segunda-feira, 15 de abril de 2013

O Povo Venceu

Capriles quer recontar.
Os votos e o pré-sal

A Venezuela tem a maior jazida de petróleo do mundo. O pré-sal é a maior descoberta de petróleo em dez anos … The Big House fica aflita…

O chavismo ganhou dezessete de 18 eleições de que participou (e ainda dizem que aquilo é uma ditadura).

Perdeu um plebiscito (em 2007) por menos de 0,1%.

E acatou o resultado.

Todas as eleições na Venezuela chavista foram acompanhadas por observadores internacionais.

O mais conhecido deles é Jimmy Carter, ex-presidente americano, que, por diversas vezes, atestou a qualidade do sistema eleitoral venezuelano.

Lá, como se sabe, o voto eletrônico pode ser conferido pelo “papelzinho” correspondente cada urna.

O “papelzinho” do Brizola, que sabia como a Casa Grande tentou lhe tomar uma eleição no computador.

Capriles foi eleito governador de Miranda por uma diferença de 40 mil votos.

E o chavista perdedor acatou o resultado.

Felipe Calderón foi eleito presidente do México por 0,56% de diferença e o Superior Tribunal Eleitoral não aceitou recontar os votos.

George Bush, filho, ganhou por menos de 1% de diferença e, mesmo assim, jamais se saberá se ele, de fato, ganhou na Florida.

Depois, como se sabe, a Suprema Corte lhe conferiu a vitória com o voto decisivo do Maior de Todos os Conservadores, Scalia, uma espécie de Gilmar Dantas (*) mais competente, muito mais.

Como se lê no twitter:  en #Chile, Pdte Lagos fue electo con 187 mil votos de diferencia. Pdte Piñera, con 223 mil. En Venezuela, Maduro con 300 mil

Capriles diz que Maduro foi derrotado, já que a eleição foi roubada.

E quer a recontagem, voto a voto.

Maduro concorda: vamos recontar !

Maximilian Forte ‏@1D4TW 20h
Henrique Capriles: still making accusations of vote rigging, as he prepares excuses for his defeat. http://bit.ly/16WfFTm  #VenezuelaDecide
Retweeted 27 times
View tweet
Heather Marsh ‏@GeorgieBC 6h
Maduro immediately accepted complete audit: “Let’s do it! No problem.”


A estratégia de Capriles se anunciava desde a manhã da eleição: antes que o primeiro voto fosse contado, ele denunciou no twitter que Maduro ia roubar a eleição.

Clique aqui para ler umas tantas verdades sobre o grande democrata Capriles.

O objetivo de Capriles, desde já, é transformar Maduro num presidente ilegítimo.

Porque, já o definiu como um incompetente, um despreparado.

(Foi o que pensava a Folha, que saiu tosquiada.)

Como, aqui, se disse e diz do Lulilma: despreparado, incompetente, que “dá para fazer mais !”.

Só eles sabem governar…

Sabem governar, sobretudo, o petróleo.

A Venezuela tem a maior jazida de petróleo do mundo.

Chávez criou um fundo para usar o dinheiro do petróleo em programas sociais.

Os tucanos, aqui, por exemplo, queriam fundar a Petrobrax, e entregar o pré-sal à Chevron.

É o que está em jogo na Venezuela – e aqui, amigo navegante: com quem fica o petróleo ?

Com os tucanos/americanos ou com o povo ?

Aqui, a Dilma quer entregar o dinheiro do pré-sal à Educação.

Se o Sérgio Cabral, gentilmente, permitir, antes de nomear a filha do Fux desembargadora.

Clique aqui para votar na trepidante enquete “quem é mais talentosa – a filha de Cerra ou de Fux ?”; e aqui para ler “escolha de ministro do Supremo tem que ser no pau”.

Clique aqui para ler “Dilma vai ter que ajudar Maduro a evitar o Golpe na TV”.


Paulo Henrique Amorim



Estranho, muito estranho.

Sinistro, muito sinistro.

Durante toda a campanha o candidato derrotado Caprilles  falou na possibilidade de fraude nas eleições para favorecer Maduro.

Foi o 18º pleito na Venezuela Chavista, 17 vencidos pela revolução bolivariana, e em todos a comunidade internacional só teve elogios para a  transparência da democracia venezuelana.

Por que então as declarações de Caprilles ?

Estaria  ele, Caprilles, envolvido em algum processo de fraude nas eleições para favorecê-lo e, para isso, acusa com antecedência o adversário ?

Ou sabedor da derrota faz tais declarações para desestabilizar o processo democrático e o vencedor, desejando virar a mesa no grito ?

Independente da pequena margem de votos, Maduro venceu, como outros  da mesma forma venceram em outros países.

Reconheço que é doloroso, para o perdedor, perder com um gol no último minuto do jogo.

Alguns não aceitam e querem intimidar o árbitro  e em algumas ocasiões, até mesmo tiram o time de campo.

A diferênça entre o futebol e a polítca é que os times voltam a campo na semana seguinte da derrota e um novo jogo, mesmo com adversário diferente, ameniza a dor pela derrota sofrida na semana anterior.

Na política o próximo jogo vai demorar alguns anos, 4, 5, 6 ou 7, dependendo do país, e o perdedor , de início e por alguns dias, não aceita a dura realidade.

Certamente a cabeça de Capriles deve estar revendo um filme, de toda a campanha, onde ele poderia ter feito algo melhor, ter  estado mais vezes em locais onde foi derrotado, ter dito algumas palavras mais que não disse, ter sido mais direto, etc...

Mas tanto o filme na cabeça de Caprilles quanto o vídeo tape de um jogo são burros, como disse certa vez Nelson Rodrigues.

Eles não alteram a realidade, mesmo que ao vê-los as pessoas ainda torçam por um resultado diferente.

Perder é parte do jogo e só perde quem joga.

Na plutocracia que governa o mundo, Caprilles é a face útil e  visível de um sistema, um boneco marionete, utilizado para o jogo de poder da Venezuela.

Ao seu lado estão os grandes grupos de mídia , os interesses do petróleo, o sistema financeiro, que , hoje, gritam a dor da derrota tentando criar mecanismo para anulação do jogo.

A democracia verdadeira é para poucos.

Durante todos esses gloriosos anos da revolução democrática bolivariana na Venezuela que se passaram e os que ainda virão  a oposição de Caprilles tentou , por diversas vezes, várias modalidades de golpes de estado.

Não é nenhuma novidade que estejam , agora, com a derrota no último minuto do jogo, articulando mais uma tentativa de desestabilização do país.

Nesses próximos dias em que a razão plutocrática ficará ainda mais distante da realidade e da civilidade, torna-se de extrema importância o apoio da UNASUL, da CELAC , dos governos populares e democráticos da América Latina à ordem democrática na Venezuela , de maneira que o resultado das urnas seja respeitado.

Maduro venceu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário