quinta-feira, 7 de março de 2013

Não Precisamos da Grande Imprensa


Quem precisa de carisma? 


Jornal do BrasilAPauloRosenbaum - médico e escritor


Imediatamente, uma imensa rede de repetidores e papagaios assintomáticos vieram à internet postar a mesma falta de inspiração e  desonestidade intelectual que patrocina a calúnia e o boato sem fundamento que grassa nas redes sociais. Ainda que o alcance de uma rede de espionagem e inteligência viesse a envenená-lo com tálio ou qualquer outra substância oncogênica, o mais provável é que ele tenha sido vitima de doença natural.
Era câncer no duro, e ninguém merece adoecer assim.

De qualquer forma seu desaparecimento representa um viés mortal para o populismo bolivariano. Chávez extinguiu-se sob a veneração de parte do povo venezuelano. Comoção e choros histéricos invadiram as últimas noites em Caracas.
A mitologia construída de caudilhos latino-americanos vai além da inspiração em personagens históricos ou em suas influências teóricas. Parece passar pela ilusão de salvador. Chávez queria ser Bolivar, assim como Lula sonha em ser a reencarnação pocket de Lincoln. Ele se defendeu, dizendo que não estava se referindo aos atributos físicos do ator que vivenciou o presidente americano no filme homônimo.
Inútil demonstrar a falta de equivalência moral entre estes e aqueles. Simon Bolivar e Abraham Lincoln tiveram papéis extraordinários como líderes e estadistas, tanto na liberação do colonialismo hispânico nas Américas e na abolição da escravatura respectivamente, ambos tinham um projeto republicano de governo e gestão.
Completamente diferente dos dois contemporâneos citados que sempre tiveram, e nunca esconderam isso, de um lado grande preocupação com os problemas sociais e a pobreza, de outro, projetos políticos personalistas, identificados com centralização, acúmulo de poder e um modo muito peculiar de conceber a democracia.
Se Lula soube contemporizar mais do que Chávez, não foi por  espontânea vontade mas por imposição das circunstâncias. A escandalosa entrega dos pugilistas cubanos aos guardiões de Havana, a catastrófica aproximação da diplomacia com lideranças esclarecidas como Ahmadinejad, Assad e Kadafi, o episódio da quase expulsão do jornalista norte americano e a incessante busca por colocar cabresto na mídia denotam o flerte com o autoritarismo.
Não fosse o acuamento diante dos escândalos em sua gestão, notadamente o mensalão, muito provavelmente teríamos mais hegemonia e torniquetes contra a liberdade de expressão do que tivemos nos últimos 12 anos.
Já Chávez, um coronel que várias vezes tentou chegar ao poder através dos golpes de Estado e na paga também chegou a sofrê-los, praticamente não encontrou resistência em seu país, e diante de uma oposição que beirava a nulidade (e cometeu o erro histórico de boicotar na primeira disputa presidencial onde Hugo se sagrou vencedor), conseguiu impor seu discurso. Sempre subsidiado pela venda de petróleo ao país que ele mais literalmente demonizava.
Agressivo e histriônico, Chávez escalou em medidas oportunistas como programas sociais paternalistas, prolongamento do próprio mandato, reeleições sucessivas (14 anos no poder), interferência nos assuntos internos de vários países latino-americanos e intermináveis desagravos a si mesmo.
Sei que hoje ninguém mais tolera aprender nada com quem quer que seja. Hoje a Venezuela é um país desabastecido, decadente na produção de petróleo, com assustadores índices de violência urbana (Caracas é a capital mais violenta da América do Sul) com uma inflação em aceleração, além de um parque industrial sucateado.
As relações comerciais com a Venezuela sob o chavismo foram  boas para o Brasil? Podem ter sido. Mas há questões bem mais importantes do que o saldo comercial.
Seu socialismo do século 21 — um arremedo provinciano e fanfarrão da esquerda selvagem — é mais um nostálgico e deprimente episódio sobre os trópicos e a fábrica de caudilhos em série que temos produzido.  

A arquitetura modeladora dessas figuras messiânicas terceiro-mundistas usa a mesma tinta e argamassa: fala fácil e longa, promessas inapreensíveis e muito pouco compromisso com as instituições. O ingrediente principal, e também o mais perigoso: carisma (do grego charisma, ato de amabilidade, favor, graça).
Quem nasce com o dom, quase sem esforço atrai sobre si chuva de votos e com o tempo torna-se eleitoralmente imbatível. Na prática, trata-se da capacidade de seduzir sem que se tenha uma boa (ou nenhuma) razão para ser seduzido.
Não é costume, mas não custa se perguntar se esse dote tem servido de fato à totalidade das pessoas.
Até aqui, a história desmentiu isso. Categoricamente.


Não Precisamos de Manipuladores e Mentirosos. Temos Líderes



Como bem informou o médico irado, autor do artigo, ele tomou conhecimento. da morte de Chavez através do jornal nacional.

Em seu delírio raivoso acusa os apoiadores de Chavez por defenderem a tese de que o líder bolivariano teria sido envenenado.

Aliás trata-se de um tese bem verrosímel, já que esses mesmos apoiadores, e aí me incluo, defendiam a tese que Yasser Arafat teria sido assassinado por envenenamento, e não por morte natural como um "cancer duro" como afirmou o médico irado telespectador do jornal nacional da tv globo.

Hoje foi comprovado que Arafat foi envenenado com Pôlonio de grande radioatividade.

Acrescente-se a isso a coincidência de todos os líderes sulamericanos do campo da esquerda terem contraído cancer em um curto período de tempo.

Pode mesmo ser apenas uma coincidência sem nehum significado, mas também pode ser uma coincidência provocada, já que temos histórico comprovado sobre essas práticas.

Uma investigação já em curso pelas autoridades venezuelanas pode esclarecer o caso.

Cabe lembrar ao irado médico, que uma micro fonte radioativa de grande atividade, quando devidamente colocada  escondida por um determinado tempo em contato com uma pessoa é suficiente para em um curto período de tempo provocar cancer de efeito devastador na pessoa.

Como médico que é, o irado autor deve se lembrar do  caso do Césio em Goiânia nas década de 1980.

As pessoas que tiveram contato direto com a fonte radioativa morreram em pouco tempo e mais,  todos os médicos que cuidaram dos pacientes contaminados pela radioatividade acabaram por desenvolver cancer e vieram a falecer.
 
O caso de vários líderes sulamericanos do campo da esquerda, e somente do campo da esquerda, terem desenvolvido cancer quase que em um mesmo período, é algo , no mínimo, estranho.

Ao mesmo tempo que o médico irado acusa os partidários do bolivarianismo de promover teses sobre o envenenamento de Chavez, teses aliás bem verossímeis, o médico irado afirma que Chavez chegou embalsamado na Venezuela pois já estava morto por um bom tempo.

Estaria o médico irado promovendo teses para que repetidores e papagaios assintomáticos de seu campo ideológico  possam reproduzir ?
 
Pode ser que Chavez tenha morrido em Cuba e por questões estratégicas o anúncio de sua morte tenha sido feito somente nesta semana.

Nas supostas omissões da verdade, e nas teorias conspiratórias em curso o que é mais grave, caro doutor ?

O envenenamento de uma pessoa ou o adiamento do anúncio de sua morte ?

Dúvidas a parte não me parece verossímel que Chavez tenha chegado embalsamado em Cuba, haja visto as inúmeras notícias que chegam em todas as mídias sobre relatos de seus últimos momentos de vida no hospital de Caracas.

Relatos fornecidos por assessores próximos e funcionários do hospital.
 
Na sua sanha de ódio, refere-se ao vice presidente e futuro presidente da Republica Bolivariana da Venezuela, a ser eleito em um mễs ,Nicolas Maduro como poste.

Seria uma frustração pelas vitórias de Dilma e Fernando Haddad ?

Com certa felicidade, revela em seu artigo que o desaparecimento de Chavez representa um viés mortal para o populismo bolivariano.

Não creio. 

Baseado em fatos e no estágio consolidado da revolução bolivariana,  não creio que seu desaparecimento seja o desaparecimento do bolivarianismo. 

É natural que incertezas e algumas lutas internas pelo poder aconteçam, mas levará , pelo menos, uma década para que o bolivarianismo desaparesça, isso se de fato ocorreram conflitos no seio da revolução que levem ao desaparescimento.

O médico irado está confundido seu desejo com a realidade dos fatos, ou é apenas informado pelo jornal nacional da tv globo, aquele com aquela musiquinha  ?

Não satisfeito destila seu ódio sobre populismo, comoção e choros histéricos da população venezuelana.

O povo e sua cultura, assim como suas formas de expressão de dor e de alegria, não devem ser do agrado do "aristocrático doutor" ou, quem sabe senhor da casa grande.

Quanto aos governos voltados para as necessidades de pessoas carentes e excluídas, como os governos de esquerda de nossa Pátria Grande, o médico irado segue a linha de rótulos da grande imprensa, como o jornal nacional que ele assiste e gosta da música, classificando-os como populistas e paternalistas, quando de fato tais políticas tem sido responsáveis por eliminar milhões de pessoas da pobreza, inserindo-as na sociedade e mais, aquecendo a economia.

Organismos internacionais, como a ONU, por diversas ocasiões tem elogiado as políticas sociais, (que o doutor irado chama de populistas),  e apresentando-as como referências para outros países.

Quanto ao seu tempo de poder , Chavez enfrentou em 14 anos 10 eleições, tendo vencido nove, sendo que o ex presidente Jimmy Carter, presidente de uma ONG que fiscaliza processos eleitorais, classificou o processo eleitoral venezuelano como o mais seguro e confiável que conheceu. 
Note-se que Carter não tem nenhuma inclinação para o socialismo do século XXI.

Seria esse o modo muito peculiar de conceber a democracia, que o médico irado critica em Chavez e também em Lula ?
Ou seja, mais transparência e participação popular no processo democrático e na vida política do país, transferindo poder ao povo, seria o modo peculiar de conceber a democracia, que o médico irado cita e critica ?

Seria o doutor, como judeu, visto pelo sobrenome, um incentivador das práticas dos governantes atuais do estado de Israel ?

Práticas nada democráticas.

O doutor se refere a Venezuela como um país desabastecido, mas se esquece que em grande parte a população foi vítima de boicote por parte de grandes corporações do ramo da alimentação. 
Esqueceu-se , também, que antes de Chavez, até mesmo uma alface era importada , pois o país não produzia nada, o que hoje não acontece, pois já existe uma agricultura crescente.

Ainda destila seu delírio sobre uma economia baseada apenas nas reservas de petróleo, e ainda diz que sua produção é decadente, quando na realidade vem se modernizando e crescendo.

O doutor irado acha pouco que um país que tem as maiores reservas de petróleo do planeta as utilize para o crescimento e benefício de seu povo ?
Ou o doutor gostaria que elas estivessem nas mãos de seus parceiros do jornal nacional da tv globo, aquele com aquela musiquinha?
Ou ainda gostaria que o motor da economia fosse a máquina de guerra como nos EUA?
 
Quanto a violência urbana os índices em Caracas são elevados, porém não muito distantes dos índices de São Paulo.

O socialismo do século XXI, lançado por Chavez ,é o caminho natural para  que pessoas vivam longe da barbarie e da selvageria capitalista que inundou o mundo desde o início da décade de 1990, e que nos países ditos desenvolvidos, vem promovendo um massacre nas pessoas através de desemprego em grande escala, e falta de perspectivas no futuro para uma multidão de jovens, além de destruir o meio ambiente e colocar em risco a própria espécie humana.

Isso sim é selvagem, caro doutor, assim como também é selvagem a postura assassina do seu estado terrorista de Israel.

A América do Sul , em grande parte, felizmente, desde o ínício do ano 2000, vem se descolando dessas políticas recessivas, elitistas, que transformaram o mundo em um imenso cassino, onde a barbaŕie e os gângesters reinam livremente e impunimente, seja nas redações de jornais e tvś costurando golpes de estado, (como o tentado contra Chavez), seja em assassinatos seletivos produzidos por estados terroristas, seja nos cuidados da saúde das pessoas onde uma medicina  ignora o paciente visando apenas o lucro, seja em uma negação do acesso a terra para milhões de pessoas desfrutarem da vida  e de uma agricultura familiar ecológica em benefício da população, seja numa cultura de entretenimento e lazer que promove a incultura e permite que aberrações como o doutor escrevam suas asneiras para coinsciências ainda aprisionadas.

Os supostos líderes carismáticos, como escreveu o asno doutor ( seria o doutor um admirador de Josef Mengelle ? ), que se utilizam de seu carisma para seduzir o povo, é uma besteira colossal. 

O doutor se utiliza do significado da palavra carisma em grego ( amabilidade, favor, graça), para justificar as habilidades de expressão de Lula e Chavez, principalmente.
Em mais uma manipulação , estamos diante de uma fraude intelectual. 
O doutor, propositalmente, confunde carisma com assertividade, ou ignora o lado assertivo de Lula e Chavez. 
O que faz a diferença é a assertividade, que Carlos Lacerda, talvez admirado pelo doutor, sabia muito bem expressar. 
O que conquista as pessoas não é um discurso inodoro, incolor, conduzido apenas pela profundidade da razão. 
O que conquista as pessoas é o perfeito equilíbrio entre a razão e a emoção , pois produz a transparência, o que é percebido consciente ou iinconscientemente pelo público. 
A transparência revela outros aspectos, de amabilidade ou não,por exemplo, que podem aprofundar a percepção e aceitação do público quanto a pessoa que discursa. 
Lula e Chavez, um sindicalista e outro militar, em suas histórias de vida e luta, nunca primaram pela amabilidade, favor ou graça em seus discursos com o povo.  
Quem produz laboratórios para falsos líderes é o campo da direita ao qual o doutor está inserido. 

Quem não se lembrar dos personagens criados por Collor e FHC para seduzir o público ? 
FHC montou até em um jegue e se declarou mulatinho.
No último carnaval foi entrevistado pela tv globo, aquela emissora do jornal nacional e daquela musiquinha, na Passarela Darcy Ribeiro, onde declarou ser um folião de primeira. 
Deve ser mesmo um brincalhão, pois até hoje não explicou como comprou parlamentares para se perpetuar no poder por mais quatro anos facilitando a emenda da reeleição. 
A próposito, se fosse na Venezuela de Chavez, tal emenda da reeleição passaria por uma consulta a população.

Isto posto, caro asno doutor, sua métrica de sedução e convencimento é falsa, ou está ultrapassada, mesmo para seu público que assiste o jornal nacional da tv globo com aquela musiquinha.

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