculos o direito de acesso e uso gratuito da água, que usavam para consumo próprio e para irrigação de lavouras, que significava o sustento da maioria das famílias. O governo da Bolívia na época, eleito de forma democrática e transparente como acontece na  maioria dos países democráticos, autorizou a privatização da gestão e comercialização dos recursos hídricos daquela cidade, fato que inviabilizou economicamente a vida da maioria dos agricultores do lugar. Protestos surgiram contra a decisão do governo, que não recuou. Os manifestantes, então, optaram pela ação direta expulsando a empresa privada que recebeu a concessão para explorar os serviços  e devolvendo um bem essencial e de uso público para a população. O direito a propriedade e o direito aos bens e serviços públicos essenciais entram em schoque, na medida em que um se sobrepôs ao outro, em um caso onde a sobreposição não poderia existir. Os poderes constituídos, executivo, legislativo e judiciário, deram respaldo a ação do governo federal na privatização dos recursos hídricos, tudo de forma legal, democrática, porém com a mão forte e inimiga do capital conduzindo nas sombras as decisões do país.  No combate venceu o mais forte, o povo unido que garantiu seu sacrossanto direito a vida e expulsou a farsa sincera da civilidade. Onde está o fascismo, caro leitor ? Na ação direta do povo para preservar a vida ou na voracidade violenta do capital amparado pelo Sistema ?
Além desse caso na Bolívia poderia citar outros tantos que se caracterizam como formas de violência extrema contra populações, como o monopólio de sementes por parte de grandes corporações que inviabilizam a vida de milhares de pessoas do campo, e isso em relação a um bem natural de propriedade da humanidade.
Tanto no caso boliviano como na luta contra as transnacionais de alimentos e outras corporações, certamente não será oferecendo flores que o povo poderá sair vitorioso.
O exemplo boliviano  certamente guarda relação com os acontecimentos que acontecem nas ruas das grandes cidades brasileiras. As grandes manifestações de junho assustaram os poderes , não apenas na quantidade de pessoas nas passeatas mas também pelas reivindicações dos manifestantes, todas ligadas aos poderes. Transporte público gratuito e de qualidade, educação e saúde gratuitas públicas e de qualidade, democratização dos meios de comunicação, participação direta da população nas decisões em todas as esferas de governo, democracia participativa com total transparência na aplicação dos recursos públicos, combate transparente e ostensivo contra corruptos e corruptores. Estes podem ser definidos como os temas principais exigidos pelos manifestantes. O caro leitor sabe ,se as manifestações de junho fossem pequenas em números de pessoas, os poderes não dariam  ouvidos aos manifestantes. Mesmo se os manifestantes insistissem, por dias, até semanas, nas manifestações, os poderes não dariam ouvidos às ruas. Mesmo as pessoas residentes nas cidades não iriam se incomodar tanto com os transtornos naturais dos protestos e, no final, nada mudaria e os protestos seriam algo como um grande desfile, enaltecido  pela velha imprensa que não  comunga das necessidades de mudança pedidas pelo povo como um ato democrático e pacífico que enaltece a democracia do país. Entretanto isso não acontece com os protestos de ação direta. A população não tolera, por muito tempo, o combate urbano, diário, entre grupos de manifestantes e a polícia, exigindo uma solução. No momento, os grupos de protesto, em sua maioria, defendem que os poderes implementem as reivindicações de  junho último, motivo pelo qual corretamente estão nas ruas. O governo federal viu, ouviu e entendeu as reivindicações da população de junho e apresentou propostas concretas para atender os pedidos da população. De imediato apresentou uma proposta de uma constituinte para elaborar uma reforma política que caminhasse no sentido das necessidades da população quanto ao combate ostensivo a corrupção e por uma democracia direta e participativa. O caro leitor lembra, que a proposta do governo foi atacada pelos setores reacionários da sociedade que não desejam as mudanças, incluindo aí toda a velha imprensa e os partidos de oposição e até mesmo partidos da base do governo. Apresentou também, em forma de urgência para as áreas carentes do país o programa Mais Médicos, que visa suprir com médicos cubanos a ausência de médicos brasileiros em várias cidades do país. O caro leitor tem acompanhado como os setores reacionários e ultrapassados da sociedade, como a velha imprensa e a oposição ( ambos perderam o bonde da história), tem bombardeado as ações do governo. Vale lembrar que são ações que vão de encontro ao que o povo manifestou nas ruas em junho. E agora, nestes dias desta semana, miraram suas baterias de intelectuais farsas sinceras, em análises distorcidas da realidade, sobre os grupos de manifestantes , principalmente o black bloc, e sua tática de ação direta que visa consolidar aquilo que o povo pediu em junho.
O sistema político e econômico mundial, onde o Brasil está inserido em maior ou menor grau em relação a outros países, talvez seja um dos mais fascistas, autoritários e violentos de toda a história tendo em vista que o verdadeiro poder opera nas sombras , nos subterrâneos, deixando a superfície com uma aparência , higienizada, civilizada e democrática. Um grande número de pessoas, uma multidão em todo o mundo, vem tomando consciência do verdadeiro poder e agindo de forma a alterar as estruturas. Cabe ainda lembrar que os conceitos de anarquismo e socialismo com a  atual expressão violenta, autoritária, predatória e criminosa do capitalismo devem ser entendidos em um contexto da atualidade, caso contrário ficam restritos a teses acadêmicas.. 

 

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

O Brasil Acordou Fedorento. Micheline Abriu a Boca








Michelline Borges é seu nome.
Também soube que é jornalista. 
Sua postagem no feicibuqui virou notícia. 
Copiei suas palavras do site VIOMUNDO, já que você teve seus quinze minutos de fama, como previu Andy Warrow lá pelos anos de 1960.
Em seu texto você pede para ser perdoada pelo preconceito. 
Preconceito não é motivo para perdão, mas sim de pena, pois revela uma incapacidade de conhecer todos as variáveis que compõe um conceito . Conhecendo apenas algumas variáveis não se tem um conceito, mas sim um pré-conceito, preconceito, sobre o assunto que se expressa.
Quando não se tem um conceito sólido, o melhor é não emitir opinião.
Você, ainda, afirma que as médicas cubanas tem cara de empregada doméstica.
Ao fazê-lo, você viaja no tempo, e da sala principal da casa grande distribui ordens e afazeres para seus escravos, todos negros, que trabalham em sua casa. 
Alguns desses escravos irão cuidar de seus filhos, trocando roupas, brincando com eles, cuidando da higiene deles. 
Também irão cuidar de sua alimentação, fazendo suas refeições.
Tudo isso para que você tenha todo o tempo livre, e com isso possa fazer sexo tranquilamente com alguns escravos de sua preferência, já que seu marido não lhe proporciona o prazer que você deseja.
Você também se refere a aparência dos médicos cubanos, dizendo que eles 'não tem cara de médico". Mais uma vez você viaja para a casa grande,  pois por lá os negros são escravos. 
Ainda revela, em seu comentário, uma certa pureza racial, atribuindo aos brancos, assim como você de cabelo loiro , (porém pintado como pode-se ver nas raízes de seu cabelo ),   uma superioridade intelectual para o exercício de algmas profissões, como no passado de sua casa grande.
Nos países africanos, seguindo sua lógica, como seriam os médicos, engenheiros, arquitetos, e mesmo os presidentes dos países daquele continente?
Ao se referir a aparência, pelo fato de serem negros, você certamente deve também definir cabelo bom e cabelo ruim, reforçando um padrão de feio e bonito , certo e errado, onde nada disso existe.
Sua opção pela aparência se explica.
Pela sua foto, acredito que você ainda é jovem, e certamente cresceu na cultura hegemônica dos últimos 25 anos que estabelece uma série de padrões de comportamentos, beleza, gostos culturais que visam a consolidação de uma eugenia, não apenas genética  mas e principalmente social.
Isso porém, o fato de ser jovem e ter crescido nessa cultura, não justifica sua ignorância e estupidez , já que a maioria dos jovens de sua idade tem compreensão completamente diferente da sua.
Você é jornalista da cidade de Natal, no Rio Grande do Norte , mas suas idéias são idênticas a de muitas pessoas de grandes centros urbanos, como Rio de Janeiro e São Paulo, que conseguem enxergar o mundo apenas através de uma lógica oriunda das praças de alimentação de shoppings centeres, verdadeiros templos do consumo e da alienação, onde a superficialidade supera a profundidade e a aparência dá goleada no conteúdo.
Pelo seu texto, posso concluir, ainda que por inclinação, que para você a aparência é tudo.
Você se olha muito diante do espelho, diariamente ?
Sua fezes tem o formato e o odor de flores ? 
Pobre Micheline. 
Não é paciência que devemos ter em relação a pessoas como você, mas sim pena e cuidados especiais, para que não contaminem as pessoas saudáveis.
A propósito, não existe dengue em Cuba.
Quanto a febre amarela, a vacina disponível no mundo foi desenvolvida através de uma parceria entre o Instituo Bio Manguinhos, brasileiro, e o Instiuto Finley, cubano, já que nenhuma empresa transnacional do setor farmacêutico se interessou em desenvolver o medicamento. O trabalho entre Brasil e Cuba , produziu 19 milhões de doses de vacinas, que foram utilizadas na África por conta de um grande surto da doença.
Para terminar vocẽ ainda pede que deus proteja o nosso povo, em referência a atuação dos médicos cubanos. 
Desejo que deus esteja sempre protegendo o nosso povo, mas não da competência, da solidariedade e do alto astral dos médicos cubanos, mas sim de pessoas como você, um perfil da idiotice, da ignorância, da burrice e da estupidez, um conjunto de características que compõe um poder devastador.
Que deus nos proteja !


segunda-feira, 26 de agosto de 2013

O Trem Raiva da Imprensa

É apenas o início da semana.
Hoje, caro leitor, é terça-feira, gorda em estupidez e irracionalidade.
No carnaval das insanidades , do horror e do surrelismo as alas desfilam e destilam com desenvoltura um repertório de suas próprias identidades.
Quando colunistas de grandes jornais da velha imprensa vomitam racismo e preconceito, onde o que norteia o fato é ajuda humanitária, é um sinal inequívoco do despreparo, do destempero, e ainda, um recibo passado de que argumentos  são insuficientes diante da realidade indesejada. Indesejada, caro leitor, pois o lucro e a ideologia senil proporcionam o ritmo e a marcação para o desfile dos horrores, impedindo qualquer análise equilibrada  e sensata.
É de causar vergonha e constrangimento para todos nós, ver médicos brasileiros produzindo ofensas e xingamentos, no desembarque de aeroportos,  aos cubanos que chegam em nosso país. Esses raivosos médicos, assim como seus pares não menos raivosos da velha e decadente imprensa, sofrem, não se sabe se apenas momentâneamente ou crônicamente ao longo de suas vidas, de bunkers embotamentos cognitivos ( BEC, segundo a terminologia médica atual) que não permite qualquer compreensão de fatos  que se  afastem de suas formações profissionais.  Tal patologia é facilmente identificada, quando pessoas tem um conhecimento ,até mesmo profundo sobre um assunto ( um e somente um) porém comportando-se como primatas selvagens em todas as esferas da vida e do saber, científico e social. Em excelente artigo, hoje em CARTA MAIOR, o jornalista Beto Almeida lembra que no Brasil existem atualmente algo em torno de  70 mil engenheiros estrangeiros trabalhando, principalmente, nas áreas de exploração de petróleo. Ninguém grita. Ninguém nada fala sobre o assunto. No tocante ao trabalho escravo, o site do ministério do trabalho apresenta uma longa  e robusta lista de empresas , principalmente ligadas ao agronegócio (aliado de jornalistas raivosos) onde o trabalho escravo é uma prática corriqueira, apesar das multas constantes aplicadas a essas organizações pelo governo federal. Proliferam, também , denúncias concretas de práticas de trabalho escravo em redes de lanchonete fast food e em indústrias de confecção  de roupas, sem que tais denúncias ganhem um mínimo destaque nos veículos da velha imprensa. Soa irracional e violento acusar os médicos cubanos de escravos do governo brasileiro, justo no momento em que o governo atende aos pedidos dos protestos de junho último, priorizando  a saúde pública gratuita e de qualidade ao disponibilizar para áreas carentes do país profissionais altamente experientes e qualificados como os médicos de Cuba. Os médicos brasileiros que xingam e agridem os cubanos, envergonhando o país, vivenciam um momento através do alto astral dos cubanos em que a vocação por uma profissão fala mais alto do que o lucro, algo que a nossa medicina deixou de lado há algumas décadas quando o profissional de propaganda da indústria farmacêutica, praticamente passou a ser o responsável por prescrever medicamentos e pŕaticas terapêuticas para os pacientes, que no caso são atendios por médicos, um simples veículo do lucro e para o lucro.

Na segunda parte dos desfiles dos horrres, a ala da corrupção apresenta um belíssimo carro alegórico em forma de um grande trem, onde pessoas  sujas mas ao mesmo tempo bem vestidas  compartilham grandes fortunas e momentos de prazer, tudo claro, em detrimento da qualidade de vida da maioria da população, que diariamente é transportada nos transportes coletivos da cidade de São Paulo em condiçoes similares aos  dos navios negreiros de outrora. A alegoria, assim como os adereços complementares, não tem o devido destaque na velha imprensa que omite propositalmente o cortejo  criminoso e hediondo. Entretanto, setores  e pessoas da casa do povo, trabalham na coleta de assinaturas necessárias para a criação de uma CPI que investigue, esclareça, e encaminhe aos  órgãos prisionais os responsáveis por um dos maiories crimes de corrupção da história da país. Infelizmente, são poucas as pessoas nas ruas indignadas, xingando, cobrando, pelo esclarecimento de um crme hediondo que fere a dignidade de toda uma população escravizada e violentada em seus direitos durantes décadas por governos corruptos e criminosos. Qualquer semelhança desses governos com os médicos brasileiros e com a velha imprensa não é fruto de coincidência, pois os valores compartilhados por esses grupos são os mesmos.

Fechando o desfile desta terça-feira gorda, surgem as organizações globo em um belísssimo e muito bem acabado carro , que sugere uma ilha paradisíaca onde pessoas circulam livremente em belos iates com gigantes furos nos cascos. O maior grupo de comunicação do país, é acusado de criar uma empresa em paraíso fiscal para driblar o fisco e com isso sonegar impostos na casa de 1 bilhão de reais, quantia considerável para equipar e manter muitas unidades de atendimento público a saúde para o  povo brasileiro. Ao final do desfile, uma grande alegoria com a imagem de Roberto Marinho, saudando povo, causou um profundo mal estar no público presente. Uma vergonha over seas, em mares caribenhos, não muito distante da ilha caribenha que nos enche de orgulho e esperança com a presença de médicos que priorizam as pessoas e a vida
 

                                por Vitor Teixeira, via Facebook
A colunista Eliane Cantanhêde, da Folha, escreveu que o avião da Cubana trazendo os médicos era um “avião negreiro“.

                Siemens: a maracutaia era geral !

                        Será que o Ayres Britto vai tirar uma soneca, de novo ? 
                                         E o FHC, comprar outro apê ?
 


Civilização x Barbárie

ELES REPETEM BUSH EM NOVA ORLEANS

Há oito anos, no dia 26 de agosto de 2005, o furacão Katrina chegou aos EUA. No dia 29 atingiria Nova Orleans. Desencadearia uma espiral de devastação que associou desabamentos, inundações, afogamento, fome, sede e saques. Pretos, pobres, velhos e crianças foram as principais vítimas do desastre que custou 1.800 vidas. O governo Bush demorou quatro dias para reagir. Uma semana após o ciclone, áreas continuavam isoladas; populações desassistidas. A popularidade do republicano  vergou sob o peso dos mortos. Não era uma guerra, não cabiam desculpas patrióticas. Novas Orleans deixou patente a inadequação social de um governo que se evocava um anexo dos mercados. Em meio ao desespero, Fidel Castro  ofereceu ajuda.  Cuba se propôs  a colocar 1.600 médicos experimentados em catástrofes para atuar em Nova Orleans. ‘Em 48 horas', prontificou-se o governo cubano. Bush ignorou. Fidel insistiu. Cuba providenciaria  todo o equipamento necessário e 36 toneladas de medicamentos. Silêncio. Há um ciclone de abandono e isolamento médico cujo vórtice atinge cerca de 3500 municípios brasileiros. A  exemplo de Bush, o conservadorismo local prefere ver a pobreza morrer doente a ter um médico cubano prestando assistência emergencial nas áreas mais  carentes do país. Se dependesse dos gásparis, elianes, tucanos e assemelhados o Katrina da carência médica continuaria a devastar o Brasil miserável, enquanto eles pontificam elevadas razões humanistas para recusar a ajuda emergencial de Cuba.

Fonte: CARTA MAIOR 

Com a chegada dos primeiros médicos de Cuba, inevitávelmente o debate irá aprofundar as diferenças, revelando aspectos de civilidade  e a total ausência de civilidade.
A velha imprensa brasileira e a oposição, aliados dos laboratórios farmacêuticos, sentem arrepios na possibilidade de se discutir um modelo de medicina preventiva, voltado para 
a saúde das pessoas. Não é o caso em questão, já que os médicos cubanos, como mesmo afirmaram na chegada, aqui estão em ajuda humanitária. Nas primeiras declarações, em função das perguntas de ansiosos e mandados jornalistas, os cubanos falaram em solidariedade, amor ao próximo e ainda disseram estar satisfeitos com o emprego e salário que recebem em Cuba, isso em alusão a perguntas sobre o fato de que os 10 mil reais de salário que receberão no Brasil serão reduzidos , ficando parte com o governo cubano. Ainda segundo os médicos, a parte do salário que vai para o governo cubano é justa, pois irá ajudar Cuba na manutenção dos hospitais, aquisição de equipamentos e medicamentos. Foi o início do choque de realidades. De um lado, repórteres mandados focados em questões financeiras, do outro lado médicos cubanos focados na saúde das pessoas. Perguntas e respostas revelaram mundos diferentes, visões diferentes sobre uma realidade sensível, onde a vida e morte estão lado a lado, e que no caso brasileiro , segundo a velha imprensa e a oposição, deve ser resolvida e equacionada somente segundo uma lógica financeira. Já na visão dos médicos cubanos, a prioridade está nas pessoas, em uma total  interdependência de dignidades entre o médico e o  paciente.
No primeiro round os repórteres foram a nocaute, pois não estavam preparados para as respostas que receberam. Suas redações não permitem abordagens humanizadas para assuntos de medicina, prática médica e principalmente saúde das pessoas. Acostumados diariamente a abordar as questões de saúde  em um foco que prioriza a doença, os medicamentos, os equipamentos hospitalares e as  intervençoes cirúrgicas, o jornalismo da velha imprensa não teve alternativas intelectuais nem lastro conceitual ,para aprofundar um debate onde uma nova ideologia, que não é tão nova assim, se fez presente de fato  e não somente em discussões ideológicas. O caro e atento leitor percebeu que para os mandados jornalistas brasileiros a medicina, a saúde e a vida  das pessoas são mercadorias, e como tais , inseridas em uma lógica que proporcione lucro e acumulação pára os profissioanis da saúde, que no caso são de fato profissionais da doença. Já para os médicos cubanos, que vivem de salário em Cuba, a remuneração adicional aos seus salários será últil para a manutenção do sistema cubano de saúde, como um todo, onde toda a população da ilha irá se beneficiar. Mais uma vez o choque de realidades. Enquanto mandados jornalistas perguntavam  como se sentiam os cubanos ao terem seus salários reduzidos, em uma clara alusão a uma cultura do  individualismo, os médicos cubanos se colocaram , através de suas respostas, em um perfeito alinhamento com a coletividade, já que mesmo tendo os salários reduzidos ganhariam mais e ainda contribuiriam para o sistema como um todo. Mais um nocaute, na velha imprensa.
O choque de realidades, entretanto, está apenas começando.
Temo por ações de boicotes violentos, armações e armadilhas que possam ser preparadas para os médicos cubanos durante o exercício de suas atividades no Brasil. Independente da necessidade de mais médicos no país, estão também em jogo a eleição de 2014 e  a afinidade ideológica dos governos do PT com Cuba, o que já desembocou em vários programas e projetos de parceria entre os dois países. A oposição e seu braço armado, a velha imprensa, não medirão esforços para desestabilizar o trabalho dos médicos, criando  sempre que possível e mesmo que nada se justifique, factóides e acusações de toda sorte sobre o programa mais médicos e principalmente sobre o trabalho dos médicos no Brasil. Todo o cuidado deve ser tomado para evitar o terrorismo farmacêutico, que será colocado em pratica pelos laboratórios farmacêuticos, médicos brasileiros, oposição e velha imprensa. Ainda na esteira da chegada dos médicos cubanos, correu notícia de que médicos brasileiros poderiam omitir auxílio a pacientes do Sistema Único de Saúde, o SUS, com o objetivo de protestar contra a chegada dos cubanos. Seria a barbárie, o colapso de um modelo de medicina assasino e perigoso que insiste  em priorizar o interesse de grandes corporações no lugar da vida e saúde das pessoas. As declarações de médicos,  ligados a conselhos regionais e federal e também a associações de médicos, assustam pela violência , truculência e ameaças em seus conteúdos.
O agiota que empresta dinheiro para outra pessoa , simplesmente mata a pessoa se o empréstimo não for pago.  Os médicos brasileiros tem demonstrado um comportamento similar aos agiotas, por conta da chegada dos médicos cubanos.

Nesse cenário de violência onde o processo civilizatório é apenas uma retórica, não deve causar estranheza a notícia de que do ano de 2001 até 2011, dez mil pessoas foram assassinadas, no Rio de Janeiro,  pelas forças de segurança pública, sem que se tenha notícia sobre os corpos dessas vítimas. São milhares de Amarildos, que sumiram, foram apagados, principalmente pela polícia. A postura dos médicos brasileiros , destilando violência contra o programa mais médicos  do governo federal, apresenta uma semelhança  com o extermínio efetuado pela polícia fluminense contra milhares de pessoas. São agiotas, polícia e médicos. Na barbárie civilizacional que vivemos, a velha imprensa é o auto falante consolidador de todas as práticas e formas de violênca e opressão contra a sociedade, principalmente, pobres, mulheres e pretos.
Diante dos números e dos fatos , que assustam pela trucuncia e pelas declarações , torna-se de extrema importância que os movimentos sociais e grupos de protestos, assumam o protagonismo da luta, saindo as  ruas em defesa da vida, e de serviços públicos de qualidade e gratuitos, onde prevaleçam valores éticos e altruísticos, como demonstrados pelas declarações dos médicos de Cuba que aqui chegaram.
 

sábado, 24 de agosto de 2013

A Hora é de Ação Direta

O que a Veja não vai dizer sobre os Black Blocs


Em bloco preto, ontem (23), adeptos da tática seguiram pelas ruas de São Paulo até chegarem ao prédio da Abril para ato contra a revista publicada pela editora; a despeito da manipulação da mídia sobre quem são, o Brasil de Fato presenciou que, em sua maioria, eles são jovens que sofrem a violência do Estado nas periferias
24/08/2013
José Francisco Neto e
Erick Miranda
de São Paulo (SP)

“Eu já vi um homem morto com mais de dez tiros em cima de um carrinho de mão na viela da favela de onde eu morava. Não foi bandido. Foi PM.” A frase, dita por um adepto do Black Bloc, foi dirigida a um policial militar que estava junto com a Tropa de Choque fechando a Avenida das Nações Unidas, em São Paulo, durante o ato desta sexta-feira (23) contra a revista Veja.

Crédito: Joel Oliveira
O ato dos Black Blocs - tática anarquista que tem como alvo a destruição de símbolos de instituições capitalistas e da força militar - teve como motivação uma matéria distorcida sobre os ativistas que foi publicada pela revista na semana passada.
Com toucas encobrindo os rostos para não serem facilmente identificados, os jovens, como constatou o Brasil de Fato, em sua maioria alvos da violência do Estado nas periferias, seguiram pela avenida Faria Lima até chegarem ao prédio da editora Abril, na avenida Nações Unidas.
A reportagem da Veja, feita no Rio de Janeiro, dizia que os Black Blocs não passavam de jovens drogados e vândalos, descaracterizando os motivos pelos quais lutavam. “O protesto de hoje é pela democratização da mídia. Porque o que a Veja fez foi uma manipulação total”, disse um ativista.
Em dois momentos, vários exemplares da Veja foram queimados diante de dezenas de policiais que apenas observavam a ação. Inicialmente, no Largo da Batata, no bairro de Pinheiros, e, depois, em frente a sede da Abril, editora que publica a Veja.
Não demorou muito para que a Tropa de Choque, que já se posicionava junto com policias da Força Tática, dispersasse as pessoas com tiros de balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo. Até mesmo crianças que estavam nas proximidades foram atingidas. Indignados com a ação da PM, alguns ativistas quebraram vidros de bancos públicos e privados, fazendo com que o ato terminasse com perseguição policial e a prisão de um manifestante.
Durante o trajeto, na altura da avenida Euzébio Matozo, um segurança particular de uma concessionária de automóveis sacou uma arma de fogo. Houve discussão entre manifestantes e alguns policiais militares que acompanhavam o ato. Apenas uma pedra foi lançada em direção à concessionária em protesto à atitude do segurança.

“Ninguém manda e ninguém obedece”
Em contraste com meios de comunicação que procuram deturpar a configuração dos Black Blocs, o Brasil de Fato apurou que os jovens que praticam ações diretas contra a opressão capitalista são oriundos de bairros pobres e periféricos. Em sua maioria, trabalhadores e estudantes que convivem diariamente com a violência do Estado.
“A gente tá aqui com um motivo muito claro que é a luta contra o símbolo do capital, proteger aqueles que se propõem a ir contra o capitalismo e passar outra mensagem muito clara: ninguém manda e ninguém obedece”, explicou um ativista que se identificou como Amarildo.
“Destruímos bancos porque eles servem ao capitalismo. Eles geram miséria, ódio, tristeza e desavença na população”, complementou.
Durante os protestos, eles andam sempre juntos e, usualmente, atacam bancos, grandes corporações ou qualquer outro símbolo de instituições. “Essa é a defesa do oprimido contra o opressor. Ninguém é invisível. Essa invisibilidade é imposta pelo capitalismo”, finalizou.
Eles também afirmam não temer o confronto com a polícia. “É uma tática de defesa. Nós estamos aqui pra demonstrar que ninguém tem que ficar com medo de ninguém.”

Crédito: Joel Oliveira

Mídia manipuladora
A revolta contra os meios de comunicação que descaracterizam as ações dos Black Blocs era evidente. Além de queimarem exemplares da revista Veja, os ativistas se reuniram para decidir se falariam ou não com a imprensa quando o ato se concentrava ainda no Largo da Batata. Houve um consenso da maioria, e eles aceitaram falar com o Brasil de Fato, a TV Brasil, que é pública, e outras mídias independentes.
A matéria da revista Veja referente aos Black Blocs dizia que eles não passavam de jovens drogados e vândalos. Uma ativista, identificada como Emma, diz ter sido procurada no acampamento no Rio de Janeiro por uma repórter da Veja e também pelo Globo para dar entrevista. No entanto, ela disse que recusou ambos os convites por não concordar com a grande mídia.
Afirmou, ainda, ter dito à repórter da Veja que não conversaria com ela, pois o editor manipularia tudo conforme seu interesse. Porém, enquanto lia a reportagem da revista, por diversas vezes, declarou: “Eu não disse isso”.
Na Carta ao Leitor da mesma edição, a Veja disse que “sempre se pautou pela busca da informação correta em nome do interesse público.” Ao ler, Emma disse: “a população está vendo o que vocês estão fazendo.” E, realmente, viu, e reagiu pelas ruas de São Paulo no ato da noite desta sexta-feira (23).
Fonte: BRASIL DE FATO

Nem tudo que cobre o rosto é black bloc,  literalmente ou em metáfora.
A velha imprensa se apresenta através de seus veículos de mídia com uma cara, mas que não é sua cara verdadeira.
Veja disse que "sempre se pautou pela busca da informação correta em nome do interesse público"
Quando disse isso, certamente estava com o rosto coberto.
Todos sabem que veja e outros encapuzados da velha mídia  jamais se pautam pelo interesse público.
Sua orientação é o privado.
Essas mídias se orientam e se movem por interesses políticos bem definidos, usando o palanque privilegiado do jornalismo para tentar construir consensos que em nada favorecem a maioria esmagadora da população brasileira,
Veja, da editora Abril,  que tem em sua participação acionária a empresa Naspper, da África do Sul, defensora do apartheid daquele país e de orientação política antidemocrática e de extrema direita.
Veja, por mais que tente se esconder, é vista por todos.
Seu jornalismo é uma diarréia crônica, que visa única e  exclusivamente defender os interesses do capital predatório e também atacar de todas as formas todo avanço do processo democrático.
Veja é uma salmonelose jornalística, nociva à qualquer sociedade saudável.
A idéia black bloc que toma conta das cidades atacando alvos símblos do capital, é uma idéia bem interessante e inspiradora. 
Se de fato, de acordo com a matéria de BRASIL DE FATO, os black blocs são em maioria pessoas das periferias e favelas das grandes cidades  , isso é um sinal  de que o 99% acordou, e melhor, resolveu agir em bloco contra as forças que durante séculos exploram e oprimem  a maioria das pessoas. Nesse bloco de opressores estão, também, ás empresas de jornalismo da velha imprensa brasileira. Há exatos 59 anos, quando Vargas deixou a vida para entrar para a História, uma multidão na cidade do Rio de Janeiro dirigiu-se para as instalações da rádio globo e do jornal o globo, destruindo tudo que encontravam pela frente e, incvlusive, tirando do ar a rádio dos marinhos. Essa imprensa, na correta visão do povo, atuava para impedir a avanço da democracia e das consquistas sociais, motivo pelo qual foi eleita com alvo principal da fúria da população. Quase seis décadas depois, a história se repete, com outros personagens, porém com as mesmas táticas usadas pela velha imprensa, assim como com os mesmos objetivos. O tiro no coração e as armas de fogo,  hoje, estão nas palavras e nas narrativas de um  judiciário que a cada dia se distancia mais da justiça para todos. Já  a velha imprensa cumpre o mesmo papel de antes. O povo enfurecido daqueles distantes anos da década de 1950, hoje pode ser muito bem representado pelo processo crescente e inspirador  de ataques as instalações e  a  profisssionais da velha imprensa, além, claro, de todo o movimento popular para democratização dos meios de comunicação.
Nesse contexto a ação direta dos black blocs contra tudo que simbolize o capital não muda as instituições políticas, não muda o conceito de segurança pública e muito menos garante que os governos atuem em benefício do povo. Porém, coloca em cena uma conscientização político social  nas camadas menos favorecidas da população de que a mudança de fato só pode acontecer com um forte protagonismo popular, fazendo com que os poderes, a democracia, e as políticas públicas , sejam repensadas com a participação popular, e, um estado de bem viver possa ser pensado e garantido para todos.
Os inimigos são o capital, a velha imprensa, os bancos, as transnacionais, as empresas de transporte coletivo e os poderes( municipais, estaduais e federal) que não estejam alinhados com um conteúdo programático e políticas  que beneficiem  a maioria da população.
A tentativa de criminalização dos black blocs pela velha imprensa é sinal de medo. A hora é de mais ação.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Jornalismo Declaratório Infringente Continuado

IBGE: desemprego em julho cai para 5,6%, uma das menores taxas do mundo e a 2ª menor da história do Brasil. 
País já criou 907 mil empregos no ano e 41 mil em julho, mês afetado por protestos que reduziram oferta de vagas no comércio, sobretudo das capitais
Esses são os fatos e essa é a manchete garrafal da 'Folha', desta 5ª feira: 
'Capitais fecham vagas pela 1ª vez em uma década'
Fonte: CARTA MAIOR
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Desemprego recua para 5,6% em julho, diz IBGE

Rio de Janeiro - A taxa de desemprego fechou julho em 5,6%. O índice é superior aos 5,4% de julho de 2012, mas inferior aos 6% de junho deste ano. O dado foi divulgado hoje (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na Pesquisa Mensal de Emprego (PME).O número de pessoas desocupadas ficou em 1,4 milhão em julho, mantendo-se estável em relação a junho deste ano e a julho de 2012. A população ocupada chegou a 23,1 milhões, ficando estável em relação a junho e 1,5% maior que julho do ano passado.
Os trabalhadores com carteira assinada no setor privado chegaram a 11,6 milhões, estável em relação a junho e 3,5% a mais que em julho de 2012. O rendimento real atual ficou em R$ 1.848,40, ou seja, 0,9% inferior a junho (que havia sido de R$ 1.864,39), mas 1,5% superior a julho (R$ 1.821,04).
A Pesquisa Mensal de Emprego (PME) é feita nas regiões metropolitanas do Recife, de Salvador, de Belo Horizonte, do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Porto Alegre.
Fonte: JORNAL DO BRASIL 
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Os textos acima , de CARTA MAIOR e do JORNAL DO BRASIL, apresentam os resultados das pesquisas efetuadas pelo IBGE, sendo o segundo mais detalhado nas informações, natural pois trata-se da própria matéria do jornal enquanto o de CARTA MAIOR é apenas uma chamada.
Chamo atenção para o caro e atento leitor , sobre o conteúdo das informações fornecidas pelo IBGE. 
De uma maneira geral, a pesquisa apresentada pelo IBGE apresenta dados positivos para o país, no tocante a geração de empregos, taxa de desemprego e renda dos trabalhadores. Destaque  para o índice de desemprego de 5, 6%, uma das menores taxas do mundo e , segundo CARTA MAIOR, a segunda menor da história do Brasil.
Se o conjunto da pesquisa apresenta dados positivos, é de se esperar que qualquer manchete sobre o assunto, seja em impresso, rádio ou tv, siga o mesmo caminho, não é, caro leitor ?
Em um jornalismo saudável, sem necroses, as manchetes trariam o cenário positivo apresentado pelos dados, porém, não é o que acontece.
Vejamos duas manchetes na velha mídia, de hoje:
Folha de SP: ' Capitais Fecham Vagas, pela 1ª vez em uma Década'
O Globo online : ' Renda cai pelo 5ª mês consecutivo'
Nos dois exemplos acima  as notícias  são apresentadas em forma de um recorte negativo do país e do governo , mesmo sobre um conjunto de dados positivos.
Vamos imaginar o seguinte cenário:
Uma mullher é agredida pelo marido, em uma discussão em frente a uma padaria. Seguindo a lógica de folha e globo as manchetes seriam:
Folha: 'Padaria fica vazia em horário de movimento'
Globo: 'A Violência e o Pão Nosso de Cada Dia'
Nos dois casos a notícia, o que contempla mais dados e informações, foi a agressão de um homem sobre uma mulher, em horário de grande movimento de pessoas , na frente de uma movimentada e famosa padaria de um bairro da cidade. 
Folha focou o dinheiro que fugiu , momentaneamente, em função de uma conjuntura.
Globo foca na questão da violência urbana, algo que existe em todas as cidades em maior ou menor índice, apelando para um suposta solução divina. 
Nenhum dos dois se concentrou no fato bruto,no que de fato aconteceu, dando margem a diferentes interpretações, mesmo que através de manchetes sobre um evento. 
Assim tem sido o jornalismo da velha mídia ao longo dos anos dos governos populares, democráticos e bem sucedidos do Partido do s Trabalhadores.
Diariamente, os veículos da velha mídia procuram retratar para seus consumidores de informação um cenário de pessimismo, de incompetência do governo, de caos , de corrupção, de algo que está péssimo e ainda pode piorar.
A prioridade do noticiário da velha imprensa e de seu aparato midiático é procurar, sempre, um caminho para demonização do governo federal, mesmo que para isso absurdos noticiosos como o que assitimos hoje, sejam produzidos pelos contorcionistas dos fatos. O assunto apresentado pelo IBGE, no caso específico para o país, permite análises interessantes sobre cenário brasileiro em comparação como cenário mundial, visto que este último apresenta uma situação de crise prolongada, onde os índices de desemprego alcançam valores estratosféricos , ultrapassando a casa de 20%, em vários países. Mesmo no país referência para a velha imprensa e seu aparato midiático, os EUA, os índices de desemprego ( que por lá consideram um trabalhador que trabalhe 4 horas por semana sem nenhuma garantia trabalhista como empregado) andam pela casa de 8%. 
Lula, em certa ocasião, disse que daqui a algumas décadas  alguém fizesse uma pesquisa sobre o Brasil  durante os governos do PT, e para isso pesquisasse os maiores jornais e revistas da época, certamente chegaria a conclusão que foi um momento de terra arrasada para a nação, de profundas crises, pessimismo e desespero, além de numerosos e intermináveis escândalos de corrupçãono governo.
Com o retorno do julgamento do mensalão, que no momento analisa recursos solicitados pelos réus, a velha imprensa mergulha de cabeça e bico no assunto, arriscando-se a perder belas e numerosas penas em sua nova empreitada para demonizar o governo do PT. Cabe lembrar  que tal julgamento foi indecentemente divulgado pela velha mídia e em nada contribuiu para que o PT sofresse derrotas nas eleições municipais de 2012, ao contrário, o partido , Dilma e Lula, foram os principais vitoriosos das eleições. Agora, quando ocorre o julgamento dos recursos, em uma nova overdose de expressões prá lá de estranhas para a grande maioria da população, chega a ser cômico e mesmo ridículo assitir ao esforço das empresas globo de tv, transmitindo ao vivo em suas grades, momentos de debates entre os ministros do STF. Para a maioria do povo que foi fuzilada com a cobertura do julgamento no ano passado, o retorno das togas esvoaçantes, aparece como algo surrealista que tem merecido total indiferença da maioria da população, ainda mais em função das novas e escandalosas notícias sobre corrupção em ninhos   paulistas de belas aves e também sobre as gigantescas trapaças de globo em overseas com direito a sonegação de imposto pesado para os cofres públicos.
Enquanto isso o país começa a receber parte dos médicos cubanos que irão trabalhar em aŕeas onde a nossa medicina mercantilizada não atua. Diante do fato, o surrelista conselho federal de medicina, alerta, ao melhor estilo Bolsonaro's boy que a presença dos médicos cubanos no interior do Brasil pode fomentar uma revolução comunista, uma nova guerrilha do Araguaia, já que o perigo vermelho é especialista em conscientizar pessoas pobres e de pouca instrução. Isso não é brincadeira, caro leitor. Foi dito por um médico, que enquanto cidadão é a exṕressão do obtuso, o que preocupa com contaminações em sua atividade médica, uma vez que a anatomia humana e social são interdependentes. O homem é, também, produto do meio, e se o  meio de formação de nossos médicos contribui para a formação de cidadãos obtusos, é alarmante o momento da medicina no país. É provável que o médico em questão ao ser abordado por uma criança faminta que deseja dinheiro para comer um pão, na rua, por volta dez horas da manhã, diga o seguinte:
- meu filho, não vou dar dinheiro nem comida para vocẽ , pois se fizer vocẽ vai perder a fome e não vai almoçar direito.
Nesse país da imprensa surrealista, a prioridade, no momento, é o fato continuado que caracteriza a organização criminosa.
Aliás, tal prioridade pode muito bem se aplicar a velha imprensa, isso diante dos fatos aqui relatados. 
 

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Guerra ao Capital

Black Bloc: “Fazemos o que os outros não têm coragem de fazer”

Eles afirmam não temer o confronto com a polícia e defendem a destruição de “alvos capitalistas”. Conheça a história e a forma de luta que se popularizou com o movimento antiglobalização e ganha destaque no Brasil
Esta matéria faz parte da edição 125 da revista Fórum.Nas Bancas
Por Paulo Cezar Monteiro
“Os ativistas Black Bloc não são manifestantes, eles não estão lá para protestar. Eles estão lá para promover uma intervenção direta contra os mecanismos de opressão, suas ações são concebidas para causar danos às instituições opressivas.” É dessa forma que a estratégia de ação do grupo que vem ganhando notoriedade devido às manifestações no País é definida por um vídeo, divulgado pela página do Facebook “Black Bloc Brasil”, que explica parte das motivações e forma de pensar dos seus adeptos.
A ação, ou estratégia de luta, pode ser reconhecida em grupos de pessoas vestidas de preto, com máscaras ou faixas cobrindo os rostos. Durante os protestos, eles andam sempre juntos e, usualmente, atacam de maneira agressiva bancos, grandes corporações ou qualquer outro símbolo das instituições Eles afirmam não temer o confronto com a polícia e defendem a destruição de “alvos capitalistas”. Conheça a história e a forma de luta que se popularizou com o movimento antiglobalização e ganha destaque no Brasil “capitalistas e opressoras”, além de, caso julguem necessário, resistirem ou contra-atacarem intervenções policiais.
Devido ao atual ciclo de protestos de rua, o Black Bloc entrou no centro do debate político nacional. Parte das análises e opiniões classifica as suas ações como “vandalismo” ou “violência gratuita”, e também são recorrentes as críticas ao anonimato produzido pelas máscaras ou panos cobrindo a face dos adeptos. Mas o Black Bloc não é uma organização ou entidade. Leo Vinicius, autor do livro Urgência das ruas – Black Bloc, Reclaim the Streets e os Dias de Ação Global, da Conrad, (sob o pseudônimo Ned Ludd), a define o como uma forma de agir, orientada por procedimentos e táticas, que podem ser usados para defesa ou ataque em uma manifestação pública.

(Flickr.com/nofutureface)
Zuleide Silva (nome fictício), anarquista e adepta do Black Bloc no Ceará, frisa que eles têm como alvo as “instituições corporativas” e tentam defender os manifestantes fora do alcance das ações repressoras da polícia. “Fazemos o que os manifestantes não têm coragem de fazer. Botamos nossa cara a tapa por todo mundo”, afirma.
O jornalista e estudioso de movimentos anarquistas, Jairo Costa, no artigo “A tática Black Bloc”, publicado na Revista Mortal, lembra que o Black Bloc surgiu na Alemanha, na década de 1980, como uma forma utilizada por autonomistas e anarquistas para defenderem os squats (ocupações) e as universidades de ações da polícia e ataques de grupos nazistas e fascistas. “O Black Bloc foi resultado da busca emergencial por novas táticas de combate urbano contra as forças policiais e grupos nazifascistas. Diferentemente do que muitos pensam, o Black Bloc não é um tipo de organização anarquista, ONG libertária ou coisa parecida, é uma ação de guerrilha urbana”, contextualiza Costa.
De acordo com um dos “documentos informativos” disponíveis na página do Facebook, alguns dos elementos que os caracterizam são a horizontalidade interna, a ausência de lideranças, a autonomia para decidir onde e como agir, além da solidariedade entre os integrantes. Atualmente, há registros, por exemplo, de forças de ação Black Bloc nas recentes manifestações e levantes populares no Egito.

Manifestantes se reúnem em rua do Leblon, no Rio de Janeiro, próximos à casa do governador Sérgio Cabral (Foto: Mídia Ninja)
Black Bloc no Brasil
Para Leo Vinicius, é um “pouco surpreendente” que essa estratégia de manifestação urbana, bastante difundida ao redor do mundo, tenha demorado a chegar por aqui. “Essa forma de agir em protestos e manifestações ganhou muito destaque dentro dos movimentos antiglobalização, na virada da década de 1990 para 2000. Não é uma forma de ação política realmente nova”. No Brasil, existem páginas do movimento de quase todas as capitais e grandes cidades, a maior parte delas criadas durante o período de proliferação dos protestos. A maior é a Black Bloc Brasil, com quase 35 mil seguidores, seguida pela Black Bloc–RJ, com quase 20 mil membros.
A respeito da relação com o anarquismo, Vinicius faz uma ressalva. É preciso deixar claro que a noção de que “toda ação Black Bloc é feita por anarquistas e que todos anarquistas fazem Black Bloc” é falsa. “A história do Black Bloc tem uma ligação com o anarquismo, mas outras correntes como os autonomistas, comunistas e mesmo independentes também participavam. Nunca foi algo exclusivo do anarquismo. Na prática, o Black Bloc, por se tratar de uma estratégia de operação, pode ser utilizado até por movimentos da direita”, explica o escritor.
Para alguns ativistas, o processo de aceitação das manifestações de rua, feito pela grande mídia e por parte do público, de certa forma impôs que, para serem considerados legítimos, os protestos deveriam seguir um padrão: pacífico, organizado, com cartazes e faixas bem feitas e em perfeito acordo com as leis. Vinicius demonstra certa preocupação com a possibilidade do fortalecimento da ideia de que essa forma “pacífica” seja vista como o único meio possível ou legítimo de protestar. Ele afirma que não entende como violenta a ação Black Bloc de quebrar uma vidraça ou se defender de uma ação policial excessiva. “A violência é um conceito bastante subjetivo. Por isso, não dá pra taxar qualquer ato como violento, é preciso contextualizá-lo, entender as motivações por trás de cada gesto”, avalia.
Para ele, a eficácia de uma manifestação está em saber articular bem formas de ação “pacíficas” e “não pacíficas”. Foi esse equilíbrio, analisa, que fez com que o Movimento Passe Livre – São Paulo (MPL-SP) barrasse o aumento da tarifa na capital paulista. “Só com faixas e cartazes a tarifa não teria caído”, atesta. “Quem tem o poder político nas mãos só cede a uma reivindicação pelo medo, por sentir que as coisas podem sair da rotina, de que ele pode perder o controle do Estado”, sentencia.
Por outro lado, Vinicius alerta que é preciso perceber os limites para evitar que as ações mais “radicais” façam com que o movimento seja criminalizado ou se isole da sociedade e, com isso, perca o potencial de realizar qualquer mudança. Em sua obra, faz a seguinte definição daqueles que adotam a estratégia Black Bloc: “Eles praticam uma desobediência civil ativa e ação direta, afastando assim a política do teatro virtual perfeitamente doméstico, dentro do qual [a manifestação política tradicional] permanece encerrada. Os BB não se contentam com simples desfiles contestatórios, certamente importantes pela sua carga simbólica, mas incapazes de verdadeiramente sacudir a ordem das coisas”, aponta.
Outra crítica recorrente é o fato de os BB usarem máscaras ou panos para cobrirem os rostos. Os adeptos da ação explicam que as máscaras são um meio de proteger suas identidades para “evitar a perseguição policial” e outras formas de criminalização, como também criar um “sentimento de unidade” e impedir o surgimento de um “líder carismático”.
Luta antiglobalização
Com o passar do tempo, segundo Jairo Costa, as táticas Black Bloc passaram a ser reconhecidas como um meio de expressar a ira anticapitalista. Ele explica que geralmente as ações são planejadas para acontecer durante grandes manifestações de movimentos de esquerda.
O estudioso destaca como um dos momentos mais significativos da história Black Bloc a chamada “Batalha de Seattle”, em 1999, contra uma rodada de negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC). Em 30 de novembro daquele ano, após uma tarde de confrontos com as forças policiais, uma frente móvel de black blockers conseguiu quebrar o isolamento criado entre os manifestantes e o centro comercial da cidade. Após vencer o cerco policial, os manifestantes promoveram a destruição de várias propriedades, limusines e viaturas policiais, e fizeram várias pichações com a mensagem “Zona Autônoma Temporária”. Estimativas apontam prejuízos de 10 milhões de dólares, além de centenas de feridos e 68 prisões.
Para Costa, um dos episódios mais impactantes – e duros – da história Black Bloc foi o assassinato de Carlo Giuliani, jovem anarquista de 23 anos, durante a realização simultânea do Fórum Social de Gênova e a reunião do G8 (Grupo dos oito países mais ricos), na Itália, em julho de 2001. Ele lembra que, após vários confrontos violentos – alguns deles vencidos pelos manifestantes, que chegaram a provocar a fuga dos policiais, que deixaram carros blindados para trás –, ocorreu o episódio que levou à morte de Giuliani.
“Ele partiu para cima de um carro de polícia tentando atirar nele um extintor de incêndio. Muitos fotógrafos estavam por lá e seus registros falam por si. Ao se aproximar do carro, Giuliani é atingido por dois tiros, um na cabeça. E, numa cena macabra, o carro da polícia dá marcha a ré e atropela-o várias vezes”, narra. Os assassinos de Carlo Giuliani não foram condenados. Dois anos após o fato, a Justiça italiana considerou que a ação policial se deu como “reação legítima” ao comportamento do militante.
Alvos capitalistas
Entre as formas de ação direta do Black Bloc destacam-se os ataques aos chamados “alvos simbólicos do capital”, que incluem joalherias, lanchonetes norte-americanas ou ainda a depredação de instituições oficiais e empresas multinacionais. Costa explica que essas ações “não têm como objetivo atingir pessoas, mas bens de capital”.
Zuleide justifica a destruição praticada contra multinacionais ou outros símbolos capitalistas, porque elas seriam mecanismo de “exploração e exclusão das pessoas”. “Queremos que esses meios que oprimem e desrespeitam um ser humano se explodam, vão embora, morram. Trabalhar dez horas por dia para não ganhar nada, isso é o que nos enfurece. Por isso, nossas ações diretas a eles, porque queremos causar prejuízos, para que percebam que há pessoas que rejeitam aquilo e que lutam pela população”, explica.
Ela reconhece que essas ações diretas podem deixá-los “mal vistos” na sociedade, já que há pessoas que pensam: “Droga, não vou poder mais comer no ***** porque destruíram tudo”. Porém, Zuleide afirma que o trabalhador, explorado por essas corporações, “adoraria fazer o que nós fazemos”, mas, por ter família para sustentar e contas a pagar, não faz. “Esse é mais um dos motivos que nos fazem do jeito que somos”, pontua.
Vinicius explica que, nas “ações diretas”, os black blockers atacam bens particulares por considerarem que “a propriedade privada – principalmente a propriedade privada corporativa – é em si própria muito mais violenta do que qualquer ação que possa ser tomada contra ela”. Quebrar vitrines de lojas, por exemplo, teria como função destruir “feitiços” criados pela ideologia capitalista. Esses “feitiços” seriam meios de “embalar o esquecimento” de todas as violências cometidas “em nome do direito de propriedade privada” e de “todo o potencial de uma sociedade sem ela [as vitrines]”.
Sem violência?
Em praticamente todas as manifestações, independentemente das causas e dos organizadores, tornou-se comum o grito: “Sem violência! Sem violência!”, que tinha como destinatários os policiais que, teoricamente, entenderiam o caráter “pacifista” do ato. Também seria uma tentativa de coibir a ação de “vândalos” ou “baderneiros”, que perceberiam não contar com o apoio do restante da massa.
Zuleide reconhece que, inicialmente, a ação Black Bloc era alvo desses gritos, mas, segundo ela, quando as pessoas entendem a forma como eles atuam, isso muda. “Os manifestantes perceberam que o Estado não iria nos deixar falar, nos deixar reivindicar algo, e começaram a nos reprimir. Quando há confronto [com a polícia], nós os ajudamos retardando a movimentação policial ou tirando eles de situações que ofereçam perigo, e alguns perceberam isso”, afirma.
Apesar de os confrontos com policiais não serem uma novidade durante as suas ações, os adeptos afirmam não ter como objetivo atacar policiais. Contudo, outro documento intitulado “Manifesto Black Bloc” deixa claro que, caso a polícia assuma um caráter “opressor ou repressor”, ela se torna, automaticamente, uma “inimiga”.
No “Manual de Ação Direta – Black Bloc”, também disponível na internet, a desobediência civil é definida como “a não aceitação” de uma regra, lei ou decisão imposta, “que não faça sentido e para não se curvar a quem a impõe. É este o princípio da desobediência civil, violenta ou não”. Entre as possibilidades de desobediência civil são citadas, por exemplo, a não aceitação da proibição da polícia que a manifestação siga por determinado caminho, a resistência à captura de algum manifestante ou, ainda, a tentativa de resgatar alguém detido pelos policiais.
Também são ensinadas táticas para resistir a gás lacrimogêneo, sprays de pimenta e outras formas de ação policial, além de dicas de primeiros socorros e direitos legais dos manifestantes. De acordo com o documento, as orientações desse manual tratam apenas da desobediência civil “não violenta”.
Outra orientação é que seja definido, antes da manifestação, se a desobediência civil será “violenta” ou “não violenta”. Caso se opte pela ação ‘não violenta’, essa decisão deve ser respeitada por todos, visto que não cumprir o combinado pode pôr “em risco” outros companheiros, além de ser um sinal de “desrespeito”.
Contudo, o mesmo manual deixa claro que o que “eles fazem conosco” todos os dias é uma violência, sendo assim, “a desobediência violenta é uma reação a isso e, portanto, não é gratuita, como eles tentam fazer parecer”.
Uma breve história
1980: O termo Black Bloc (Schwarzer Block) é usado pela primeira vez pela polícia alemã, como
forma de identificar grupos de esquerda na época denominados “autônomos, ou autonomistas”, que lutavam contra a repressão policial aos squats (ocupações).
1986: Fundada, em Hamburgo (Alemanha), a liga autonomista Black Bloc 1500, para defender o Hafenstrasse Squat.
1987: Anarquistas vestidos com roupas pretas protestam em Berlim Ocidental, por ocasião da presença de Ronald Reagan, então presidente dos EUA, na cidade.
1988: Em Berlim Ocidental, o Black Bloc confronta-se com a polícia durante uma manifestação
contra a reunião do Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI).
1992: Em São Francisco (EUA), na ocasião do 500º aniversário da descoberta da América por Cristóvão Colombo, o Black Bloc manifesta-se contra o genocídio de povos nativos das Américas.
1999: Seattle contra a Organização Mundial do Comércio (OMC). Estima-se em 500 o número de integrantes do Black Bloc que destruíram o centro econômico da cidade.
2000: Em Washington, durante reunião do FMI e Banco Mundial, cerca de mil black blockers anticapitalistas saíram às ruas e enfrentaram a polícia.
2000: Em Praga (República Tcheca), forma-se um dos maiores Black Blocs que se tem notícia, durante a reunião do FMI. Cerca de 3 mil anarquistas lutam contra a polícia tcheca.
2001: Quebec (Canadá). Membros do Black Bloc
são acusados de agredir um policial durante uma marcha pela paz nas ruas de Quebec. Após esse evento, a população local e vários manifestantes de esquerda distanciaram-se da tática Black Bloc e de seus métodos extremos.
2001: A cidade de Gênova (Itália), ao mesmo tempo, recebeu a cúpula do G8 e realizou o Fórum Social de Gênova, com um grande número de Black blockers, além de aproximadamente de 200 mil ativistas. A ação ficou marcada pela violenta morte do jovem Carlo Giuliani, de 23 anos.
2007: Em Heiligendamm (Alemanha), reunião do G8 foi alvo de uma ação com a participação de cerca de 5 mil blackblockers . Mobilização Black Bloc de cerca de 5.000 pessoas
2010: Toronto (Canadá), na reunião do G20. Neste confronto, mais de 500 manifestantes foram presos e dezenas de outros ativistas foram parar em hospitais com inúmeras fraturas.
2013: Cairo (Egito). O Black Bloc aparece com forte atuação nos protestos da Praça Tahir, no combate e resistência ao exército do então presidente Hosni Mubarak.
Fonte: Artigo “A Tática Black Bloc”, escrito por Jairo Costa, na Revista Mortal, 2010

Fonte: REVISTA FORUM


1 - a fabricação de roupas e mesmo de material esportivo utilizados por atletas, alguns bem badalados na velha mídia,  se dá em fábricas que se assemelham aos campos de concentração nazista da segunda guerra mundial. Os funcionários dessas fábricas chegam a trabalhar até 14 horas por dia, recebendo , as vezes, salários inferiores ao salário mínimo, além de sofrerem violência por parte de supervisores no local de trabalho. As roupas fabricadas são vendidas, a um prêço bem salgado, nas principais redes de lojas de departamentos do mundo.

2 - redes de lanchonetes fast food, com lojas em todo o mundo, são frequentemente acusadas de trabalho escravo e violência contra os funcionários. No Brasil são vários os casos.

3 - operadoras de cartão de crédito tem em suas ações de expansão enviar , pelo correiro, cartões de crédito e um boleto com a fatura dos serviços, sem que as pessoas solicitem tal serviço. Caso o receptor não queira o cartão e ignore aquilo que recebeu, seu nome irá parar na lista dos serviços de proteção ao crédito, já que para as operadoras de cartão de crédito, o simples envio de um cartão com a fatura caracteriza um contrato de adesão ao cartão, a revelia do receptor que nada solicitou. As operadoras de cartão chamam tal estratégia de marketing agressivo, com o objetivo de aumentar sua carteira de clientes.

4 - proprietários das empresas de transporte coletivo e de emissoras de tv são pessoas bilionárias. Tanto o transporte coletivo, como as emissoras de tv são concessões públicas que deveriam ter como objetivo principal o interesse público, oferecendo serviços de qualidade para a população.

5 - agricultura é um grande negócio, alimentos são comoditties onde se especula  ganhos futuros com variação de prêços, sementes são propriedades de poucas corporações que definem o que se planta, onde se planta e quem planta. Proprietários de redes de supermercados são pessoas bilionárias. 

6 - operadoras de telefonia definem locais para instalação de telefonia móvel em função da lucratividade da região, ignorando as necessidades das populações envolvidas.

7 - as cidades foram assaltadas pelas corporações que definem o valor do metro quadrado, quem pode morar, quem deve ser expulso da região. Os espaços urbanos são desenhados para que o transporte individual prevaleça.

8 - a cultura e o esporte foram tomadas de assalto pelas  corporações de mídia, indústria fonográfica, empresas anunciantes desses eventos na tv e grandes corporações. A cultura e o entretenimento passam a ser aquilo que as corporações entendem como lucrativo, e sua veiculação para o público deve seguir a mesma lógica da lucratividade , no tocante aos períodos, dias e horários dos eventos.

E então, meu caro leitor ?
Se o assunto é a violência o caro leitor não acha que todas as formas de violência e opressão deveriam ser amplamente analisadas e debatidas ?
Imagino que o leitor concorda. Entretanto, na pŕatica não é o que acontece.
O marketing agressivo,( ou violento ?) das operadoras de cartão de crédito sequer é questionado pelos grandes veículos de mídia, veículos de mídia que tem nas instituições financeiras seus grandes anunciantes.
O trabalho escravo nas redes de fast food e nas fábricas de roupas, muitas de grife, jamais aparece como denúncia nos grandes veículos de mídia. Veículos de mídia que tem nas redes de fast food e nas lojas de roupas e material esportivo, seus grandes anunciantes.
O transporte coletivo de qualidade, algo raro nas grandes cidades brasileiras, não merece a devida atenção dos grandes meios de comunicação privados , que tem nas montadoras de automóveis seus principais anunciantes.
Um programa de qualidade vida e saúde para a população não tem o devido destaque nos grandes veículos de mídia. Veículos de mídia que tem como principais anunciantes as redes de supermercados que priorizam os alimentos industrializados. Alimentos industrializados que são fabricados com produtos oriundos de agricultura controlada por grandes corporações, que por suas vez , também são grandes anunciantes das emissoras de mídia privada.
No conjunto das empresas privadas de mídia e de seus grandes anunciantes, a cultura e o entretenimento apresentados , sugerem um estilo de vida considerado o ideal e "civilizado", onde os hábitos de nutrição seguem os produtos apresentados, o vestuário um padrão global veiculado em filmes e novelas, o consumo de bens duráveis ou não como um valor de sucesso que confere respeito e credibilidade, e a habitação um padrão condominial , onde todos  iguais convivem isolados da periferia em locais assépticos e higiênicos, garantidos por forte aparato de segurança privada.
Ao final  chegamos ao controle da violência, que é segurança das pessoas por empresas de segurança privada e seus recursos tecnológicos. que visam garantir a segurança contra um bando de bárbaros, bando esse que nada mais é que a maioria da população. População que sofre toda essa violência citada acima, toda essa opressão e ainda é taxada de violenta quando se manifesta contra a verdadeira violência dos tempos atuais, que é a hegemonia e a profiferação do capital turbinado e todas as suas formas de expressão, por pessoas  por  serviços e por corporações.
A propósito, a violenta mídia privada brasileira pede, constantemente, que os manifestantes façam protestos de forma pacífica.

Grupo com cerca de cem manifestantes realiza ato na avenida Paulista, em São Paulo, contra o governo de Geraldo Alckmin, envolvido em escândalo de corrupção com as empresas estatais CPTM e Metrô. Uma edição da revista Veja, com os black blocs na capa, foi queimada, na noite desta terça-

Fonte: BOL