segunda-feira, 20 de maio de 2013

Terrorismo

 Bolsa Família e os sabotadores

publicado em 19 de maio de 2013 às 21:40

Houve corrida aos caixas em várias partes do Brasil
domingo, 19 de maio de 2013
Bolsa Família e os sabotadores
Por Altamiro Borges, em seu blog
Segundo a Agência Brasil, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, determinou neste domingo que a Polícia Federal abra inquérito para apurar a origem do boato sobre a suspensão do Programa Bolsa Família. “A informação falsa de que só seria possível sacar o benefício até ontem (18) levou muitas pessoas às agências da Caixa Econômica Federal e dos Correios. A Presidência da República detectou a informação em estados como a Paraíba, o Amazonas, o Maranhão e o Rio de Janeiro. O boato se espalhou pelas redes sociais e há beneficiários perguntando se o Bolsa Família será suspenso ou cancelado”, descreve a matéria.
A Caixa Econômica Federal e o Ministério do Desenvolvimento Social também divulgaram notas negando mudanças no calendário de pagamento e reafirmando a manutenção das regras do programa. “O Ministério do Desenvolvimento Social informa que não há qualquer veracidade nos boatos relativos à suspensão ou interrupção dos pagamentos do Programa Bolsa Família. O MDS reafirma a continuidade do Bolsa Família, assegura que o calendário de pagamentos divulgado anteriormente está mantido e que não há qualquer possibilidade de alteração nas regras”. Já a nota da Caixa Econômica Federal informa que “o pagamento do Programa Bolsa Família ocorre normalmente de acordo com calendário estipulado pelo governo federal”.
O boato sofre a suspensão do programa Bolsa Família é criminoso e poderia até ter gerado confrontos mais violentos em várias cidades do país. Neste sentido, a apuracão da Polícia Federal e de outros órgãos sobre a origem desta sabotagem deve ser rigorosa e rápida. Não é segredo que há muita gente no país contra os programas de transferência de renda do governo federal. Na mídia venal, por exemplo, são comuns os comentários elitistas e preconceituosos contra o Bolsa Família — apelidado de bolsa-esmola. A direita nativa encara este programa como a principal causa da perda da sua representatividade partidária.

Um boato gerou um caos no país.

Curiosamente, no sábado passado, dia 18, o jornal o globo apresentava como manchete de primeira página, em letras garrafais, que o número "excessivo" de ministérios do governo Dilma, 39 no total, cobriria vários programas do bolsa família.

De certa forma o diário carioca da famíglia Marinho defendia o programa bolsa família através da crítica, sempre superficial e partidarizada, ao número de ministérios.

No dia seguinte, o domingo, explode uma onda de boatos sobre o bolsa família.

Morde e assopra é uma característica , um modus operandi, da grande imprensa golpista em sua cruzada conservadora e terrorista contra os governos populares, democráticos e bem sucedidos do PT.

Antes da agressão, um elogio.

Antes do tiro, um sorriso.

A coincidência, que pode ter ou não um significado, não autoriza acusar o sistema globo de ter plantado e incitado o boato, entretanto, diante das últimas derrotas que a direita ultraconservadora e reacionária vem sofrendo, os acontecimentos de domingo inclinam o atento leitor a refletir sobre o caso e , até mesmo, admitir  um ato de terrorismo.

A Polícia Federal, ao que se apresenta pós "boato", resolveu investigar pois também segue uma linha de possível ato de terror.

O caro leitor já deve ter notado que escrevi acontecimentos, no plural.

Sim, na virada cultural, na cidade de São Paulo, campo de obsessão e última trincheira da direita golpista, uma onda estranha de violência aconteceu também no domingo.

Hoje, em um reduto dessa direita, o grupo bandeirantes, o âncora de um programa jornalístico da rádio band news minimizou o "boato", afirmando que uma ingênua conversa de botequim poderia ter originado a "informação" e daí gerado o caos através da disseminação nas redes sociais.

Noel Rosa e Vadico, em décadas passadas, já conheciam em  profundidade o universo dos botecos cariocas, porém jamais poderiam imaginar o poder das palavras proferidas nos encontros ao redor das simpáticas mesas de mármore.

De alguma forma, aquela tal malandragem já não existe mais nas cadeiras de madeira e nas mesas redondas de mármore, alvo constante de panos úmidos de dedicados profissionais.

O antigo malandro folgado pode ser o terrorista.

O terror teria chegado aos botecos, o que se conclui que  a"ingenuidade" dos encontros, sempre retratados pela burguesia como superficiais e de pouco conteúdo, ganha agora novos contornos, novos atores com objetivos bem definidos e nada inocentes.

Tudo isso no mesmo bar, nas conversas preconceituosamente  ainda ditas como superciais.

O caro leitor já notou que sempre que a direita conservadora se apressa em apresentar uma justificativa para um determinado evento, é porque existe algo de podre no ar.

Desta vez sobrou para as conversas do bom e velho boteco.

Ou teria sido no bistrô da burguesia que o ato de terror foi elaborado e plantado, e, para justificar, especular que ingênuos conversando em um botequim teria sido a fonte do boato ?

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