quarta-feira, 31 de julho de 2013

Aguaceiro

A opção preferencial pela crise

Por Luciano Martins Costa em 31/07/2013 na edição 757
Comentário para o programa radiofônico do Observatório da Imprensa de  31/7/2013
Há um debate em curso nas redes sociais sobre as escolhas editoriais dos jornais considerados de circulação nacional. No centro da questão, a diferença de tratamento dado a escândalos políticos de acordo com a filiação partidária dos protagonistas.
O núcleo duro das discussões coloca em confronto defensores do atual governo federal, liderado pelo Partido dos Trabalhadores, e os adeptos dos governos do PSDB sob o comando de Fernando Henrique Cardoso. Mas uma parte dos debatedores considera que a imprensa tradicional sempre criticou os governantes e que seu papel é o de se opor invariavelmente a quem quer que esteja no poder central.
Esse argumento não subiste, se considerarmos que, na atual circunstância, tal assertiva vale para o governo federal, mas não necessariamente para os governos estaduais. Veja-se, por exemplo, o caso do Rio de Janeiro, onde o principal diário, o Globo, mantém desde 2003 uma cobertura intensamente crítica ao poder de Brasília mas poupa, em grande medida, o governo local de Sérgio Cabral.
Há muitas razões para isso, e a principal delas parece ser o programa de “pacificação” de favelas, que começou após o assassinato do jornalista Tim Lopes, da TV Globo.
Em São Paulo, os dois principais jornais de circulação nacional, Estado e Folha, fazem escolhas semelhantes, poupando o governador Geraldo Alckmin e tratando como inimigo o governo federal.
Como se trata de questão que envolve preferências políticas e se emaranha na subjetividade da linguagem jornalística, é preciso buscar os elementos factuais que demonstrem a existência de um estado de espírito oposicionista a priori nas escolhas da mídia tradicional. Esses elementos de informação podem ser identificados mais facilmente no noticiário econômico dos jornais chamados de genéricos, ou generalistas, comparando-os com a imprensa especializada em economia e negócios.
Nas escolhas de indicadores econômicos sazonais se pode observar como os três principais diários de circulação nacional, aqueles que mais influenciam as instituições e são tidos como articuladores da agenda pública, tratam de minar a confiança da sociedade no governo federal, pintando um quadro de insucessos e catastrofismo.
Editados pelo mercado
Veja-se, por exemplo, as edições de quarta-feira (31/7) do Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo e O Globo.
No Estado, a manchete do caderno “Economia & Negócios”anuncia: “Superavit primário do governo no primeiro semestre é o pior desde 2001”.
Na Folha, o caderno “Mercado”afirma que “Superavit melhora, mas fica abaixo da meta em 12 meses”.
O Globo, que dá menos importância ao noticiário econômico na maior parte da semana, informa que “Economia para pagar juros é a menor do 1º semestre desde 2010”.
Já o Valor Econômico, principal jornal especializado do país, não deu a mesma importância ao resultado parcial das contas públicas – provavelmente porque seus editores consideram que, neste trecho do ano, esse indicador pode não ser tão relevante ao ponto de merecer uma manchete.
Afora as diferenças de tom nas abordagens de cada um dos três jornais, observe-se que havia, entre os números do dia da economia nacional, alguns outros tópicos que também poderiam merecer destaque. Mas eles estão escondidos em notas curtas ou editados em posição menos destacada. Por exemplo, o Índice Geral de Preços – Mercado, medido pela Fundação Getúlio Vargas, teve uma alta de apenas 0,26% em julho, frente ao aumento de 0,75% verificado em junho.
A desaceleração dos preços se deu de forma generalizada, o que induz os analistas a prever que em agosto a inflação também não deverá ser alta. Também há registro de que a confiança do comércio subiu 0,6% neste mês, em relação a julho de 2012.
Embora o cenário geral ainda seja de pessimismo na projeção até o final do ano, a melhora do ânimo no comércio deve ser considerada, dada a notória influência nefasta que o noticiário negativo produz na disposição de investimento das empresas. De qualquer maneira, os jornais poderiam registrar que, tanto a queda da inflação como a percepção da inconsistência do pessimismo, foram previstas pelas autoridades econômicas do governo federal nos últimos dois meses.
Uma terceira notícia que concorre com o espírito catastrofista da imprensa é o resultado dos balanços das instituições financeiras: misturada aos números bilionários dos lucros dos bancos, registra-se quase envergonhadamente a queda da inadimplência da população. Em algumas análises, a disposição dos correntistas de quitar suas dívidas em vez de comprometer o orçamento com novos empréstimos é vista como um risco para os bancos. Mas o fato de o número de calotes ter se reduzido em praticamente todas as instituições financeiras não seria uma boa notícia para a economia em geral?
O que se quer demonstrar aqui é que a imprensa brasileira tem uma predileção especial pelo catastrofismo, reduzindo a exposição de indicadores positivos e forçando a imposição de um cenário de crise.
Seria uma atitude contra o governo do PT?
É possível, mas o mais provável é que a mídia tradicional se oponha, sistematicamente, contra qualquer governo que não reze por sua cartilha dogmática de submissão ao mercado.
É o mercado, essa fantasmagoria irracional, que edita os jornais.

Hoje, 31. 07. 2013, o jornal o globo apresenta , em primeira página, uma crítica  aos indicadores do IDH apresentados pelo país que surpreenderam de forma positiva todos que acompanham a publicação desses índices.
Como citado em um artigo em CONVERSA AFIADA , esses índices de IDH do Brasil estão para o país como o crescimento econômico está para a China.
São indicadores altamente expressivos.
Resultado das políticas corretas e bem sucedidas, principalmente, dos governos Lula e Dilma.
Globo procurou diminuir a importância dos índices, enquanto folha e outros impressos não deram o devido destaque.
É uma notícia, uma boa notícia para o país, porém não gera crises, ao contrário, infla a popularidade do governo Dilma, e, assim sendo, deve ser evitada e manipulada pelos principais veículos da velha e decadente imprensa.
O que fazem esses veículos da velha mídia não é jornalismo e , em muitos casos,o que fazem  assemelha-se a um terrorismo informativo.

No caminhar dos ponteiros do relógio, novas  e demolidoras denúncias vem à tona , no mar de lama em que estão mergulhadas as empresas globo.

Ferro e a fraude da Globo:

cadê o Merval, o Jabor ?

Jornal da Record informa que o MP do DF tem 90 dias para concluir investigação criminal sobre a fraude em paraíso fiscal.

Fonte: CONVERSA AFIADA

Merval e Ayres Britto: jornalista chapa branca


A fraude em paraíso fiscal, denúncia grave, não aparece nos outros veículos da velha imprensa, assim como as escandalosas 776 notificações que a tv globo recebeu da Receita Federal, e não respondeu.  Daí surge a discussão, bem colocada pelo artigo do OI, sobre o que é notícia  e  de que maneira a velha e decadente imprensa tenta interditar da população assuntos de importância para a compreensão da realidade. Uma sonegação de impostos na casa de 1 bilhão de reais como a que acontece com globo não ser discutida e debatida na sociedade, principalmente em momento de manifestações em que o tema corrupção esteve na agenda dos manifestantes, é um caso típico de omissão de assuntos relevantes . No espectro, somente a TV Record vem dando destaque ao caso, porém não se sabe se por um bom jornalismo ou por motivos de concorrência não amigável. Seja lá o que se pense sobre o assunto, pelo menos uma emissora de tv aberta mergulha no escândalo do fraude da globo.

