sábado, 13 de julho de 2013

Planejar, Desenvolver, Checar, Agir

O teste da Globo passou no teste das ruas.


A partir de hoje a Globo virou alvo. E a democratização das comunicações uma pauta das ruas
12/07/2013


Renato Rovai,

De repente uma palavra surge sobre o símbolo da Globo e outra a substitui na sequência.
Mente foi a primeira. Sonega, depois.
De onde surgiu aquilo? Quem mirava o projetor com tamanha criatividade contra a toda poderosa de tantos tempos e governos?
Era uma poderosa rede articulada ou apenas dois garotos criativos?
E a música? Quem era o puxador de samba daquela bateria?
Quem era aquela menina que parodiava a música tema do carnaval global?
E a galera com raiva e rostos cobertos? Quem eram os meninos que se diziam blacks blocks?
Quem era aquela gente nova numa manifestação pela democratização da mídia?
Quem eram eles que se misturavam ao Intervozes, ao Barão de Itararé e ao pessoal do MST e o Levante Popular?
Quem eram eles que estavam ali com o Movimento Passe Livre e da Mídia Livre? Quem eram os ninjas que não eram da Pós TV?
Eles junto com o Lalo, o Sérgio Amadeu, o Miro, o João Brant e o Igor Felippe. Eles, os pichadores sem medo, e as meninas corajosas da primeira fila. Eles e elas que ignoraram a polícia e seus helicópteros.
A marcha de ontem à noite na frente à Globo marcou.
Uma TV inóspita e pouco acessível. Que fica num lugar inóspito e pouco acessível. Numa cidade, convenhamos, bastante inóspita como São Paulo. Mesmo assim éramos ao menos uns 2 mil por lá.
Aliás, daria para comparar a manifestação noturna de ontem na frente da Globo, que não tinha um único figurante, com a dos médicos na Paulista. A deles, segundo o Jornal da Globo do dia, teria 5 mil. Sendo assim, 5 mil para a de ontem também.
Passa bastão
Bastão passado. Havia muitos e muitos jovens putos, putíssimos com a TV dos Marinhos. Gente que quer ocupar a Globo. Que quer ocupar o Congresso. Que quer ocupar o Ministério das Comunicações. Que quer ir até as últimas consequências para mostrar que não aceita mais este jogo nas comunicações. Que quer derrubar o Paulo Bernardo e sua mentalidade lobista.
E tudo indica que isso vai continuar.
A partir de hoje a Globo virou alvo. E a democratização das comunicações uma pauta das ruas.
Que bom que havia muitos jovens e a boa energia do Passe Livre.
E que bom que o MST estava lá.
Há coisas novas acontecendo. E em algum momento isso haveria de acontecer. A Globo se tornaria alvo.
Do que é movimento novo. E do que supostamente é movimento tradicional.
A Globo não poderia passar ao largo de um momento histórico como este que vive o Brasil.
Era preciso um movimento global contra a Globo.
O que aconteceu ontem foi só o começo.
As redes vão amadurecer o que aconteceu nas ruas. E vão articular novas ruas.
Redes e ruas vão criar ainda muitos problemas para quem se achava acima deles, a Globo.

A visibilidade obtida com  os protestos contra a globo e a velha imprensa em geral deve ser direcionada para outras ações.
Sugiro uma ampla campanha para conseguir o número de assinaturas necessárias para o projeto de iniciativa popular  sobre a democratização dos meios de comunicação.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário