sábado, 15 de dezembro de 2012

Na Moral

Na  Moral

 

A privatização da moral pública

Por Luciano Martins Costa em 13/12/2012 na edição 724
Comentário para o programa radiofônico do OI, 13/12/2012

A impossibilidade eventual de sair batendo perna pela cidade (já que este observador se encontra temporariamente com pouca mobilidade física) abre a oportunidade para a bisbilhotagem continuada, por longas horas, das redes sociais digitais. E o que se vê, basicamente, é a construção de um abismo onde deveriam vicejar naturalmente novos vínculos sociais e onde antigos vínculos podem ser retomados e reanimados pelo encontro virtual.
Aparentemente, após três dias de imersão nas redes sociais, pode-se concluir que a imprensa brasileira está trabalhando ativamente na desconstrução do conceito de sociedade democrática.
Ao se colocar agressivamente contra determinadas figuras da República, usando critérios diferenciados para fatos similares, as principais empresas de comunicação do país estabelecem um padrão para o jornalismo sobre o qual um dia haverão de ser cobradas. Esse padrão é composto por elementos de preconceito e manipulação, mas apresentado sob o manto virtuoso da defesa da moralidade pública.
Manipulação de imagens
A palavra mágica é, como sempre, ética. O contexto, porém, é o dos tribunais de inquisição.
Dois presidentes da República. Um deles foi acusado de comprar apoio no Congresso para fazer aprovar o direito de disputar a reeleição. O outro, tendo a possibilidade de se reeleger quanto quisesse, cumpriu a lei e deixou o poder.
Para um, o olhar da imprensa é complacente. Afinal, ele estabilizou a moeda, reorganizou o sistema financeiro, atuou dentro dos paradigmas do mercado. Para o outro, a lei. Mas não apenas a lei aplicada pela Justiça: principalmente a lei do arbítrio, quando a sentença é anterior ao julgamento.
Considerem-se apropriadas todas as decisões tomadas recentemente pelo Supremo Tribunal Federal no caso chamado de mensalão. Ainda assim, nada justifica a sanha da imprensa, em ataques pessoais, a não ser um ódio que precede o caso em si.
Ao abandonar a linguagem jornalística apropriada para adotar o discurso político, a imprensa induz boa parte da sociedade a adotar retórica semelhante, com o que, então, se dá adeus à racionalidade. Um dos resultados pode ser a ruptura do tecido social.
Mas há uma ironia nessa história: observando-se manifestações nas redes sociais, parece que a parcela de opiniões críticas sobre esse desempenho da imprensa cresce mais do que aquela parcela que compartilha as opiniões do noticiário editorializado.
O tema está a merecer uma pesquisa de comunicadores, mas pode-se afirmar que o campo político onde se situam aqueles que discordam da imprensa se transformou em terreno minado onde nunca mais haverão de brotar assinaturas desses jornais e revistas – e onde a publicidade veiculada nessas mídias tende a produzir efeito negativo para os anunciantes.
São decisões editoriais que comprometem o futuro da mídia tradicional, e o principal erro da imprensa tem sido quanto ao uso de seu suposto poder de influenciar pessoas: não é de hoje que pesquisadores como o britânico Paul Johnson (católico e conservador) observam que a manipulação de imagens em favor de interpretações preconcebidas, antes um vício da televisão, acabou dominando a mídia impressa.
Processo em curso
Há mais de dez anos, Johnson já dizia que os pecados típicos da imprensa tradicional quando ela começou a se apropriar das tecnologias digitais de informação e comunicação eram preconceito, manipulação, precipitação e editorialização.
A observação da imprensa brasileira faz lembrar uma das frases mais emblemáticas criadas por Paul Johnson nesse período: “A mídia é uma arma carregada quando utilizada com hostilidade”.
Hostilidade e agressividade são as palavras centrais para descrever o conteúdo jornalístico que tem sido oferecido aos leitores e telespectadores nos últimos anos, no seu esforço desenfreado e irracional para criar e aprofundar uma divisão na sociedade brasileira.
Preconceito, manipulação, precipitação e editorialização são expressões que ficam mal dissimuladas sob o discurso moralizante que domina a linguagem jornalística.
A denúncia dos maus procedimentos, a fiscalização dos poderes, o papel essencial da imprensa de organizar a agenda pública para manter em evidência os valores fundamentais da vida republicana, implicam equilíbrio e algum compromisso com a busca da verdade.
O que se vê, claramente, é o uso político de informações fora de contexto, em nome da ética. Não se trata, nesse sentido, de ética propriamente, mas de moralidade, expressão definida especificamente na Constituição brasileira. Trata-se, claramente, de um processo de privatização da moralidade pública.
A IMPRENSA PERDIDA


Felizmente temos as mídias sociais e a internete.
A grande imprensa, tão logo percebeu o alcance dessas mídias, colocou, também, todo seu arsenal para tumultuar, desinformar, dividir e como isso, minimizar os efeitos que ela, grande imprensa, sente na sua suposta capacidade de formatar as consciências. Editar, omitir, manipular, mentir tem sido práticas comuns na imprensa, aí independente de meios tradicionais ou não.
Várias questões estão em jogo. Em primeiro lugar as vitórias do PT, desde 2002, que acabaram por produzir na grande imprensa um efeito perseguição ao PT sem precedentes na nossa história. Como acreditavam que Lula e PT fracassariam e com isso os mesmos de sempre poderiam retomar o poder, deram início, com o início do primeiro governo de Lula, de um processo de demonização do PT e Lula, omitindo, ridicularizando todas as ações do governo
Governo de origem popular
Não foram bem sucedidos até que um de seus parceiros resolveu gritar e denunciar as práticas do PT, que na realidade são práticas históricas de todos os partidos políticos e de políticos que chegam ou orbitam o poder, que deu origem no chamado mensalão.
Para o leitor que não esteja envolvido devidamente com esses assuntos o que fizeram foi denunciar criminalmente alguém por jogar papel nas ruas. Ora, imaginemos que jogar papel nas ruas é crime, mas todo mundo joga e aí um que joga sempre denuncia o outro, apenas com o objetivo de atingir seu adversário político. Essa , caro leitor, é uma imagem alegórica do que ocorreu no processo do mensalão.
Não há nada de ética ou mudança de uma postura histórica no Brasil por causa das condenações do mensalão. Pelo contrário, o que se vê é um cinsimo , uma hipocrisia, uma manipulação dos fatos, com um único objetivo de desacreditar o PT e seus quadros.
O que fez o STF ? Julgou e condenou sem levar em consideração práticas históricas na cultura política brasileira, A pergunta que atormenta a todos é se o STF terá a mesma postura quando do julgamento de políticos e organizações que não façam parte do campo popular e domocrático que governa o país. A princípio, e em tese, muitos argumentam que o próprio STF é aparte da organização para destituir o PT do poder, tendo vista que criminoso de notório saber, devidamente qualificado em práticas criminosas, foi agraciado pelo STF com dois habeas corpus, em apenas três dias, ancorados em justificativas processuais burocráticas e de regimento.
Se o STF mantiver suas postura e firmeza em outros julgamentos, como fez com o processo do mensalão, pelo menos saberemos que a tentativa de impedir Lula e o PT fica apenas com os frágeis partidos de oposição e a grande imprensa. No entanto, processoos em que os partidos e políticos de oposição estão envolvidos , com farta quantidade provas, não ganham a devida atenção por parte da imprensa e até até mesmo do Ministério Público Federal, criando, com isso, um grande clima de desconfiança na instituições envolvidas.
Como bem definiu o autor do artigo, o primeiro presidente foi acusado de comprar parlamentares do congresso nacional para aprovar a emenda da reeleição ( mensalão da reeleição), que acabou favorecendo o presidente que ganhou mais um mandato, enquanto o segundo, no caso Lula, foi eleito e reeleito democráticamente. Sobre o mensalão da reeleição , nada se fala na imprensa, assim como o filho na moita do ex-presidente com uma jornalista da tv glob, que a emissora tão logo soube da existência do filho, exilou a funcionária na Espanha, para evitar complicações futuras para o presidente que ela, tv gobo, apoiava e defendia. Por ironia da história, soube-se, mais tarde por exames de dna, que o filho, já reconhecido pelo pai, não era filho. Isso dá uma boa novela. No meio dessa confusão do filho que é mas não é, a imprensa omitiu e depois disse que aquilo que ela, imprensa omitia, não era verdade pois o filho não era filho Entendeu, caro leitor ?
A imprensa não falava nada , mas passou a falar quando não tinha o que falar, pois o filho não era filho. Seria cômico se não fosse jornalístico.
E assim continuou a imprensa a perseguir diariamente Lula e o PT com um único intuito de derrubar um governo eleito democraticamente pelo seu povo e que deixou a presidência com índices de aprovação estrattsféricos, algo que seu antecessor não teve, nem em sonho pelo tamnaho dos índices. Atualmente a grande imprensa, em total desespero e querendo a todo custo retomar o poder para os mesmos de sempre que pouco fizeram pelo Brasil e pelo povo, já entrou, e entrou de sola, na campanha presidencial de 2014, tentando por todos os caminhos inviabilizar uma nova , e altamanete provável, vitória de Lula, Dilma, PT e do povo.
Enquanto o país é saudado no exterior, The Economist não vale pois foi notícia/perseguição plantada daqui para lá, por aqui a grande imprensa pinta um quadro de tragédia onde tudo vai mal, o que é uma grande mentira.
Nas redes socias, sempre mais críticas a atuação dessa imprensa despresível para aqueles que consomem informação de qualidade, a grande imprensa aposta no conflito , na violência e como muito bem citou o autor do artigo, na tentativa de de rasgar o tecido social acreditando que a violência, a intolerância e a gressividade possam produzir um caldo de insegurança e insatisfaçaõ que poderá ser devidamente capitalizado pela oposição , rendendo dividendos eleitorais. É o que também está em jogo, a criação, se necessário for, de conflitos e perturbações sociais para tentar culpar o governo e com isso minimizar os efeitos de voto do PT.
Nos tribunais, nas cyber vias e nas ruas a grande imprensa aposta no caos, jamais na ética ou na moral, aliás ética e moral jamais existiram neste setor , desde tempos imemoriais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário