segunda-feira, 29 de abril de 2013

A Bosta Sonora que Invade o País








"Quem não gosta de sertanejo vai para outro ritmo", diz Luan Santana sobre declaração de Arantes

  • 27.abr.2013 - Luan Santana apresenta o show "Te Esperando" no Credicard Hall, sem São Paulo
Durante show em São Paulo neste sábado (27), o cantor Luan Santana rebateu as críticas feitas pelo músico Guilherme Arantes sobre o "sertanejo" e a "monocultura". "Eu acho que as pessoas têm um bom gosto e o Brasil é livre. Cada um gosta do que quer. Quem não gosta de sertanejo, vai para outro ritmo. Se o sertanejo é mais popular e o povo gosta mais, é uma questão do público brasileiro", disse.
Em entrevista ao UOL, na última terça-feira (23), Guilherme Arantes criticou o sertanejo e pagode e disse que o Brasil vive hoje uma nociva "monocultura". "Existe esse cenário de balada em um país infantilizado como o Brasil, um país que perdeu a profundidade. Agora é uma coisa rasa, é só festa. É só sertanejo, pagode. É só cana, laranja e boi. O Brasil emburreceu devido à monocultura".
Luan Santana, por sua vez, falou que não se sente abalado pela declaração. "O sertanejo sempre foi o estilo mais popular do Brasil, o estilo que mais leva gente para a diversão e é para a família toda. As maiores festas são sertanejas". E acrescentou: "Graças a Deus o sertanejo nunca esteve tão forte e, se depender de mim, a gente só vai continuar com isso".
Com duas músicas – "Sogrão Caprichou" e "Te Esperando" - entre as 100 mais tocadas nas rádios do Brasil, Luan disse que músicos precisam focar em hits que falam de amor. "Está cada vez mais escasso nas músicas falar sobre esse sentimento verdadeiro e eu acho que a 'Te Esperando' é especial por causa disso, porque fala de um amor que dura a vida inteira. E que venha o que vier, a pessoa estará te esperando", disse.  "Te Esperando" foi lançada em março e está em 28ª colocação pela quarta semana consecutiva, segundo o site Hot100Brasil.
Fonte: bol.com.br
 
 





"Não sou cantor de um hit só", diz Psy sobre "Gentleman"




Psy lança novo single, "Gentleman"14 fotos

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13.abr.2013 - Psy apresenta seu novo single, "Gentleman", no Estádio Olímpico de Seul, na Coreia do Sul Leia mais Chung Sung-Jun/Getty Images
O músico Psy disse em uma entrevista que o sucesso de sua nova música "Gentleman" prova que ele não é um cantor de um só sucesso. O cantor sul-coreano lançou a faixa sucessora de seu mega hit "Gangnam Style"' no início de abril e admitiu que estava nervoso com a reação das pessoas, além de considerar os dias que antecederam o lançamento como "o pior momento de sua vida". As informações são do site NME.
Falando sobre sua nova faixa ao programa MTV News: "Honestamente, eu mudei a música tantas vezes, que até o último momento não estava animado. Estava aterrorizado, muito nervoso. Meu único objetivo era evitar ser chamado de cantor de um hit só, então fiquei muito ansioso antes da estreia".
"Agora que se passaram duas semanas e o vídeo já teve mais de 230 milhões exibições, posso afirmar que mão sou um cantor de um só sucesso. Estou muito feliz e aliviado com isso".
"Gentleman" chegou ao décimo lugar das paradas do Reino Unido e o vídeo já teve mais de 246 milhões de visualizações.
"Lancei 'Gentleman'  em 12 de abril. No dia seguinte já tinha uma grande show marcado na Coreia, então essa semana foi como um pesadelo na minha vida: tinha que editar o vídeo, ensaiar com os dançarinos e ainda tinha que decorar toda a coreografia. Foi um dos momentos mais estressantes que já passei".
O vídeo de "Gentleman" foi proibido por uma emissora na Coreia do Sul sob alegação de que poderia "prejudicar a ordem pública".
Em um comunicado, a cadeia pública KBS acha que o videoclube não cumpre com seus critérios de exibição e que algumas passagens podem representar um mal exemplo para os jovens.
"Gangnam Style" tornou-se o vídeo mais assistido do YouTube, com mais de 1,5 bilhões de exibições.
Fonte: bol.com.br
 
 
O que a mídia tem apresentado como estilo sertanejo não tem nada de sertanejo.
 
Trata-se, com rarísssimas exceções, de um bolerão de baixa qualidade.
 
Uma idiotice infantilóide, como bem declarou Arantes, que visa apenas o lucro imediato e descartável, pois são composições sem nenhum conteúdo poético, tanto na melodia como nas nas letras.
 
O verdadeiro sertanejo, esse sim música de qualidade, não toca nem aparece nas grandes mídias.
 
Esse movimento se intensificou no  início dos anos da década de 1990, quando o presidente da república em diversas ocasiões , ao seu estilo de marketing, demonstrou  apreciar os cantores do genêro que faziam sucesso na época, principalmente por conta da novela Pantanal, da tv Manchete.

O brega rural tomava conta do Brasil enquanto o rural de qualidade era ignorado, o que não deixa de ter algma relação com as polítcas de reforma agrária no Brasil.

A bosta do gado invadia o país, mecanizada e padronizada.

Quanto ao samba o movimento tem características similiares ao chamado sertanejo.

Também no início da década de 1990, talvez um pouco antes até mesmo na segunda metade da década de 1980, ganhava impulso um movimento de pagode, mas assim como o sertanejo não era o pagode de qualidade tanto que o movimento, que perdura a té hoje, ficou conhecido como sambanejo, devido a baixíssima qualidade das canções.
 
O pagode de qualidade, assim como o sertanejo de qualidade ficavam de fora das grandes mídias.
 
Para desespero daqueles que admiram a boa arte, cresciam juntos , de forma avassaladora, o sambanejo e o sertanejo, que logo depois, como um tiro de misericórdia para os amantes da boa música, tiveram a companhia do axé music que infelizmente ganhou o espaço no cenário nacional, no lugar da excelente música afro que era produzida na Bahia, principalmente na década de 1980.  
 
Dizer que o público gosta do sertanejo ,do sambanejo e do axé  não é mentira assim como é verdade que tudo isso vem sendo jogado pela mídia e pela indústria fonográfica, principalmente para um público mais jovem, como sendo música de qualidade.
 
A cultura, a boa arte, a arte engajada, o pensamento crítico, a poesia e o conhecimento não são produtos populares da era neoliberal.

A idiotização e a infantilização comandam o espetáculo que através desses produtos visam apenas animar o publico consumidor, em uma profunda supercialidade.

Para meu desespero o cantor Psy afirma que não é compositor de um hit só.

Isso significa que vem mais aí.


 

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