Ainda no rastro dos escândalos que não são notícia, um é no mínimo escandaloso. Trata-se do esquema de corrupção no metrô de São Paulo que durante os governos do PSDB, desde 1995, já desviou dos cofres públicos a quantia indecente de 445 milhões de reais. O MPL - movimento do passe livre - ao tomar conhecimento da roubalheira  no segmento do transporte público em São Paulo,  fez uma análise dos recursos desviados e concluiu que a passagem em São Paulo poderia custar a quantia de  0,90 centavos, caso não existissem mágicos nos governos do PSDB paulista e paulistano.

MPL volta às ruas no dia 14 de agosto contra propinoduto tucano

Movimento Passe Livre calcula que passagem custaria R$ 0,90 se dinheiro supostamente desviado em governos do PSDB fosse aplicado no transporte
Fonte: BRASIL DE FATO

O MPL, que deu início as manifestações de junho passado, volta às ruas, agora no dia 14 de agosto, com uma agenda bem mais poderosa e convincente, principalmente  no tocante as tarifas dos transportes coletivos , não apenas de São Paulo, mas de todas as grandes cidades brasileiras, já que , em tese e diante dos fatos paulistanos, não se pode excluir que mágicos também atuem em outros estados e cidades do país. O caso do escândalo do governo de SP nas obras do Metrô, agora em cena no circuito alternativo já que a velha mídia agasalha a verdade e omite os fatos, mostra de forma clara e inequívoca que as reinvidações do MPL são relevantes  e reais, distantes da vertente utópica que alguns veículos de mídia e governo tentaram atribuir ao movimento. Bastou, apenas,  que uma caixa preta do transporte coletivo fosse parcialmente aberta para que se tenha uma idéia mais clara de que é possível, sim, tarifas de transporte coletivos com valores na casa de centavos de real.
Ainda na esfera da velha imprensa, ou poço profundo como queira o caro leitor, como será a cobertura na velha mídia das novas manifestações já que os alvos são a corrupção dos governos do PSDB paulista e paulistano, agora com provas inequívocas ? Será que Datena e genéricos irão acusar os manifestantes de vândalos e arruaceiros ? É o próximo capítulo, em duas semanas.

Ainda seguindo os ponteiros do relógio e acompanhando o que é notícia na velha mídia da crise eterna, do pior dos mundos, do fracasso sem limites, da corrupção e bandidagem que assola o país, uma notícia sobre mau jornalismo da velha mídia veio à tona, ou melhor, desceu água abaixo pelos dutos da corrupção em SP.

Justiça condena Globo por reportagem em Unidade de Conservação


A Justiça Federal no Tocantins condenou a emissora Globo Comunicação e Participações S/A e a empresa Quatro Elementos Turismo Ltda a repararem o dano causado à Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins pelo uso indevido de imagem durante a veiculação de uma reportagem exibida no programa Esporte Espetacular do dia 25 de abril de 2010, que associa a imagem da cachoeira da Fumaça à prática de rafting esportivo, prática esta, incompatível com os objetivos das estações ecológicas.


 
Fonte: VERMELHO

Mais uma vez globo fica suja na fita, e com muita água ainda.
A TV globo ignorou, ou descumpriu a legislação que não permite o uso de imagens e incentivo a prática de esporte em estações ecológicas. A Tv foi processada e condenada sendo obrigada a produzir material jornalístico informando e alertando para  a preservação de estações ecológicas.
Globo recorreu e  perdeu com a famosa, surrada , oportunista e criminosa tese de liberdade imprensa.
Chega a ser cômico, diante do debate sobre o papel da velha mídia em somente atacar o governo Dilma e ocultar fatos relevantes da população, ouvir globo defender a liberdade de imprensa como um direito absoluto, ao ponto de permitir manipular as informações, omitir fatos, mentir, criar factóides, desrespeitar a legislação do país, censurar e processar blogueiros e tentar por todos os meios disponíveis, interditar o debate sobre a democratização dos meios de comunicação.
A liberdade de imprensa de globo ,da velha imprensa e de seu velho aparato mídiatico  se resume em noticiar a realidade de acordo com a limitada, estreita e decadente cartilha do Deus Mercado.

 

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário